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HOBBES E LOCKE

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Ciência	
  Política:	
  	
  O	
  Estado	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  “Thomas	
  HOBBES	
  e	
  John	
  LOCKE”	
  
	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Prof.	
  Cleber	
  	
  Pessoa	
  
	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  JUSNATURALISMO	
  E	
  JUSPOSITIVISMO	
  
 Auge	
  do	
  Jusnaturalismo:	
  Era	
  Medieval.	
  
 Era	
  Moderna:	
  início	
  da	
  supremacia	
  do	
  Juspositivismo.	
  
 Direito	
  Natural	
  (jus	
  naturale):	
  leis	
  universais,	
  
imutáveis	
  e	
  justas.	
  
 Direito	
  Positivo	
  (jus	
  positivum):	
  preconiza	
  a	
  real	
  
eficácia	
  das	
  leis,	
  podendo	
  ser	
  revogadas;	
  busca	
  o	
  que	
  é	
  
útil	
  e	
  necessário.	
  
Críticas	
  dos	
  JUSNATURALISTAS	
  ao	
  JUSPOSITIVISMO:	
  
 Produção	
  de	
  um	
  amontoado	
  de	
  leis	
  inúteis	
  e	
  ilegítimas	
  
(J.-­‐J.	
  Rousseau).	
  
Críticas	
  dos	
  JUSPOSITIVISTAS	
  ao	
  JUSNATURALISMO:	
  
 Nem	
  direito	
  era;	
  não	
  ia	
  além	
  de	
  um	
  teorema	
  filosófico	
  
acerca	
  do	
  próprio	
  Direito	
  Positivo.	
  
 Direito	
  Natural:	
  possível	
  hoje	
  apenas	
  dentro	
  do	
  
ordenamento	
  jurídico	
  positivado.	
  
*	
  Tanto	
  Hobbes	
  quanto	
  Locke	
  “se	
  inscrevem	
  nas	
  fileiras	
  
do	
  juspositivismo”	
  pela	
  defesa	
  da	
  função	
  privativa	
  do	
  
Estado	
  na	
  produção	
  das	
  leis.	
  
 Momento	
  histórico	
  –	
  Inglaterra	
  de	
  seu	
  tempo:	
  a	
  
ascenção	
  da	
  dinastia	
  Stuart,	
  sucedendo	
  à	
  Tudor.	
  
 O	
  Leviatã	
  (1651):	
  abordagem	
  do	
  poder	
  político	
  e	
  poder	
  
religioso.	
  
 Ruptura	
  com	
  o	
  aristotelismo:	
  o	
  homem	
  anterior	
  à	
  
sociedade.	
  
 Homem	
  aristotélico:	
  naturalmente	
  social,	
  político.	
  
 Homem	
  hobbesiano:	
  antissocial	
  e	
  antipolítico.	
  
 O	
  homem	
  no	
  estado	
  de	
  natureza:	
  SOBERANO.	
  
 Common	
  Law,	
  Statute	
  Law	
  e	
  Civil	
  Law	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  COMUNIDADE	
  x	
  SOCIEDADE	
  
 Organicismo/Corporativismo	
  x	
  Individualismo	
  
********************************************************	
  
  Statute	
  Law:	
  sistema	
  jurídico	
  em	
  que	
  as	
  leis	
  emanavam	
  
da	
   autoridade	
   do	
   rei,	
   geralmente	
   confirmadas	
   pelo	
  
parlamento	
   (King-­‐in-­‐parliament).	
   Hobbes,	
   mais	
  
radical,	
   defendia	
   a	
   não	
   interferencia	
   do	
   parlamento	
  
nas	
  decisões	
  do	
  monarca.	
  
  Common	
   Law :	
   sistema	
   jurídico	
   baseado	
   na	
  
integraçãoentre	
  costumes	
   imemorias	
  do	
  povo	
   (direito	
  
consuetudinário	
  
  Statute	
  Law:	
  sistema	
  jurídico	
  em	
  que	
  as	
   leis	
  emanavam	
  da	
  
autoridade	
  do	
  rei,	
  geralmente	
  confirmadas	
  pelo	
  parlamento	
  
(King-­‐in-­‐parliament).	
  Hobbes,	
  mais	
  radical,	
  defendia	
  a	
  não	
  
interferência	
  do	
  parlamento	
  nas	
  decisões	
  do	
  monarca.	
  	
  
  Common	
  Law:	
  sistema	
  jurídico	
  baseado	
  na	
  integração	
  entre	
  
costumes	
   imemoriais	
   do	
   povo	
   (direito	
   consuetudinário)	
   e	
  
jurisprudência	
  (decisões	
  judiciais	
  baseadas	
  em	
  precedentes	
  
–	
  julgamentos	
  anteriores).	
  
  Civil	
   Law:	
   resultado	
  da	
  positivação	
  do	
  Corpus	
   Juris	
   Civilis	
  
(Imperador	
   Justiniano,	
   séc.	
  VI).	
   Consistia	
   na	
  aplicação	
  do	
  
caso	
  concreto	
  e	
  a	
  consequente	
  aplicação	
  da	
  lei	
  escrita.	
  
  	
   ABSOLUTISMO	
   (regime	
   político):	
   forma	
   de	
   governo:	
  
monarquia,	
   c/c	
   concentração	
   de	
   poderes	
   (poderes	
  
ilimitados	
  e	
  indivisíveis).	
  	
  
  	
   THOMAS	
   HOBBES	
   (1588/1679):	
   o	
   mais	
   importante	
  
filósofo	
   da	
   Idade	
   Moderna.	
   Suas	
   teses	
   ligam-­‐se	
   a	
   Jean	
  
Bodin.	
  Mas	
  as	
  defende	
  com	
  maior	
  rigor.	
  
*	
  	
  	
  	
  	
  O	
  Leviatã	
  (1651):	
  obra	
  fundamental	
  do	
  absolutismo.	
  
  	
  	
  Hobbes	
  não	
  aceita	
  a	
  distinção	
  entre	
  as	
  formas	
  de	
  governo	
  
(boas	
  e	
  más)	
  e	
  o	
  governo	
  misto.	
  POR	
  QUÊ?????	
  
  	
   	
  Atributos	
   fundamentais	
  do	
  poder	
  para	
  Hobbes:	
  caráter	
  
absoluto	
   e	
   indivisibilidade;	
   se	
   o	
   poder	
   não	
   for	
   absoluto	
  
não	
  há	
  soberania	
  –	
  nem	
  de	
  quem	
  governa	
  nem	
  do	
  Estado.	
  
 Para	
  Hobbes	
  quem	
  governa	
  é	
  SOBERANO,	
  e	
  o	
  
SOBERANO	
  se	
  confunde	
  com	
  o	
  próprio	
  ESTADO;	
  
 O	
  SOBERANO	
  concentra	
  em	
  si	
  todos	
  os	
  poderes:	
  
EXECUTIVO,	
  LEGISLATIVO	
  E	
  JUDICIÁRIO.	
  
 Ele	
  (o	
  SOBERANO)	
  é	
  “legibus	
  solutus”:	
  legislador	
  
absoluto	
  (o	
  poder	
  que	
  leva	
  à	
  soberania).	
  
*Segundo	
  Hobbes,	
  “quem	
  tem	
  o	
  poder	
  de	
  legislar	
  tem	
  a	
  
autoridade,	
  e	
  quem	
  tem	
  a	
  autoridade	
  	
  é	
  SOBERANO”.	
  
  Jean	
  Bodin:	
  o	
  poder	
  soberano,	
  embora	
  absoluto,	
  
admite	
  certos	
  limites:	
  a	
  observâncias	
  das	
  Leis	
  
Naturais/Divinas	
  e	
  os	
  direitos	
  privados.	
  
 Para	
  Hobbes	
  esses	
  limites	
  não	
  se	
  sustentam,	
  
embora	
  não	
  negue	
  sua	
  existência,	
  não	
  se	
  trata	
  das	
  
leis	
  como	
  as	
  positivas	
  (existem	
  apenas	
  no	
  nível	
  da	
  
consciência).	
  Ou	
  seja:	
  se	
  o	
  súdito	
  não	
  observar	
  as	
  
leis	
  positivas,	
  pode	
  ser	
  obrigado	
  a	
  isso	
  pela	
  força	
  
do	
  poder	
  soberano.	
  Mas	
  se	
  o	
  soberano	
  não	
  
observar	
  as	
  leis	
  naturais,	
  ninguém	
  poderá	
  
constrangê-­‐lo	
  à	
  sua	
  obediência.	
  
 Soberania	
  absolutista:	
  o	
  soberano	
  é	
  juiz	
  da	
  
conduta	
  do	
  seu	
  súdito,	
  mas	
  a	
  conduta	
  do	
  
soberano	
  é	
  julgada	
  por	
  ele	
  próprio;	
  
 Hobbes	
  nega	
  a	
  distinção	
  entre	
  a	
  esfera	
  pública	
  e	
  
a	
  esfera	
  privada.	
  
	
   	
   -­‐	
  Tudo	
  se	
  dissolve	
  no	
  Estado:	
  com	
  poderes	
  
concentrados,	
  absolutos,	
  ilimitados	
  e	
  indivisíveis.	
  
T.	
  Hobbes	
  e	
  seu	
  método	
  teórico:	
  JUSNATURALISMO	
  
 Jusnaturalismo:	
  Escola	
  do	
  Direito	
  Natural.	
  Teoria	
  que	
  
discute	
  os	
  direitos	
  naturais	
  do	
  homem.	
  
 Qual	
  a	
  visão	
  de	
  Hobbes	
  sobre	
  os	
  direitos	
  naturais	
  do	
  homem?	
  
 Esquematização	
  do	
  método	
  teórico	
  	
  Jusnaturalista	
  em	
  
Hobbes:	
  
 É	
  uma	
  “trinomia”	
  dividida	
  em:	
  estado	
  de	
  natureza/
contrato	
  social/Estado	
  (político/civil)	
  
a)	
  estado	
  de	
  natureza:	
  condição	
  de	
  vida	
  do	
  homem	
  antes	
  
da	
  formação	
  do	
  Estado.-­‐o	
  homem	
  no	
  estado	
  de	
  natureza:	
  guerra	
  de	
  todos	
  contra	
  
todos	
  (bellum	
  omnium	
  contra	
  omnes);	
  	
  
  Hobbes	
  e	
  a	
  “esfera	
  privada”:	
  ela	
  coincide	
  com	
  o	
  
próprio	
  estado	
  de	
  natureza,	
  mas	
  uma	
  vez	
  
instalado	
  o	
  Estado,	
  a	
  esfera	
  privada	
  se	
  dissolve	
  na	
  
esfera	
  pública;	
  
  No	
  estado	
  de	
  natureza	
  a	
  propriedade	
  é	
  “ius	
  in	
  
omnia”	
  um	
  direito	
  sobre	
  todas	
  as	
  coisas,	
  o	
  que	
  
quer	
  dizer	
  que	
  não	
  teriam	
  direito	
  a	
  nada,	
  já	
  que	
  
se	
  todos	
  têm	
  direito	
  a	
  tudo..;	
  
  Há	
  individualismo	
  em	
  Hobbes?	
  Sim,	
  mas	
  
apenas	
  no	
  estado	
  de	
  natureza,	
  onde	
  os	
  
indivíduos	
  estão	
  separados	
  uns	
  dos	
  outros,	
  pois	
  o	
  
Estado	
  hobbesiano	
  é	
  organicista/
corporativista.	
  
b)	
  contrato	
  social	
  (Hobbes	
  era	
  tb.	
  contratualista):	
  
contrato	
  de	
  submissão	
  (subiectionis);	
  não	
  
necessariamente	
  expresso,	
  e	
  sim	
  tácito;	
  promessa	
  
de	
  submissão	
  eterna,	
  portanto	
  contrato	
  
indissolúvel.	
  Em	
  contrapartida	
  o	
  súdito	
  obtinha	
  a	
  
garantia	
  da	
  proteção	
  do	
  soberano	
  (vida,	
  
propriedade).	
  
	
  *Existe	
  a	
  propriedade	
  privada	
  no	
  Estado	
  
absolutista	
  de	
  Hobbes?	
  Sim,	
  mas	
  mediante	
  a	
  
tutela	
  estatal.	
  
c)	
  Estado	
  –	
  características:	
  soberania	
  absoluta	
  
(poderes	
  concentrados,	
  portanto	
  indivisíveis	
  e	
  
ilimitados);	
  
 	
  A	
  crítica	
  de	
  Hobbes	
  à	
  divisão	
  e	
  à	
  limitação	
  dos	
  
poderes	
  era	
  uma	
  crítica	
  ao	
  Governo	
  Misto*.	
  	
  
  Hobbes	
  entendia	
  que	
  um	
  Estado	
  com	
  poderes	
  
limitados	
  e	
  divididos	
  não	
  era	
  soberano.	
  E	
  não	
  sendo	
  
soberano,	
  não	
  seria	
  Estado.	
  
*Governo	
  Misto:	
  denominação	
  da	
  forma	
  de	
  governo	
  
existente	
  na	
  época	
  da	
  República	
  Romana	
  (a	
  
democracia	
  da	
  era	
  clássica	
  de	
  Roma),	
  em	
  que	
  o	
  
poder	
  era	
  dividido	
  entre	
  as	
  diversas	
  camadas	
  sociais.	
  
 JOHN	
  LOCKE	
  (1621-­‐1704)	
  fundamenta	
  ideologicamente	
  o	
  Estado	
  
liberal.	
  	
  
 Obra	
  fundamental:	
  “OS	
  DOIS	
  TRATADOS	
  SOBRE	
  O	
  GOVERNO	
  
CIVIL”	
  (1690).	
  
 Para	
  N.	
  Bobbio,	
  Locke	
  foi	
  o	
  primeiro	
  a	
  elaborar	
  a	
  mais	
  completa	
  
formulação	
  do	
  Estado	
  liberal	
  (n’O	
  Segundo	
  Tratado);	
  
 O	
  “Segundo	
  Tratado”:	
  justificativa	
  ex	
  post	
  facto	
  da	
  Revolução	
  Gloriosa	
  
(1688/1689),	
  com	
  base	
  na	
  doutrina	
  do	
  “direito	
  de	
  resistência”;	
  
  Sobre	
  a	
  obra	
  “Os	
  dois	
  Tratados...”:	
  no	
  “Primeiro	
  Tratado...”,	
  refutação	
  de	
  
“O	
  Patriarca”	
  de	
  Robert	
  Filmer	
  (Locke	
  contesta	
  os	
  princípios	
  do	
  
absolutismo,	
  que	
  Filmer	
  defendia).	
  	
  
  O	
  “Segundo	
  Tratado...”	
  é	
  um	
  ensaio	
  sobre	
  a	
  origem,	
  extensão	
  e	
  objetivo	
  
do	
  governo	
  civil.	
  Locke	
  sustenta	
  a	
  tese	
  que	
  nem	
  a	
  tradição	
  nem	
  a	
  
força,	
  mas	
  apenas	
  o	
  consentimento	
  expresso	
  dos	
  governados	
  é	
  a	
  
única	
  fonte	
  do	
  poder	
  político	
  legítimo.	
  
 John	
  Locke	
  e	
  seu	
  método	
  teórico:	
  assim	
  como	
  
Hobbes,	
  tb.	
  era	
  jusnaturalista,	
  mas	
  suas	
  semelhanças	
  
basicamente	
  essas,	
  pois	
  o	
  contrário	
  de	
  Hobbes	
  era	
  
defensor	
  do	
  LIBERALISMO	
  e	
  crítico	
  do	
  absolutismo.	
  
 J.	
  LOCKE:	
  Jusnaturalismo	
  no	
  método	
  e	
  
Liberalismo	
  no	
  campo	
  ideológico.	
  
 Locke	
  e	
  a	
  “trinomia”	
  jusnaturalista	
  (modelo	
  teórico	
  
semelhante	
  ao	
  de	
  Hobbes):	
  ambos	
  partem	
  do	
  
“estado	
  de	
  natureza”	
  que,	
  pela	
  mediação	
  do	
  
“contrato	
  social”,	
  realiza	
  a	
  passagem	
  para	
  o	
  Estado	
  
(civil/político).	
  
a)	
  estado	
  de	
  natureza:	
  em	
  oposição	
  à	
  doutrina	
  
aristotélica,	
  Locke	
  afirma	
  ser	
  a	
  existência	
  do	
  
indivíduo	
  anterior	
  ao	
  surgimento	
  da	
  sociedade	
  e	
  
do	
  Estado.	
  Na	
  sua	
  concepção	
  individualista,	
  os	
  
homens	
  viviam	
  originalmente	
  num	
  estágio	
  pré-­‐
social	
  e	
  pré-­‐político,	
  caracterizado	
  pela	
  
liberdade	
  e	
  igualdade,	
  denominado	
  estado	
  de	
  
natureza.	
  Neste	
  estágio	
  pacífico,	
  os	
  homens	
  já	
  
eram	
  dotados	
  de	
  razão	
  e	
  desfrutavam	
  da	
  
propriedade	
  (vida,	
  liberdade	
  e	
  bens)	
  como	
  
direitos	
  naturais	
  do	
  ser	
  humano;	
  
b)	
  o	
  contrato	
  social:	
  “pacto	
  de	
  consentimento”	
  em	
  
que	
  os	
  homens	
  concordam	
  livremente	
  em	
  formar	
  
a	
  sociedade	
  civil	
  para	
  preservar	
  e	
  consolidar	
  
ainda	
  mais	
  os	
  direitos	
  que	
  possuíam	
  
originalmente	
  no	
  estado	
  de	
  natureza	
  (direitos	
  
inalienáveis:	
  à	
  vida,	
  à	
  liberdade	
  e	
  aos	
  bens);	
  
consentimento	
  unânime	
  para	
  a	
  entrada	
  no	
  
estado	
  civil	
  (Estado).	
  Passo	
  seguinte:	
  escolha	
  da	
  
forma	
  de	
  governo.	
  Na	
  escolha	
  a	
  unanimidade	
  
cede	
  lugar	
  ao	
  princípio	
  da	
  maioria,	
  respeitados	
  
os	
  direitos	
  da	
  minoria.	
  
c)	
  o	
  Estado	
  (sociedade	
  política	
  ou	
  civil)	
  
 Forma	
  de	
  governo:	
  qualquer	
  que	
  seja	
  a	
  forma,	
  “todo	
  governo	
  não	
  
possui	
  outra	
  finalidade	
  além	
  da	
  conservação	
  da	
  propriedade”;	
  
 Poder	
  legislativo:	
  poder	
  supremo,	
  superior	
  aos	
  demais	
  poderes;	
  
 Direito	
  de	
  resistência:	
  quando	
  o	
  legislativo	
  e	
  o	
  executivo	
  violam	
  a	
  lei	
  
estabelecida	
  e	
  atentam	
  contra	
  a	
  propriedade,	
  o	
  governo	
  torna-­‐se	
  ilegal	
  e	
  
degenera	
  para	
  a	
  tirania;	
  
  a	
  violação	
  deliberada	
  e	
  sistemática	
  da	
  propriedade	
  e	
  o	
  uso	
  contínuo	
  da	
  
força	
  colocam	
  o	
  governo	
  em	
  estado	
  de	
  guerra	
  contra	
  a	
  sociedade	
  e	
  os	
  
governantes	
  em	
  rebelião	
  contra	
  os	
  governados,	
  conferindo	
  ao	
  povo	
  o	
  
legítimo	
  direito	
  de	
  resistência	
  à	
  opressão	
  e	
  à	
  tirania.	
  
  função	
  do	
  Estado	
  liberal	
  (lockiano):	
  assegurar	
  a	
  garantia	
  da	
  
propriedade	
  privada.	
  
  Portanto,	
  o	
  Estado	
  lockiano	
  é	
  um	
  Estado	
  mínimo	
  (mínimo	
  quanto	
  às	
  
funções	
  e	
  limitado	
  quanto	
  aos	
  poderes).	
  
“O	
  Segundo	
  Tratado	
  sobre	
  o	
  Governo	
  Civil”:	
  
justificação	
  moral,	
  política	
  e	
  ideológica	
  para	
  a	
  
Revolução	
  Gloriosa	
  e	
  para	
  a	
  monarquia	
  
parlamentar	
  inglesa	
  (posteriori).	
  Influenciou	
  a	
  
revolução	
  norte-­‐americanafundamentada	
  pelo	
  
direito	
  de	
  resistência	
  em	
  relação	
  ao	
  sistema	
  
colonial	
  britânico.	
  
	
  	
  
 Livro:	
  “Ciência	
  Política”,	
  (Paulo	
  Bonavides);	
  
 P/	
  Thomas	
  Hobbes:	
  cap.	
  de	
  “A	
  Teoria	
  das	
  
Formas	
  de	
  Governo”;	
  
 P/	
  John	
  Locke:	
  cap.	
  de	
  “Os	
  Clássicos	
  da	
  
Política”;	
  
 Textos	
  de	
  aula:	
  “O	
  Estado”	
  (prof.	
  Cleber)

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