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RELAÇÕES ETNICO RACIAIS NO BRASIL

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SUMÁRIO
	Introdução........................................................................................................
	4
	1. Artigo Cientifico............................................................................................
	5
	2. Filme Xangu.................................................................................................
	8
	3. Musica: Ruas da Cidade..............................................................................
	9
	4. Projeto Pombalino........................................................................................
	10
	5. Reportagem..................................................................................................
	11
	6. Comparativos com as aulas.........................................................................
	12
	6.1 Relação aula e Artigo Cientifico.................................................................
	12
	6.2 Relação aula e filme Xingu.........................................................................
	13
	6.3 Relação Aula e Musica: Ruas da Cidade...................................................
	15
	6.4 Relação Aula e Projeto Pombalino.............................................................
	16
	6.5 Relação Aula e Reportagem......................................................................
	17
	Conclusão........................................................................................................
	18
	Referências......................................................................................................
	20
	Anexos..............................................................................................................
	21
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INTRODUÇÃO
	O presente trabalho tem como objetivo primário uma maior compreensão do assunto “homem branco” e índio, uma vez que há diversas formas de falar deste mesmo assunto e diversos matérias que esclarecem melhor essa realidade de preconceito e descriminação ainda expressa pelos “homens brancos” em relações aos índios, que vivem “isolados” com suas crenças e costumes em suas tribos.
Na qual, essa trajetória de indiferença já existe a décadas, sendo o preconceito mundial com negros, pobres, gays, índios, entre outros. Para isso, ressaltaremos a questão da discriminação dos índios, apresentando a parte teórica do trabalho, com o objetivo de expor alguns artigos, reportagens, filme e música, além do conteúdo estudado em sala de aula.
E como objetivo secundário, veremos ao longo deste trabalho e com as pesquisas realizadas, mais detalhes sobre esse assunto e fazemos uma relação entre a parte teórica estudada e as aulas expositivas e discussões que tivemos durante este primeiro bimestre.
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1. ARTIGO CIENTIFICO 
Foi relatado nos meios de comunicação e divulgação há alguns anos atrás, um episódio de confronto na luta pela posse de terra. Esse confronto deu-se em relação a produção capitalista, de uma grande empresa de celulose, contra a questão dos povos indígenas ocuparem suas terras. Em primeiro momento, a desigualdade estrutural da sociedade em relação aos povos indígenas aparece explicita. No Espirito Santo, o conflito de terras estabelecidos entre a grande empresa e os povos indígenas das tribos Guarani e Tupiniquim, deixa claro a demarcação das terras indígenas (argumento em defesa do direito e sobrevivência). 
No dia 20 de janeiro de 2006, um confronto entre a polícia federal e os índios das aldeias resultou na destruição de 4 residências e uma casa de reza, o que chama a atenção é que esta casa de reza foi destruída após os índios já desocuparem a terra. Este episódio ficou conhecido como “cenário de guerra”, havendo o despejo de aproximadamente 200 índios, onde afirmaram que fariam protesto e manifestações e afirmaram que os três maiores problemas que existe são a invasão das suas terras, o desrespeito a sua cultura e as doenças transmitidas pelo contato com o branco.Na qual, os indígenas vivem e sempre viveram em condições e meios desiguais na sociedade, a correlação entre a questão indígena e a política territorial reaparece de forma inequívoca em todos os momentos importantes que marcaram a evolução da política indigenista no brasil. Para a construção da agenda e diante da definição de política como um conjunto de procedimentos destinados à resolução pacífica de conflitos, os envolvidos nesse processo são os chamados atores políticos, públicos e privados. Os primeiros são aqueles que se distinguem por exercer funções públicas e por mobilizar recursos associados às duas funções. São eles, os políticos (cuja posição resulta de mandatos eletivos, sendo sua ação condicionada pelo cálculo eleitoral e pertencimento a um partido político. Realizam uma atividade profissional que os leva a executar duas tarefas: tomar decisões visando a solucionar os problemas da conjuntura histórica e organizar e manter eficazes os canais para tomar essas decisões). Os burocratas (cujos cargos que ocupam requerem conhecimento especializado e se situam em um sistema de carreira pública. Controlam recursos de autoridade e informação e possuem projetos políticos que podem ser pessoais ou organizacionais). Já os atores privados são aqueles dotados de capacidade de influir, através de pressão e/ou pela via da representação, nas políticas públicas, podem ser os empresários (atuando de forma individual ou coletiva), os trabalhadores (cujo poder resulta da ação organizada através de sindicatos, podendo dispor de maior ou menor poder de pressão), os agentes internacionais (podem ser agentes financeiros, organizações ou governos), a mídia (com a capacidade de formar opiniões e mobilizar a ação de outros atores) e os autores invisíveis (os acadêmicos, pesquisadores, consultores e funcionários do Executivo e do Congresso). 
Segundo Matus, o que cada ator social vê e explica deriva de seus valores, ideologias e modelos teóricos muito particulares, que estão esquematizados mentalmente. Como os atores sociais são únicos, têm interesses, visões, explicações e propósitos diferentes sobre a realidade, eles têm a necessidade de pensar e agir estrategicamente, de conceber cálculos e planos distintos construídos no interior de seu pertencimento e identificação aos grupos sociais. A produção de políticas e a intermediação de interesses são determinadas pela estrutura política do país, pela cultura e pela possibilidade de participação. No caso das organizações indígenas, essas são entidades que lutam por direitos civis, mas que simultaneamente buscam a garantia de direitos decorrentes da diferença étnica, analisando a questão indígena no Brasil, afirmam que os depoimentos e discursos públicos de lideranças do movimento indígena demonstram a necessidade de manter interações com o mundo não-indígena e de criar novos campos de aprendizado, de competência técnica, de consenso e de objetivos comuns capazes de dar sustentação a um projeto utópico-político, anteriormente aglutinado na luta pela demarcação de terras e hoje configurado pela busca de novas bandeiras. 
A demarcação das terras indígenas vem-se processando em um contexto de luta no qual se evidencia dois argumentos: um em defesa do “desenvolvimento” econômico do Estado e, portanto, de proteção dos interesses do capital (nacional e internacional); outro de defesa dos direitos de propriedade e uso da terra por parte dos grupos indígenas, historicamente colocados à margem das políticas públicas brasileiras. 
Assim, o episódio retrata a necessidade de se discutir as questões ambiental e social como processos não dissociados, pois uma e outra circunscrevem um terreno de disputas, de desigualdade econômica, política e social.
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2. FILME XINGU 
A história do filme Xingu é envolta nos anos de 1940. Trata-se de três jovens irmãos que decidem viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo) de 27 anos, Cláudio (João Miguel) de 25, e Leonardo (Caio Blat) de 23. Os chamados Irmãos Villas-Bôas. Ambos alistam-se na ExpediçãoRoncador-Xingu, que em uma breve definição, trata-se de um movimento do governo Getúlio Vargas planejado para conquistar e desbravar o coração do Brasil, até então uma região desconhecida, lendária e misteriosa.
Iniciada em 1943, a frente desbravadora do movimento ficou conhecida como a Expedição Roncador-Xingu, que adentrou o Brasil-Central, desvendou o sul da Amazônia e travou contato com diversas etnias indígenas ainda desconhecidas.
O mais velho dos irmãos, Orlando, é o articulador entre as etnias indígenas e o poder oficial, responsável por brecar a ingerência externa. Já Cláudio, é o grande idealista e o mais consciente da contradição da expedição - "Nós somos o antídoto e o veneno", diz. O caçula é Leonardo, vibrante e corajoso. No entanto, suas atitudes podem causar um preço alto para a aventura dos irmãos. 
Numa viagem sem paralelo na história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, mil quilômetros de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar em 1961 o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica. 
Na aventura, os Villas-Bôas conseguem passar pelo território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos os lados. Em seguida, deparam-se com os Kalapalos, os famosos e temidos que teriam matado o explorador inglês Percy Fawcett. Mas, apesar de toda a apreensão e ao contrário do que imaginavam, os irmãos ficam amigos do grande chefe Izarari, e se encantaram com a cultura e os costumes locais. Não previam ainda que ali viveriam a primeira tragédia de suas vidas: um surto de gripe, trazido por eles mesmos, que quase dizima toda a aldeia. 
3. MUSICA: RUAS DA CIDADE
 (Milton Nascimento)
Guiacurus Caetés Goitacazes
Tupinambás Aimorés
Todos no chão
Guajajaras Tamoios Tapuias
Todos Timbiras Tupis
Todos no chão
A parede das ruas
Não devolveu
Os abismos que se rolou
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial
Passa bonde passa boiada
Passa trator, avião
Ruas e reis
Guajajaras Tamoios Tapuias
Tupinambás Aimorés
Todos no chão
A cidade plantou no coração
Tantos nomes de quem morreu
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial
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4. PROJETO POMBALINO
O Projeto Pombalino trata-se da imposição do uso da língua portuguesa aos povos indígenas. Duas escolas foram fundadas na década de 1770 com base no Diretório Pombalino com o objetivo de integração, buscando o fim da discriminação e diferenças entre índios e brancos, além da homogeneização cultural, para tal, a língua guarani deveria ser proibida. Para a efetivação deste projeto, foi elaborado uma documentação relativamente completa sobre essas instituições de ensino.
O Diretório Pombalino foi criado pelo ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, por volta do século XVIII, a homogeneização pretendida por ele não era somente em termos comportamentais, mas em termos físicos também, para isso, o Diretório enfatizava a necessidade de realização de casamentos mistos e a ocupação de cargos administrativos nas antigas aldeias indígenas, agora vilas, pelos frutos desses casamentos, pois eles seriam mais aptos que os colonos brancos. Além da função de transformar a identidade indígena, a imposição da língua portuguesa seria utilizada como critério de disputa de fronteira entre Portugal e Espanha, baseados no princípio "uti-possidetis".
No entanto, o Projeto Pombalino encontrou resistência tanto por parte dos colonos quanto dos índios, ao colocar em prática uma política agressiva contra os índios, acabou por transformar em um elemento definidor da identidade da população indígena estabelecida na fronteira meridional da América Portuguesa.
5. REPORTAGEM
Ao iniciar-se pesquisas científicas que possuem potencial para interferir publicamente na coletividade humana, deve-se tomar um imenso cuidado ao discutir sobre elas. Tais pesquisas, quando disseminadas na sociedade, resultam sim, em crenças e fatos (não-verídicos) impossíveis de serem controlados.
Quando “pesquisas genéticas” vêm à tona, a atenção deve ser redobrada e deve-se levar em consideração o histórico do assunto em questão. Como foi a história da discriminação racial em determinado país? Será que é justo que a realização de uma pesquisa tome a proporção de aparecer de casa em casa, podendo assim, ocorrer nova segregação?
6. COMPARATIVO COM AS AULAS
A seguir, para um maior entendimento, apresentaremos a relação dos conteúdos estudados da parte teórica, com as aulas e discussões expositivas que tivemos ao longo do bimestre.
6.1 Relação aula e Artigo Cientifico
O objetivo deste artigo, é fazer uma maior reflexão sobre a política social, a desigualdade estrutural dos índios em todos os momentos da história, o grande poder do capitalismo e do preconceito, na qual ainda existe e que vê os povos indígenas como invisíveis na cultura e na sociedade brasileira, hierarquizando-os no mais baixo nível (como vimos durante as aulas de terças). 
Ressaltamos ainda, que os indígenas vivem e sempre viveram em condições e meios desiguais na sociedade, a correlação entre a questão indígena e a política territorial reaparece de forma inequívoca em todos os momentos importantes que marcaram a evolução da política indigenista no Brasil, embora, algumas leis tenham sido criadas, os índios ainda são muito excluídos e discriminados pela nossa sociedade, na qual a todo momento as organizações indígenas (entidades que lutam por direitos civis) buscam simultaneamente a garantia de direitos decorrentes da diferença étnica, analisando a questão indígena no Brasil. 
Infelizmente, o artigo ainda deixa claro o grande racismo no Brasil (podendo ser confirmado também nos levantamentos estatísticos oficiais, produzidos pelo IBGE), onde o preconceito surge ainda cedo, nos estereótipos a respeito do negro, isso porque o racismo que está dissimulado e espalhado por todo o tecido social recebe nesse âmbito da violência policial e racial um caráter muito mais explícito, uma vez que apresenta-se numa versão armada, sob a proteção legal do Estado. 
6.2 Relação aula e filme Xingu
Ao recontar a saga dos irmãos, Xingu apresenta a luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros, traçando diálogo com problemas crônicos do processo de formação brasileiro.
No entanto, hoje a Amazônia inóspita, com florestas impenetráveis, rios gigantescos e habitada por feras e índios, apesar das agressões, continua pujante. Certamente, os ideais que nortearam a liderança dos Villas Bôas na Expedição Roncador-Xingu contribuíram para isso. Sem eles, a floresta e os índios teriam sofrido muito mais. Sob outro comando, a Marcha para o Oeste poderia ter descartado a complexa e delicada tarefa de contatar índios selvagens. Seria muito mais prático e rápido dizimar as aldeias, como fizeram nossos primeiros colonizadores e os bandeirantes.
O Parque Indígena do Xingu é apenas um naco do imenso retalho que os Villas Bôas confeccionaram nos 35 anos que passaram na selva. Outras heranças da Expedição Roncador-Xingu são as cidades e estradas que nasceram nos rincões do país, ligando os vários Brasis e possibilitando o desenvolvimento de regiões outrora inabitáveis. Mas, como diziam os Villas Bôas, ainda há muito a ser descoberto.
Em sessenta anos de uma luta silenciosa pela sobrevivência, o sonho de uma nação rumo ao Oeste ainda está se concretizando. Num país que continua a manter sua visão virada para o litoral e além-mar, o Araguaia delimita um refúgio para tradições milenares, natureza e novos valores. Esotéricos, sertanejos, garimpeiros, índios e gaúchos compõem hoje o fascinante, violento e dinâmicomosaico cultural do Brasil Central. Uma região onde riquezas, lendas e, sobretudo, profecias sobrevivem. Palco de um fenômeno humano e tipicamente brasileiro, no qual o futuro de um povo se constrói a olhos nus.
O preconceito contra o índio é um dos modos de descriminação mais fortes e agressivos do Brasil.
Nas cidades próximas às reservas, é um problema ainda mais acentuado. Os xinguanos, que se mantêm mais afastados não sofrem tão diretamente com o problema. Os Xavante, no entanto, têm suas terras mais próximas. Além disso, a etnia conseguiu reconquistar boa parte de seu território depois de um processo de luta que existe ainda hoje contra forças políticas e grandes proprietários locais.
Na década de 1970, os caciques da região de Pimentel Barbosa se uniram para expulsar os fazendeiros e demarcar sua reserva. Em resposta a tiros e assassinatos, os índios começaram a atacar e incendiar fazendas até ocupar uma área de 328 mil hectares de extensão que mais tarde foi reconhecida pelo governo e Funai.
Em 2004, os Xavante viveram outro conflito, quando posseiros se recusavam a desocupar a reserva de Marãwatsede. Três crianças morreram e outras oito foram internadas com pneumonia e subnutrição por causa das condições de vida da comunidade que vagava à beira da rodovia esperando permissão para voltar à sua terra. Resultado de 40 anos de luta, a área foi reconhecida e homologada como terra indígena em 1995 e mesmo assim uma batalha judicial não permitia o acesso dos índios à terra. Somente agora, depois de mortes, ameaças e brigas, os índios conseguiram ocupar de novo a região.
Sereburã, ancião da aldeia de Pimentel Barbosa, próximo a Marãwatsede, dá sua visão dos acontecimentos. “Nós mesmos tocamos os fazendeiros. Por isso que temos este espaço (reserva de Pimentel Barbosa) pequenininho hoje. Para branco é grande, para nós é pequeno. Fizemos isso sem a ajuda de ninguém. Agora vivemos aqui, espero que vocês respeitem a gente e nossos direitos. Espero que vocês passem essa informação ao seu povo. O povo Xavante é assim: usa pulseira, tem cordão no pescoço e brinco pra arrumar mulher nova. Nossa identidade é essa. Sou do tempo em que os homens andavam pelados e estou aqui, vivo.”
No trecho a seguir, há um relato de Maria Aparecida Berhamaschi e Luana Barth Gomes. A temática indígena na escola: ensaios de educação intercultural. Currículo sem Fronteiras, 12(1): 53-69, Jan/Abr, 2012:
“A dissertação de mestrado abaixo relata a experiência de estudo de caso de duas escolas de educação básica de Porto Alegre, uma delas com contato constante com uma comunidade Kaingáng por meio de atividades conjuntas desenvolvidas na escola, como oficina de cerâmica.”
A autora avalia as diferenças em termos de concepções sobre a temática indígena nesta escola em relação à outra escola sem a mesma experiência, observando na prática o fazer intercultural como constituidor de um espaço livre de trocas e vivências sem preconceitos e com respeito. 
Os povos indígenas têm sido, desde a chegada dos colonizadores europeus, vítimas de preconceito. Da ideia de habitantes do paraíso, passando pelo purgatório até chegar à ideia de condenados do demônio, os povos indígenas são vistos ora como o “bom selvagem” ora como o “matuto traiçoeiro”. Suas especificidades são ignoradas e eles são tratados genericamente por índio, como se todos os povos falassem a mesma língua, partilhassem as mesmas experiências históricas, enfim, como se houvesse uma única “cultura indígena”. Há no Brasil, atualmente cerca de 206 povos indígenas, falando 180 línguas diferentes, ocupando regiões muito diversas (número que pode impressionar, à primeira vista, mas muito reduzido se comparado às estimativas que se fazem quando da época da chegada dos portugueses). Como estes povos indígenas representam cerca de 0,2% da população total brasileira (portanto, uma minoria social), eles ficam à margem de direitos fundamentais a todos os cidadãos e de seus direitos específicos, previstos na constituição.
Porém com o passar do tempo, hoje o índio está conseguindo conquistar o seu espaço. Ao mesmo tempo em que tentam manter suas tradições históricas, muitos buscam a inserção na sociedade. Além do ingresso no mercado de trabalho, a continuidade nos estudos é incentivada.
 
6.3 Relação aula e Musica: Ruas da Cidade
A música popular brasileira é uma marca importantíssima da cultura brasileira contemporânea. Pensada por conterrâneos, e como fruto de toda a bela miscigenação da qual é feita a sociedade brasileira, traz músicos e artistas sensivelmente inspirados por capítulos marcantes e definitivos da história do país; Trazendo à tona, assim, a beleza e a dor trazida pelos verdadeiros donos desta terra chamada Brasil: Os indígenas.
A música “Ruas da Cidade”, de Milton Nascimento (um ícone admirado na Música Popular Brasileira) retrata de maneira poética a pesada ação Europeia sobre os nativos, com a intencionalidade à “construção e progresso”; Progresso, esse, que traz a exploração, escravização e a tomada de riquezas naturais de quem realmente as pertenciam: aqueles que sem ela não conseguiam sobreviver. 
Em nome do Progresso, as cidades foram construídas e as tribos colocadas à baixo. Após tais construções, nomes de guerreiros que morreram lutando por sua liberdade foram dados às ruas e praças da cidade. A música traz o nome, a dor, e a luta a que se passaram os grandes e verdadeiros representantes de nossas terras.
Hoje em dia, vive-se o cotidiano de maneira severa e seguindo à educação europeia que fora implantada e cultivada no país, baseando-se sempre no mecanismo de obter recursos básicos através de riquezas e bens materiais.
A desigualdade social e o preconceito são frutos de uma sociedade doente que ainda não reconheceu seus erros. Sabemos que a conscientização da existência da desigualdade social e do preconceito é apenas uma gota dentro do oceano chamado diversidade.
Porém vemos que a própria sociedade está se incumbindo de timidamente criar ferramentas e meios de conscientização para melhorar nossa convivência social e melhor igualdade entre todos.
6.4 Relação aula e Projeto Pombalino
O que podemos observar é que apesar de todos os esforços de Portugal, das leis, estatutos e do Diretório querendo transformar a identidade indígena, a autonomia e capacidade de chefia desses povos foram mantidas e tais instrumentos acabaram contribuindo para a consciência que os índios tinham de suas especificidades, além do mais, muitos elementos propostos no Diretório não eram em si uma novidade para as populações indígenas, pois estes já tinham contato anterior não apenas com a escola, mas também com outras práticas "civilizadas" e isso se deu através das missões jesuítas espanholas. Os lusitanos, ao quererem modificar a cultura indígena, partiram de uma visão etnocêntrica e não compreendiam que cada grupo étnico possui suas especificidades e é isso que os tornam únicos, nem melhores, nem piores que qualquer outro grupo.
6.5 Relação aula e Reportagem
A reportagem, mostra a luta de opiniões contrárias tanto à algumas pesquisas, quanto à educadores que têm como base a opinião de que deve-se separar alunos de acordo com suas características genéticas.
Como vimos em aula, a segregação e discriminação é historicamente marca de toda nossa sociedade. A luta, hoje, deveria ser em prol da eliminação dessa segregação. 
As características genéticas, são fatores únicos de pessoa para pessoa. Claro que sempre podemos agrupar e selecionar pessoas semelhantes em seu código genético. E com certeza também devemos criar situações à favorecer determinadas afinidades. Mas nunca, em hipótese alguma, concluir-se que privar grupos de outros grupos diferentes seja saudável ao desenvolvimento do homem em sociedade. O mundo deve ser favorável á todos, mas principalmente favorável ao respeito e aceitação ao outro e suas diversidades.
CONCLUSÃO
Durante este trabalho tivemos uma experiência positivae a oportunidade de conhecer melhor essa linguagem, as crenças, os valores, a cultura, os preconceitos (grande diferença entre esses dois povos), e o trabalho dos índios para acabar com essa diferença e desigualdade.
Na qual, o filme Xingu que relata a história de 3 irmãos Villas Bôas, que passaram por 14 tribos e lutaram constantemente pela salvação de tribos inteiras, já que há um traçamento crônico de processos de formação dos brasileiros. A música de Milton Nascimento, que também relata essa indiferença dizendo há um abismo em um horizonte perdido no meio da selva, enquanto na cidade há uma modernização, na qual os índios continuam de pés no chão. No projeto pombalino, a imposição da língua português aos índios e sua aplicação na América Meridional do século XVIII, foram elaboradas várias medidas para que a discriminação acabasse e não houvesse diferença entre índios e “homens brancos”. No artigo cientifico, que expressa a luta do índios pela marcação de seu território e seu direito básicos de sobrevivência, na qual nem sempre é respeitado. E por fim na reportagem, onde expressa a luta de opiniões contrarias a categoria genética.
Nesses cinco relatos como pode ser percebido, falam sobre o mesmo assunto de diversas formas, na qual, pudemos fazer um percurso teórico que explica de maneira clara a ligação entre esses estereótipos produzidos pela mídia, pela literatura ou pela música popular a respeito dos negros e a violência policial dirigida a esse segmento social, deixando claro a grande desigualdade, indiferença e preconceito contra os índios (pois a diferença constante entre esses dois povos ainda é uma realidade atual) um exemplo é de como os índios tratam a natureza e os “homens brancos” tratam a mesma natureza, o que pra uma tribo é essencial o respeito com a natureza já que enxergam como seu lar, para o homem branco é uma fonte de lucros e industrias.
Uma vez que nem todos os homens brancos são iguais, claro que há uma grande porcentagem deles que criam essa indiferença, mas também existem aqueles que se importam para que possamos viver em um país mais justo, mais igual e sem preconceitos e acreditam que entre “HOMENS BRANCOS” E ÍNDIOS há de haver uma boa convivência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA, E. F.; O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação na América medional. 
MARTINS, A. C.; Novas formas de racismo emergem. Campinas – 9 de março de 2014.
MILTON, N.; Ruas da Cidade, Brasil. 3min.
ROSA, E. M.; GARCIA, M. L. T.; LEAL, F. X.; Derrubaram-se as casas: A (des)construção da questão indígena no cenário da política social. Rev.psicol.polit. v.7 n.14 São Paulo. Dez.2007
XINGU (filme). Brasil, 2011. 102min.

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