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Célula normal e patológica Célula normal e patogênica Célula Normal Adaptação celular Estímulo externo Estímulo externo muito severo Lesão ou morte Capacidade de adaptação Adaptações celulares São modificações ocorridas nas células para que estas possam suportar estímulos externos. Estas alterações são classificadas em: • Alterações regressivas ou passivas. • Alterações progressivas ou ativas. Alterações regressivas ou passivas Ocorrem quando o metabolismo fica reduzido e a função celular é diminuída. • Degenerações: • São modificações da estrutura citoplasmática e nuclear por diminuição da função celular. • Distúrbios do metabolismo dos carboidratos, proteínas, lipidico, pigmentos; • Atrofias: • Redução do tamanho e na função das células. DEGENERAÇÃO Observação microscópica da mucosa normal com vilosidades ATROFIAS Observação microscópica da mucosa plana, que perdeu as vilosidades na Doença Celíaca Alterações progressivas ou ativas Ocorrem quando o metabolismo e a função celulares se acham aumentados. Distúrbios de crescimento: Hipertrofias: Aumento no tamanho celular. Hiperplasia: Aumento do número de células de órgãos e tecidos, geralmente resultando em aumento de volume, podendo ser fisiológico ou patológico. Metaplasia: Quando um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta. Neoplasia: Neoformações teciduais, provenientes de células do organismo, de crescimento autônomo e ilimitado e sem utilidade para o organismo do qual se nutrem. REGENERAÇÃO: São substituições de células e tecidos destruídos por outros da mesma natureza FISIOLÓGICA: Substituição de elementos fisiologicamente eliminados (Ex.: epitélio de revestimento da pele, glândulas sebáceas, pêlo, útero, medula óssea). PATOLÓGICA: Substituição em decorrência de perda tecidual por processos patológicos. Pode ser epitelial, muscular, de hepatócitos, etc. Regeneração HIPERPLASIA Miocárdio Muscular Hipertrofia Metaplasia Epitélio do esôfago estratificado normal Metaplasia de Barret mudou para colunar Neoplasia Regeneração Degeneração e morte celular Lesão celular e morte celular » Celula + estresse = adaptação LESÃO Estágio reversível ou morte Os agentes agressores causam modificações moleculares nas células e tecidos, as quais se somam e, muitas vezes, resultam em alterações morfológicas. DEGENERAÇÕES São alterações morfológicas e bioquímicas das células, de caráter reversível e que resultam no acúmulo de substâncias no interior celular. INFILTRAÇÃO É DIFERENTE DE DEGENERAÇÃO Situações em que as células de um tecido penetram ou são encontradas na intimidade de outro tecido (infiltração adiposa do miocárdio, significa a presença de tecido adiposo entre os feixes de fibras cardíacas) CLASSIFICAÇÃO DAS DEGENERAÇÕES 1) Degeneração com acúmulo de água e eletrólitos – Degeneração Hidrópica. 2) Degeneração com acúmulo de proteínas – Hialina e mucóide. 3) Degeneração com acúmulo de lipídios – Esteatose e lipidoses. 4) Degeneração com acúmulo de carboidratos – Deficiência na maetabolização enzimática – Glicogenoses e mucopolissacaridoses. Composição química (água, eletrólitos, lipídios, carboidratos e proteínas) DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Lesão reversível caracterizada pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior das células, tornando-a tumefeita, ou seja, aumentando de volume. Lesão não-letal mais comum, independente da natureza do agente agressor. Sinonímia: degeneração vacuolar, degeneração granular, tumefação turva e degeneração albumínica. Epitelio oral DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA ►Causa: transtorno no equilíbrio hidroeletrolítico que resultam em retenção de água nas células. ►Mecanismos: diminuição da função da bomba hidroeletrolítica quando: A) Altera a produção ou consumo de ATP; B) Interfere com a integridade das membranas; C) Modifica uma ou mais moléculas que formam a bomba. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Agentes lesivos: A) Hipóxia – lesão nas mitocôndrias; B) Hipertermia exógena ou endógena – febre; C) Toxinas com atividade fosfolipase e formação de radicais livres – lesão na membrana celular; D) Substâncias inibidoras da ATPase Na+/K+ dependente DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Retenção de Na+ Redução de K+ Aumento da pressão osmótica intracelular Água para o citoplasma Expansão isosmótica celular DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de proteínas no interior celular (brilhantes). No meio extracelular a alteração é chamada de amiloidose. Resultado: A) Condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas que formam corpúsculos no interior da célula; B) Acúmulo de material virótico; C) Corpos apoptóicos; D) Proteínas endocíticas. DEGENERAÇÃO HIALINA DEGENERAÇÃO MUCÓIDE 1)Hiperprodução de muco pelas células mucíparas do trato digestório e respiratório, levando-as a se abarrotarem de glicoproteínas (mucina), podendo inclusive causar morte celular. 2)Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais geralmente extravasam para o interstício e conferem ao mesmo aspecto de tecido mucóide. ESTEATOSE ► É a deposição de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. ► Sinonímia: degeneração gordurosa, infiltração gordurosa, metamorfose gordurosa ou esteatose de gorduras neutras. ► Lesão: fígado, epitélio tubular renal, miocárdio, músculos esqueléticos e pâncreas. ► Etiologia: A) agentes tóxicos; B) hipóxia; C) Alterações na dieta; D) Distúrbios metabólicos de origem genética. ► Patogênese: Qualquer lesão que interfere no metabolismo dos ácidos graxos da célula, aumentando sua síntese ou dificultando sua utilização, transporte ou excreção. ESTEATOSE HEPÁTICA ESTEATOSE HEPÁTICA LIPIDOSES ►São acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não os triglicerídeos. ►Sinonímia: lipóides. ►Depósitos de colesterol e seus ésteres, sendo raros os acúmulos de lipídeos complexos como os esfingolipideos e gangliosídeos, que se formam em doenças metabólicas. ►Localizados e sistêmicos. ►Depósitos de colesterol: A) artérias (aterosclerose); B) pele (xantomas); C) inflamações crônicas (pielonefrite xantogranulomatosa) LIPIDOSES ATEROSCLEROSE LIPIDOSES XANTOMAS São acúmulos de macrófagos carregados de colesterol, com aspecto espumoso. Hipercolesterolemia e alterações nas concentrações séricas do colesterol. LIPIDOSES ESFINGOLIPIDOSES Armazenamento de esfingolipídios e seus produtos, decorrentes da falta ou deficiência de enzimas lisossômicas encarregadas de demolição dos gangliosídeos até esfingosina e ácidos graxos. Doença de Fabry Doença de Niemann-Pick Doença de Tay-Sachs Doença de Gaucher Neurônios do SNC Macrófagos do fígado e do baço GLICOGENOSES São doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração, que têm como causa básica a deficiência de enzimas que atuam no processo de sua degradação. ►Lisossomose citosol. ►Pode acometer as células dos túbulos renais no DM por causa da reabsorção de glicose presente em excesso no infiltrado glomerular. GLICOGENOSES Glicogenose hepática tipo I ou Doença de von Gierke MUCOPOLISSACARIDOSES São depósitos anormais de poliglicanos e/ou proteoglicanos e ocorrem em doenças metabólicas denominadas genericamente mucopolissacardoses, que resultam de deficiência enzimática e se caracterizam pelo acúmulo intralisossômico de poliglicanos e/ou seus catabólitos. Manifestações: de acordo com a enzima deficiente. Esqueleto, artérias, valvas cardíacas, retardamento mental e Opacificação da córnea. MORTE CELULAR Diferentes em sua morfologia, mecanismos e papéis na fisiologia e na doença Morte Celular » Dano persistente – torna a lesão irreversível » » Necrose » Apoptose MORTE CELULAR Sucessão de eventos, sendo às vezes díficil estabelecer qual o fator que determina a irreversibilidade da lesão (PONTO DE RETORNO) MORTE CELULAR As células necróticas são incapazes de manter a integridade da membrana e seus conteúdos sempre extravasam, um processo que pode iniciar inflamação no tecido circundante. Necrose O aspecto morfológico da NECROSE resulta: » Desnaturação de proteínas intracelulares » Digestão enzimática das células lesadas letalmente Necrose • As enzimas que digerem as células necróticas são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória. •A digestão dos conteúdos celulares e a reposta do hospedeiro podem levar horas para se desenvolver e, portanto, não haveria alterações detectáveis nas células se, por exemplo, um infarto miocárdico causasse morte súbita. Adaptação A – túbulos renais normais com células epiteliais viáveis. B – Lesão isquêmica inicial (reversível) mostrando em células ocasionais, bolhas na superfície, eosinofilia aumentada no citoplasma e tumefação celular. C – Necrose (lesão irreversível) de células epiteliais, com perda dos núcleos, fragmentação das células e extravasamento dos conteúdos. Necrose (Causas) » Qualquer agente lesivo pode causar a necrose: 1) Redução de energia (Isquemia e anóxia) 2) Produção de radicais livres 3) Ação direta sobre as enzimas 4) Agressão à MP » Necrose (Tipos) – Necrose de Coagulação – Necrose Liquefativa – Necrose Gangrenosa – Necrose Caseosa – Necrose Gordurosa – Necrose fibrinoide Necrose de coagulação » É a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada, por pelo menos alguns dias. » Os tecidos lesados apresentam uma textura firme. - Células Necrosadas apresentam citoplasma com aspecto de substância coagulada; - A isquemia causada por obstrução em um vaso que supre um tecido pode levar à necrose de coagulação. - Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de infarto Necrose por Coagulação Infarto Renal B- Aspecto microscópico da borda do infarto. N – Células normais. I – células necróticas Necrose Liquefativa infecções bacterianas focais e ocasionalmente em infecções fúngicas » Caracterizada pela digestão das células mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa viscosa líquida. » O material necrótico é frequentemente amarelo cremoso devido à presença de leucócitos mortos PUS Necrose Liquefativa – um infarto no cérebro, mostrando a dissolução do tecido Necrose Gangrenosa » Em geral é aplicada a um membro, comumente a perna, que tenha perdido seu suprimento sanguíneo e que sofreu necrose ( necrose de coagulação) Pulmão. Tuberculose secundária- necrose caseosa Necrose Caseosa É encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. O terno “caseoso” (semelhante a queijo) é derivado da aparência friável esbranquiçada, da área de necrose. Necrose caseosa Pulmão tuberculoso com uma grande área de necrose caseosa contendo restos branco-amarelados e semelhante a queijo. queijo Necrose Gordurosa Se refere a áreas focais de destruição gordurosa, tipicamente resultantes da liberação de lípases pancreáticas ativadas na substância do pâncreas e na cavidade peritonial. Pancreatite aguda Enzimas pancreáticas escapam das células acinares e liquefazem as membranas dos adipócitos no peritônio As enzimas liberadas quebram os triglicérides liberando ácidos graxos Os ácidos graxos liberados combinam- se com cálcio produzindo áreas brancas macroscopicamente visíveis Mesentério – as áreas brancas representam focos de necrose gordurosa com formação de sabão de cálcio (saponificação) nos locais da degradação dos lipídios Necrose fibrinoide na artéria – a parede da artéria mostra área circunferencial de necrose, róseo-brilhante, com inflamação ( núcleos escuros dos neutrófilos) Necrose Necrose Fibrinoide » É uma forma especial de necrose geralmente observada nas reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos. Necrose (Evolução) » Desencadeiam uma resposta no organismo » Depende do tipo de tecido atingido, do órgão acometido e extensão da área atingida. 1) Regeneração: Ex. Fígado (completa/formação de nódulos) 2) Cicatrização: Tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo cicatricial. Necrose do miocárdio (2 semanas). 3) Encistamento: Formação de cistos 4) Eliminação: se a zona de necrose atinge a parede de uma estrutura canicular 5) Calcificação: pouco se sabe sobre os mecanismos de calcificação NECROSE NECROSE APOPTOSE É um fenômeno em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com a sua morte. MORTE CELULAR PROGRAMADA Morte celular induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. As células apoptóticas se quebram em fragmentos, chamados corpos apoptóticos, que contêm porções do citoplasma e do núcleo. Apoptose (Morte celular programada) Qual a diferença? Necrose X Apoptose Causas da apoptose A apoptose ocorre normalmente durante o desenvolvimento e por toda a vida, e é destinada a eliminar células envelhecidas ou potencialmente perigosas e indesejáveis. É também um evento patológico quando células doentes são lesadas de modo irreparável e são eliminadas. Apoptose em situações fisiológicas 1. Destruição programada durante a embriogênese 2. Involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação de hormônio. Ex: regressão da mama lactante após o desmame e atrofia prostática após castração. 3.Perda celular em populações celulares proliferativas 4.Morte de células que já tenham cumprido seu papel Apoptose em situações patológicas 1.Lesão de DNA 2.Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas 3.Morte celular em certas infecções Características APOPTOSE Morte Celular Programada NECROSE Morte Celular Acidental Estímulo Fisiológico (Ativação de um relógio bioquímico, geneticamente regulado) ou patológico. Patológico (Agressão ou ambiente hostil). Ocorrência Acomete células individuais, de maneira assincrônica. Eliminação seletiva de células. Acomete um grupo de células. Fenômeno degenerativo, conseqüência de lesão celularsevera e irreversível. Reversibilidade Irreversível, depois da ativação da endonuclease. Irreversível, após o "ponto de não retorno"- Deposição de material floculento e amorfo na matriz mitocondrial. Ativação da Endonuclease Sim, aparentemente Ca+2 e Mg+2 dependente, peso molecular varia entre 12 e 32 Kilodaltons. Não. •Morfologia: Célula Enrugamento, projeções digitiformes da membrana celular e formação de corpos apoptóticos. Tumefação celular, perda da integridade da membrana e posterior desintegração. •Adesões entre células e Membrana Basal Perda (precoce). Perda (tardia). •Organelas citoplasmáticas Tumefação tardia. Tumefação precoce. •Liberação de enzimas lisossômicas Ausente. Presente. •Núcleo Convolução e fragmentação da membrana nuclear (cariorrexe). Desaparecimento (picnose, cariorrexe e cariólise). •Cromatina Nuclear Compactação em massas densas uniformes, alinhadas no lado interno da membrana nuclear (Crescentes). Formação de grumos grosseiros e de limites imprecisos. •Fagocitose pelas células da vizinhança Presente, antes mesmo da lise celular ("Canibalismo celular"). Ausente - Macrofagocitose pode ocorrer, após a lise celular. •Inflamação Exsudativa Ausente. Não há liberação de componentes celulares para o espaço extracelular. Presente, induzida pela liberação de componentes celulares para o espaço extracelular. •Formação de cicatrizes Ausente. Pode ocorrer, se a área de necrose for ampla. Fragmentação do DNA Internucleossômica, detectável em 1 ou 2 horas (máxima em 24 horas). Processo de "tudo ou nada ", de curta duração. Aleatória. Padrão na Eletroforese do DNA em gel Agarose Em fragmentos com 180-200 pares de base ou múltiplo integrais, produzindo o típico "Padrão em escada ". " Padrão em esfregaço". Muito Obrigado! FIM!!!
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