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Hospital Antônio dos Santos Lab. de Análises Clínicas de Beneditinos PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP POP N° 010 COAGULOGRAMA Página 1 de 6 1 SITUAÇÃO DE REVISÃO ELABORADO POR: REVISADO POR: APROVADO POR: Dr João Paulo da Silva Sampaio CRBM 4216 Dr João Paulo da Silva Sampaio CRBM 4216 DATA: 30/02/2020 2 OBJETIVO Padronizar e aperfeiçoar as técnicas e procedimentos realizados durante a rotina laboratorial do Coagulograma no Lab de análises clínicas de Beneditinos. 3 RESPONSABILIDADES 3.1 Geral Coordenador do Laboratório de Análises Clínicas e Responsável Técnico. 3.2 Executiva Responsáveis pelos setores da clínica: biomédico e técnicos de laboratório. 4 COAGULOGRAMA 4.1 Tempo de sangria (TS) É o tempo necessário para a cessação da hemorragia, ocasionada por pequena incisão, de dimensão padronizada, praticada artificialmente. O Tempo de Sangramento é um teste indicativo de distúrbios plaquetários (em relação ao número à funcionalidade das mesmas) e de alterações da integridade vascular. 4.1.1 Materiais · Equipamento para punção digital; · Papel de filtro; · Cronômetro. 4.1.2 Procedimentos · Faz-se a assepsia da polpa digital ou do lóbulo da orelha com a lanceta, faz-se a incisão e deixa-se o sangue fluir espontaneamente. · Marca-se no cronômetro o início, no momento do aparecimento da primeira gota. · Com o papel de filtro absorve-se de 30 em 30 segundos a gota de sangue formada sem tocar a incisão. Quando cessar o fluxo de sangue, para-se o cronômetro. · O intervalo decorrido entre o aparecimento da primeira e da última gota representa o tempo de sangria. · Valores de referência: 1 – 5 minutos. 4.2 Prova do laço (Fragilidade Capilar) A Prova do Laço ou Prova de Fragilidade Capilar, é um teste que procura avaliar a capacidade dos vasos de resistirem a uma pressão. Em última análise, a prova avalia uma das funções pertinentes à parte vascular da hemostasia. 4.2.1 Materiais: · Aparelho de pressão ou garrote 4.2.2 Procedimentos: · Verificar a presença de petequias no braço do paciente. · Caso existam contorna-las com lápis demorgrafico. · Colocar o aparelho de pressão em 20 libras por 5 minutos ou garrote por 3 minutos. · A prova será positiva se ocorrer o aparecimento de petequias acima de 5 semelhantes a picadas de mosquito. Em caso contrário será negativa. · Esta prova determina a fragilidade dos vasos capilares. 4.1 Tempo de coagulação do sangue total (Método de Lee-White) O Tempo de Coagulação (T.C.) mede o tempo necessário para que o sangue coagule “in vitro”. 4.3.1 Materiais: · Seringa · Crônometro · Tubos de ensaio · Banho-maria 4.3.2 Procedimentos: · Proceder à punção venosa, procurando lesar os tecidos, o mínimo possível; · Disparar o cronômetro, assim que o sangue entrar na seringa; separar 3 tubos de ensaio (10 x 120 mm), · Colocar 1 ml de sangue em cada um e levá-los imediatamente em banho à 37ºC; 3 minutos após a coleta, iniciar a observação do tubo 1, inclinando-o suavemente; repetir essa observação a cada 30 segundos até que o sangue coagule. · Marcar o tempo transcorrido desde a coleta até a formação do coágulo; proceder do mesmo modo com os tubos 2 e 3; Tempo de Coagulação será o obtido pela média dos tempos encontrados nos 3 tubos, · Valor Normal: de 4 a 9 minutos. 4.4 Retração do coágulo (Método de Mac-Farlane) É a percentagem do volume de soro obtido, após a coagulação e retração do coágulo, de uma quantidade determinada de sangue. 4.4.1 Materiais: · Tubo cômico graduado · Rolha · Banho-maria · Cronômetro 4.4.2 Procedimentos: · Transferir cerca de 5 ml de sangue, sem anticoagulantes para um tubo cônico graduado, cujas paredes foram previamente umedecidas com solução fisiológica; · Fechar o tubo com uma rolha provida de um fio de arame com a ponta retorcida “em anzol”; após a coagulação do sangue; · Colocar o tubo em banho à 37ºC por 1 hora; ler, a seguir, o volume total ( coágulo e soro). · Com o auxílio do fio de arame,retirar cuidadosamente o coágulo retraído; ler o volume final do soro ou a outra metodologia é utilizar os mesmos vidros de hemólise onde foi colocado o TC- deixar no BM 37graus por uma hora. CÁLCULO: % de retração = Vol. soro x Hematócrito do paciente Vol. total x Hematócrito normal (*) Consultar tabela. · Valor Normal: de 45 a 55% ou retratcil/ retração completa; parcialmente retractil e irretractil 4.5 Tempo de protrombina ativada (TAP) É a prova de escolha para investigação do sistema extrínseco da coagulação sanguínea. É uma prova de grande valor na demonstração de deficiência dos fatores de coagulação I, II, V, VII, X. 4.5.1 TAP manual 4.5.1.1 Materiais: · Tubo de ensaio; · Crônometro. 4.5.1.2 Procedimentos: · Adicionam-se 100 μl do plasma citratado do paciente a 100 μl da suspensão de tromboplastina no tubo de ensaio e esperam-se 3 min em banho-maria. · Homogeneiza-se, adicionam-se rapidamente 200 μl da solução de cloreto de cálcio. Neste instante, aciona-se o cronômetro. · Retira-se o tubo do banho-maria e agita-se suavemente, de 2 em 2 segundos, até o aparecimento do coágulo, parando simultaneamente o cronômetro. · O tempo consumido sem segundos constitui o TAP. · Valores de referência: 11 – 13 segundos. 4.5.2 TAP automatizado · Pipetar em uma cubeta (com barra magnética) 50ul de plasma citratado. em outra cubeta colocar um pouco mais de 1ooul do reagente 1.*O reagente deve ser homogeneizado por inversão algumas vezes. · Pressionar a tecla inc programando o tempo de incubação para 3 minutos; · Esperar o apito sonoro emitido pelo equipamento; · Apertar a tecla “test” acionando a tecla ‘selec’ até aparecer “tp: insira cubeta” no display. · Inserir a cubeta no local de dosagem (observe se a cubeta fica no posicionamento correto). · PIPETAR 100UL DO REAGENTE PRÉ-INCUBADO E DISPESÁ-LO NA CUBETA QUE ESTÁ NO LOCAL DE DOSAGEM. · *Manter a pipeta perpendicular a cubeta. · Ao final da dosagem apertar a tecla “fim”. · *Descartar o coágulo com a barra magnética no bécker contendo água destilada e a cubeta em outro bécker. 4.6 Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) É a melhor prova para investigar as alterações do mecanismo da coagulaçãosanguínea. Fatores que participam do sistema intrínseco estão envolvidos, com exceção das plaquetas e do fator XIII, bem como do fator VII, do sistema extrínseco. 4.6.1 TTPA manual · Coloca-se 100 uL de cefalina + 100uL plasma citratado do paciente; · Homogeneiza-se e encuba-se em banho maria a 37°C/3 min; · Após esse tempo, adiciona-se rapidamente100uL da solução de cloreto de cálcio; · Neste instante, aciona-se o cronômetro; · Agita-se suavemente, de 5 em 5 segundos; · Ao fim de 30 segundos, retira-se o tubo do banho maria e agita-se suavemente, observando o aparecimento do coágulo, parando simultaneamente o cronômetro; · O tempo consumido em segundos constitui o TTPA. Valores de referência: 35 – 45 segundos. 4.6.2 TTPA automatizado · Pipetar em uma cubeta (com barra magnética) 50ul de plasma citratado e 50 ul de cefalina (REAGENTE 1). Em outra cubeta colocar um pouco mais de 50ul do cloreto de cálcio (REAGENTE 2). · *O reagente deve ser homogeneizado por inversão algumas vezes. · Pressionar a tecla inc programando o tempo de incubação para 3 minutos; · Esperar o apito sonoro emitido pelo equipamento; · Apertar a tecla “test” acionando a tecla ‘selec’ até aparecer “ttpa: insira cubeta” no display. · Inserir a cubeta no local de dosagem (observe se a cubeta fica no posicionamento correto). · Pipetar 50ul do reagente 2 pré-incubado e dispesá-lo na cubeta que está no local de dosagem. · *Manter a pipeta perpendicular a cubeta. · Ao final da dosagem apertar a tecla “fim”. · *Descartar o coágulo com a barra magnética no bécker contendo água destilada e a cubeta em outro bécker. Página 1 de 6 image1.png image2.gif