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FGV   Teoria Geral do Processo
156 pág.

Direito Processual Civil Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo ÂngeloInstituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo

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Resumo sobre Teoria Geral do Processo A Teoria Geral do Processo é um campo do Direito que se dedica ao estudo da função jurisdicional exercida pelo Estado, abordando os princípios e normas que regem a atividade processual. O curso, conforme apresentado no material, tem como objetivo principal familiarizar os alunos com os conceitos fundamentais da Teoria Geral do Processo, utilizando casos concretos julgados em tribunais como base para a discussão. O conteúdo é estruturado em aulas que cobrem desde a apresentação do curso e noções iniciais até temas mais complexos, como a jurisdição no estado contemporâneo, a efetividade da tutela jurisdicional, a competência, a problemática da ação, e os personagens do processo, incluindo juízes e advogados. O material didático é essencial para o aproveitamento do curso, pois inclui um roteiro das aulas, casos geradores, bibliografia básica e complementar, jurisprudência e questões de concursos. A metodologia proposta enfatiza a leitura prévia do material e a discussão em sala de aula, onde os alunos são incentivados a analisar casos que podem ter múltiplas soluções. A avaliação dos alunos será feita por meio de provas que abordam tanto conceitos teóricos quanto problemas práticos, com a possibilidade de uma terceira prova para aqueles que não alcançarem a média mínima. A Teoria Geral do Processo também reflete sobre a evolução histórica do Direito Processual, destacando a transição de uma visão tradicional, que considerava o processo como um mero apêndice do Direito Material, para uma concepção mais autônoma e complexa. O surgimento de uma Teoria Geral do Processo é atribuído ao século XIX, quando se começou a desenvolver uma estrutura própria para o estudo do processo, culminando em uma crise na ciência processual no século XX, onde se percebeu a necessidade de integrar aspectos éticos e sociais à atividade jurisdicional. O trabalho de juristas como Mauro Cappelletti, que abordou o acesso à justiça, é considerado um marco na evolução do Direito Processual, propondo uma visão instrumentalista que busca garantir um acesso efetivo à justiça para todos. A Jurisdição e a Função Jurisdicional A jurisdição é definida como a forma estatal de resolução de litígios, sendo um poder e dever do Estado. A função jurisdicional é essencial para a pacificação social, e o Estado, ao proibir a autotutela, assume a responsabilidade de resolver conflitos de forma justa. A jurisdição é caracterizada por sua natureza imperativa, onde o Estado impõe suas decisões, e é regida por ritos estabelecidos pelo legislador. A partir do século XIV, a jurisdição se tornou a forma predominante de resolução de conflitos, monopolizada pelo Poder Judiciário. A doutrina classifica as formas de solução de conflitos em autodefesa, autocomposição e heterocomposição. A autodefesa é a forma mais primitiva, enquanto a autocomposição envolve acordos entre as partes. A heterocomposição, por sua vez, é realizada pelo Estado ou por um terceiro escolhido pelas partes, como na arbitragem. A Teoria Geral do Processo também discute as correntes unitária e dualista, que abordam a sistematização do Direito Processual, defendendo a existência de uma única teoria geral que abarca os diversos ramos do Direito Processual. Fontes do Direito Processual e Normas Processuais As fontes do Direito Processual brasileiro são classificadas em formais e materiais. As fontes formais incluem a Constituição, que estabelece princípios fundamentais, e as leis ordinárias que regulam o processo civil. As fontes materiais, por outro lado, são aquelas que não possuem força vinculante, mas que ajudam a interpretar as normas processuais, como a jurisprudência e a doutrina. O Código de Processo Civil de 1973, que ainda está em vigor, passou por diversas reformas e continua a ser a base do Direito Processual Civil no Brasil. As normas processuais definem como os direitos e obrigações devem ser exercidos e estabelecem a técnica a ser utilizada na resolução de conflitos. A eficácia das normas processuais é regida pelo princípio da territorialidade, que determina que a lei processual brasileira se aplica em todo o território nacional. Além disso, a interpretação das normas processuais pode ser feita de diversas maneiras, incluindo a interpretação literal, sistemática, histórica, teleológica e comparativa, cada uma com seu próprio enfoque e aplicação. Destaques O curso de Teoria Geral do Processo visa apresentar os conceitos fundamentais do Direito Processual, utilizando casos concretos para discussão. A jurisdição é um poder e dever do Estado, essencial para a resolução de conflitos e pacificação social. As fontes do Direito Processual incluem a Constituição e leis ordinárias, com a jurisprudência e doutrina servindo como fontes materiais. O Código de Processo Civil de 1973 é a base do Direito Processual Civil no Brasil, tendo passado por diversas reformas. A interpretação das normas processuais pode ser feita de várias formas, cada uma com seu enfoque específico.

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