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1 PRÉ-HISTÓRIA Por volta de 40 mil anos atrás começava a história da humanidade: estava nascendo a arte. Cavernas do sudoeste da França e Norte da Espanha. Os homens se organizaram naturalmente: caçadores e mulheres. Foi a partir de observação, instigação, curiosidade que o homem primitivo deixou para nós suas marcas. Arte Xamanista. No Paleolítico superior encontramos as primeiras manifestações artísticas. Peleolítico (do grego) paleo = velho; lithos = pedra. Estamos na era glacial, o homem entra na caverna para se proteger do frio. Ele observa que ao encostar-se nas paredes das cavernas, que elas são úmidas e um pouco mole na camada superior. Espontaneamente ele escorre os dedos sobre esta superfície e deixa ali sua marca. Percebendo este feito ele o faz repetidas vezes em diferentes direções, vertical, horizontal, diagonal em forma de circulo, deixando assim impressões com figuras geométricas. Estes gestos são conhecidos pela história da arte como “macarrones”. Neste período o homem é nômade. O homem primitivo não para por aí, descobre que ao colocar sua mão sobre uma superfície e soprando pó de carvão, ou o pó do sangue ressecado, que ele havia raspado, sobre ela, ele consegue deixar a marca de sua mão naquela superfície, criando assim o efeito de positivo negativo que conhecemos hoje Entrando um pouco mais para o fundo das cavernas, lugares de difícil acesso, este mesmo homem elaborou pinturas de animais, que são chamadas de pinturas rupestres. Estes animais eram representados de várias maneiras: sendo flechados, agonizando, correndo, ou seja, sempre de forma naturalista. A pintura primitiva “Franco Cantábrica”: Acredita-se que o sentido dado a estas representações era o de magia. O homem pré-histórico acreditava que ao pintar o animal dominado antes de ir caçar, ela teria mais sucesso na caça. Quem fazia o “ritual” da caça era o Xamã. Por isso esta arte é conhecida como arte “xamanista”. Alguns estudiosos acreditam que estes “bruxos” na tinham um físico muito desenvolvido, eles usavam muito os seus poderes mentais. Suas tintas eram obtidas a partir de material de origem mineral, vegetal, carvão de ossos (preto), sangue seco, fezes de aves (branco), que eram misturados à gordura de animais. 2 Cores usadas: vermelhos escuros até os tons de marrom passando pelo ocre. O pincel era um bastão vegetal esmagado em uma extremidade, e mais tarde, o pincel propriamente dito, com pelo de animais em uma das extremidades. Normalmente estas pinturas aparecem em tamanho natural, e as vezes até maior chegando a ter de 4m a 5m. A arte Franco Cantábrica foi dividida em 3 períodos: Aurinhacense: atividades – caça e pesca, fabricação de armas e instrumentos de osso e sílex.(Lascaux) Solutrense: manifestações artísticas – ritos mágicos (Altamira) Madaleniense: manifestações artísticas – esculturas, baixos-relevos, desenhos e pinturas rupestres. (Altamira) Altamira caverna localizada na Espanha, foi a primeira gruta a ser descoberta, e foi uma criança que a descobriu em 1879. A gruta é baixa e seu teto está recoberto por centenas de figuras e “mãos em negativo”. Altamira é também chamada a “Capela Sistina da Pré-História”, pois pelo grande número de pinturas que a recobre, lembra, desta forma, a famosa capela do Vaticano. As pinturas da Caverna de Lascaux, França, também foram crianças os primeiros a entrar em 1940. Nela encontramos henas, touros, bisontes e mamutes. A “Sala dos Touros” é uma das pinturas rupestres mais conhecidas da Pré- História. Um dos animais representados tem cinco metros de comprimento. As cores são firmes, apesar de a pintura ter estado fechada na gruta por 30 mil anos. Em Lascaux as representações se sobrepõem umas as outras, originando um emaranhado de figuras de diferentes tamanhos e de épocas diversas. Escultura e relevo: Na escultura da arte Franco Cantábrica as mulheres eram muito representadas. Nestas representações eles valorizavam os seios, as nádegas e o ventre das mulheres. Acredita-se que a gravidez era algo inexplicável, algo mágico. Estas pequenas estátuas (10cm a 20cm), são chamadas de “Vênus Esteatopigias”. Não só mulheres foram representadas, os animais apareciam brigando, descansando, lutando e etc. Os relevos eram incisões feitas nas rochas ou pedaços de pedras soltos, também contavam com os mesmos temas das esculturas. Material usado para estas esculturas: madeira, marfim e pedra. Grutas mais conhecidas: França – Le Fourneau du Diadle Solutré Péchialet Lascaux La Magdeleine 3 Pech-Merle Cougnac Espanha - Altamira Mesolítico e Neolítico: Artes do Levante Espanhol. Arte Ibero-africana era feita por um povo denominado Grimaldi da raça negra, eles tinham predominância por representações de pessoas e animais domésticos. A diferença que percebemos nestas representações é a presença da figura humana com seus afazeres domésticos. Percebemos agora então que o homem não é mais nômade, ele já se estabeleceu em só lugar desenvolveu a agricultura, domesticou animais e já sabe fazer tramas com fibras vegetais. As figuras agora são representadas de forma estilizadas, quase que geometrizadas. Esta arte que representava o homem em suas atividades é chamada de “Pleno Sol”, por que era feita nas partes externas das cavernas. A pintura não tem mais sentido de ritual mágico, e sim narrativo e didático. Os animais e as pessoas são representados em tamanho menor e estilizados. Arte Franco Cantábrica – Período Paleolítico Superior. Arte desenvolvida dentro das cavernas para rituais de caça. Pinturas em lugares difíceis. Tinham preferências por animais de caça. Os animais eram pintados em tamanho maior que o normal. Arte do Levante Espanhol – Período Mesolítico e Neolítico. A cerâmica começa a ser desenvolvida no período Neolítico. A figura humana começa a ser representada. A agricultura e animais domésticos também. Arquitetura: Os monumentos megalíticos: estão em geral associados ao culto dos mortos, podiam ser erigidos em memória de um morto ou constituir câmaras funerárias. Distinguem-se dois tipos principais: o menir e o dólmen. O menir é um monolíto de dimensões variáveis; este bloco de pedra é colocado verticalmente sobre uma sepultura ou perto dela. Certos menires são pedras não trabalhadas, em forma de lajes; outros são talhados em ponta, no alto, alguns destes megalitos estão ornados com motivos geométricos. Menires são pedras grandes em alinhamento. O mais famoso é o de Carnac na Bretanha. Os Dolmens, quer dizer mesa. Ele se compõe de duas pedras na vertical com uma terceira horizontal, chamada de lintel em cima ligando uma a outra. Temos o Dólmen da Ile-aux-Moines, Bretanha. 4 Cromelech – uma série de menires agrupados em circulo com um dolmen no centro. Stonehenge – é o cromelech mais famoso encontrado perto de Salisburg na Inglaterra. Parece Ter sido erigido entre 1700 a 1500 a.C., dataria, portanto, de pouco depois do fim do Neolítico. Estes monumentos podem ser encontrados em numerosas regiões da Espanha e no Oeste da França e parte da Bretanha. MESOPOTÂMIA (aprox. 9000 a.C. a 300 a.C.) A Mesopotâmia (palavra que significa “região entre rios”) é na realidade uma área geográfica, onde encontramos diversas manifestações artísticas deixadas pelas populações que por ali se misturaram através dos milênios. Situada entre os rios Tigre e Eufrates, Oriente Médio, hoje é a região que compreende: Turquia, Síria e Iraque. Região árida e seca, exceto entre os rios. Ao leste = Mar Cáspio Ao Oeste = Mar Mediterrâneo Ao Norte = Mar Negro e antiga União Soviética Ao Sul = Mar Vermelhoe Golfo Pérsico CIVILIZAÇÃO: Os sumérios, vindos das regiões situadas além do Mar Cáspio, foram os primeiros povos que aí se estabeleceram, e trouxeram com eles o sentido de organização de “cidades estado”, comércio e artesanato. Os sumérios são povos de origem semita que são árabes e hebreus. A designação vem da Bíblia que menciona povos descendentes dos filhos de Sem. Em conseqüência das grandes migrações, não se pode falar de um grupo físico homogêneo semita. Traços físicos: estatura média, olhos e cabelos escuros e nariz adunco. Povos inicialmente nômades, posteriormente pastoreiros e agricultores. Um povo de grandes contribuições: Eles inventaram a escrita cuneiforme, que mais tarde se transformou em um alfabeto que serviu a todas as línguas ocidentais. Os primeiros veículos sobre rodas. Os primeiros tornos de cerâmica. Devido a constantes enchentes eles desenvolveram o estudo da astronomia. Os nossos sistemas, cronológico e astronômico, tiveram origem na Mesopotâmia. 5 Sabemos que provem destes povos também as religiões: judaísmo, cristianismo e o islamismo. A grande revolução neolítica –9000 a .C.- ocorreu supostamente na antiga Mesopotâmia e no Egito, que são regiões povoadas pelos semitas. Na Mesopotâmia surgiu também por volta de 5500 a.C., sociedades organizadas com estrutura estatal e diversificação das atividades econômicas, conhecida como a primeira “revolução urbana”, à qual se seguiu com o surgimento dos grandes Impérios da Assíria e da Babilônia. Assírios, Caldeus e Acádios, povos semitas da antiguidade, moradores da Baixa Mesopotâmia, ficavam em lutas constantes pelo domínio territorial. Criaram grande número de cidades e se distinguiram pela capacidade guerreira e espírito expansionista. Sumérios e Babilônios, também povos semitas da antiguidade se destacaram por serem povos religiosos. A produção artística dos mesopotâmios estava ligada a religião, assim como também o estudo dos astros, a educação do povo, o saber e a política. Eles acreditavam na vida após a morte, e poderemos observar este fato à medida que conhecemos as suas produções artísticas. Curiosidade: Os povos semitas atuais Árabes e Judeus israelitas (hebreus), ficavam percorrendo pelas áreas das terras férteis entre os rios da Mesopotâmia até o Egito através da Síria e da Palestina. A habilidade dos judeus para o comércio e para as finanças levou-os a adquirir grande poder econômico nos países onde se fixaram, o que causou grande intolerância dos povos nativos, conduzindo com freqüência a cruéis perseguições, o genocídio mais brutal foi cometido pelo regime nazista na Alemanha, cuja perseguição levou ao extermínio de mais de 6.000.000 de judeus. Diáspora – dispersão dos judeus no decorrer dos séculos. Eles partiram para Ásia, África, Europa e Américas. A ARQUITETURA DA MESOPOTÂMIA. CARACTERÍSTICAS: O vale inferior de Tigre e do Eufrates não fornecia madeira nem pedra. Estes materiais tinham que ser trazidos de longe; mas por outro lado encontrava-se muita argila, surgindo daí uma arquitetura feita de tijolos (adobe=argila+palha). A Mesopotâmia era uma região plana sujeita a constantes inundações, por isto algumas cidades eram construídas sobre plataformas, que chegavam a medir de 15m a 25m de altura. Grandes números de cidades foram construídas sobre estas plataformas, criando verdadeiras montanhas; que eram chamadas de Tell (cidades construídas sobre plataforma). Ex.: Tell-Aviv. 6 Nesse sentido, grandes muralhas também foram construídas visando à proteção das cidades contra as constantes enchentes. Nas estruturas das construções não foram usadas colunas, pois se sabe que o tijolo seco ao sol não é suficientemente resistente. Uma construção em argila exige paredes espessas com poucas aberturas. Sabe-se também que a argila não pode servir de viga, obrigando aos construtores ao uso do arco e da abóbada. Como exemplo do conhecimento do uso de arcos e abóbadas nos telhados com plataformas e vários terraços temos os Jardins Suspensos da Babilônia. Tipos de construções: Casas: possuíam três ou quatro cômodos, e esses em torno de um pátio. Na maioria das vezes no subsolo encontravam-se tumbas. Palácios: eram construídos tanto para fins militares como domésticos, possuíam sala de trono, áreas sagradas, e áreas para fins militares, muralhas, estábulos, seleiros pátios e os templos que eram os Zigurates. Foram encontradas algumas tumbas também nos palácios. Os Zigurates eram “templos torres”, com vários andares sobre uma planta retangular e no alto havia um santuário. Ex.: Palácio de Sargão II em Corsabade e Palácio de Assurbanipal em Nínive. ESCULTURA: Estatuária: Foram encontradas figuras de orantes de 20 a 70 cm, feitos de alabastro (pedra porosa).Era a representação de figuras humanas, sentadas ou de pé, com as mãos em posição de oração. Olhos grandes e arregalados, que eram evidenciados com incrustações de conchas ou pedras. Nariz grande e sobrancelhas juntas. Bocas pequenas e cabelos esquematizados. A massa cilíndrica formada por suas vestimentas criava um efeito escultórico que resultava na simplificação das formas, o que não interferia no aspecto realista destas estátuas. Existia hierarquia por tamanho, sendo a maior mais importante, estas estátuas substituíam as pessoas nos templos (poder da imagem), quando não podiam ir ao templo orar, eles colocavam as imagens. As mais conhecidas são as estátuas de Gudéia, um grande estadista que abdicou seus direitos de glória, de governo, de rei para ser sacerdote. Estátuas de Assurnazirpal: barba ornamentada com caracóis e ziguezague, suas feições conservavam as características semíticas. Algumas cabeças também foram encontradas. Relevos: Estelas: são placas ou pedras com inscrições, às vezes comemorativas outras vezes funerárias. Essas estelas contêm relevos e textos com escritas cuneiformes para esclarecer fatos reais. Estelas são documentos. “Estelas de vitórias”: são relevos sobre finas lajes de pedras que representavam votos e vitórias dos reis. 7 “Pedras demarcatórias de fronteiras”: que também são estelas, mas com função de demarcar fronteiras chamadas Kudurru. “Estela de Hamurabi”: 1o. código da história escrita em cuneiforme. OBJETOS: Jarros, capacetes, perucas de ouro, jóias e cilindro sinete. PINTURA: Existiam os afrescos, que é uma técnica de pintura mural, onde antes de pintar passa-se argamassa e enquanto está molhada aplica-se a pintura com tinta a base de água e quando a argamassa secar a tinta se fixa. ESMALTAÇÃO: Foram encontrados muitos painéis com tijolos esmaltados de variadas cores, que ornamentavam os palácios. A técnica também foi usada para fazer objetos e jóias. O EGITO (c. 4000 a. C.) Localização: a leste do mar Mediterrâneo, no vale do rio Nilo. Civilização: Entre as culturas da Mesopotâmia e do Egito existe pouca diferença de idade, sendo que o Egito foi uma região autônoma durante a maior parte de sua história, mas apesar deste isolamento, sabe-se de suas relações comerciais com outras localidades. A exemplo disto temos a cerâmicas originárias do vale do Nilo que foram encontradas em Creta. “-O Egito é uma dádiva do Nilo”, famosa frase de Heródoto. As enchentes complicavam bastante a vida dos egípcios, que logo era superada com a baixa das águas. O solo ficava mais fértil, e a abundância de argila para as construções de casas ou sepulturas das classes inferiores. Madeira de boa qualidade era rara, só havia palmeira. Usavam o caule de lótus e de papiro nas construções. A pedra foi muito utilizada. As cheias do Nilo fazia desaparecer os limites dos campos, dando freqüentemente origem a discussões, foi, portanto, necessário criar muitocedo uma legislação para regularizar estes litígios. Foi então que surgiram os quatro regimes: Antigo Império (capital- Menfis) – c. 2900 a. C. a 2500 a. C.(construção das pirâmides) Médio Império (capital- Tebas) – c. 2150 a. C. a 1780 a. C.(melhora da economia) Novo Império (capital- Tebas) – c. 1580 a. C. a 1100 a.C. (terminam sob o domínio da Assíria) 8 Império Saíta (capital- Saís) - c. 663 a. C. a 525 a. C.(Expulsão dos semitas e a volta da arte para os egípcios) No começo da civilização havia o Alto Egito e o Baixo Egito, seguindo as extremidades do rio Nilo, mas depois houve a unificação. O sistema de governo era a monarquia. Hierarquia de poder: Faraó e sua família (nobreza) Sacerdote Escribas Povo/escravos O Faraó é o representante do Deus na terra, com poderes políticos e religiosos. Viviam em função da morte e acreditavam numa vida futura. Acreditavam na reencarnação, porém no mesmo corpo, no mesmo espírito e na mesma família. Apesar de o Faraó representar o Deus na terra, ele não era livre, era um fantoche nas mãos do clero. Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). Acreditavam também que o ser humano era composto por quatro elementos: O ka- ou duplo,réplica imaterial do corpo O ba- comparável à alma das religiões cristãs O khu- chispa do fogo divino O corpo. Esses quatro elementos deveriam ser conservados depois da morte: o Ba e o Khu – eram elementos espirituais, exigindo apenas orações. Não exercendo influências nas representações artísticas. O corpo, como era habitação do Ka, deveria ser mumificado e depois protegido. Os egípcios fizeram de tudo para conservar intactas suas réplicas, afinal eram habitadas pelo Ka. Curiosidades da civilização egípcia: Sua escrita: hieróglifo, onde encontramos registros, instruções de procedimentos e a história de seu povo descrita. Há também registros de poemas, contos, ensaios e narrações, formando e literatura egípcia. Métodos de calcular seguiram o ritmo da escrita, foi necessário pois eles tinham o comércio ativo. Foi possível fixar impostos com exatidão, a partir dos cálculos matemáticos, fazer levantamentos topográficos da terra, pesar as coisas, calcular distâncias e marcar o tempo. Pode-se dizer que a medicina começou no Egito. Muito embora dispusessem às vezes de conhecimentos impregnado de magia. 9 Obras de irrigação em grande escala que levava água até os campos mais afastados e também os sistemas de diques foram encontrados. Todo este avanço se transforma em riqueza material, ou seja, vendiam bem sues inventos. Por volta de 2600 a.C., barcos de comércio egípcio, com cargas de: lentilhas, tecidos, papiro e outros produtos do país aventuravam-se regularmente pelo Mar Vermelho e pelo Mediterrâneo. O comércio por terra era feito com a Núbia, África e o Oriente Antigo. Constavam também no seu comércio mercadorias como: cobre. Ouro, prata, marfim, madeiras raras, lápis-lazúli, turquesa, mirra, especiarias, peles de animais exóticos e plumas de avestruz. Arquitetura: Como moravam os egípcios: As casas de moradia eram construídas de argila (adobe). As casas do povo em geral modestas e de tamanho também modesto. Feitas de tijolos com madeira, similares as da Mesopotâmia. Já as casas (os palácios) dos faraós eram dotadas de todo o conforto necessário, havendo a mistura de materiais: pedra, tijolo e madeira. As mastabas que eram túmulos do Antigo Império, feitos de pedras, assim como também as pirâmides e os templos. Temos nos palácios o uso de degraus para entrada, poucas aberturas ou quase nenhuma, muitas esculturas e o uso de colunas que tinham a função de sustentação. Os capitéis das colunas egípcias foram inspirados em flores ou folhas de certas plantas: Capitel lotiforme: representava várias flores fechadas sobre os caules da coluna em feixe, ou uma só flor fechada com o fuste cilíndrico. Capitel papireforme: inspirado em um feixe de papiro amarrado. Capitel campaniforme: inspirado na flor de lótus aberta, que se assemelha a uma campainha invertida, decorada com pétalas. Capitel palmiforme: ornado por folhas que se afastam do fuste, e geralmente mais recente. No Antigo Império as colunas se apresentavam fazendo parte da parede da construção e eram chamadas de colunas em feixe. Sem ornamentação como as mais recentes. O gosto pela decoração, pó vezes, chega a enfraquecer a intensidade do sentido religioso. Todas as suas construções seguiam as orientações dos pontos cardeais. As paredes de suas construções eram inclinadas para que dessa forma fossem mais bem conservadas. Suas construções, por vezes, aproveitavam as encostas como temos o Templo de Ramisés II em Abu Simbel (séc. XIII a.C.). O desejo ardente de sobrevivência nos egípcios se manifestava principalmente na arquitetura sacra. Para as divindades imortais era preciso residências indestrutíveis, por acreditarem numa outra vida mais longa do que a permanência 10 do homem na terra, exigindo sepulturas inalteráveis. Por outro lado os palácios reais tinham um caráter temporário. As dimensões e as formas geométricas da arquitetura egípcia conferem-lhe um caráter tão imponente como austero. Escultura: Material: madeira, pedras duras como o basalto, o diorito e o granito que foi mais utilizado. Antigo Império: realista nas representações de pessoas comuns e idealizadas, como as dos faraós, para marcar seu caráter semidivino. Médio Império: estilizada e convencional. As estátuas dos faraós são idealizadas, seu caráter particular está atenuado, devendo os seus traços evocar, antes de tudo, o poder e a imortalidade. O desejo de imortalidade comanda a escolha dos materiais e as proporções das obras (muito grande). Seguiam também a lei da frontalidade, as peças eram feitas para serem vistas de frente, no caso da pintura isto fica mais evidenciado. Esta característica confere a obra certa ausência de dinamismo. Muitos de suas esculturas continha também à presença de pintura. Relevos: Três métodos: Baixo-relevo: esculpir as figuras com ligeira saliência. Alto relevo: as figuras são esculpidas, mas o último plano não é talhado em profundidade, de modo que o trabalho não se desprega da superfície da pedra. Gravura: consiste em gravar unicamente os contornos das figuras nas pedras. Os relevos ornamentam as paredes dos templos e dos santuários. A sua finalidade era contar os altos dos reis, as atividades humanas necessárias à vida futura. São verdadeiros filmes, fáceis de ser compreendidos, conferindo-lhes um caráter didático. Muitas vezes os egípcios chegavam a escrever hieróglifos nos espaços vazios, devido ao desejo de registrar o maior número de fatos. Pintura: A pintura egípcia não conhecia a sombra. As cores usadas eram muito reduzidas: O vermelho tijolo: é para a pele dos homens. Ocre amarelado: para a pele das mulheres Preto: cabelos e olhos. Outras cores eram usadas para os adornos e os ornamentos. A fim de chamar a atenção para uma determinada figura, desenha-se esta com uma escala maior. Não representavam a perspectiva. Obedeciam as leis da frontalidade. Contavam histórias, feitos dos reis, cenas domésticas, cerimônias e etc. Havia muitas regras e convenções a serem seguidas. 11 O artista não tinha o reconhecimento que tem hoje, não existia esta classe separada, e sabe-se que grandes obras artísticas foram construídas sobre coação e sobre o regime de escravidão. A ARTE DO MAR EGEU – ILHA DE CRETA Situada no Mediterrâneo, a ilha de Creta nos revela um mundo diferente do que estávamos acostumados nestes períodos que compõem os povos da antiguidade. A história de Creta, a partir de aproximadamente 2800 a. C., costuma ser dividida em três grandes fases: Minóco Antigo2800 - 2100 Mnóico Médio 2100 - 1580 Minóico recente 1580 - 1100. Deteremos-nos na época da reconstrução dos palácios, onde começa o grande esplendor da civilização cretense, a partir de 1700 a.C. CIVILIZAÇÃO: A posição central no Mediterrâneo, por certo favorecia o intenso comércio que Creta fazia com: Egito, Síria, Mesopotâmia e os povos das Cíclades (Grécia). Sabe-se através de estudos que por volta de 1400 a.C. houve um colapso da civilização minóica, possivelmente em razão de um maremoto causado pela erupção de um vulcão que fez desaparecer quase totalmente a ilha de Thera, hoje Santorim. Pelo número significativo de estatuetas femininas encontradas em Creta, percebe- se a importância da figura feminina na formação social. Sociedade monárquica-Rei Minos, de onde se originou o termo “civilização minoica”. Religiosamente, a supremacia da mulher cretense é inegável e óbvia; é a sacerdotisa: os sacerdotes surgiram mais tarde e apenas como acólitos. Afinal, a augusta divindade de Creta é a Grande Mãe... Não foi por ironia que Plutarco afirmou que os cretenses chamavam a seu país não de pátria (de patér, pai), mas de mátria (de máter, mãe). Na ilha de Minos a mulher não governava, mas reinava. (Junito de Souza Brandão, Mitologia grega, 1991, p. 61). CURIOSIDADE: Nas escavações feitas em Creta foi encontrada uma oficina de fiar e tecer, provavelmente uma pequena indústria têxtil, que trabalhava para o povo em geral. 12 Grandes depósitos de moluscos foram encontrados em Creta de onde se extraía a púrpura para tingir tecidos. As outras tinturas feitas com pigmentos vegetais e minerais. Os homens cretenses, bem como as mulheres, exibiam uma cintura extremamente fina, o que somente poderia ser conseguido com o uso de um cinto rígido desde a infância. ARQUITETURA: Palácios com salas amplas, e com soluções mais evoluídas em questão de aproveitamento de espaço. Um pátio ao centro, que servia também para iluminação, com diferentes elementos dispostos ao redor deste pátio. Dois ou mais andares, o que exigia conhecimento arquitetônico além do rudimentar. Uma sala principal chamada de mégaron, salas das mulheres ou thálamos que se comunicava com o mégaron por meio de corredores sinuosos fáceis de vigiar. Usaram muita madeira na construção destes palácios, e por isso desapareceram, sabemos de sua existência através da pintura. A madeira era usada na elaboração das escadas, dos pisos, tetos, vigas e das colunas. As colunas tinham aparência de tronco de cone, e capitel eqüino (design comum aos ouriços-do-mar, encontrados no Atlântico e no Mediterrâneo, com forma discóide), característica da arquitetura cretense. Os palácios de Cnosso e Tirinte são os mais conhecidos. Túmulos, como o “Tesouro de Atreu”, também foram encontrados em Creta. O material usado para estes túmulos era a pedra, e o elemento arquitetônico era a abóbada. Os túmulos eram feitos em encostas. ESCULTURA: Uma única escultura de monumental foi encontrada que é a “Porta das Leoas”, na Acrópole de Micenas. As outras esculturas de pequenas dimensões são estatuas de deusas que seguram serpentes nas mãos, com seios expostos, pequenas estatuas de touro, acrobatas. O material variava: ouro, marfim, madeira e cerâmica esmaltada. Outros objetos como: os dois copos de ouro de Váfio, são verdadeiras obras primas, máscaras funerárias. Nas tumbas foram encontrados: anéis, braceletes, golas, presilhas de cabelo, colares de lápis-lazúli, ágata, ametista e cristal de rocha intercalados com pérolas. A cerâmica aparece com elevado nível de desenvolvimento. Na gruta de Camares foram encontrados vasos de mesmo nome. Sua cerâmica é de fina espessura, chamada de casca de ovo, decorados com figuras marinhas. Tinha também os “ritones”, vasos em forma de touro de cerâmica rústica ou vitrificada, certamente com valor ritual, por ser encontrado nas grutas. 13 PINTURA: Técnica do afresco em murais nas paredes dos palácios, com influência da pintura egípcia pela presença da lei da frontalidade (não é contudo tão generalizada) e o uso das cores chapadas. Contudo em Creta, uma ligeira modulação da cor aparece por vezes no limite das zonas, de modo que estes afrescos são menos severos do que os egípcios. O homem com a cor avermelhada e as mulheres amareladas, também nos remetem a cores usadas no Vale do Nilo. Sintetização das formas, ritmo linear, as silhuetas parecem se animar. É freqüente a presença de touros nas pinturas. As faixas ornamentais em torno das pinturas, com formas estilizadas. Os principais temas: desfiles, atividades da vida cotidiana, representação da fauna e da flora, sobretudo da marinha. GRÉCIA Resumo dos períodos da Arte Grega: Períodos Arte Épocas aproximadas Pré-helênico Cicládica ou egéia 2700 a 1600 a.C. Minóica ou cretense Micênica 1600 a 1150 a.C. Helênico Idade das Trevas 1000 a 700 a.C. Arcaico 700 a 480 a.C. Clássico 480 a 323 a. C. Helenístico Império Grego 323 a 30a . C. (Magna Grécia) ARTE GREGA: Complementação da Arte Egeia (Estuda na parte de Creta) Arte Pré-Helênica: Quando o Egito estava se desenvolvendo a Grécia estava surgindo. Os dóricos que habitavam todas as ilhas, principalmente a Península Balcã, onde a fica Grécia. ARTE CICLÁDICA: Tem esse nome por ter se desenvolvido nas ilhas Cíclades, também conhecida como arte Egéa, porque as ilhas Cíclades estão situadas no Mar Egeu. As produções artísticas mais importantes das ilhas foram: 14 Os Ídolos Cicládicos com 70cm a no máximo100cm de altura, formas bem simplificadas, nariz triangular, ombros com ligeira inclinação, geometria cilíndrica. Estes ídolos estão as vezes de pé, outras vezes sentados tocando instrumentos. As panelas Cicládicas, com formas circulares e ornamentadas com espirais, feitas de cerâmica. ARTE MICÊNICA: As cidades mais importantes onde se desenvolveu a arte Micênica foram Micenas e Tirinto, que eram habitadas por povos guerreiros que dominaram todo o mediterrâneo. Sua arte é voltada para a representação da guerra ou da caça. A arquitetura da arte Micênica era como a de Creta no que diz respeito aos palácios. As casas foram destruídas pelo tipo de material que eram feitas (madeira e argila). A escultura teve destaque pela monumental porta dos leões, que fica na entrada da cidade de Micenas. As artes menores são: máscaras funerárias em ouro, os canecos também em ouro e o vaso dos “semeadores” feito de pedra esculpida. Este material foram encontrados nas tumbas. A principal tumba é a “Tesouro dos Atreus”, que tem forma circulas uma passagem com um corredor estreito e coberto por uma falsa cúpula. A pintura mural e a cerâmica tinham características da pintura de Creta. ARTE GREGA: Período Helênico – 1000 a 323a.C. Idade das trevas – 1000 a 700a.C. Arcaico- 700 a 480 a.C. Clássico – 480 a 323a.C. ARQUITETURA: Na idade das trevas é desconhecida, nesse período já existiam os templos que eram feitos em madeira. No período arcaico o templo era feito em pedra e já apareciam duas ordens: 1o. Ordem Dórica – considerada com forma masculina pela estrutura sinuosae forte dos capteis. 2o. Ordem Jônica – considerada com forma feminina pela delicadeza das volutas dos capitéis. Uma ordem arquitetônica é composta de: base, coluna e entablamento ou piso, sustentação e cobertura. 15 Acrópole – colina das cidades gregas onde abrigavam os edifícios sagrados dos deuses. Na acrópole havia o propileu que era o portão de entrada do templo e o temeno que também era um espaço sagrado como um altar. As cerimônias religiosas eram feitas fora dos templos, essas cerimônias eram feitas com animais, que depois de mortos eram examinados pelo oráculo, tiravam suas vísceras e com o resto fazia-se um grande churrasco. Na frente dos templos dóricos eram colocadas colunas em números pares. Nas laterais eram o dobro das colunas da frente mais uma. Ex.: Parthenon (oito colunas na frente e dezessete em cada lateral). O Parthenon é um templo períptero, ou seja, rodeado de colunas. Nos templos jônicos eram colocadas colunas na frente e atrás e as laterais eram formadas por grossas paredes. Ex.: Erecteion Cariátides são colunas em forma de figuras de mulheres, o Erecteion que fica na Acrópoles de Atenas, é o único templo que possui Cariátides. TEATROS GREGOS: Os gregos gostavam da vida ao ar livre, e as construções de seus teatros não fugiram a regra, eles eram construídos nas encostas das colinas onde havia o aproveitamento da acústica natural. A planta sempre semicircular e dividida em três partes principais: arquibancadas em pedras, com sistema de escoamento de água nas laterais, no centro uma parte circular chamada de orkestra, onde havia no centro a imagem do deus Dionísio. Por fim havia o palco de forma retangular com uma parede atrás onde ficavam dezenas de compartimentos (camarins). ESCULTURA GREGA: 1a. fase (idade das trevas) A escultura é considerada como arte por excelência grega, quer dizer, os gregos chegaram ao máximo de conhecimento técnico e estético sobre esta arte. Começa na idade das trevas no período arcaico com um estilo dedálico, de aspecto muito simples, feitas em série e o material utilizado era a terracota. As formas eram simplificadas, as mulheres sempre vestidas e os homens sempre nus, suas cabeças eram de forma oval. Eram imagens dedicadas aos deuses e às vezes eram os próprios deuses. Elas mediam cerca de 1,20m de altura. 16 2a. fase (período arcaico). Fase dos couros e das coris. Couros eram figuras masculinas nuas, em posição de passo aberto, anatomia esquematizada. Imagens com aspecto bastante rígido. As coris, figuras femininas, vestidas com seus peplos, no início com drapeamento moderado, mais tarde bastante drapeado e detalhes como pregas, também com aspecto rígido. Os materiais são, sobretudo o mármore e o bronze. Tanto os couros quanto as coris eram de função religiosa, e os dois têm como característica o sorriso “arcaico”.‟ 1 As esculturas do 1o. período, até o clássico, eram idealizadas, só no período helenístico que elas tomaram o aspecto realista. Na 3a. fase, no período austero já existia alguns elementos como a figura composta no eixo vertical; uma perna fixa e a outra mais à frente. O ombro com uma leve inclinação, rosto sereno, sem o sorriso, o nariz reto se alongando na linha da testa. Também temos a anatomia mais detalhada com rosto compenetrado. ESCULTURA DO PERIODO CLÁSSICO: (período helênico) O período clássico foi marcado pela escultura com o ideal de beleza, atingindo o máximo no século Va.C., século de ouro, do período de Péricles, com as esculturas de Fídias. Fídias usava “o número de ouro”, era uma proporção que dava o máximo de equilíbrio visual à escultura. O que caracteriza o período clássico é a proporção ideal. Havia uma predominância nas representações de jovens atletas e deuses, e o corpo sempre em movimento. Os materiais mais utilizados foram o mármore e o bronze. A maior parte das obras de arte só chegou aos nossos tempos devido as cópias romanas, se perdendo as originais nas guerras, que eram derretidas para fabricação de armas. Sabemos através de historiadores que as esculturas originais da Grécia eram pintadas, tinham vestes coloridas e detalhes em ouro e pedras preciosas, já as cópias romanas não eram pintadas. A partir deste período o artista deixa de ser anônimo, onde podemos destacar os artistas da primeira fase: Fídias: fez o frontão e o friso completo do Parthenon. Foi o escultor mais importante desta fase, fez a estatuía da deusa Atena. Policleto: Fez o “cânon de sete cabeças”. Significava que a escultura da figura humana tinha a altura proporcional à sete vezes a medida da cabeça. O pé seria três vezes o tamanho da palma da mão, uma de suas obras: “ o Dorifo”. 17 Miron: suas esculturas estão sempre em ação, por isso fazia muitos atletas, como exemplo tem “o Discóbolo”. Escopas: No século IV a.C. através da obra de Escopas temos vestígios de emoções representadas nas expressões faciais de suas esculturas, o que confirma o seu grande interesse pela figura humana e não divina.Suas representações quase sempre têm aparência atormentada. Suas obras: “Demeter de Cnido” e “Hermes de Olímpia”. Praxíteles: foi o primeiro escultor a esculpir figuras femininas nuas. Suas obras: “Hermes com Dionísio menino”. Praxíteles usava uma técnica de disfarçar os suportes das estátuas, cobrindo-os com o próprio material criando às vezes um panejamento ou uma vegetação. Lisíppo: último dos escultores do período clássico. Esculpiu “Alexandre Magno”. Lisíppo implantou o cânon de oito cabeças, por isso suas esculturas são maiores. PERÍODO HELENÍSTICO: Caracterizado pelo grande império grego, quando começa a Grécia começa a conquistar territórios. O mundo helenístico vai além das fronteiras, com a presença de mistura de tendências: clássicas, helênicas, e regionais, sofrendo influências de culturas muito amplas. ARQUITETURA: Acréscimo de mais uma ordem arquitetônica: a ordem Corinthia, que é uma evolução da ordem jônica, caracterizada pelo capitel com volutas simples e folhas de acanto, adquirindo um aspecto mais decorativo. Nesse momento também se encontra a utilização de plantas de base circular, bem como construções com a utilização de ordens arquitetônicas misturas: dórica com corinthia, jônica e conrinthia, etc. ESCULTURA: Continua no caminho da escultura clássica. Na “Grécia clássica” foram iniciadas a valorização do homem com sua capacidade intelectual. As quatro tendências da escultura: 1a: Equilíbrio entre a forma perfeita e a real: “Colosso de Rhodes” – feito por um aluno de Lisippo era de bronze, considerado como uma das sete maravilhas do mundo, representava o deus sol. Localizava-se na entrada do porto, onde os navios, para entrarem, deveriam passar por baixo da escultura. 18 É do período helenístico, se apresenta de forma idealista e realista. “Vênus de Milo” – Mede 2,03m de altura, está no museu do Louvre, é de mármore e de autor desconhecido. “Vitória da Samotrácia” – mede 2,45m de altura, feita para ser colocada na proa de uma embarcação, para comemorar uma vitória naval dos gregos sobre forças invasoras. A guerra da Samotrácia. Feita em mármore cor de rosa. 2a. Tentativa de realismo: Os artistas mostram velhos embriagados, crianças com seus animais, etc, sempre com a tentativa de tornar a escultura com aparência realista, produzindo trabalhos inspirados em cenas reais. O período helenístico era a busca do aperfeiçoamento técnico e real, valorizando o tamanho real, e não ideal como no clássico. Os artistas usavam modelos para fazer seus trabalhos. 3a. Grupos escultóricos: “Grupo do Laoconte e seus filhos” – são três figuras esculpidas aparentando ar de desespero. Ogrupo do Laoconte faz parte de duas tendências de grupos escultóricos e cenas dramáticas. 4a. Cenas dramáticas: Esculturas de um chefe gaulês que mata a mulher e se suicida. A escultura é dotada de toda dramaticidade que pede uma situação de assassinato seguido de suicídio. RELEVOS: *Helênico *Helenístico São usados nos túmulos, nas ornamentações dos templos, santuários e fazem parte da arquitetura, ocupando todo o espaço deixado pela arquitetura. Os frontões são bens exemplos. A temática é representada com agrupamento de pessoas e animais (cavalos), atingindo movimentos mais livres e rompendo convenções. A arte do relevo é uma arte narrativa com cenas do cotidiano, jogos, lutas, procissões e festividades. Os dois tipos de relevos são: Alto relevo – quando sai da placa mais da metade da figura. Baixo relevo – quando fica próximo da placa. Incisão – é quando se faz apenas sulcos na placa. Os relevos aparecem sobretudos nas estelas funerárias. No período arcaico os relevos são compostos de figuras rígidas. Normalmente representadas em passo fechado. No período clássico, as figuras são mais elaboradas e dotadas certa leveza. Há a busca da forma perfeita, esculturas com braços em movimentos e passos abertos. 19 No período helenístico são mais dramáticas e movimentadas. Há também valorização da técnica, contraste de texturas da pele e da roupa. Hermes e Dionísio são do período helenístico, eles apresentam expressão de angustia. “A procissão das panatenéias”, baixo relevo do período clássico, encontra- se no Parthenon. Pintura Grega Da pintura grega antiga não resta hoje mais do que reduzidos vestígios, e dela pouco se sabe com segurança. Isso não significa que não houve produção. Fontes literárias da época nos trazem a identificação do cultivo da pintura em várias técnicas desde o período arcaico, com o desenvolvimento de várias escolas distintas, com artistas que foram celebrados por seus contemporâneos e cuja fama chegou aos nossos dias, como Polignoto, Zeuxis e Apeles. Mas devido à fragilidade dos materiais quase tudo se perdeu, exceto alguns notáveis murais em tumbas dos séculos IV e III a.C., especialmente em Vergina, na Macedônia. Sobrevive, por outro lado, expressiva produção de pintura aplicada à decoração de objetos utilitários, como os vasos. PINTURA GREGA: (período helenístico). O que temos de demonstrativo da pintura mural grega é o que foi encontrado em Pompéia, pois sabemos que a arte romana usou a arte grega como modelo. E a partir da pintura de Pompéia podemos ver que o grego já representava de maneira simplificada a perspectiva. Pintura na cerâmica: Os originais gregos existem até hoje, podemos vê-los espalhados em muitos museus pelo mundo afora. Existiam três técnicas de pintar a cerâmica: 1a.- Figura negra: pintava-se a figura de negro, contornando a silhueta com buril fazendo sulcos e preenchendo com outras cores. O traço desta produção é rígido. 2a.- Figura vermelha: a figura fica da cor natural da cerâmica (vermelha), e o resto eles pintavam de negro dando possibilidades maiores ao artista, não precisando fazer o sulco na cerâmica, o que facilitava o trabalho. ARTE ETRUSCA (séc.: X a III d.C.) 20 A chegada do Oriente civilizado ao Ocidente fez-se por duas vias: através das regiões danubianas da Europa Central e Marítima, ao longo das costas do Mediterrâneo. Com a chegada do metal (o cobre e depois o bronze), a evolução do Ocidente acelera e desenvolve com isto potentes civilizações como: Cartago, Celtas e os Etruscos. Bronze – em Sardenha –(civilização sarda). Encontramos figurinhas de guerreiros armados. Suas representações apresentam características modernas como: formas alongadas (filiforme) semelhantes a obras de Giacometti e Richier. Ferro – Europa Ocidental em Hallstatt (tribo) (Áustria), descoberta de uma grande necrópoli. Etruscos – Itália Central. Gauleses –(Celtas) – Alemanha, França e Suíça – grande fabricação de objetos em metal com extremo domínio de técnica. La Tène (tribo) na Gália – escultura em bronze – uma “dançarina” e uma Vênus “helenística”. A Gália e conquistada por Roma e deixa que a arte romana a influencie, mas contudo conserva o aspecto geometrizado de suas figuras humanas. Cartago – ao sul da bacia do mediterrâneo, elo entre o mundo Egeu e o Próximo Oriente. Fundada por fenícios que estavam em dificuldades pelo crescente poder dos Assírios. Pelo seu posicionamento estratégico, manteve comércio com a Sicília, Sardenha, Espanha e Tunísia. Roma, sua grande rival, empreendeu as Guerras Púnicas, onde Cartago foi vencida e seus habitantes foram chacinados. Púnico – relativo a Cartago e também a traidor. Quase nada restou depois das Guerras Púnicas. Somente em algumas partes subterrâneas dos túmulos foram encontradas: esculturas, máscaras funerárias e outros objetos em barro e pasta de vidro. Arte muito influenciada pelos gregos e pelos egípcios (formas arcaicas). EX.: Tampa do Sarcófago “da Sacerdotisa” representava talvez a “Deusa TaniT”. “A Dama de Elche”. Etruscos – não sabemos ao certo sua origem – Norte? Ásia? Mediterrâneo Ocidental? Situado entre o mar Tirreno, o Arno e o tibre. Exímios metalúrgicos, os etruscos alimentam o comércio exterior com suas produções. No fim do século VII a.C. os etruscos estendem-se para o sul e fundam Roma . Mais tarde, no séc VI a.C. ocupam a Campânia e fundam Cápua. No fim do séc. VI a.C. atravessam os Apeninos e se espalham para o norte. Repelidos pelos povos itálicos principalmente os gauleses, acontece sua decadência. A Etruria então é reduzida a sua própria fronteira e cai em hegemonia romana. Em sua arte temos a pedra reservada para os túmulos e as fortificações. 21 Para a arquitetura os etruscos usaram a madeira e o tijolo cru ou cozido. Razão pela qual nada temos, a não ser através de textos romanos ou através de modelos reduzidos de terracota para uso votivo. Templos – planta retangular, pórtico com dois pares de colunas ... Coluna toscana e o uso do arco. Arquitetura funerária: havia a intenção de entregar o morto a terra. Túmulos hipogeus, ou seja, subterrâneos, assinalado ao nível do solo. A parte interna do túmulo apresentava uma cobertura horizontal sustentada por pilares ou as vezes por cúpulas. Crença: através do aspecto do túmulo o defunto continua a viver para além da morte, (presença de mobiliário – bancos, poltronas de pedras, etc.). Cenas de banquetes, festas e de danças são pintadas nas paredes, e também cenas domésticas. A pintura não é decorativa exclusivamente, tem a função de recriar a vida do morto pelo significado das imagens (magia). Temas – paisagens, animais e sobretudo cenas da vida cotidiana. Séc. V a.C. – desenhos coloridos e mais bem elaborados. Ex.: Túmulo dos leopardos. A crise política e econômica dos séculos IV e III, aparecem nas pinturas. Agora não há mais pinturas de festas, e aparecerem rostos desolados e pensativos nos banquetes fúnebres, como se estivessem meditando sobre a morte. Ex. o túmulo dos escudos que pertencia a família dos Velcha e retratam a melancolia da aristocracia decadente. Escultura – material – argila e bronze. Seu aspecto e parecido com a escultura arcaica grega. Ex. Apolo de Veies. Interesse pelo rosto humano que acabaram por inventar o retrato, através da escultura funerária. Os canopos – vasos cinerários antropomorfos – o corpo do defunto é reduzido à forma do vaso e a cabeça é a tampa. Tampas de sarcófagos – corpos deitados, os rostosrecebem destaque de acabamentos. Bronze – objetos, vasos de formas elegantes e requintadas. Loba e quimera de Arezzo, animal trabalhado de forma sintética. Cabeças de bronze – realismo característico desta arte. ROMA (c. de 753 a.C. até 476 dc.) Roma foi criada entre sete colinas, duas dessas habitadas por Latinos e Sabinos que eram povos pastores e religiosos. Os Etruscos eram povos guerreiros e tinham comércio expressivo com a Grécia, fundando a cidade de Roma com um acordo feito entre os Sabinos e os Latinos. Períodos: 22 1o.- Período da monarquia: vai de 753 a 509 a.C. Era uma dinastia de reis. Rômulo foi o primeiro rei. Roma foi fundada nesse período. Com a derrota dos Tarquinos, acabou o poderio Etrusco, foi então proclamada a república. 2o.- Período republicano: vai de 509 a.C. a 27 d.C. O governo passa a ser público. Otaviano recebe do senado o titulo de augusto, chefe do estado = 1o. ministro, supremo do governo. Era eleito por voto dos cidadãos. Cristo nasce no período republicano. 3o.- Período do Império: vai de 27 a 476 d. C. É nesse período que o império romano do ocidente cai em decadência. CIVILIZAÇÃO: Existia a devoção a deusa Vesta – protetora dos lares. O pai era uma figura muito importante, dominador. A religião em Roma não era muito sólida, a classe dominante assumiu a religião grega, só que modificaram os nomes dos deuses. Ex.: Dionísio = Baco ARQUITETURA: Principais características: Uso do arco A cúpula Ordens arquitetônicas sobrepostas: dóricas, jônicas e por vezes a compósita; que é uma criação romana. A falsa coluna, não utilizada para sustentação, só é usada de forma decorativa. A abóbada de berço. Frisos Elementos geométricos na abóbada que serviam para dar mais leveza visual, com função de embelezar. Os romanos usavam sobretudo tijolos de vários tamanhos e formas de acordo com o tipo de construção. O tijolo de forma retangular servia para as partes mais arredondadas das abóbadas. Usavam madeira para andaimes, portas e janelas. A pedra de cantaria, também era uma pedra que poderia ser trabalhada assim como o mármore e o granito. As construções eram feitas com um material chamado de tufo, que era pulverizado e depois de molhado se tornava um tipo de concreto. As paredes eram feitas com a técnica do “ a sacco”, que consistia na construção de duas paredes de tijolos e entre elas jogavam pedras, tijolos e por último o tufo. O tufo também é chamado de “pozzolana”. 23 Roma tem uma arquitetura muito ampla. Os romanos não se preocupavam em juntar naturezas e arquitetura, por exemplo as arquibancadas dos teatros eram construídas por altas paredes, diferente da arquitetura grega, que aproveitava a inclinação das colinas para a construção das arquibancadas. Alguns tipos de arquitetura em Roma: Odeons – pequenos teatros para música. Termas – salas para banhos, massagens, bibliotecas, ginástica. Era como um clube. A construção era muito grande chegava a medir 400x240 m de área, exemplo temos as “Termas de Caracala”. Templos – estavam sobre um podium, sua arquitetura era parecida com a dos gregos. Suas bases variavam de retangulares, redondas e poligonais, sendo esta última inventada pelos romanos. Usavam também as ordens arquitetônicas... Exemplo: “Templo do Panteon”, que era o templo de todos os deuses. O templo não era um lugar de cerimônias religiosas, e só entravam nos templos os sacerdotes. Anfiteatros – são dois teatros de forma oval. O “Coliseu” é o mais importante, e depois o de “Arena” que se encontra em Verona. Colunas votivas – de caráter narrativo, tinham a função de ornamentar a cidade e lembrar as pessoas os feitos dos imperadores, era narrada toda a história de guerras, era esculpida em relevos. Arcos de triunfo – Ornamentavam as cidades e narravam também os feitos dos imperadores. Exemplo: Arco de Tito, arco de Constantino e Arco de VII Severo. Fontes – as águas eram trazidas para as cidades, canalizadas pelos aquedutos Ornamentavam as cidades, serviam também de estradas. A população se abastecia de água através das fontes. Estradas – “Via Ápia”, ligava Roma até Cápua. Circo – tinha a forma oval, com uma espina (servia para dividir a estrada). Tinha 600m de comprimento, com tribuna do imperados e arquibancadas, esses circos eram destinados as corridas de carros (bigas). Tinham portas e arcos na entrada. 24 Hipódromo – destinados a corridas de cavalos. Tumbas – podiam ser em forma de pirâmides, monumentais ou em forma de templo. O povo de uma forma geral era cremado. Os cristãos por se negarem a cremar os corpos, eram enterrados nas “coemetrias” – que são galerias subterrâneas. A terra tirada para fazer estas tumbas servia para fazer a “pozzolana”, hoje estas “coemetrias” são cemitérios. Exemplo de tumbas: “Caio IV” – piramidal, “cecília Metela” – monumental. Basílica – tribunal de justiça ligado ao comércio, tribunal de pequenas causas. Cúria – sede do senado romano destinado a pessoas idosas. Fórum – praça onde ficavam os edifícios públicos mais importantes da cidade. Sua forma era retangular. Comidium – podium (lugar alto) serviam para fazer comícios. Casa Romana: Domus – as casas mais importantes foram as da cidade de Pompéia e as casas da classe média, que eram de pequenos comerciantes. De uma forma geral as casas romanas não tinham janelas com vista para fora, as janelas estavam voltadas para o pátio interno. Tinham apenas uma porta de entrada que dava acesso ao vestíbulo e chegava até ao pátio, chamado de atrium, este pátio tinha um peristilo (varanda com um pátio ao centro contronado por colunas). Todo pátio tinha um tanque onde era coletada a água da chuva, chamado de impluvium. O atrium era a parte mais importante da casa, tinha estátuas, máscaras mortuárias do patriarca. Este atrium dava acesso a outras partes da casa como: dormitórios, tablinio, (sala de recepção para receber visitas), bibliotecas, geneceu (lugar onde as crianças brincavam) e o triclínio (sala de almoço). Características das casas: Fechada por fora e aberta para dentro. Jardins internos. Não tinha pé direito alto. Cômodos pequenos. Pisos normalmente de mosaico, sobretudo mos espaços nobres como o atrium. Pinturas nas paredes, principalmente no peristilo. Sauna interna para banho quente. Quando a casa era de um comerciante, tinha uma porta exclusiva para o comércio. 25 A família era formada por: pai, mãe, filhos, agregados, escravos e etc., por isso que as casas tinham tantos compartimentos. Vila –casa de campo romana que quase desapareceu. A vila renascentista se inspirou na vila romana. Insulae - casa de aluguel, chegando a ter cinco unidades, com vários cômodos, cozinha comum a todos, sem higiene adequada. Palácios – residências dos imperadores tinham nesses palácios: templos, guardas, termas, parte para visitas, apartamentos de mulheres, salas de recepções, templo de Júpter, atrium e etc. era todo murado, com grandes portões de entrada. Exemplo: “Palácio de Deucleciano”. Escultura Romana: De caráter urbano, político e para perpetuar o nome dos imperadores. Suas representações eram feitas com suas roupas militares, muitas medalhas, conferindo assim mais importância. Todos os traços eram individuais, bem realistas. O busto retrato foi uma criação romana, sendo muito difundida em cera e depois em bronze. Nas esculturas romanas o lado físico e o rosto expressivo eram bastante captados pelo artista. Praxíteles (primeiro grego a representar uma mulher nua) foi muito copiado por Roma, suas estátuas enfeitavam os peristilos os atriuns nas fontes das casas. Esculturas tipicamente romanas:Estatuas eqüestres – monumentos de esculturas nas praças das cidades para enfeitar. Exemplo: Estátua Eqüestre de Marco Aurélio. Estátuas dos deuses – são cópias gregas e os romanos não davam tanta importância. Relevos – os baixos-relevos nos altares e ara paces-altar construído em honra a Augusto, todo ele é coberto de relevo. Retratos dos imperadores – os relevos tem caráter histórico e narrativo. Nas tumbas e nos sarcófagos tinham relevos funerários, sobretudo o casal que era enterrado junto, mostrando um busto retrato com algumas figuras da mitologia romana. 26 As ornamentações em relevo – tinham as guirlandas, que eram usadas nas festas pagãs esculpidos com flores e frutos. Usavam também nos frisos elementos estilizados bem coloridos. Pintura romana: Foram encontradas nas casas de Pompéia e Herculano: Pintura mural com a técnica do afresco. Esta pintura cobre quase que totalmente as paredes das casas. Faziam o “trompe-l’oeil”. São quatro os estilos da pintura: 1- Estilo de incrustação – consiste na imitação de material de acabamento – imitando mármore, madeira. 2- Estilo arquitetônico – consiste na imitação de elementos da arquitetura – colunas, frisos, capitéis, molduras. Estes dois estilos têm como base uma valorização da parede. 3- Estilo ornamental – consiste numa evolução do 2o. estilo, consiste na imitação de elementos da arquitetura mais decorado com elementos da flora. 4- Estilo ilusionista ou cenográfico – é uma síntese dos três estilos anteriores, com a presença da perspectiva com a finalidade de ampliar o espaço local. Estes dois últimos estilos anulam a parede e ampliam os espaços. Temas usados na pintura são: Paisagens urbanas Paisagens com ruínas Paisagens campestres Paisagens com imagens do cotidiano Retratos de forma bem realistas Cenas mitológicas, principalmente as proezas heróicas inspiradas na Ilíada e na Odisséia Cenas dramáticas Natureza morta (composição com frutas, legumes, flores e as vezes animais de caça). Pintura para decoração: Candelabros Pequenos gênios Arabescos Elementos da flora Molduras e frisos 27 A pintura romana tinha um aspecto impressionista, quando o artista fazia pinceladas rápidas e a utilização do claro escuro. INICIO DA ARTE CRISTÃ (C. DE 100 d.C. até 476 d.C.) Arte Paleocristã arte primitiva dos cristãos = arte dos 1º cristãos A cultura romana foi adaptada pela cultura helenística, mas com o decorrer do tempo outras religiões foram surgindo como religiões vindas do Egito e da Índia. Temos também o surgimento do cristianismo em Roma, e com o seu crescimento, os cristãos passaram a ser perseguidos, principalmente as classes mais pobres. Os romanos justificavam as perseguições aos cristãos pela nova filosofia de vida que transformava o comportamento das pessoas. A participação das mulheres foi de grande importância para a expansão do cristianismo, principalmente na classe dominante. Com a expansão do cristianismo nas classes dominantes, e a falta de um espaço para os cultos, as famílias doavam suas casas, que eram reformadas para se transformar em batistérios. Períodos da arte paleocristã: 1º Período – Catacumbário: Cerca de 200 d.C. até 313 d.C. – as reuniões eram feitas nas catacumbas ou galerias abandonadas. O período catacumbário só chegou ao fim quando Deucleciano (Imperador Romano) fez uma matança geral com os cristãos, colocando todos eles no Coliseu para serem devorados pelos leões, foi um verdadeiro massacre, uma covardia. A religião cristã passou a ser permitida depois da reunião do Edito de Milão, organizada pelos dirigentes romanos em 313 d.C., no governo de Constantino. A partir desse período passaram a ser construídas as Basílicas. 2º Período – Basilical: Cerca de 310 d.C. até 476 d.C. – Fim do período paleocristão. Com a queda do Império Romano do Ocidente houve uma dissociação com a invasão dos bárbaros. A partir desse período os cristãos puderam construir suas basílicas. Com o número de grandes seguidores, os templos deveriam ser grandes para se reunirem e discutir sobre a bíblia. 28 Os cristãos buscavam seus modelos nas basílicas romanas, como adaptação também da casa romana. A única coisa que se relacionava com a basílica era a sua construção, sua função eram totalmente diferentes. PERÍODO CATACUMBÁRIO ARQUITETURA: I que restou deste período foram algumas casas na cidade de Dura-Europos, que se mantém conservadas até hoje. As outras foram destruídas ou construídas outras igrejas por cima. ESCULTURA: Os cristãos eram contra os pagãos por eles representarem seus deuses através da escultura, por isso no início os cristãos eram contra a representação através de imagens, sendo assim neste período praticamente não existem esculturas. O que existe são relevos em sarcófagos, muito parecidos com os relevos romanos pagãos, apenas o que mudava era o tema: O Bom Pastor, e em cima do sarcófago tinha a imagem do morto. PINTURA: Ao contrário da escultura a pintura foi muito difundida, era uma forma de passar aos fiéis as mensagens do antigo testamento. Suas técnicas eram simples, assim como os próprios cristãos, eles mesmos eram os pintores (amadores e escravos). Técnica: de traços rápidos figura sugeridas mais do que representadas. Composição: com enquadramento geométrico ou enquadramento com elementos geométricos. Pintadas nos tetos de círculos. Principais temas: História de Jonas na baleia, representando o poder de Deus para salvar os fiéis, das garras da morte. Os três hebreus na fornalha em posição de prece de braços abertos. A pomba que representavam a paz e o Espírito Santo. A cruz – martírio de Cristo. O cálice – o santo graal. O anjo. A ressurreição de Lázaro. Na arte dos primeiros cristãos não havia a representação do inferno, pecado, castigo e do demônio. Entre os símbolos: o homem e a mulher entre flores que representavam o paraíso. A filosofia cristã era de esperança, paz e fé na vida eterna. PERÍODO BASILICAL 29 ARQUITETURA: Arte sempre ligada ao cristianismo. As basílicas paleocristãs foram adaptadas das basílicas e das casas romanas. Muitos dos nomes dados às basílicas eram de pessoas que faziam grandes doações. ESCULTURA: São relevos encontrados nos sarcófagos e alguns objetos de culto (cálice de prata, ouro e bronze) que receberam relevos. PINTURA: Vista de uma forma importante para as mensagens do Antigo e do Novo Testamento, com finalidade didática para difundir a doutrina, sempre de caráter narrativo simbólico. ARTE BIZANTINA 476 d.C. – 1453 d.C. Com a queda do Império Romano do Ocidente, começa o Império Bizantino. Bizâncio é a capital do Império Romano com todos os monumentos da arte romana. Bizâncio que hoje é a Turquia possuía arte romana. Constantino mudou o nome da cidade de Bizâncio para Constantinopla, e com a invasão dos turcos passou a se chamar Istambul. Nas igrejas bizantinas, o cristianismo foi muito importante, passando a ser a religião oficial sofrendo influências orientais. As igrejas bizantinas eram muito ricas nas suas construções e ornamentações, se repetindo muito a estética oriental com influência helenística. Ravena se tornou um grande centro bizantino apesar de se localizar na Itália. Os três centros mais importantes da Arte Bizantina são: Bizâncio Ravena Veneza A arte bizantina é uma arte totalmente vinculada ao Império, oficialmente dirigida pela igreja que detém o poder do Império Romano do Oriente, mostra o triunfo da igreja. Uma arte voltada para a propagação da fé. Os períodos são divididos em três:30 1ª idade de ouro: de 476 d.C. até 867 d.C. – marca a mudança da cidade de Bizâncio para Constantinopla, é a divisão da arte Paleocristã para a arte Bizantina. Marca o fim da crise da Querela dos Iconoclastas. Crise da igreja devido a pensamentos diferenciados. Um grupo era a favor da representação através de imagens – os monges. Outro grupo não era a favor da representação através de imagens – papa e imperadores. Iconoclastas = destruidores de imagens. As imagens feitas neste período eram dotadas de certo realismo, diferentes das imagens rígidas da escultura romana. O receio dos imperadores era a proximidade dos monges com o povo para a elaboração das imagens. A querela durou mais ou menos cem anos. Quebraram muitas imagens, não restando praticamente nada. Finalmente a querela chega ao fim com a vitória dos monges, que foi comemorada com uma grande festa na igreja de Santa Sofia. Durante o período da crise foram feitas várias figuras ligadas a flora e a fauna – abstratas, e surge também uma pintura mais forte, bem no estilo helenístico. 2ª idade de ouro: - 867 d.C. até 1204 d.C. – No fim da crise, o imperador era Basílio I, ele fazia parte da dinastia da Macedônia. Cruzadas – era um exército formado pelo povo, para lutar a favor da igreja do Ocidente. A partir de 1050 começa o conflito entre Ocidente e Oriente. Em 1204, é quando surge a 4ª cruzada que domina Bizâncio. Os venezianos iniciam um período de luta. O ocidente era a favor do celibato, acredita-se que surge este movimento para que os padres não se casassem, não dividindo assim os bens da igreja, acumulando desta maneira mais bens para que pudessem construir novas igrejas, e se impondo diante dos senhores feudais. Surge deste modo uma nova crise na igreja. Logo depois desse conflito o Império Romano do Oriente se perde e é preciso gastar muito recurso, é então que é preciso buscar o apoio do Ocidente. O papa organiza uma cruzada para buscar a Terra Santa. Bizâncio que não aceitou ajuda na 1ª, 2ª, 3ª cruzadas, se viu obrigado agora a aceitar, na 4ª cruzada, dando fim a idade do Ouro. 3ª Arte Bizantina Tardia – Nessa época a arte sofre uma decadência, e perde todo o seu poder. 1453 com a tomada de Constantinopla, Constantino Dragasés, o último Imperador cristão do Oriente é vencido por Maomé II. ARQUITETURA BIZANTINA 31 Nas duas idades do Ouro a marca mais importante da arquitetura bizantina é a cúpula, com características de representar a cúpula celeste. Era uma cúpula estruturada na vertical e não na horizontal como no Panteon. Abriam-se janelas em toda a volta como a Igreja de Santa Sofia, com 55m de altura. “Desce do céu por correntes de ouro”. Assim era conhecida a cúpula de Santa Sofia. As igrejas na tinham só uma cúpula central, como também outras em sua volta. Toda igreja bizantina tem cúpula. A característica mais forte é a planta centralizada com uma cúpula no centro, onde é o espaço principal. A Santa Sofia tem uma planta retangular centralizada com espaços que indicam uma cruz grega, ou seja, os quatro braços do mesmo tamanho. A Igreja dos Santos Apóstolos tem uma planta em forma de cruz latina, três braços do mesmo tamanho e um mais alongado. As plantas podem ser: Cruz grega Quadrada Quadrada com cruz grega Octogonal Circular Cruz latina As características são: Muitos ângulos externos. Formas arredondadas internas. Interior rico em ornamentação. Exterior simples e rude. Uso de contrafortes nas laterais com arco de meio ponto. Contrafortes = paredes grossas nas laterais para sustentar os arcos de meio ponto. Rica decoração de relevos com símbolos cristãos. Decoração interna com revestimentos em vários tipos de mármores. Mosaicos que revestem partes importantes da igreja. Capitéis decorados com aparência Islâmica, com rendilhados e formas abstratas. Uso do arco pleno e arco de meio ponto. Os materiais empregados variavam com a região, inclusive o material dos mosaicos e os mármores. O altar não podia ficar no centro da cúpula, foi então construído a abside para colocar o altar sempre para o leste. Os símbolos usados nos mosaicos: Os quatro evangelistas: 32 São Marcos = leão São João = anjo São Mateus = águia São Lucas = boi O Cristo sobre o globo terrestre, chamado também de Cristo Pantocrato, sempre se apresentando como salvador. Os apóstolos. Os anciãos do apocalipse. Algumas cenas do Antigo e do Novo Testamento. As representações dos milagres de Cristo. Cristo em posição central envolto com anjos. Estes mosaicos não passavam nada de negativo. Não há evidências de representações do demônio, de penitências, traição de Judas e nem a negação de São Pedro. As três igrejas mais importantes: Santa Sofia (Constantinopla) Santos Apóstolos (Constantinopla) São Sergio (Constantinopla) Em Ravena as igrejas mais importantes: Santo Apolinário o Novo Santo Apolinário In Classe São Vital Em Veneza São Marcos – estilo bizantino da 2ª idade de ouro, igreja de mesmo modelo de Santos Apóstolos, como cinco cúpulas com planta em cruz grega. São Salvador – é do período tardio com três cúpulas com abside (espaço circular na extremidade da igreja). MOSAICOS BIZANTINOS Arte por excelência bizantina. São formados por tesselas - (peças que compõem um mosaico). O mosaico bizantino tem sempre uma linha circulando as figuras. Suas características são: Presença de contorno Posição estática e simbólica Várias situações numa mesma cena Ausência de perspectiva Ausência de anatomia Deformação da figura e 33 Cores simbólicas o O branco – verdade, usado na veste de Cristo. o O vermelho – o sol, o fogo, o sangue, usado nas asas do anjo Serafim e o manto de Cristo. o O azul – a noite, a lua, o céu. Usado mais tarde para o manto de Nossa Senhora. o O verde – esperança, vegetação. A pintura e o mosaico em termos de temas são os mesmos. É no mosaico que existe um triunfo da estética Oriental e Ocidental helenística. Mosaico quer dizer: artes das musas, uma arte que precisa ter paciência para desenvolvê-la. ESCULTURA BIZANTINA: Quase toda escultura desapareceu com a crise dos iconoclastas, o que restou são poucos exemplares: Uma cabeça de um imperador Acádio, como olhos grandes, cabelos estilizados, olhar de contemplação. É um busto retrato. Pequenos objetos dedicados ao culto, na maior parte das vezes em ouro, prata e com algumas pedras preciosas. A cadeira do arcebispo Maximiniano de Ravena, em madeira e marfim com símbolos cristãos esculpidos. (pode ser considerada uma escultura). PINTURA BIZANTINA: Temos duas tendências: 1ª Tendência helenística Caráter naturalista Movimento das vestes 2ª Tendência oriental: Lei da frontalidade Ausência de perspectiva Caráter simbólico Figuras estáticas. Tipos de pinturas: Afrescos nas igrejas Iluminuras de manuscritos ou miniaturas são ilustrações dos textos. Toda pintura era de caráter narrativo. Os temas eram bíblicos com iconografia cristã. Não havia preocupação em mostrar uma narração em ordem e sim dois ou três momentos diferente, sem seqüência. 34 Observa-se certa simetria e um equilíbrio nos desenhos. O artista bizantino é anônimo. ARTE ROMÂNICA (aprox. séculos XI e XII) Período da história da arte na Europa ocidental que abrange basicamente os séculos XI e XII, caracterizado pelo auge do feudalismo, pela variedade regional de estilos, predominância da arquitetura religiosa, rica decoração de fachadas e capitéis de colunas, usode arcos plenos, abóbadas de berço e arestas, espigões e contrafortes, e pela criação de abundante imaginária. Feudalismo – sistema econômico, político e social que se fundamenta basicamente sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo em troca de serviços mútuos (proteção por parte do senhor e servidão por parte do vassalo) e que caracteriza a sociedade feudal (surgida após as invasões germânicas na Europa, a sociedade feudal desenvolveu-se do período que vai do século IX ao XIII). Sobre a influência do apocalipse no ano 1000d.C. a igreja passou a organizar as cruzadas para a Terra Santa para a reconquista de Jerusalém e o túmulo de Cristo. Surge neste período uma série de rotas de peregrinações que saía da Itália e da França com destino a Santiago de Compostela na Espanha. As cruzadas influenciaram positivamente todo o comércio da região. Traziam também recursos para toda a rota de peregrinação e com isso a igreja foi conseguindo posses, terras. etc... As doações de terras e de bens eram feitas em troca da salvação quando chegasse o juízo final. No período medieval não havia muitos horizontes. As perspectivas de vida para os filhos conseqüentemente eram muito pequenas, a maioria ia para os mosteiros ou trabalhavam em profissões menos valorizadas: cozinheiros, carpinteiros, sapateiros, ferreiros, etc... Essa dificuldade fez com que os mosteiros de multiplicassem na Europa, e dentro dos mosteiros houve uma diversidade de cultura bastante expressiva. Foi observada também a necessidade de uma constante manutenção nos mosteiros aumentando o número de pedreiros que atuavam inclusiva na elaboração de esculturas, que mais tarde estes pedreiros se uniram numa confraria dando origem às marcenarias. A arte nesse período continua a ser anônima, mas a mão-de-obra começa a ser valorizada, fazendo com que esses profissionais (escultores e pintores), começassem a ter fama. 35 Em todo o período medieval sente-se a presença da opressão e da autoflagelação, e mesmo depois do ano 1000, que não houve o apocalipse, ainda existia a autoflagelação, é a partir daí que começa a aparecer o demônio, as trevas, o castigo, o inferno e a inquisição. Dentro deste aspecto da sociedade medieval a arte seria opressiva, rígida e controlada. Na arquitetura todos os ambientes seriam escuros, com galerias no alto das construções, de onde os monges passavam e observavam os que estavam presentes na igreja. É nesta época que surgiu a ordem dos beneditinos, hoje onde originalmente foi sua sede existe a maior biblioteca da Europa. Com esta ordem foi criado o mosteiro de Cluny, Borgonha (França), que se tornou o modelo para outros mosteiros e o berço da reforma. Dentro do sistema de hierarquia nesse período temos: os nobres, a cavalaria, o clero, os burgueses e os camponeses. A arte românica é uma arte heterogenia onde as origens étnicas da diferentes populações interferem nas soluções arquitetônicas. Os mosteiros são inseridos em ambientes rurais, deferente do gótico que é uma arte das cidades. Os períodos da arte românica se dividem em: Românico primitivo – 1000 a 1100 Alto românico – 1100 a 1180 Românico tardio – 1180 a 1240 ARQUITETURA ROMÂNICA: Tipos:Religiosa – mosteiros e igrejas Civil – castelos, fortificações e casas A ARQUITETURA NOS MOSTEIROS: As partes dos mosteiros são: Biblioteca Campo santo (cemitério) Oficina (pinturas dos livros, iluminuras ou miniaturas) Despensa Cozinha 36 Sala capitular (sala de reuniões) Refeitório Atrium Pátio Pocilga Estábulo As celas (cômodo muito fechado, eram os quartos, muito simples, despojado de qualquer coisa que se refere à riqueza, um ambiente opressor e escuro) Instalações sanitárias Farmácia Ferraria Igreja, com uma cripta subterrânea sob o altar (catacumba) Era uma construção auto-suficiente, fácil de entrar, difícil de sair. Construídos no alto do morro, ambiente rural. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA ROMÂNICA: Pequenas aberturas Construções muito sólidas e fechadas Predominância do cheio sobre o vazio Abóbada de berço Arco pleno ou arco de meio ponto Abóbada de arestas Paredes grossas Uso de contrafortes Os materiais variavam de região para região CARACTERÍSTICAS DAS IGREJAS ROMÂNICAS: Localizada, sobretudo nas aldeias, é uma evolução da basílica cristã. Tem planta em forma de cruz latina Com o desenvolvimento românico nas rotas de peregrinação as relíquias foram colocadas nas capelas radiais e na abside. Fizeram o deambulatório, uma espécie de corredor atrás do altar para que pessoas caminhassem e não se aproximassem muito das imagens. Na igreja românica há a presença da torre sineira, que varia de aspecto de região para região: o Na França ela sempre faz parte da fachada ou do cruzeiro o Na Itália, sempre separada da igreja A cripta sob o altar Galerias no alto formavam alguns espaços vazios 37 ALGUNS ELEMENTOS DA ARQUITETURA: O portal da igreja: Mainel; (d) Lintel – (b) Tímpano ou mandorla (a) Arquivioltas – (c) Umbrais (e) Porta (f) ESCULTURA ROMÂNICA: Diretamente vinculada à arquitetura e a representação transmitindo um forte sentimento religioso, recriando a imagem da igreja triunfante. Tem caráter didático e simbólico. OS TEMAS SÃO: Sagrada escritura Cultura popular Alegorias das estações Representação de fábulas populares Atividades dos camponeses O céu E o inferno A virtude e o vício Temas vinculados a Virgem Maria, porém mais freqüentes no período gótico. O Cristo envolto numa mandala sentado sobre um trono na parte do tímpano 38 Apocalipse e o juízo final Algumas ornamentações variam de lugar para lugar, assim como a arquitetura. As ornamentações dos tímpanos são mais importantes. Na Borgonha existe uma predominância de temas ligados ao demônio, mostrando a divergência entre o bem e o mal. “O Cristo de Autum” feito pelo escultor Gilesbertus, serviu de modelo para todos os outros, por isso seu escultor ficou famoso. Os espaços destinados à escultura deixados pela arquitetura são: Portais tímpanos As bases dos altares Os capitéis Lintéis PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DA ESCULTURA ROMÂNICA: 1o. A lei de domínio da arquitetura: essa decoração da escultura se localiza em pontos estratégicos da arquitetura como altares, portais etc. 2o. A lei do enquadramento: as figuras se enquadram em um espaço determinado no tímpano se ajeitando de modo que caiba e ocupe todo o espaço. 3o. A lei do maior número de contatos: encosta-se o máximo possível de uma escultura na outra e mesmo nas bordas, como se na escultura houvesse um horror de espaços vazios. Todo o espaço devia ser preenchido tendo o máximo de contato com as margens criando figuras tortas. 4o. A lei do formalismo interno: consiste em que algumas formas primordiais passem a gerar outras figuras com semelhança a ela. Era uma metamorfose feita com formas análogas. CARACTERÍSTICAS DA ESCULTURA ROMÂNICA: Maior número de contatos com as margens A maior parte das esculturas em alto e baixo relevo São figuras atarracadas Forma rígida com contorno simbólico Cabeça grande em relação ao corpo Não existe a escultura plena como no período romano Toda escultura era de caráter simbólico e didático, com diferenças regionais, sobretudo nos materiais. PINTURA MURAL: 39 Técnica do afresco com detalhes de encáustica que é o pigmento misturado com
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