Buscar

conteudo online

Prévia do material em texto

Material didático conteúdo online do curso Contabilidade Pública – 2º/2013 
Aula 1
1. Dar os primeiros passos para o conhecimento da Contabilidade Pública e o Campo de Aplicação;
2. entender o Sistema de Administração Financeira como instrumento para viabilização da contabilidade e auditoria.
Você alguma vez parou para refletir sobre a seguinte questão: o que é um conjunto de bens e direitos e obrigações?
É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, constituindo um patrimônio quando forem observados dois aspectos:
• Sejam componentes de um conjunto que possua conteúdo econômico avaliável em moeda;
• exista interdependência dos elementos componentes
e vinculação do conjunto a uma entidade que vise alcançar determinados fins.
O patrimônio do Estado como objeto da gestão patrimonial desempenhada pelos órgãos da administração é o conjunto de bens, valores, créditos e obrigações de conteúdo econômico e avaliável em moeda que a Fazenda Pública possui e utilizada na consecução de seus objetivos. 
Além dos recursos financeiros obtidos e da realização dos gastos de custeio, o Estado realiza gastos na construção ou aquisição de bens cujo conjunto deve administrar e conservar. Esse conjunto de bens constitui os Bens Públicos.
Ainda em decorrência da execução orçamentária, a administração pública também assume compromissos (obrigações) com terceiros mediante a obtenção de empréstimos internos e externos, a curto e longo prazos, que constituem o que se denomina Dívida Pública.
Na próxima tela, você verá como o Código Civil Brasileiro diz que são considerados os bens públicos.
O Código Civil Brasileiro diz que são considerados bens públicos: Clique em cada um dos bens abaixo e conheça-os.
Bens de uso comum do povo, bens de uso especial, Bens dominicais
Bens de uso comum do povo
São conhecidos como Bens de Domínio Público, pois são utilidades postas à disposição do povo de forma gratuita ou remunerada, conforme dispuser a legislação específica. O que caracteriza esse tipo de bem é que são todos aqueles destinados ao uso direto e imediato da coletividade (povo) em virtude de uma destinação formal, quer seja por dispositivo legal, quer seja por resultado de fatos naturais.
Bens de uso especial, tais como edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal;
Bens dominicais, isto é, os que constituem o patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real de cada uma dessas entidades.
Sistema Orçamentário
Evidencia o registro contábil da receita e da despesa, de acordo com as especificações constantes dos Créditos Adicionais, assim como o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e despesa realizada, a conta dos mesmos créditos e as dotações disponíveis, ou seja, no final do exercício, apresenta os resultados comparativos entre a previsão e a execução orçamentária, registrados.
As principais características de ordem legal e técnica do sistema orçamentário são:
- Registro das estimativas da receita, com base na Lei Orçamentária;
- Registro das despesas autorizadas, com base na Lei Orçamentária;
- Baixa da receita arrecadada, controlando a posição da receita prevista;
- Controle da despesa empenhada, mediante dedução do valor dos créditos disponíveis;
- Apuração das despesas empenhadas que serão inscritas em Restos a Pagar;
- Apuração da receita lançada, cuja não arrecadação ensejará a inscrição em Dívida Ativa.
 
Contas típicas: Créditos Disponíveis, Receita Prevista, Orçamento da Despesa, Orçamento da Receita, Execução da Despesa, Receita Lançada, Despesa Empenhada, Execução da Receita e Despesa Liquidada.
Sistema Financeiro
Engloba todas as operações que resultam débitos e créditos de natureza financeira, não só das compreendidas, como também das não compreendidas na execução orçamentária, que serão objeto de registro e controle contábil. No final do exercício, é apresentado o resultado financeiro apurado.
Principais características de ordem legal e técnica do sistema financeiro são:
- Registro dos ingressos, tanto orçamentários como extraorçamentário;
- Registro dos desembolsos, tanto orçamentários como extraorçamentários;
- Encerramento das contas orçamentárias de receita e despesa, com transferência ao sistema patrimonial para apuração do resultado econômico do exercício; 
- Transferência para o sistema patrimonial das contas de natureza patrimonial.
Contas típicas: Caixa, Restos a Pagar, Bancos e Correspondentes, Processados, Cheques Emitidos, Não Processados, Bancos c/ Arrecadação, Depósitos de Diversas Origens, Agentes Arrecadadores, Serviço da Divida a Pagar, Diversos Responsáveis, Consignações, Despesa Realizada e Receita Arrecadada.
Sistema Patrimonial
Registra analiticamente todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, bem como mantém registro sintético dos bens móveis e imóveis. As alterações da situação líquida patrimonial que abrangem os resultados da execução orçamentária, assim como as variações independentes dessa execução e as superveniências ativas e passivas constituirão elementos do sistema patrimonial. Deverá ser apresentado, no final do exercício, o resultado da gestão econômica.
As principais características de ordem legal e técnica do sistema patrimonial são:
- Registro do Ativo Permanente e Passivo Permanente do Estado;
- Controle dos bens e valores do Estado, inclusive bens de terceiros que estejam de posse do Estado;
- Acompanhamento físico dos bens, direitos e obrigações por força de inventário que valide os registros efetuados; 
- Identificação da movimentação do patrimônio e de suas origens, sejam decorrentes ou não da execução orçamentária.
Contas típicas: Dívida Fundada Interna, Bens do Estado, Dívida Fundada Externa, Créditos Fiscais Inscritos, outras Dívidas de Longo Prazo, Almoxarifados, Patrimônio Líquido, Variações Passivas, Resultado Patrimonial do Exercício e Variações Ativas.
Sistema de compensação
Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente decorrentes de contratos, convênios ou ajustes. Muito embora seja um sistema escriturado com elaboração de balancetes, mensais independentes, a Lei n°4.320/64 o considerou, simplesmente, como contas de compensação e, quando forem elaborados os balanços, no final do exercício, os saldos de suas contas serão incluídos no balanço de sistema patrimonial.
Para dar continuidade ao estudo desta aula, vamos conhecer o conceito da contabilidade pública. 
Ficou curioso?
Avance e enriqueça sua aprendizagem!
Conceito: A Contabilidade Pública é uma especialização da Contabilidade, voltada para o estudo e a análise dos atos e fatos que ocorrem na Administração Pública.
O campo de aplicação é o das pessoas jurídicas de Direito Público - União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas Autarquias - bem como o de algumas de suas entidades vinculadas - Fundações, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista - quando utilizam recursos à conta do Orçamento Público.
NOTA: A LRF ratifica o campo de aplicação da Contabilidade Pública ao incluir todos os órgãos que dependem do orçamento fiscal e da seguridade social, inclusive as empresas dependentes. (art.2, III, LRF)
O objeto de qualquer contabilidade é o PATRIMÔNIO. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, excetuando os BENS PÚBLICOS DE USO COMUM (mares, praças, estradas, ruas, viadutos etc).
O objetivo é fornecer informações atualizadas e exatas:
• À administração para subsidiar as tomadas de decisões;
• Aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação;
• Às instituições governamentais e particulares (informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições).
Doutrinamente, por imposição do art. 35, da Lei 4.320/64, foi consagradoo regime contábil MISTO, que disciplina o seguinte:
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
 I - as receitas nele arrecadadas;
 II - as despesas nele legalmente empenhadas.”
 
Por esta doutrina devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele arrecadadas”, isto quer dizer que, em relação ao regime contábil de escrituração, devemos utilizar o REGIME DE CAIXA, pois só dever ser considerada a receita que for efetivamente arrecadada no exercício;
b) e que devem pertencer ao exercício financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas”, o que em termos de escrituração contábil, trata-se do REGIME DE COMPETÊNCIA, uma vez que a despesa é atribuída ao exercício, de acordo com a sua real incidência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador.
Aula 2 – Gestão na Administração Pública
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender o equilíbrio orçamentário, através das receitas e seus estágios.
Os Princípios são premissas, linhas norteadoras de ação a serem observadas na concepção da proposta orçamentária. 
Além dos princípios mais conhecidos:  Anualidade, Unidade e Universalidade, citados no art.2°da Lei do Direito Financeiro, existem, consagrados pela CF/88 e pela tradição: Exclusividade, Equilíbrio, Especificação, Publicidade, Clareza e outros que, embora não constem nos textos legais, são difundidos por diversos autores e que acabaram tornando-se consagrados.
Obs: Inserir aqui a tabela do principio do equilíbrio orçamentário
Podemos definir a execução orçamentária como um conjunto de procedimentos adotados pela administração governamental para que sejam alcançadas as metas estabelecidas, uma vez que é nesse estágio do ciclo orçamentário que se realiza efetivamente a atividade financeira do Estado. Para realizar essa atividade financeira, o governo dispõe de duas fontes: créditos orçamentários e créditos adicionais.
Os créditos orçamentários são aqueles aprovados pelo Legislativo na lei do orçamento e provêm de recursos do tesouro nacional e de outras fontes. 
Os créditos adicionais são aqueles concedidos quando, durante a execução do orçamento, houver necessidade de retificá-lo quer por insuficiência de recursos ou para atender a situações não previstas quando da sua elaboração (art. 40 da lei 4.320/64).
s créditos adicionais podem ser: Suplementares, Especiais e Extraordinários (conforme especificação da Lei 4.320/64, Art. 41).
Suplementares: são os destinados a reforço de dotação (ex.: pagamento de pessoal - despesa de custeio).
Especiais: são aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Extraordinários: são aqueles destinados para realização de despesas urgentes e imprevisíveis, em caso de guerra, calamidade pública.
Os créditos suplementares e especiais são autorizados por Lei, aprovada pelo 
Poder Legislativo, e abertos através de Decreto do Poder Executivo.
Os créditos suplementares podem ser autorizados na própria lei orçamentária até determinada importância, o que usualmente é feito em termos percentuais, e tal autorização não fere o princípio da exclusividade, pois não se trata de matéria estranha ao orçamento. Quando concedidos incorporam-se ao orçamento adicionando-se à dotação orçamentária a que se destinou o reforço.
Os créditos extraordinários, pela sua característica de urgência e imprevisibilidade, são abertos por Decreto do Executivo, independente de prévia autorização do Legislativo.
Os créditos especiais e extraordinários, se abertos nos últimos quatro meses antes do encerramento do exercício, terão vigência até o exercício seguinte ou até cessarem as causas que provocaram a sua abertura, porém incorporando-se ao orçamento financeiro (CF/88, art 167 § 2°). Outra característica importante desses créditos é que quando autorizados apresentam as respectivas despesas realizadas separadamente das previstas no orçamento.
A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei determina que cada solicitação de crédito adicional seja acompanhada da indicação de recursos hábeis desde que não comprometidos (art. 43, § 1°da lei 4.320/64).
Veja quais são os recursos hábeis:
I - O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - Os provenientes de excesso de arrecadação;
III - Os resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei;
 
IV - O produto de operações de crédito autorizadas, juridicamente, possibilita ao Poder Executivo realizá-las.
Superávit Financeiro: é a diferença positiva entre o ativo e o passivo financeiro. É o recurso mais legítimo para se abrir créditos adicionais. Superávit financeiro representa dinheiro em caixa, disponível, proveniente de receita realizada maior que a despesa, em exercícios anteriores.
Excesso de arrecadação: é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício.
Resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias: este recurso é válido apesar da necessidade de ser evitado, já que um orçamento bem planejado impossibilitaria a anulação de dotações.
Operações de crédito: este recurso é pernicioso, pois aumenta a despesa correspondente à dotação orçamentária suplementada, aumenta a despesa da operação de crédito (juros, despesas administrativas), além de endividar o patrimônio público.
“Entre os recursos que o Estado aufere, temos as entradas que se incorporam de forma definitiva ao patrimônio e aquelas que são restituíveis no futuro. No primeiro grupo, temos as Receitas Públicas; no segundo, temos os ingressos públicos, cuja característica é a restituição futura, pois são simples movimentos de fundos.
Desse modo, podemos afirmar que os Ingressos correspondem a todas as quantias recebidas pelos cofres públicos, ao passo que as receitas públicas correspondem ao ingresso que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescentar seu vulto como elemento novo e positivo”.
Quanto a Natureza, as receitas orçamentárias se dividem em: Orçamentárias e Extra-orçamentárias
Receita orçamentária: É consignada na Lei do Orçamento e aplicada na realização dos gastos públicos. Será classificada pelas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Receita Orçamentária
É a consignada na Lei do Orçamento e serão aplicadas na realização dos gastos
públicos, classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:
Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Receitas Correntes
São basicamente as que não provenham da alienação de um bem de capital,
não estejam, na lei, definidas como de capital e estejam por ato do poder público
vinculadas a uma despesa corrente.
São fontes das receitas correntes:
Receita Tributária - é a resultante da cobrança de tributos pagos pelos
contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e
dos benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado.
Imposto é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação,
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. E
pago coativamente, independentemente de uma contraprestação imediata e
direta do Estado.
Taxa é outra sub-fonte de tributos que tem como fato gerador o exercício do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Contribuição de melhoria é o tributo destinado a fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo do valor que a obra
resultar para cada imóvel beneficiado. (Art 81, Lei 5.172/66).
Receita de Contribuições - é a destinada a arrecadar receitas relativas a
contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à manutençãodos
programas e serviços sociais e de interesse coletivo. 
Receitas Patrimonial, Agropecuária e industrial - são fontes que se compõem
de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao
Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, ou ainda, das rendas
obtidas na aplicação de recursos, como juros, participações e dividendos; da
produção vegetal, animal e de derivados; e da indústria extrativa mineral, de
transformação e de construção. Receita de Serviços - é outra fonte das receitas correntes que se originam da
prestação de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de comunicação e
de outros serviços diversos, bem como tarifa de utilização de faróis,
aeroportuárias, e de pedágio.
Transferências Correntes - são recursos financeiros recebidos de outras
entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de
despesas correntes.
Outras Receitas Correntes - são fontes de receitas correntes originárias da
cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da
dívida ativa e receitas diversas.
Receitas de Capital
São as que provêm da alienação de um bem de capital, definidas como
operações de capital, recebimento das amortizações de empréstimos
concedidos e as que estejam, por ato do poder público, vinculadas a uma
operação de capital.
São fontes da receita de capital:
Operações de Crédito - são fontes oriundas da realização de recursos
financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e
financiamentos.
Alienação de Bens - é fonte da receita de capital, captada através da venda de
bens patrimoniais móveis ou imóveis, e dizem respeito às conversões de bens e
valores em espécie.
Amortização de Empréstimos - é fonte da receita de capital, através da qual se
recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de
direito público e privados.
Transferências de Capital - são fontes de recursos recebidos de outras
entidades de direito público ou privados, destinados a atender despesas
classificadas em despesas de capital.
Outras Receitas de Capital - fonte destinada a arrecadar outras receitas de
capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrável nas fontes
anteriores.
Receitas Extra-orçamentárias
É aquela que não integra o orçamento público. Compreende os recolhimentos feitos e que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem.
O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como, por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras. As cauções, as fianças e os depósitos efetuados em títulos, apólice ou outro valor diferente da moeda nacional corrente serão classificados em contas de compensação, não sendo, nestes casos, considerados receitas extraorçamentárias.
Receita Extra-Orçamentária
É aquela que não integra o orçamento público. Compreende os recolhimentos
feitos e que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de
autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por
conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe
pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam
a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e
outras. As cauções, as fianças e os depósitos efetuados em títulos, apólice ou
outro valor diferente da moeda nacional corrente, serão classificados em contas
de compensação, não sendo, nestes casos, considerados receitas extraorçamentárias.
Outros Aspectos da Classificação da Receita
Quanto ao Poder de Tributar → Sob esse aspecto, a receita é dividida
conforme a discriminação constitucional das rendas em:
- Federal: quando de competência da União
- Estadual: quando de competência do Estado
- Municipal: quando de competência do Município
Quanto Coercitividade
- Originária → proveniente de bens pertencentes ao patrimônio do Estado, é a
receita segundo a qual os recursos ou meios financeiras são obtidos mediante a
cobrança de preço pela venda de bens e serviços. Neste caso, o Estado
funciona como particular mediante a exploração de atividades privadas.
Exemplos:
• prestação de serviços públicos: estradas de ferro, água, luz, telefone,
telecomunicações, etc.;
• venda de bens intermediários ou finais: minérios de ferro, petróleo e derivados,
etc.;
• outras receitas de serviços tais como: projetos na agricultaria: Emater, Pesagro,
Siagro e Projetos de Assistência Técnica: Finep.
- Derivada → receita proveniente do exercício da competência ou do poder de
tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. E caracterizada pelo
constrangimento legal para sua arrecadação. Soberania do Estado. (Giacomoni,
p 133)
Exemplos:
Quanto ao Poder de Tributar
Sob esse aspecto, a receita é dividida conforme a discriminação constitucional das rendas em:
Federal: quando de competência da União.
Estadual: quando de competência do Estado.
Municipal: quando de competência do Município.
Quanto à Coercitividade
Originária → proveniente de bens pertencentes ao patrimônio do Estado, é a receita segundo a qual os recursos ou meios financeiros são obtidos por meio da cobrança de preço pela venda de bens e serviços. Neste caso, o Estado funciona como particular mediante a exploração de atividades privadas.
• Prestação de serviços públicos: estradas de ferro, água, luz, telefone, telecomunicações etc.;
• Venda de bens intermediários ou finais: minérios de ferro, petróleo e derivados etc.;
• Outras receitas de serviços, tais como projetos na agricultaria: Emater, Pesagro, Siagro e Projetos de Assistência Técnica: FINEP.
Quanto a Mutação Patrimonial
Derivada → receita proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. É caracterizada pelo constrangimento legal para sua arrecadação. Soberania do Estado. (GIACOMONI, p.133)
• As receitas de tributos;
• As receitas decorrentes de empréstimos e contribuições compulsórias;
• Em geral, todas as receitas cuja percepção dependa de disposição legal.
Quanto a Regularidade
Efetiva: são aquelas que, sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, integram-se ao patrimônio público, como elemento novo e positivo e, deste modo, aumentam o patrimônio líquido. 
Exemplo: Receitas Correntes.
Mutações Patrimoniais: são aquelas oriundas de mutações que nada acrescem ao patrimônio líquido, constituindo simples entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. Exemplo: Receitas de Capital.
Estágios da Receita Pública (Previsão, Lançamento, Arrecadação e Recolhimento)
São etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las.
O Regulamento de Contabilidade Pública dispõe que a receita percorre três estágios: fixação, arrecadação e recolhimento. Alguns estudiosos, no entanto, discordam considerando os seguintes estágios para a receita pública: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
1° Previsão 
A previsão indica a expectativa da receita por parte da Fazenda Pública e configura o que se pretende arrecadar no exercício financeiro com o objetivo de custear os serviços públicos programados para o mesmo período, compreendendo as seguintes fases:
 
• organização das estimativas que servirão de base para as parcelas indicadas na proposta orçamentária;
• conversão da proposta em orçamento público (ato legislativo). 
Para se realizar a organização da estimativa acima citada, temos alguns métodos tradicionalmente conhecidos, tais como: 
• Método das médias trienais: é condenado pelos especialistas, uma vez que seu uso traz grande desequilíbrio nas previsões, principalmente quando ocorre um crescimento contínuo na arrecadação efetiva,pois a base da média trienal anterior seria falsa e aquém das reais possibilidades da fazenda pública.
 
• Método automático: é o que determina que a estimativa não pode exceder a quantia arrecadada no exercício anterior e, por isso, sua aplicação deixa muito a desejar.
• Método direto: é aquele segundo o qual a estimativa é efetuada em torno das várias circunstâncias que tenham influído ou venham a influir numa melhor arrecadação. 
• Método das majorações: é o que leva em conta a média dos excedentes das arrecadações dos três ou cinco últimos anos, bastante falho.
 
• Método da extrapolação: é apoiado na estatística e no princípio de que a frequência de um fato no passado é de provável ocorrência no futuro.
 
Qualquer que seja o método utilizado, caberá sempre ao gestor a responsabilidade do desenvolvimento de metodologias que permitam, com razoável precisão, conhecer as estimativas a serem incluídas na Lei Orçamentária Anual, no caso das receitas próprias, uma vez que elas têm influência direta nas metas fiscais e, por via de consequência, nos resultados orçamentários.
2º Lançamento
 
É o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, e inscreve o débito desta. A Lei n° 4.320/64 especifica unicamente como objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Pelo Código Tributário Nacional, não somente os impostos diretos são objetos de lançamento, como também os indiretos, além das taxas e das contribuições de melhoria. As modalidades de lançamentos é que variam, de acordo com as características de cada um desses tributos. 
Existem três modalidades de lançamento: o direto, o indireto, e o por declaração.
Lançamento direto: é o lançamento feito unilateralmente pela autoridade administrativa, sem intervenção do contribuinte. Ex.: IPTU.
 
Lançamento por homologação: também chamado indireto ou autolançamento, é o lançamento feito pelo próprio contribuinte, e apenas posteriormente verificado pela autoridade pública. Ex.: ICMS.
 
Lançamento por declaração: é o lançamento feito pela autoridade administrativa, com a colaboração do próprio contribuinte ou de uma terceira pessoa obrigada por lei a prestar informações sobre a matéria de fato indispensável à sua efetivação. Ex.: IRPF, IRPJ.
Obs: O lançamento é composto das seguintes fases:
1. Determinação da matéria tributável (coleta de dados, fixação da base de cálculo etc.);
2. cálculo do imposto;
3. identificação do obrigado (sujeito passivo);
4. notificação.
3º Arrecadação
 
É o ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente arrecadador. Agentes arrecadadores classificam-se em dois grupos: agentes públicos, que são as próprias repartições do Governo com atribuições legais para arrecadar receitas públicas, exemplos: as tesourarias, as delegacias fiscais, alfândegas e agentes privados, que são os bancos autorizados investidos das mesmas atribuições conferidas aos agentes públicos.
4º Recolhimento
 
É o fato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos agentes arrecadadores ao Tesouro Público. Só através do recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estarão efetivamente disponíveis para utilização pelos gestores financeiros, de acordo com a programação que for estabelecida. E, neste momento, é que se verifica o princípio de unidade de caixa.
Você sabe o que é Receita da Dívida Ativa?
Receita da Dívida Ativa: constitui-se nos créditos da Fazenda Pública, tributários ou não, que não são pagos no vencimento, são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. 
A dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas.
A dívida ativa não tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcance dos responsáveis definitivamente julgados e outras obrigações legais. Sua inscrição é considerada extraorçamentária e movimenta só o balanço patrimonial; seu recebimento é considerado orçamentário e movimenta os três sistemas.
Aula 3 – Gestão na Administração Pública 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender o equilíbrio orçamentário, através das despesas e seus estágios.
Despesa Pública
Constituem os gastos fixados na lei orçamentária ou leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais, à satisfação dos compromissos da dívida pública ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc.
As autorizações das despesas são feitas através dos chamados créditos orçamentários, que dão a possibilidade ao poder público adquirir bens ou serviços. Quando essa autorização for insuficiente ou inexistente, dar-se-á origem aos créditos adicionais, como já estudado.
A possibilidade de pagar não advém dos créditos, mas sim do numerário disponível existente na conta única do tesouro nacional, especificado para o pagamento da despesa.
Classificação
Pode ser classificada em vários aspectos. Segundo o prof° Lino Martins, a despesa, quanto à natureza, é dividida em: orçamentária e extraorçamentária.
Despesa Orçamentária
 
É aquela cuja realização depende de autorização legislativa. Não pode se realizar sem crédito orçamentário correspondente. Em outras palavras, é a que integra o orçamento, despesa discriminada e fixada no orçamento público.
A tabela retrata resumidamente como apresenta a classificação orçamentária da despesa.
Despesas Correntes
 
São os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos.
 
Segundo a Lei 4.320/64, são consideradas despesas correntes:
Despesas de Custeio
Despesas de Custeio: são as destinadas à manutenção de serviços anteriormente
criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes
Transferências Correntes:  são despesas para as quais não corresponda uma contraprestação direta em bens e serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
Transferências Correntes
Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei Federal n° 4.320/64, as transferências para cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - Subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) As dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
 
as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais;
c) as dotações destinadas a cobrir déficit de manutenção de empresa pública, desde que expressamente autorizadas na Lei de Orçamento ou em crédito adicional.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenção cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
Despesas de Capital
 
São gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é o de criar bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é ocaso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente e, que constituirão, em última análise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou através de mutação patrimonial.
 
Segundo a Lei 4.320/64, são consideradas despesas de capital:
Investimentos: São as despesas necessárias ao planejamento da execução de obras, à aquisição de instalações, equipamentos, material permanente, constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Incluem-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de obras.
Inversões Financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, de bens de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos de entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando tal operação não importa aumento de capital; constituição ou aumento de capital de entidades que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Transferências de Capital: são dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Despesa Extraorçamentária
É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extraorçamentárias, correspondendo à restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e outros.
Ex: Pagamento de restos a pagar, resgates de operações de crédito por antecipação de receita, ou seja, empréstimos e financiamentos cuja liquidação deve ser efetuada em prazo inferior a 12 (doze) meses, que também são considerados extraorçamentários, pois constituem saídas compensatórias de entrada, no ativo e passivo financeiro, respectivamente.
Outros aspectos da classificação da Despesa
Quanto à Competência Político-institucional
Quanto à Afetação Patrimonial
Quanto à Regularidade
Quanto a esse aspecto, divide-se em:
Federal - quando de responsabilidade da União, que a realiza para atendimento de seus serviços e encargos por força da Constituição, das leis e dos contratos.
Estadual - quando de responsabilidade dos Estados.
 
Municipal - quando de responsabilidade dos Municípios.
Quanto à Afetação Patrimonial
Efetivas: conjunto de despesas que contribuem para o decréscimo do patrimônio líquido do Estado. As despesas efetivas são aquelas cuja responsabilidade de pagamento o Estado obrigatoriamente assume, fixando dotações orçamentárias anuais.
Ex.: despesas com pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, outras despesas correntes.
Mutação Patrimonial: são as despesas oriundas de mutações que em nada diminuem o patrimônio líquido, constituindo simples saídas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem.
Ex.: investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida e outras despesas de capital.
Quanto a Regularidade
Ordinárias: São despesas constantes, ou seja, aquelas que são gastas na manutenção dos serviços públicos.
Ex.: material de consumo, serviços de terceiros, pessoal.
Ordinárias: São despesas constantes, ou seja, aquelas que são gastas na manutenção dos serviços públicos.
Ex.: material de consumo, serviços de terceiros, pessoal.
Extraordinárias: São despesas esporádicas provocadas por circunstâncias de caráter excepcional.
Ex.: enchentes, despesas extraordinárias decorrentes de guerra etc.
Classificação Legal da Despesa Orçamentária
Aspecto Jurídico
Despesas Fixas: São as que têm caráter permanente. São estabelecidas por lei e, por conseguinte, só por outra lei podem ser alteradas.
Exemplos: despesas com pessoal, custeio dos serviços e outras fixadas cm lei. Ex.: despesas obrigatórias de caráter continuado. Essas despesas vinculam anualmente o Poder Legislativo à concessão das respectivas dotações. A sua origem pode ser:
Constitucional => quando originárias de dispositivos expressos nas constituições (Federal ou Estadual) correspondentes aos subsídios e vencimentos dos membros dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. As relativas ao atendimento de precatórios judiciais bem como às repartições na receita por parte das várias esferas do governo.
 
• Legal => despesas decorrentes de leis ordinárias federais, estaduais ou municipais e correspondentes em cada área de competência, aos vencimentos do funcionalismo civil e militar, bem como as destinadas à amortização da dívida pública e aos respectivos serviços de juros.
Despesas Variáveis
Despesas Variáveis: são as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades dos serviços.
 
Exemplos: diárias, ajuda de custo, serviços extraordinários, investimentos etc.
Aspecto econômico
Despesas correntes e Despesa de capital. 
Aspecto Administrativo Legal
Institucional: é subordinada aos três níveis de governo: União, Estados e Municípios, cada um com autonomia financeira própria, nos termos da Constituição. Corresponde aos Órgãos Setoriais e suas respectivas Unidades Orçamentárias - Programas.
Exemplos: uma Subsecretaria da Receita da Secretaria da Fazenda 20.006
20 - Secretaria de Estado da Fazenda
006 - Subsecretaria da Receita Pública.
Funcional-Programática: Com a finalidade de programação, elaboração e controle da execução dos planos e das ações diretas ou indiretas do Governo, as DESPESAS foram agrupadas em Funções e estas, por sua vez, divididas em Subfunções.
 
A classificação funcional, composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, servirá como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental, nas três esferas. Trata-se de uma classificação independente dos programas.
A Portaria MF/MPOG n° 163, de 04 maio 2001, em seu art. 9º, determinou que a partir do ano de 2002, todos os entes da federação deveriam adotar para a elaboração de suas Leis Orçamentárias, no que se refere à despesa, a nova classificação econômica - segundo a sua natureza – na seguinte estrutura (grupo de despesas):
I) “CATEGORIA ECONÔMICA: despesas correntes ou de capital.
II) “GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA”: a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
III) “MODALIDADE DE APLICAÇÃO”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precisamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos.
IV) “ELEMENTO DE DESPESA” - tem por finalidade identificar os objetos de gastos.
V) FONTES DE RECURSOS: essa classificação varia conforme a esfera de governo e completa o detalhamento legal da despesa pública e, como exemplos, podemos citar:
- recursos diretamente arrecadados do tesouro;
- recursos diretamente arrecadados de outras fontes;
- operações de crédito;
- convênios e outros de acordo com o nível de governo.
Estágios da despesa Pública
São operações com finalidade específica. A Lei 4.320/64 dispõe que a despesa percorre três estágios: empenho, liquidação e pagamento. Alguns autores consideram a fixação da despesa na lei orçamentária como o primeiro estágio da despesa, denominando-o, por isso, de fixação.
1º) Fixação da Despesa
 
A fixação é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de Orçamento. A fixação da despesa compreende as fases de organização das estimativas e a conversão da proposta em orçamento público (autorização legislativa);
 
2º) Empenho
 
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Poder Público obrigação de pagamento. Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação depagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não. A importância da despesa empenhada fica abatida do crédito orçamentário respectivo e constitui uma garantia para o fornecedor.
 
O empenho materializa-se através da emissão de um documento denominado nota de empenho, o qual será extraído para cada empenho, e indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Existem três modalidades de empenho:
 
Ordinário ou Normal: é utilizado quando o montante a ser pago for previamente conhecido e deva ocorrer de uma só vez. São perfeitamente conhecidos o valor e o credor.
Global: é utilizado quando o montante a ser pago também for previamente conhecido, mas deve ocorrer parceladamente. São despesas típicas de empenhamento global aquelas que se referem aos aluguéis, às manutenções, às conservações, à limpeza.
 
Estimativa: é utilizado quando não se possa determinar previamente o montante exato a ser pago, por não ser a respectiva base periódica homogênea, como ocorre, em particular, com as contas de água, luz, gás, telefone etc. Nesta modalidade de empenho, em vista de sua característica básica ser o valor, que não se pode determinar, mas precisa ser estimado, obriga-se a emissão de outro documento, na ocasião do recebimento das contas onde está determinado o valor do gasto efetivo, que é o subempenho. Subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada por estimativa, ou seja, uma vez conhecido o valor da despesa, através da conta apresentada, providencia-se sua dedução da importância empenhada por estimativa.
 
O empenho ainda compreende três fases:
 
Licitação ou sua dispensa: precede ao empenho da despesa e tem por objetivo verificar entre vários fornecedores quem oferece condições mais vantajosas à Administração Pública.
Obedece a dois princípios fundamentais: publicidade e igualdade de tratamento para os vários fornecedores.
Autorização: Constitui a decisão, manifestação ou despacho do Ordenador de Despesa, isto é, permissão dada pela autoridade competente para realização da despesa, sendo efetuada pelos Ordenadores de Despesas, que são definidos como toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem reconhecimento de dívida, emissão de empenho, autorização de pagamento, concessão de adiantamento, suprimento de fundos ou dispêndios de recursos do Estado ou pelos quais este responda.
 
De modo geral, são competentes para autorizar despesas nas respectivas esferas de competência:
• O Presidente da República, o Governador, o Prefeito.
• As autoridades do Poder Judiciário indicadas por lei ou nos respectivos regimentos;
• As autoridades do Poder Legislativo indicadas no respectivos regimento;
• O Presidente do TCU/TCE ou quando houver no município;
• Os Ministros do Estado, os Secretários Estaduais e Municipais;
• Os titulares de autarquias, empresas públicas, de sociedade de economia mista e de fundações, de acordo com o estabelecido em lei, decreto ou estatuto. A competência para autorizar despesas poderá ser objeto de delegação, mediante ato normativo.
Formalização: Corresponde à dedução do valor da despesa feita no saldo disponível da dotação e é comprovada pela emissão da Nota de Empenho.
3º) Liquidação da Despesa
 
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao beneficio.
 
Essa verificação tem por fim apurar:
a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
A liquidação da despesa por fornecimentos feitos, obras executadas ou serviços prestados terá por base: 
• contrato, ajuste ou acordo respectivo, nota de empenho, comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço.
 
4º) Pagamento da Despesa
 
Só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. O pagamento será realizado em documento próprio, assinado pelo ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro.
Outras Despesas
Restos a Pagar: Despesas do orçamento empenhadas e não pagas até o último dia do exercício financeiro, sendo pagas com receitas extraorçamentária. Podem ser:
Restos a Pagar Não Processados – Não Liquidados: ão aquelas que não concluíram o estágio de liquidação, mesmo que nele já tenha ingressado.
Restos a Pagar Processados – Liquidados: São aquelas que completam o estágio de liquidação. O registro dos Restos a Pagar será feito por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Os empenhos que correm a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Suprimento de Fundos: O regime de adiantamento ou suprimento de fundos é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
 
O Decreto 93.872/86, em seu artigo 45, especifica os casos nos quais o ORDENADOR DE DESPESAS pode conceder Suprimento de Fundos:
 I - Para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie;
II - quando a despesa deve ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento;
III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Condições para se adotar o Regime de Adiantamento:
 
1) As espécies de despesas têm de ser previamente definidas em lei;
2) deve ser utilizado em casos excepcionais;
3) que a natureza da despesa ou a sua vigência não permitam o processamento normal de aplicação.
Aplicação => por processo normal de aplicação deve-se entender o processamento da despesa, atravessando todos os estágios, fase por fase, operação por operação. O prazo de aplicação começa a contar do dia da entrega do dinheiro. Dentro desse prazo o responsável realiza as despesas, guarda os comprovantes e no final do período de aplicação recolherá aos cofres da entidade o saldo não utilizado, se houver.
 
O prazo máximo para aplicação de um suprimento de fundos é de 90 dias a partir da data da OB. O suprido é obrigado a prestar contas do recurso aplicado através de suprimento, inclusive comprovar o recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso, dentro de 30 dias após o término da data de aplicação.
 
A entrega de numerário é precedida de empenho ordinário e pagamento por:
- OBP em favor do servidor (suprido) quando o valor for menor que 50% do limite de licitação
- OB para c/c em nome do suprido, aberta com autorização do OD p/ fim SF quando a quantia for igual ou maior que 50% do limite de licitação.
Você sabe o que são Despesas de Exercícios Anteriores?
São as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Dívida Pública: São todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros. Classifica-se em:
Dívida Fundada ou Consolidada: compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses, contraídos para atender ao desequilíbrio orçamentário ou a financiamentos de obras e serviços públicos. Representa um compromisso a longo prazo de valor previamente determinado, garantida por títulos do governo, que rendem juros e são amortizáveis ou resgatáveis,podendo ou não o seu vencimento ser fixado. É efetuada através de contratos de financiamentos, sendo o seu pagamento estipulado em prestações parciais (amortizações), distribuídas por certo período de anos. Pode ser interna ou externa.
Dívida Flutuante ou Não Consolidada: É aquela que o Tesouro contrai por um breve ou indeterminado período de tempo, quer para atender a eventuais insuficiências de caixa quer como administrador dos bens e valores de terceiros. De certa forma, são os mesmos compromissos assumidos em vista da condição de depositário, que o Poder Público exerce, como os depósitos de cauções, fianças, consignação, etc., além dos restos a pagar e dos débitos de tesouraria, que são considerados receita extraorçamentária por ocasião de seu recebimento e que constituem a dívida flutuante, enquanto não liquidada ou não devolvida e, por ocasião de sua devolução ou pagamento, é processada como despesa extraorçamentária.
De acordo com o aspecto legal, a Dívida Flutuante compreende:
• Os restos a pagar (excluídos os serviços da dívida);
• os serviços da dívida a pagar (juros);
• depósitos;
• débitos de tesouraria (operações de créditos por antecipação de receita).
Aula 4 – Gestão na Administração Pública
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender o exercício e o período administrativo, os regimes contábeis e os Inventários na Administração Pública.
Regimes Contábeis
Por imposição do Artigo 35, da Lei 4.320/64, foi consagrado o regime contábil MISTO, que disciplina o seguinte:
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro”:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Avance a tela e veja os exercícios financeiros da receita arrecadados e as despesas legalmente empenhadas.
Por esta doutrina devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele arrecadadas”. Isso quer dizer que, em relação ao regime contábil de escrituração, devemos utilizar o REGIME DE CAIXA, pois só dever ser considerada a receita que for efetivamente arrecadada (recebida) no exercício.
Pertencem ao exercício financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas”, o que em termos de escrituração contábil, trata-se do REGIME DE COMPETÊNCIA, uma vez que a despesa é atribuída ao exercício, de acordo com a sua real incidência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador (momento em que ocorreu)
Inventários na Administração Pública
É a relação, lista, rol, arrolamento de todos os elementos ativos e passivos componentes do patrimônio com a indicação do valor desses elementos, permitindo conhecer a composição qualitativa do patrimônio em determinado momento, bem como fornecer informações para que se estabeleça sua expressão quantitativa.
Compreende as fases do levantamento (compreende a coleta de dados sobre todos os elementos ativos e passivos e é subdividido nas etapas: identificação, grupamento e mensuração); arrolamento (é o registro das características e quantidades obtidas no levantamento, podendo ser de forma sintética ou analítica) e avaliação (é atribuída uma unidade de valor ao elemento patrimonial, devendo ser  por base no custo).
Princípios do Inventário
1º) Instantaneidade: devemos entender que estabelece que o levantamento refira-se a determinado momento.
2º) Oportunidade: fixa que a execução do levantamento deve correr  no menor intervalo de tempo e que o momento seja o mais conveniente para a administração.
3º) Integridade: determina que, uma vez fixados os limites do inventário, todos os elementos patrimoniais nele compreendidos deverão ser objeto do levantamento.
4º) Especificação: estabelece que todos os elementos inventariados devem ser dispostos em classes, de acordo com os atributos comuns.
5º) Uniformidade: estabelece que os critérios de mensuração e avaliação para todos os elementos do patrimônio devem ser os mesmos ou quando não for possível, deverá ser mantida a maior afinidade possível com os demais.
Controle dos Bens Patrimoniais
Os bens serão inventariados pelos respectivos valores históricos ou de aquisição, quando conhecidos, ou pelos valores constantes de inventários já existentes, com indicação da data de aquisição.
Para fins de atualização física, monetária e de controle, a época da inventariação será:
- Anual, para todos os bens móveis e imóveis sob a responsabilidade da unidade administrativa em 31 de dezembro; 
- no início e término da gestão, isto é, na substituição dos respectivos responsáveis, no caso de bens móveis.
Bens Patrimoniais
abe à unidade administrativa o exercício de controle dos bens que tenha sido por ela adquirido ou em cuja posse se acha e, para controle, adotará os seguintes procedimentos:
- Atribuir o número de registro para cada bem incorporado;
- emitir fichas individuais de bens;
- registrar todas as transferências de bens, recolhimento, reparação e baixas;
- efetuar verificação periódica dos bens sob a responsabilidade dos encarregados dos setores; 
- elaborar relações de inventário de bens patrimoniais como comprovantes para o Balanço Geral.
Bens em Almoxarifado
Entre essas normas, está, necessariamente, a que estabelece o controle físico e financeiro das quantidades por parte dos responsáveis pelo almoxarifado e a contabilização da responsabilidade pelo órgão de contabilidade, pois só assim é possível identificar divergências entre o inventário físico e os valores consignados na contabilidade.
A movimentação dos materiais envolve incorporações ou entradas e baixas ou saídas. São incorporações os acréscimos decorrentes de aquisições, transferências de outras unidades e por doações.
Sobre as Baixas no Almoxarifado
São baixas os decréscimos relativos ao consumo, transferências a outras unidades, extravio, destruição ou perecimento, incidência em obsolência ou imprestabilidade e desuso, doações e alienações.
Para escrituração analítica da existência e movimentação dos materiais, as unidades que tenham sob sua responsabilidade a guarda dos bens referidos manterão o registro nas fichas de movimento de material, que consignarão, por espécie ou natureza do material, as respectivas existências e movimentações, bem como seu valor, sendo essa escrituração diária e ininterrupta.
Na hipótese de descontos obtidos por pagamento antecipados das faturas e que não se conheçam no empenho da despesa, serão adotados os seguintes procedimentos:
- Contabilizar o desconto como receita, não revertendo à dotação em que foi efetuado o empenho;
- registrar nas fichas de movimentação de material o valor constante do empenho.
No último dia útil do exercício financeiro, dois funcionários, especialmente designados por ato próprio do titular da unidade levantarão, para encerramento do exercício, o inventário geral das existências físicas do respectivo almoxarifado, o qual se constituirá peça fundamental do processo de prestação de contas a ser remetido ao Tribunal de Contas.
Aula nº 5 – Planejamento contábil na Administração Pública
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender os sistemas de contas na Administração Pública, seu plano de contas e suas codificações.
Sistemas de contas
A Lei 4.320/64 determina que o registro contábil seja realizado em quatro sistemas independentes, mas que se complementam para a apuração dos demonstrativos obrigatórios. Os sistemas são:
Orçamentário: é o sistema representado pelos atos de natureza orçamentária, que abrange a fixação e a realização da despesa, a previsão e a realização da receita.
Financeiro: representa o sistema de ingressos (entrada) de recursos e dispêndios (saída) de valores no disponível através de transações orçamentárias e extraorçamentárias.
Patrimonial: registra os bens móveis, imóveis, estoques, créditos, obrigações, valores, inscrição e baixa da dívida ativa, operações de créditos etc. São as incorporações ou desincorporações de ativos e passivos.
Compensação: este sistema tem por finalidade controlar os atos da administração, que não alteram a situaçãopatrimonial da instituição, mas que no futuro poderão vir a afetá-lo. São exemplos de compensação os acordos, as fianças, as cauções, as garantias, os contratos, os convênios etc.
Sistema Orçamentário
Evidencia o registro contábil da receita e da despesa, de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos Créditos Adicionais, assim como o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis, ou seja, no final do exercício apresenta os resultados comparativos entre a previsão e a execução orçamentária, registrados.
Registro das estimativas da receita, com base na Lei Orçamentária;
Registro das despesas autorizadas, com base na Lei Orçamentária;
Baixa da receita arrecadada, controlando a posição da receita prevista;
Controle da despesa empenhada, mediante dedução do valor dos créditos disponíveis;
Apuração das despesas empenhadas que serão inscritas em Restos a Pagar;
Apuração da receita lançada, cuja não arrecadação ensejará a inscrição em Dívida Ativa; 
Contas típicas:
 
Créditos Disponíveis, Receita Prevista, Orçamento da Despesa, Orçamento da Receita, Execução da Despesa, Receita Lançada, Despesa Empenhada, Execução da Receita e Despesa Liquidada.
Sistema Financeiro
Engloba todas as operações que resultam em débitos e créditos de natureza financeira, não só das compreendidas, como também das não compreendidas na execução orçamentária, que serão objeto de registro e controle contábil, apresentando no final do exercício o resultado financeiro apurado.
Registro dos ingressos, tanto orçamentários como extra-orçamentário;
Registro dos desembolsos, tanto orçamentários como extra-orçamentário;
Encerramento das contas orçamentárias de receita e despesa, com transferência ao sistema patrimonial para apuração do resultado econômico do exercício;
Transferência para o sistema patrimonial das contas de natureza patrimonial.
Contas típicas: 
Caixa, Restos a Pagar, bancos e Correspondentes, Processados, Cheques Emitidos, Não Processados, Bancos c/ Arrecadação, Depósitos de Diversas Origens, Agentes Arrecadadores, Serviço da Dívida a Pagar, Diversos Responsáveis, Consignações, Despesa Realizada e Receita Arrecadada.
Sistema Patrimonial
Registra analiticamente todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, bem como mantém registro sintético dos bens móveis e imóveis.
As alterações da situação líquida patrimonial que abrangem os resultados da execução orçamentária, assim como as variações independentes dessa execução e as superveniências ativas e passivas constituirão elementos do sistema patrimonial. Deverá apresentar, no final do exercício, o resultado da gestão econômica.
 Registro do Ativo Permanente e Passivo Permanente do Estado;
  Controle dos bens e valores do Estado, inclusive bens de terceiros que
  estejam de posse do Estado;
  Acompanhamento físico dos bens, direitos e obrigações por força de  
  inventário que valide os registros efetuados; 
  Identificação da movimentação do patrimônio e de suas origens, sejam  
  decorrentes ou não da execução orçamentária. 
Contas típicas:
Dívida Fundada Interna, Bens do Estado, Dívida Fundada Externa, Créditos Fiscais Inscritos, outras Dívidas de Longo Prazo, Almoxarifados, Patrimônio Líquido, Variações Passivas, Resultado Patrimonial do Exercício e Variações Ativas.
Sistema de compensação
Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente decorrentes de contratos, convênios ou ajustes. Muito embora seja um sistema escriturado com elaboração de balancetes, mensais independentes, a Lei n° 4.320/64 o considerou, simplesmente, como contas de compensação e, quando forem elaborados os balanços, no final do exercício, os saldos de suas contas serão incluídos no balanço de sistema patrimonial.
Contas típicas:
Valores de Terceiros (caução, fiança), Valores em Poder de Terceiros (títulos), responsáveis por adiantamentos e bens cedidos a terceiros.
Sistema Financeiro
Codificação
“Por ser de aplicação comum e obrigatória no âmbito dos Municípios, dos Estados e da União, a classificação funcional permitirá a consolidação nacional dos gastos do setor público”.
A Função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público.
As FUNÇÕES, por sua vez, desmembram-se em SUBFUNÇÕES..
A portaria n° 42, MPOG/SOF, de 14 de abril de 1999, apresenta a seguinte definição para SUBFUNÇÃO:
§ 3° A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor público.
§ 4° As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas (...).
FUNÇÃO: 12- EDUCAÇÃO - SUBFUNÇÃO: 361 - ENSINO FUNDAMENTAL.
A Estrutura Programática
As FUNÇÕES e respectivas SUB-FUNÇÕES desdobram-se em PROGRAMAS, que se destinam a efetivação da integração entre os planos e os orçamentos, organicamente articulados, servindo de ligação entre o planejamento de longo e médio prazo e o Orçamento Anual.
O Manual Técnico de Orçamento/MTO - 2000, com base na Portaria 042, de 1999, institui a ESTRUTURA PROGRAMÁTICA, tal a importância assumida pelo Programa no planejamento orçamentário a partir da publicação do Decreto 2.829/98 e daquela Portaria.
A partir da Portaria n° 42, de 14 de abril de 1999, os programas deixaram de ter o caráter de classificador, e cada nível de governo passou a ter a sua estrutura própria, adequada à solução dos seus problemas. A origem dos Programas passou a estar no processo de planejamento desenvolvido durante a formulação do Plano Plurianual – PPA.
Há convergência entre as estruturas do Plano Plurianual e o orçamento anual a partir do programa, “módulo” comum integrador do PPA com o orçamento. Em termos de estruturação, o plano termina no programa e o orçamento começa nele, o que confere a esses documentos uma integração desde a origem, sem a necessidade, portanto, de buscar uma compatibilização entre módulos diversificados. O programa age como único módulo integrador, e os projetos e as atividades, como instrumento de realização dos programas.
Cada programa contém, no mínimo, objetivo indicador que quantifica a situação que o programa tem por fim modificar, e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo.
Os produtos dos programas dão origem aos projetos e atividades. Cada projeto ou atividade só pode estar associado a um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dá origem à meta”
“O programa é o instrumento de organização da atuação governamental. Articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual, visando à solução de um problema ou o atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade”.
“Toda a ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em programas, orientados para consecução dos objetivos estratégicos definidos, para o período, no PPA” (MTO - 2000).
PROGRAMA - categoria orçamentária cujo objetivo é traduzir no orçamento anual as definições e objetivos do planejamento de médio e longo prazos.
Projetos e Atividades
As ações de governo derivadas dos Programas, portanto, os instrumentos de realização dos programas, podem ser de três tipos:
Projetos: conjunto de operações limitadas no tempo, dos quais normalmente resultam produtos quantificáveis física e financeiramente, que concorrem para a expansão ou para o aperfeiçoamento da ação governamental, entendendo-se como expansão os dispêndios necessários à ampliação dos atuais níveis de atendimento ou diversificação de bens e serviços.
Conforme a redação da Portaria 42, tem-se a seguinte definição:
“Projeto é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,envolvendo um conjunto deoperações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo.”
Atividades: conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que concorrem para a manutenção da ação do Governo, entendendo-se como manutenção os dispêndios necessários para assegurar a execução das ações existentes nos níveis correspondentes à capacidade produtiva instalada.
Continuar...aula 6 – Escrituração 
	
		Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender os registros das operações típicas nos sistemas Orçamentário, Financeiro e Patrimonial.
Aula 7 – Balanços na Contabilidade Pública
	
		Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender os demonstrativos contábeis na contabilidade pública.
Balanços Públicos
O Art.101 da Lei 4.320/64 determina que os resultados gerais do exercício sejam demonstrados através dos seguintes demonstrativos contábeis:
Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais.
Dessa forma, teremos três tipos de resultados: o Orçamentário (apurado no Balanço Orçamentário); o Financeiro (apurado no Balanço Financeiro) e o Econômico ou Patrimonial (apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais). Sendo o resultado patrimonial demonstrado no Balanço Patrimonial.
Balanço Orçamentário
O art.102 da Lei 4.320/64 determina que o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Por conseguinte, o Balanço Orçamentário é elaborado para atender e controlar as receitas e as despesas de acordo com as especificações da Lei de Orçamentária Anual (LOA) e dos créditos adicionais. E, no final do exercício, apurar o Resultado Orçamentário, podendo ocorrer três situações distintas, conforme demonstraremos a seguir:
Balanço Financeiro: O art. 103, Lei 4.320/64, descreve que o Balanço Financeiro demonstrará as receitas e a despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécies provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Para ser mais objetivo, o Balanço Financeiro corresponderá ao movimento financeiro (ingressos e desembolsos) ocorrido no exercício financeiro e conterá, além das operações orçamentárias, todas as operações de que resultem em débitos e créditos, não compreendidas na execução orçamentária.
Com o Balanço Financeiro, podemos apurar o Resultado Financeiro do Exercício, podendo defrontar com três situações distintas, a saber:
Superávit: Receita orçamentária + extraorçamentária > Despesa orçamentária + extraorçamentária.
Déficit: Receita orçamentária + extraorçamentária < Despesa orçamentária + extraorçamentária.
Nulo: Receita orçamentária + extraorçamentária = Despesa orçamentária + extraorçamentária.
O Balanço Financeiro preconizado através do artigo acima, da Lei n° 4.320/64, fica claramente entendido quando observado o modelo que constitui o Anexo n°13, dessa mesma lei, sendo um quadro de contabilidade com duas seções, receita e despesa, em que se distribuem as entradas e as saídas de numerário, demonstrando-se as operações de tesouraria e de dívida pública, igualando-se as duas somas com os saldos de caixa, o inicial e o existente (que se transfere para o exercício seguinte).
O Balanço Patrimonial previsto na Lei 4.320/64 difere em sua forma de apresentação da estrutura exigida pela Lei 6.404/76. No balanço da contabilidade pública, os elementos patrimoniais são separados primeiramente em financeiros e não financeiros, tanto para o ativo como para o passivo e, a partir dessa separação, os elementos patrimoniais são dispostos em ordem decrescente do grau de liquidez, ativo, e ordem decrescente do grau de exigibilidade, passivo.
Esta forma de apresentação, determinada pela Lei 4.320/64, tornou-se obrigatória para possibilitar o cálculo do Superávit Financeiro (diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro), o qual servirá como fonte de recursos para a abertura de créditos suplementares e especiais.
Seguindo o raciocínio do professor, estaremos ora usando a nomenclatura ativo e passivo permanente, ora ativo e passivo não financeiro, sem desvirtuar a classificação dos elementos patrimoniais que serão alocados nesses grupos.
NOTA: cabe observar que esta nomenclatura não financeiro para o grupo do permanente, já está sendo utilizada pela Coordenação Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional, na elaboração do Balanço Patrimonial dos órgãos que utilizam o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI).
Contudo, vale lembrar que a essência do Balanço Patrimonial é refletir a posição das contas patrimoniais em determinado momento, normalmente no fim do exercício, único demonstrativo que se apresenta estático, sendo que os outros balanços públicos (BO, BF e DVP) apresentam demonstrativos de fluxos.
Ressalta-se que a Demonstração das Variações Patrimoniais é parte integrante do Balanço Patrimonial, pois possibilita uma completa compreensão da situação patrimonial da entidade. E ainda tem a função de apurar o Resultado Patrimonial ou Resultado Econômico que decorre da subtração das variações ativas das passivas, podendo chegar a três situações distintas, a saber:
Superávit Patrimonial: Variações Ativas > Variações Passivas;
Défict Patrimonial: Variações Ativas < Variações Passivas;
Nulo: Variações Ativas = Variações Passivas.
 
NOTA: cabe frisar que também podemos calcular o resultado patrimonial, confrontando a diferença entre o saldo patrimonial do exercício e o do exercício anterior, registrados nos Balanços Patrimoniais dos respectivos exercícios, sendo o saldo calculado com este procedimento igual ao resultado patrimonial apurado da Demonstração das Variações Patrimoniais do exercício.
Estrutura das demonstrações patrimoniais
A Demonstração das Variações Patrimoniais é um quadro com duas seções “Variações Ativas” e “Variações Passivas” distribuídas em três grandes grupos:
Resultantes da Execução Orçamentária;
independentes da Execução Orçamentária,
resultado Patrimonial.
Variações Ativas
São todas aquelas que provocam um aumento na Situação Líquida Patrimonial seja pelo aumento de valores ativos ou diminuição de valores passivos. A seção das variações ativas divide-se em:
Resultado Patrimonial
Superávit patrimonial ou resultado econômico positivo apurado demonstra o resultado positivo de operações. É adicionado algebricamente ao saldo patrimonial anterior. 
Observações finais: 
Sempre que houver um aumento no ativo permanente ou uma diminuição no passivo permanente, decorrentes da execução orçamentária, haverá uma mutação patrimonial ativa.
Variações Ativas ocorrem nas Aquisições Valorizações de Bens, Amortização da Dívida, Superveniências Ativas e Insubsistências Passivas (SEMPRE CREDITADAS).
Variações Passivas ocorrem nas Alienação, Depreciação, Constituição de Dívidas Passivas, Recebimento de Créditos, Cobrança da Dívida Ativa, Superveniências Passivas e Insubsistências Ativas.
Aula 8 – Controle na execução orçamentária
	
		Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Conhecer a estrutura do Controle interno e do Controle Externo, bem como as Tomadas de Contas na Administração Pública. 
Tomadas e Prestação de Contas
Toda pessoa física que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre bens e valores públicos da União e das Entidades da Administração Indireta terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das Autoridades Administrativas competentes.
Avance a tela e conheça o levantamento de contas.
Pela legislação orçamentária e financeira estão sujeitos ao levantamento de contas:Tipos de tomadas de contas
Controle Interno e externo
O art.37 da Constituição Federal determina que a Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos seguintes princípios:
• Legalidade;
• Impessoalidade;
• Moralidade;
• Publicidade;
• Eficiência.
III- apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditórias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Aula 9 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF 
	
		Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Conhecer as metas fiscais e o equilíbrio fiscal na Administração Pública.
O Sistema Orçamentário inicia-se justamente com o registro das receitas estimadas e despesas fixadas na Lei do Orçamento. A partir daí, a execução orçamentária passa a vigorar com a realização do planejamento público expresso na referida lei em conjunto com a Lei das Diretrizes Orçamentárias, Plano Plurianual e Anexos de Metas e Riscos Fiscais definidos na LC nº 101/00 de 4 de maio de 2000.
Os valores registrados no orçamento não podem sofrer alterações, a não ser quando expresso na própria lei orçamentária ou em lei específica, por meio dos chamados créditos adicionais.
Como vimos na tela anterior a execução orçamentária, as dotações autorizadas são montantes parciais de recursos definidos em lei que, permitindo um montante global, possibilitam a execução diária. Porém, sabe-se que a realização dessas despesas depende da expectativa de recebimentos e que tanto as receitas como as despesas não acontecem todas de uma vez e numa mesma data. Por isso, o legislador criou as chamadas cotas que definirão, mediante estudo detalhado, qual é o montante ideal para ser liberado em determinado período de tempo. Seu principal objetivo é o equilíbrio da receita e da despesa por meio do controle dos saldos das cotas, que deverão ser liberadas pelo Poder Executivo.
Equilíbrio Fiscal
A meta bimestral de arrecadação compõe o documento criado pela Lei Complementar nº 101/00, em seu art. 13, que tem o objetivo de desdobrar a previsão da receita em metas bimestrais de arrecadação, a ser publicado nos 30 dias subsequentes à publicação da Lei Orçamentária.
A lei determina que o desdobramento da receita deverá especificar, quando cabível, as medidas de controle evasão e à sonegação de receitas, a quantidade e valores de ações ajuizada para cobrança da dívida ativa e, ainda, o demonstrativo da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. O comparativo entre a receita arrecadada e a meta bimestral de arrecadação se torna necessário para verificar o cumprimento do que foi estabelecido no art. 13 da LC 101/00 e regulamentado por alguns tribunais de contas. A referida lei determina que as receitas previstas sejam desdobradas pelo Poder Executivo.
O cronograma de execução mensal de desembolso, criado pela LC nº 101/00, em seu art. 8º, tem o objetivo principal de planejar o fluxo de caixa da instituição pública, ou seja, definir como será distribuída dentro do exercício a despesa, de forma a não acarretar déficits financeiros.
A distribuição da despesa, em relação ao recebimento de receitas ocorrerá mediante distribuição das cotas financeiras e esse cronograma deverá ter um acompanhamento mensal de cada poder, de forma a cumprir as metas fiscais, estabelecidas pelo Anexo de Metas Fiscais, fixadas na Lei das Diretrizes Orçamentárias. Ocorrendo o descumprimento das metas fiscais, 
deve-se haver a limitação de empenho e da movimentação financeira, de forma a reaver um resultado primário positivo.
Conforme determina o § 4º do art. 9º da LC 101/00, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento de metas fiscais nos meses de maio, setembro e fevereiro, em audiência pública, não deixando explícitas outras datas, nos casos de municípios com população inferior a 50 mil habitantes.
Para que esse cronograma de execução mensal de desembolso e programação financeira seja funcional e efetivo, é necessário definir um fluxo de caixa onde se possam planejar recebimentos e pagamentos de acordo com suas realizações, utilizando-se ainda de controles, tais como requisição de materiais, ordens de serviços, entre outros.
Com essas suposições, podem haver duas situações diversas, as quais são completamente diferentes. Uma dentro do que determina a norma legal e a outra completamente fora da legislação.
Situação 1
Imagina-se uma instituição que não efetue controle nenhum dos recebimentos e pagamentos, executando o orçamento a toque de caixa, ou seja, à medida que entra o recurso financeiro, pagam-se as contas, normalmente, independentemente de seu vencimento.
Imagine que, em outra instituição, efetua-se o controle dos recebimentos e pagamentos, inclusive com medidas de antecipação ou aumento de receitas, de forma a efetuar o equilíbrio de caixa, manter o fluxo de caixa e a consequente quitação de suas obrigações em tempo hábil.
Nesse caso, a instituição teria em seu poder um estudo de comportamento de suas receitas e despesas em cada período do ano. Assim, conseguiria identificar qual época seus recebimentos e pagamentos são maiores ou menores. Ela poderia efetuar uma programação que, por exemplo, definindo que em novembro não poderá haver novas despesas, a fim de permitir à instituição que aumente seu saldo em disponibilidades para quitação do 13º salário.
Limite de Empenho
Considerando que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, nos termos da LC 101/00, ao se verificar no final de um bimestre que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, promoverá, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, atendendo ao art. 9º da referida lei.
O não cumprimento do dispositivo legal implicará infração administrativa contra as leis de finanças públicas, nos termos da

Continue navegando