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leitor sujeio e objeto

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10/10/13 name
sicaced.uninorte.com.br/mod/book/print.php?id=71720 3/6
2.1 O Leitor Sujeito
O Leitor Sujeito, como verificamos no capítulo “Um comentário acerca da postura do
leitor no ato de ler e de escrever”, adota uma postura crítica na prática da leitura.
Consulta as fontes relacionadas com o objeto de sua pesquisa, sendo crítico e
especulativo. Nessa busca por algo novo, cruza as informações/fontes e interage com
elas utilizando o senso investigativo que deve nortear toda a leitura e,
consequentemente, a pesquisa acadêmica.
Faz-se mister que o leitor sujeito armazene suas informações em algum lugar para que,
posteriormente, possa utilizá-las na composição de sua conclusão. Nesse caso, o local em
questão é o repositório mnemônico.
O bom uso do repositório mnemônico é de fundamental importância para a organização
das informações e sua sequenciall distribuição de forma linear, coerente e coesa, dentro
de uma linha conclusiva de raciocínio.
Imaginemos a seguinte situação:
Um determinado professor pede aos alunos que pesquisem sobre a FOME.
Nessa pesquisa, o aluno que adota a postura de Leitor Sujeito se vê obrigado a
apresentar uma solução para o problema apresentado pelo professor. A partir daí, a
postura adotada inicia com a seleção prévia de algumas fontes, que,
preferencialmente, abordem o referido assunto dentro de linhas diferentes de
raciocínio.
A fonte “A”, no exemplo em questão, trata a fome a partir de um enfoque voltado para a
questão fisiológica, ou seja, para o fato dela representar a necessidade que nosso
organismo tem de repor nutrientes, sais minerais e outras fontes de subsistência;
A fonte “B”, por sua vez, apresenta a fome como sendo o grande problema para o
desenvolvimento de uma sociedade justa e igualitária, a partir de uma problemática
político-social;
Por sua vez, a fonte “C” apresenta o mesmo assunto como algo explorado pela maioria
dos governantes que pratica, ainda hoje, o pensamento e o ideal maquiavélico.
A partir da leitura dessas três referências, o aluno é capaz de, cruzando as informações,
interagindo e questionando-as, chegar ao que podemos chamar de produção “D”.
Essa produção “D” nada mais é do que a conclusão pessoal obtida pelo nosso leitor
pesquisador através de uma leitura crítica e interessada.
Isso pode ser representado como na Figura 2.1.A.
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sicaced.uninorte.com.br/mod/book/print.php?id=71720 4/6
Figura 2.1.A: Leitor Sujeito.
Como demonstrado na ilustração acima, o Leitor Sujeito frequenta as fontes previamente
selecionadas (A + B + C); em seguida cruza as informações entre elas (A + B + C / B +
A + C / C + B + A), levando sempre em consideração as diferenças conceituais que são
apresentadas por cada uma a partir da proposta apresentada pela sua fonte; dialoga com
os autores de uma forma crítica ao mesmo tempo que interativa, porém, com humildade,
já que não é o dono, mas o construtor de uma suposta verdade; e, ao final de seu
trabalho, chega a uma conclusão individual, de sua lavra, apresentando um resultado que
é fruto de toda a sua postura enquanto leitor-pesquisador (D).
O leitor sujeito, em hipótese alguma utiliza as informações contidas nas fontes de
pesquisa - salvo algumas breves e necessárias citações - tais e quais foram
apresentadas. Assim sendo, não será um reprodutor de ideiaideias alheias, mas sim, um
construtor de um novo conhecimento.
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sicaced.uninorte.com.br/mod/book/print.php?id=71720 5/6
2.2 O Leitor Objeto
O Leitor Objeto, por sua vez, até certo momento de sua “busca pela resolução do
problema passado pelo mesmo professor”, adota os mesmos procedimentos do Leitor
Sujeito, ou seja, consulta, no máximo, as três mesmas fontes frequentadas e as mantém
armazenadas em seu repositório mnemônico.
É a partir daí que a postura começa a mudar, pois, embora deixe as informações
captadas, no repositório mnemônico, como faz o Leitor Sujeito, não adota o mesmo
critério na captação desses dados, já que não promove o cruzamento deles, nem a
interação e tampouco o diálogo crítico com os autores. É uma vítima da educação
bancária e do verbalismo.
Some-se a isso o fato de que o resultado de sua “pesquisa” nada mais é do que a
repetição, na maioria das vezes, mal feita de tudo o que conseguiu decorar sobre as
fontes buscadas.
O Leitor Objeto, na verdade, conforma-se somente com o fato de ler e buscar nessa
leitura o máximo de informações que puder decorar para, quando for provocado a falar
sobre, repetir da mesma forma que estava escrito nas fontes frequentadas. Nesse
sentido.dizemos que o Leitor Objeto é um reprodutor de informações que não foram
criadas como fruto de um processo de pesquisa crítica e em busca do fazer o
conhecimento.
Esse tipo de comportamento é típico de estudantes do Ensino Fundamental e Médio da
maioria das escolas públicas ou privadas. Mas é comum encontrarmos esse tipo de
postura no Ensino Superior, também. O Leitor Objeto pode ser considerado como vítima
do processo ao invés de ator , já que ao tomar conhecimento da postura que adota e do
quanto deixa de aprender por não ter olhos para outra coisa que não seja a mesmice da
“decoreba”, passa a sentir-se na obrigação de comportar-se como Leitor Sujeito,
passando a ter mais gosto, inclusive, pela leitura com qualidade.
Isso pode ser representado como na Figura 2.2.A.
Figura 2.2.A: Leitor Objeto.
Como demonstrado na ilustração acima, o Leitor Objeto frequenta as fontes previamente
selecionadas (A + B + C); em seguida procura guardar o maior número de informações
possíveis de cada uma delas no repositório mnemônico para depois, apresentá-las da
mesma forma como cada autor a apresentou em sua obra (A + B + C).
O Leitor Objeto é facilmente desarmado e desmascarado quando a ele perguntamos POR
QUÊ às suas colocações. Como a única coisa que ele sabe concluir é a repetição das
ideias apresentadas pelos autores das fontes visitadas, não tem argumentação e nem
capacidade persuasiva para ir além do seu repertório copiado.
10/10/13 name
sicaced.uninorte.com.br/mod/book/print.php?id=71720 6/6
Se no meio de uma arquição, por exemplo, for interrompido com algum questionamento
acerca do que está falando, perde-se no seu raciocínio e falta-lhe conteúdo próprio para
fazer qualquer tipo de observação. Na melhor das hipóteses, adota a linha de raciocínio
de certo autor e acaba por falar, pensar, comportar-se em suas atitudes e adotar sua
postura como se fosse a única. É como se fosse um leitor fundamentalista, na real
acepção da palavra.

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