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CADERNO PROCESSO CIVIL I

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PROCESSO CIVIL I
Professora Renata Giovanoni Di Mauro
20/08/2015
Conceito:
Regras Limitadoras
Momento da fixação da competência
Art. 43 - Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Art. 312 - Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Como já visto, temos as ramificações da justiça em Comum e Especial
STF
TSE
STM
TRT
STJ
TRE
TRM
TRT
TRIBUNAL
REGIONAL
FEDERAL
TRIBUNAL
DE
JUSTIÇA
JUIZ
ELEITORAL
JUIZ
MILITAR
JUIZ
DO
TRABALHO
JUIZ
FEDERAL
JUIZ
ESTADUAL
JUSTIÇA ESPECIALIZADA
JUSTIÇA COMUM
Sendo assim, a competência é um fracionamento da jurisdição
As fontes do direito processual são:
Constituição Federal
Código de Processo Civil
Legislação Esparsa (aquela não contida em um código)
	Regimentos internos dos Tribunais
	Leis de organização judiciária - Cada estado tem as suas leis de 	organização, dividindo as varas conforme as especialidades (família, 	infância, etc.)
Regras Limitadoras
Em que momento há a fixação da competência? 
Art. 43 - Determina-se a competência no momento do registro (Vara - Cidade pequena) ou da distribuição da petição inicial (mais de uma vara), sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.[1: Exemplo: Desapropriação em decorrência de construção de uma estrada feita pelo estado e o processo corre pelo TJ; o MPF entra na questão, assim sendo, altera-se a competência.]
Se as regras de interesse público forem alteradas, altera-se também a competência.
PRINCÍPIO DA PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO 
Pretende estabilizar a lide. Uma vez estabelecida a competência pouco importam as mudanças ocorridas posteriormente.
Observação: O momento da fixação da competência não apresenta natureza absoluta.
REGRAS DE COMPETÊNCIA INTERNA:
Se o tema for de competência especial, distribuir-se-á entre os órgãos especiais (Eleitoral, Militar, Trabalhista).
Se comum será distribuído na Justiça estadual ou federal. Obs: A justiça comum é residual, nisto consiste dizer: Tudo o que não for da justiça especial será apreciado pela justiça comum.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO - As causas são julgadas em 1ª e 2ª instância
CONCEITO DE FORO E DE JUÍZO
FORO – Igual à comarca (estadual) e Seção Judiciária (federal). Na justiça estadual a comarca pode atingir mais de uma cidade; isso acontece quando não há grande demanda judicial, assim, uma comarca atende mais de um município – COMARCA CONTÍGUA
JUÍZO – Órgão jurisdicional. Aquele que dita as regras dos procedimentos do juizado Estadual.
Perguntas: Qual é a justiça competente? Comum ou Especial?
Resposta: Contida na CF
Qual o foro competente? Qual a Localização?
Resposta: contida no CPC
Qual o juízo competente? Família? Fazenda Pública? Infância e Juventude?
Resposta: contida na LOJ – Lei de Organização Judiciária
CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA
1 – territorial
2 – Matéria
3 – Pessoas envolvidas – Onde pode ocorrer foro privilegiado
4 – Valor da causa
PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA DA JURISDIÇÃO
FOROJustiça Estadual – Comarca
Justiça Federal – Seção Judiciária
 
COMUM – ART. 46 – REGRA GERAL: Domicílio do réu
FOROA ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
ESPECIAL: art. 47 a 53. Particularidades.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.[2: Espólio – Significa patrimônio, isto é, todos os bens, direitos e obrigações deixadas por alguém que veio a falecer, em resumo: Herança.]
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Art. 53.  É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
VARAS ESPECIALIZADAS – Criadas para dar maior precisão técnica e celeridade.
A lei de organização judiciária determina quais serão as varas especializadas e sua quantidade.
Para o CPC Foro é comarca, que significa base territorial.
27/08/2015
CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA
1 – TERRITORIAL
Princípio da Aderência da Jurisdição
Foro		Comarca
		Seção Judiciária
CritériosForo		Comum – art. 46
		Especial – art. 47 a 53
Regra: A ação é proposta no domicílio do réu.
Interesse privado – Sendo de interesse privado pode ser alterado
Natureza relativa - 
Alteração – Pode ser alterado o foro competente através de:
Consenso
Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será propostaação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
Renúncia Tácita
Art. 65.  Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Se o autor desrespeitar a lei ou à cláusula de eleição de foro, deve o juiz receber, mesmo que incompetente. Se o réu não manifestar quanto ao foro declarar-se-á renunciado tacitamente.
O critério territorial, como regra, envolve interesse privado e, como tal, admite alteração por:
Consenso entre as partes, exteriorizado por cláusula contratual ou cláusula de eleição de foro
Renúncia tácita do réu que, citado numa ação que foi proposta desrespeitando lei ou regramento contratual de fixação de competência, deixa de arguir a incompetência territorial em preliminar de contestação.
A omissão do réu acarreta preclusão consumativa. Esta omissão faz nascer um fenômeno processual chamado Prorrogação de Competência.[3: É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista]
Vedação de ofício – exceções
Bem imóvel - Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
Cláusula de eleição do foro abusivo – art. 63, § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. 
Observação: art. 65, Parágrafo único.  A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
2 – MATÉRIA
Apreciação da causa com qualidade técnica;
Celeridade no julgamento.
CeleÉ o assunto que motiva a provocação do judiciário; critério que considera possível uma melhoria na prestação jurisdicional.
Melhoria na prestação jurisdicional
Natureza absoluta – As partes não podem alterar por consenso.
Interesse público – O juiz deve, de ofício, declarar a incompetência absoluta do órgão, determinando a remessa dos autos ao órgão competente.
Alegação da incompetência
Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
Art. 64.  A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Em consonância quanto à incompetência:
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
Observação – Preclusão máxima: por questão de segurança jurídica, a sentença que transitar em julgado só poderá ter ação rescisória no prazo de 2 anos.
3 – PESSOA
Critério de fixação de competência que justifica a existência de foros privilegiados. Tal critério existe por causa do cargo de interesse público que a parte representa.
PRIVILÉGIO – O critério pessoa, após a identificação da Justiça, sobrepõe-se nos critérios de fixação da competência.
INTERESSE PÚBLICO – As partes não podem alterar a competência. O critério pessoa é de interesse público; a incompetência é absoluta e reconhecida em qualquer grau de jurisdição.
ALTERAÇÃO POR CONSENSO
Art. 62.  A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
4 – VALOR DA CAUSA
Toda causa tem um valor, ainda que não haja conteúdo econômico na ação. O valor da causa é critério para fixar a competência. Para o CPC, valor da causa é critério de natureza relativa, mas para a LOJ é de natureza absoluta, mantendo-se esta regra nos Juizados Especiais.
03/09/2015
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA – Refere-se a um juízo incompetente segundo o critério territorial que torna-se competente pelo fato do réu, em preliminar de contestação, não ter arguido a incompetência ou o Juiz não ter declinado da competência nas hipóteses em que a lei autorizar.
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO – Fenômeno processual que indica a fixação da competência no momento em que há o registro ou a distribuição da petição inicial sendo irrelevantes as alterações de natureza relativa quanto as critérios de fixação de competência.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
CONEXÃO – Quando há duas ou mais ações e for comum o pedido ou a causa de pedir ocorre a Conexão, que é a reunião das ações em um único juízo para evitar decisões contraditórias.
CONTINÊNCIA – Em toda continência há uma conexão, portanto a consequência é a mesma.
PREVENÇÃO – Fenômeno processual que indica dentre os juízos possuidores de ações conexas ou continentes qual irá proferir a sentença única. Onde for protocolada a petição inicial.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA – Quando há divergência quanto ao juízo de competência.
Conflito positivo – Ambos os juízos declaram-se competentes
Conflito negativo – Ambos declaram-se incompetentes.
Quem julga o conflito é o juízo hierarquicamente superior e comum aos órgãos conflitantes.
PROCESSO X PROCEDIMENTO
PROCESSO – Relação jurídica entre autor, juiz e réu acrescida de procedimento.
Há dois tipos de processo: De conhecimento e De execução
1 – DE CONHECIMENTO
Se o autor pretender uma decisão definitiva sobre um determinado assunto. Para isso será necessário ao juiz conhecer a pretensão do autor e a resistência oferecida pelo réu.
IMATERIALIDADE – O processo é imaterial, não é material. A materialização é chamada de autos. 
PROCEDIMENTO – É o conjunto de atos processuais.
Matéria de ordem pública – Significa que, em regra, a lei impõe o procedimento, ou seja, não cabe à parte escolher o procedimento.
2 – DE EXECUÇÃO
Se a pretensão do autor for forçar o cumprimento de uma obrigação existente em um título executivo judicial ou extrajudicial.
Títulos Judiciais – Decisões interlocutórias, sentença e acórdão. Obs: a sentença arbitral também é considerada um título extrajudicial.
Em um processo o juiz de direito profere o despacho de mero expediente, ato praticado pelo juiz que objetiva impulsionar o processo à decisão definitiva.
Procedimento Sumaríssimo
Leis:	9099/95
	10.259/01
	12.153/09
9099/95
  Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
        I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
Art. 275.
 – CPC Antigo – Lei 5869/73
II - nas causas, qualquer que seja o valor;
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
 d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos deprocesso de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial;
 
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.         II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
	
        III - a ação de despejo para uso próprio;
        IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
Há a possibilidade de escolha no procedimento, visto que pela lei 9099/95 o procedimento é mais restrito.
Princípios:
	Faculdade
	Composição – Juizes togados (de carreira, concursados), leigos, conciliadores, turma recursal
		Juízes Togados – Presidem os atos no procedimento sumário (art. 5º)
		Juízes Leigos – Bacharéis, Advogados, com mais de 5 anos de experiência
		Conciliadores – São pela lei, preferencialmente bacharéis em Direito
Turma Recursal – Refere-se a três juízes togados que estão em exercício em 1º grau de jurisprudência, mas se reúnem para julgamento de recursos
COMPETÊNCIA – São 4 critérios
Valor – As ações devem ter um limite – JEC Estadual: 40 salários mínimos – até 20 não precisa de advogado, a partir disso a capacidade postulatória está obrigada à constituição de um advogado.
Matéria – Vinculada ao valor
Território
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
        I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
        II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
        III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.
        Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.
Pessoas
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
§ 1o  Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:     
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas;
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos Lei no 9.790, de 23 de março de 1999
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001
         § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação.
SEQUÊNCIA – O processo se instaura com o pedido oral ou escrito
        Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.
Obs: A legislação estabelece prazo para as partes, auxiliar da justiça e juízes.
	Prazo próprio ou Prazo Preclusivo – São os prazos fixados às partes.
O prazo é próprio é aquele que, se não for respeitado, há consequências processuais.
Prazo Preclusivo, pois se não respeitado acarreta a perda da faculdade processual de ser praticado validamente o ato.
	Prazo dos Auxiliares e Juízes são Impróprios, não preclusivos.
É impróprio porque o descumprimento não acarreta consequências processuais.
É prazo não preclusivo porque o descumprimento não gera perda da faculdade processual de se praticar validamente o ato.
CITAÇÃO – é o primeiro ato de comunicação processual e exclusivo do réu. Por meio da citação o réu toma ciência do processo. Todos os demais atos de chamamento será por meio de intimação. Todas as demais partes recebem intimação.
A intimação traz o significado de ciência de um ato processual futuro podendo conter um comando de fazer ou não fazer alguma coisa.
O réu é citado e intimado.
Nos JEC’s não há citação por edital
Se o autor não comparecer o Juiz arquiva os autos sem apreciação do mérito.
Caso o réu não compareça, reputam-se verdadeiras as alegações.
CONCILIAÇÃO – Se o réu comparecer e houver acordo a conciliação será frutífera procedendo a homologação. Depois da homologação frutífera não caberá recurso.
Se não houver acordo pode ser feito pelo Juízo Arbitral (art. 24). 
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista nesta Lei.
Caso o acordo seja infrutífero ou não instituído juízo arbitral, designa-se a audiência de instrução e julgamento
        Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Na prática não temos a indicação de juízo arbitral em razão do valor e não temos a abertura imediata da audiência de instrução mas sim a designação da audiência de instrução e julgamento
Na audiência as partes devem comparecer com testemunhas (no máximo 3 por parte) se este meio de prova for adequado.
Na modalidade em questão não é admitida nenhuma intervenção de terceiro (aquele que é interessado na causa).
Na audiência de instrução o réu, de forma escrita ou oral, deverá apresentar contestação.
É permitido ao réu formular pedido na contestação – Pedido contraposto
Ex: Batida de automóveis. A é réu, porém alega que B é quem bateu em seu veículo
SENTENÇA – Elementos
I – Relatório
II – Fundamentação
III - Dispositivos
Se houver a falta desses elementos:
Falta de Relatório – Gera nulidade
Falta de Fundamentação – Gera nulidade
Falta de Dispositivos – Ato inexistente
No JEC dispensa-se o relatório – visando a celeridade.
O JEC não faz remessa dos autos de recurso ao TJ. A segunda instância é a Turma Recursal ou Colégio Recursal.
Caso o réu pretenda o reexame da causa deve ser interposto no prazo de 10 dias. Este recurso é reconhecido como recurso inominado – Equipara-se a um recurso de apelação.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Devem ser interpostos sempre que a sentença for omissa, contraditória, obscura ou gerar dúvida. Visa corrigir erros, portanto quem julga os embargos é o próprio juízo que proferiu a sentença.
Os Embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição do recurso inominado.
Nos JEC’s não se admite propositura de ação rescisória. Ação rescisória é aquela proposta dentro do prazo de 2 anos onde se descobre fato novo e procura-se rescindir decisão transitada em julgado.
Nos JEC’s admite-se o recurso extraordinário diante do acórdão prolatado pelo colégio recursal mas não se admite interposição de recurso especial.
Dentre as circunstâncias, deve se observar que:
Não haverá citação por Edital
Não se admite recurso especial
Número limitado de testemunhas (somente 3)
Valor máximo de 40 salários mínimos – se a causa valer mais, abre-se mão imediatamente com a instauração do processo.
LEI 10.259/01 – LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
Para tudo que a lei for omissa ou compatível aplica-se esta lei
Elimina prazo em dobro que as Pessoas Jurídicas de Direito Público têm.
Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias.
Se não houver recurso não haverá reexame necessário, transitando em julgado.
Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.
COMPETÊNCIA – A competência dos JEC’s Federais é absoluta, ou seja, não é facultativa a escolha desse procedimento. Este juizado julga causas até 60 salários mínimos e, independentemente do valor as ações podemser propostas sem advogado, mas qualquer que seja o valor, precisa de advogado.
Admite-se a interposição de recurso agravo para as decisões interlocutórias relativas a tutelas provisórias. Nos JEC’s estaduais admite-se o agravo para as decisões interlocutórias.
PARTES
	Autores
	Réus
	Pessoa Física
	União
	Micro Empresa
	Autarquias, fundações e Empresas Públicas Federais 
	Empresa de Pequeno Porte
	
LEI 12.153/09
Art. 2o  É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
PARTES
Art. 5o  Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública:
I – como autores, as pessoas físicas e as MICROEMPRESAS e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas.
PRERROGATIVAS
Art. 7o  Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Art. 11.  Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.
 
17/09/2015
PROCEDIMENTO COMUM
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA 
FASES
Fase postulatória – a qual o autor entra com a petição inicial
Fase ordinatória – Fase em que o juiz estará organizando o processo para que este possa caminhar rumo à sentença.
Fase instrutória ou fase probatória – Onde é feita a produção de provas.
Fase decisória – Onde encontramos uma sentença.
PETIÇÃO INICIAL
Também chamada de exordial e inaugural
REQUISITOS – O CPC pede uma forma para a petição inicial.
Requisitos Intrínsecos e Extrínsecos
Intrínsecos – são requisitos da própria peça processual – art 319 CPC
Extrínsecos – estão fora da peça processual, mas a acompanham. São os documentos que devem acompanhar a petição inicial desde que comprobatórios dos atos e/ou fatos narrados.
Art. 319 a 320 CPC
Art. 319.  A petição inicial indicará:
Endereçamento - I - o juízo a que é dirigida;
O inciso I se refere ao endereçamento que dependerá da aplicação das regras de competência
Qualificação - II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
O inciso II pretende uma individualização dos litigantes. Por meio da qualificação há uma identificação dos envolvidos no litígio. A ideia é saber quais pessoas serão atingidas pela sentença. 
Admite-se que a petição inicial não contenha todas as qualificações do réu porque, assim que o réu for citado, ele mesmo trará os dados que complementam esta qualificação
Obs: 
Réu desconhecido ou incerta referência genérica – art. 256, I – CPC
Pode se propor um processo no qual não se saiba os dados do réu. Ex: proprietário de um grande terreno que pede reintegração de posse.
Quando os réus são desconhecidos ou incertos há uma referência genérica e ocorre a citação por edital.
Art. 256.  A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
Muitos – Lista anexa – STJ – Sendo muitos os autores ou muitos os réus a petição inicial terá somente um deles, sendo os demais qualificados na forma de anexo.
Equívoca – Nulidade – Se ocorrer um equívoco na qualificação, o equívoco, por si, não gera nulidade, somente haverá nulidade se for demonstrado prejuízo. – Princípio do aproveitamento dos atos processuais
CAUSA DE PEDIR 	III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
Refere-se à causa de pedir. Trata-se do motivo que levou o autor a provocar o judiciário. A causa de pedir se divide em:
REMOTA – Fato gerador de direitos
PRÓXIMA – É a natureza do direito controvertido (é a controvérsia, o litígio, a insatisfação)
Ex: Ação de alimentos
Remota – Ser filho
Próxima – Controvérsia – O genitor(a) não está contribuindo para a subsistência do menor.
Para o direito brasileiro não é suficiente propor uma ação expondo apenas a causa próxima, ou seja, não basta expor “a dívida venceu e não foi paga”, pois será necessário expor também a origem da dívida – O Brasil adota a Teoria da substância da ação; por esta teoria o autor deve expor a causa remota e a causa próxima. O Brasil não adota a teoria da individualização, segundo a qual é suficiente indicar a causa próxima
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL - Em nenhum momento o CPC coloca como requisito a fundamentação legal, não é requisito. Portanto, fundamentação legal não é sinônimo de fundamentação jurídica.
Pedido - IV - o pedido com as suas especificações; 
É a prentensão do autor. O pedido do autor limita a ação do juiz
Imediato – é o pedido de uma providência jurisdicional. É este que consta na petição inicial. A providência pretendida pode ser de natureza declaratória, constitutiva e pode ser inclusive de natureza condenatória ou pode ser todas estas providências em conjunto.
Mediato – É a pretensão de direito material . O pedido mediato é efetivamente o que o autor quer na prática. A regra é que o pedido mediato não se confunde com o pedido imediato. A exceção são as ações meramente declaratórias, se assim for, o pedido mediato é confundido com o imediato.
Exemplo: Ação meramente declaratória
Certo,(expresso) determinado,(aquele que se contrapõe ao genérico. Precisa ter o pedido a precisão) claro (que não gera dúvidas) e coerente (é o que nasce como consequência jurídica da causa de pedir).
O pedido deve ser certo, ou seja, expresso, determinado – aquele que se contrapõe ao genérico. 
Veda julgamento (art. 141 e 492)
É vedado o julgamento:
	Extra Petita – Vedado o julgamento daquilo que fica fora do pedido. 
	Ultra Petita – a mais do que fora pedido.
	Citra Petita – Apreciação reduzida do pedido.
Caso ocorra isto, a correção se dá com os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Os Autos não precisam ser revistos, somente há a correção.
Art. 141.  O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Pedido certo:
Art. 322.  O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
Art. 323.  Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.[4: Prestação sucessiva – Exemplo: aluguel]
Pedido determinado:
Art. 324.  O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; - Exemplo: Atropelamento. 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. – Ex: Pintura no prédio. A empresa não está trabalhando segundo o estipulado no contrato. O pedido pode ser genérico pois não se sabe se, até mesmo antes de ser citada ela pode executá-lo.
Exceção: Ex: Herança. Um dos herdeiros aparece e não sabe qual o valor pode ser recebido, neste caso, é aceitável o pedido genérico do pedido.
Cumulação – Se admitea cumulação de pedidos.
Na cumulação de pedidos há um único fato constitutivo e mais de um pedido apresentado.
	Própria – A cumulação é classificada em:
		Simples – quando a cumulação é simples não há relação de dependência entre os pedidos (a analise de um pedido é diferente de outro)
		Sucessiva – Existe uma relação de dependência entre os pedidos, ou seja, há mais de um pedido, mas a apreciação de um depende da apreciação do outro. Ex: investigação de paternidade com prestação de alimentos.
	Imprópria – não é genuinamente uma acumulação de pedidos porque a resposta do judiciário ocorre conferindo apenas uma possibilidade
		Subsidiária – Art. 326.  É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. 
Alternativa – Parágrafo único.  É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Pode o autor apresentar ao juiz alternativa de escolha para ter seu pedido atendido colocando uma ordem sequencial “caso julgue procedente, peço produto similar, se não for possível, ressarcimento em espécie”. Somente há cumulação de pedido impróprio alternativo quando a lei permitir.
	
Acumulação de ações – Na cumulação de ações há mais de um fato constitutivo
Concurso de ações – No concurso de ações a lei confere mais de uma opção para a resolução do litígio
24/09/2015
Ler 291 a 293.
Art. 291.  A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;[5: ]
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Art. 293.  O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
PETIÇÃO INICIAL
Art. 319
V - o valor da causa;
Valor da causa – toda causa terá um valor, ainda que a ação não tenha conteúdo econômico de modo que, obrigatóriamente será atribuído um valor à causa na petição inicial.
	Valor econômico
	Valor não econômico
	Reintegração de posse
	Retificação de assento de nascimento
	
	Regulamentação de visitas
	
	
Atribuir valor à causa gera 3 consequências processuais:
Cálculo da taxa judiciária – é um tributo. Existe sempre que há um serviço público. Quando se faz uso de um serviço público, como o atendimento jurisdicional, há um recolhimento de um tributo denominado taxa. Na primeira instancia a taxa recebe o nome de custas, na 2ª instancia recebe o nome de preparo, em regra as custas devem ser recolhidas pelo autor na importância de 1% do valor atribuído à causa.
Competência – O valor da causa gera a fixação da competência. Ao fixar o valor de 40 sm são ajuizadas em JE, até 60 sm JEF e JEFP, até 500 sm na justiça comum em qualquer vara e acima de 500 sm somente no Foro Central
Verba de sucumbência – O valor da causa é utilizado para fixar a chamada verba de sucumbência. A verba de sucumbência abrange os honorários que a parte vencida deve pagar ao advogado da parte vencedora, quem estabelece o valor é o Juiz, sendo que a lei fixa que o valor deve ser entre 10 e 20% sobre o valor atribuído à causa. 
Critérios – Art. 291 – 293 CPC
O art. 292 apresenta um rol exemplificativo devendo ser utilizada a jurisprudência para completar estas regras. Se os critérios não forem respeitados, o juiz, de ofício, poderá determinar a correção. Se o juiz não agir dessa forma a parte contrária, ou seja, o réu, em preliminar de contestação deverá impugnar o valor atribuído sob pena de preclusão
A contestação ,além de apresentar uma defesa de mérito, pode apresentar uma defesa processual e, se não o fizer, perde o direito
Art. 319
PROVAS
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
A petição inicial deve indicar a natureza das provas pretendidas, ou seja, o gênero das provas, no entanto, as provas documentais devem acompanhar a petição inicial.
Eficácia – este inciso tem pouca eficácia prática, por dois motivos:
O juiz pode especificar as provas que deverão ser produzidas.
Na fase saneadora as partes são intimadas a especificarem as provas que pretenderão produzir.
Provas
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
AUDIÊNCIA
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
O autor deve, na petição inicial, dizer se pretende ou não a realização da audiência de conciliação ou de mediação.
Emenda da Petição Inicial
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Se o juiz encontrar vícios sanáveis deverá intimar o autor para no prazo de 15 dias emendar a petição inicial[6: Emendar: corrigir, aditar.]
A possibilidade da emenda efetiva dois princípios processuais:
Princípio do aproveitamento dos atos processuais - Por este principio se observa que o processo é um meio para obtenção de direitos, de modo que todos os atos processuais devem ser aproveitados, considerando-se a finalidade do processo
Instrumentalidade das formas – Por este princípio a regra vem a ser a liberdade das formas no processo, admitindo exceções somente nas hipóteses previstas em lei, mas mesmo nestas situações se a forma não for respeitada porém a finalidade for alcançada o ato deverá ser considerado válido
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Total ou parcial
Art 321
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta; - aquela que apresenta vício no pedido e ou na causa de pedir
II - a parte for manifestamente ilegítima; - falta uma das condições da ação, condição: legitimidade das partes
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
	Parte que advoga em causa própria (deve indicar inscrição da OAB) – Art. 321: 
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permiteo pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
O indeferimento da petição inicial ocorre por decisão. Em primeira instância, o indeferimento se for parcial ocorrerá por decisão interlocutória, mas se for total ocorrerá por sentença de extinção do processo.
Se o indeferimento for total ao autor caberá a interposição do recurso chamado apelação.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Diferença entre Indeferimento x Improcedência
Indeferimento é decisão que NÃO aprecia o mérito da causa (pedido do autor). Improcedência é a decisão que aprecia o mérito da causa (pedido do autor).
O direito admite a possibilidade da existência de uma sentença de mérito antes que o réu seja citado e esta decisão não fere o princípio do contraditório porque é uma decisão favorável ao réu.
Há duas causas que dispensam fase instrutória (fase probatória)
1 – Se a causa versar (tratar) sobre matéria exclusivamente de direito.
2 – Se a causa versar sobre matéria de direito e de fato mas estes forem provados exclusivamente por documentos. Ex: Assistência à saúde. Pessoa que precisa fazer uma cirurgia – matéria de direito. Remédio no HC: matéria de fato comprovada por documento (receita médica, laudos).
Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
01/10/2015
PRAZO PROCESSUAL
CITAÇÃO
Art. 238.  Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
A citação ocorre uma vez para fazer integrar pessoa em situação jurídica processual. Os demais atos de comunicação serão chamados de intimação.
A intimação pode ocorrer para qualquer pessoa
PESSOALIDADE - É característica da citação a pessoalidade. De modo que a citação ocorre na pessoa daquele que integrará o polo passivo podendo ser na pessoa do representante legal (incapazes e pessoas jurídicas) bem como do procurador legalmente habilitado.
LOCAL – Onde o réu se localizar . Há hipoteses a qual o réu não pode se citado
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
ESPÉCIES – As modalidades previstas no art. 246 podem ser classificadas em:
Citação real - Segundo a certeza que o réu tem ciência do chamamento a uma relação jurídica processual
Citação ficta (também chamada de presumida) – trabalha-se com uma mera presunção (presunção de ciência de citação).
Art. 246.  A citação será feita:
I - pelo correio; - Citação real (pois a carta chega pelo correio e o réu assina). É a regra no processo civil.
II - por oficial de justiça; -Citação real. Existe uma hipótese de Citação por Hora certa – aí nesse caso a citação é ficta ou presumida (Quando o oficial de Justiça não encontra o Réu, mas tem a informação de que tal horário está em casa. Indo naquele horário o réu não é encontrado, então se presume que ele está se ocultando.
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; - Citação real
IV - por edital; - Só existe se não conseguir citar o réu de nenhuma forma. – Citação ficta.
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. – Citação real, pois é considerado algo muito pessoal
CITAÇÃO PELO CORREIO I - pelo correio; - Citação real (pois a carta chega pelo correio e o réu assina). É a regra no processo civil.com as hipóteses em que se exige a citação por meio eletrônico (§1º e 2º no art 246) bem como as situações de inadmissibilidade previstas no art. 247 – a CITAÇÃO pelo correio também e chamada de citação por carta. Trata-se de uma forma célere de citação porque alcança o réu em qualquer comarca do país em que se encontrar, desde que este seja atendido pela entrega domiciliar de correspondência.
A citação ocorre sem intermediação, sem a carta precatória (comunicação entre juízos e de comarcas distintas)O juízo deprecante pede ao juízo deprecado a citação. Se for somente um réu são enviadas duas cópias (uma denominada contra-fé – confere com o original)
REGRA GERAL
§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.
§ 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
Art. 247.  A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o; - No caso de estado da pessoa, estado civil, e estado de filiação.
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. – Réus com histórico de fugir de citação.
PROCEDIMENTO
Art. 248.  Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. – 
§ 1o A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo.
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
§ 3o Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 250.
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
PRAZO 
Art. 231.  Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimaçãofor pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
08/10/2015
CITAÇÃO (Continuação)
POR OFICIAL DE JUSTIÇA
Também é chamada de citação por mandado. Considerada citação real. 
Quando frustrada a citação postal (pelo correio)
Nas hipóteses definidas pela lei segundo o art. 247
A regra é que o oficial de justiça trabalhe em sua comarca, porém há exceção:
Art. 255.  Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos.
POR MANDADO COM HORA CERTA
Também chamada por citação por oficial de justiça com hora certa apresenta uma exceção à pessoalidade da citação por mandado. São dois os requisitos ou pressupostos para que ocorra a citação por hora certa.
Que o oficial de justiça tenha procurado o réu no endereço correto por duas vezes sem êxito.
Exista suspeita de ocultação.
É uma citação feita por exceção. É considerada uma citação ficta.
Quando o oficial de justiça vai citar o réu e não o encontra, verifica se o réu mora mesmo naquele endereço. Deixa um recado para quem o recebeu que volta em outra data e em determinado horário. Se não for encontrado, o oficial de justiça entregará a citação à pessoa que o recebeu, descreverá as suas características e juntará aos autos do processo.
Posteriormente, o cartório vai expedir para o réu uma carta, telegrama ou email informando que procedeu a citação. É requisito para aperfeiçoamento do procedimento, não sendo obrigatório que seja o réu a recebê-los. 
O réu revel, citado por mandado com hora certa terá a nomeação de um curador especial para realizar a sua defesa. Será uma defesa por negativa geral.[7: Quem faz esta defesa é um defensor público.]
Art. 252.  Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único.  Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
Art. 253.  No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
§ 2o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
§ 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4o O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia.
Art. 254.  Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
CITAÇÃO POR ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA
Esta modalidade ocorre com o comparecimento do réu ao cartório. Espécie de citação real
O código anterior não contemplava
POR EDITAL
É uma citação ficta, porque presume-se que o réu, que não mantém seus dados atualizados nos órgãos públicos acompanhe o Diário Oficial
Quando é admitida a citação por edital
É necessário exaurir a procura do réu, seu procurador ou responsável legal.
Art. 256.  A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando; - Desconhecido: Não se sabe quem é o réu. Incerto: 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; - Sabe-se quem é o citando, mas não se sabe onde está.
III - nos casos expressos em lei.
PROCEDIMENTO
Art. 257.  São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira; - Publica-se no dia 10/10 – Constará na publicação o prazo (de 20 a 60 dias).
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único.  O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
ALEGAÇÃO DOLOSA
Quando o réu sabia de sua citação e não a cumpriu, recebe uma punição (pagamento de 5 salários mínimos).
CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO – lei 11.419/2006
A citação por meio eletrônico é uma citação que ocorre por email. Somente recebe esta citação quem tem cadastro perante o sistema judiciário. Mas o novo código estabelece a citação por meio eletrônico como meio preferencial para a citação das pessoas jurídicas privadas (exceções: microempresas e empresa de pequeno porte) bem como as pessoa jurídicas públicas.
É considerado citação real. Se o email cair em spam é um problema do citado.
Se o encaminhamento do email e este não é aberto, considera-se realizada a citação no 10º dia do envio e se este dia não for útil, considerar-se-á realizada a citação no primeiro dia útil subsequente.
PRAZOS PROCESSUAIS
Os prazos processuais são lapsos temporais destinados à realização válida de atos processuais.
Ato intempestivo – é o ato realizado fora do prazo previsto em lei
A lei determina prazos para as partes, para os auxiliares da justiça e para os juízes.
Os prazos destinados às partes são prazos preclusivos (também chamados de prazos próprios). Porque o não cumprimento acarreta consequências jurídicas processuais, ou seja, prejudica a validade do ato.
Em compensação, os juízese auxiliares tem prazos não preclusivos também chamados de impróprios, ou seja, o não cumprimento do prazo não acarreta consequências jurídicas processuais, ou seja, o não cumprimento do prazo não atinge a validade do ato, mas pode gerar sanções administrativas
Art. 226.  O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
CONTAGEM DE PRAZO
Regras:
Exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Os prazos devem começar e terminar em dias úteis.
Os prazos são contados em dias úteis.
Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Art. 220.  Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
Art. 224.  Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
Atenção: INTERRUPÇÃO: Quando num prazo de 10 dias, correram 4 e houve interrupção, volta a contar 10 dias.
Os prazos são contados pela lei, quando a lei for omissa caberá ao juiz fixar, quando o juiz também for omisso, caberá o prazo de 5 dias, conforme art. 218, §3º.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
PRAZOS PEREMPTÓRIOS
São aqueles que não podem ser modificados por vontade das partes com a anuência do juiz
Exemplos: Prazos para contestar, para recorrer
PRAZOS DILATÓRIOS
São os que podem ser modificados por vontade das partes desde que autorizados pelo juiz.
Exemplos: Prazos para apresentar rol de testemunhas, para se manifestar sobre laudo pericial.
A lei não diz quais são os prazos dilatórios ou peremptórios. Quem diz isso é a jurisprudência.
15/10/2015
AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
Estas são condições de natureza processual
1 – que não haja inépcia da petição inicial – porque se for, será caso de extinção do processo
2 – que não tenha ocorrido procedência liminar do pedido.
São condições de natureza material
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição. – Assuntos que não admitem renúncia ou acordo
O prazo, quando o réu é citado é de no mínimo 20 dias. Caso o prazo seja menor o réu pode requerer a redesignação da audiência preliminar
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. Enquanto para o réu a intimação é pessoal, para o autor é através de seu advogado que será feita por edital.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. - 
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. – O código busca a conciliação a todo custo
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. – o Réu terá ciência, na própria citação para que compareça com advogado ou que busque defensor público.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.[8: Termo – Colocada por escrito e homologada por sentença.]
§ 12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
CONTESTAÇÃO
CONTESTAÇÃO – é uma peça que deve ser escrita. É considerada uma defesa direta, pois pretende atingir quem está no polo ativo da ação. É por meio da contestação que o réu oferece resistência à pretensão do autor.
Art. 335.  O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; - Se não houver acordo o réu já está ciente de que terá 15 dias.
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
Ônus processual – é uma faculdade com encargo. Sujeitar-se-á ao alegado pelo réu – Revelia.
DEFESA PROPRIAMENTE DITA
A contestação pode apresentar uma defesa processual e uma defesa de mérito
A defesa processual será chamada de Preliminar de mérito – preliminar pois vem antes da defesa de mérito
A defesa material será Defesa de mérito
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: - Arma: Preliminar de Mérito.
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção; (perda do direito de ação pelo fato do autor ter dado causa à extinção do processo por abandono, por três vezes consecutivas)
VI - litispendência; - defesa processual onde há uma ação com os mesmos elementos e outra ação é proposta
VII - coisa julgada;
VIII – conexão; - Quando há duas ou mais ações e for comum o pedido ou a causa de pedir
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem; - não pode trazer ao judiciário aquilo que foi acordado resolver por arbitragem.
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; - há ações que pedem caução. A caução é pedida para que não haja prejuízo e, se houver, não ocorra dano. 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. – O réu alega que o autor não é pobre segundo a concepção jurídica.
Este rol não é taxativo, mas sim exemplificativo. 
DEFESA DE MÉRITO
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
29/10/2015
Contestação – Continuação
Defesa de mérito – art. 336
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugnao pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
A defesa de mérito é a defesa que pretende atacar o pedido do autor constante na petição inicial. Quanto a defesa de mérito nós temos dois princípios:
	
	Impugnação específica
Art. 341.  Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
É papel do réu impugnar todos os fatos do autor. Todas as alegações de fato constantes da petição inicial devem ser impugnadas sob pena de serem consideradas verdadeiras
Normalmente é feito uma enumeração em parágrafos a contestação.
EXCEÇÕES:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; Em geral quando se trata de direitos indisponíveis (Ex: investigação de paternidade)
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; - Deve haver o documento (Ex: Numa ação de divórcio a pessoa não junta a certidão de casamento).
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. - 
Parágrafo único.  O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. – Podem fazer uma defesa por negativa geral
	Eventualidade
Art. 342.  Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente; - As vezes o réu tem ciência de fato posteriormente. Tem que justificar o porquê este fato é novo para o réu
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Pelo princípio da eventualidade o momento oportuno para o réu apresentar as suas alegações vem a ser a contestação sob pena de preclusão (consumativa).
CLASSIFICAÇÃO
Pode ser classificada em defesa de mérito direta e defesa de mérito indireta
É defesa de mérito direta aquela que o réu nega os fatos constitutivos de direito apresentados pelo autor na petição inicial. A defesa de mérito direta gera o ônus da prova para o autor da ação
A defesa de mérito indireta o réu reconhece o fato constitutivo de direito do autor mas trás outro fato impeditivo, modificativo ou extintivo daquele direito
Exemplo: Numa ação de cobrança, o réu diz: Devo, mas já paguei. O réu reconhece o fato, mas trás nova informação.
Se não houver prova é melhor ficar com a defesa de mérito direta, onde o ônus da prova cabe ao autor da ação.
RECONVENÇÃO
É um pedido formulado pelo réu contra o autor na contestação. A reconvenção não é um ônus processual, mas sim uma faculdade. A reconvenção efetiva o princípio da economia processual. A reconvenção é um contra-ataque.
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO
São peças processuais apresentadas tanto pelo autor quanto pelo réu. Trata-se de defesa indireta porque não se pretende atacar a parte contrária (em termos...), mas sim o juiz da causa.
A suspeição tem que surgir em 15 dias do conhecimento do fato.
Há duas situações:
1 - O juiz da causa reconhece o impedimento ou a suspeição – Determina a remessa para o seu substituto legal
2 - O juiz não reconhece o impedimento ou suspeição – Deverá apresentar as suas razões e encaminhar o incidente processual ao tribunal hierarquicamente superior.
Se o tribunal não entender que há impedimento ou suspeição os autos voltam para o juiz. Se entender que há, condenará o juiz ao pagamento das custas processuais e os autos são encaminhados ao seu substituto legal.
Decorrido prazo de resposta do réu finaliza-se a fase postulatória, iniciando a fase ordinatória também chamada de fase de providências preliminares.
FASE ORDINATÓRIA OU FASE DE PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Decorrido o prazo de resposta os autos vão à conclusão (vão para a sala do juiz). Estando os autos com o juiz ele fará a análise da existência ou não da revelia e seus efeitos.
1 ª ANÁLISE: existência ou não da revelia e seus efeitos.
Existem dois conceitos sobre revelia
Para a doutrina – é o não comparecimento em juízo e não oferecimento de resposta.
Para a lei – Revelia é o não oferecimento de contestação
Art. 344.  Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Efeito da revelia segundo a lei - presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor na petição inicial. Chama-se confissão.
Efeito da revelia segundo a doutrina – não será intimado dos atos processuais futuros.
Art. 345.  A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Isso gera revelia, mas não os seus efeitos, ou seja: Ocorre a revelia legal, mas não é presumido que todos os fatos são verdadeiros.
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Art. 145.  Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II- que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
Cabe ao juiz declarar-se impedido ou suspeito. Se não o fizer cabe a parte utilizar a ferramenta processual.
Segunda análise do juiz – se o autor tem direito à réplica.
A réplica é uma peça processual apresentada pelo autor no prazo de 15 dias com a finalidade de contrapor argumentos apresentados pelo réu na contestação. A réplica não é uma regra no processo civil, pois só existe direito à replica em duas hipóteses:
1 – se o réu, na contestação, apresentou defesa processual (preliminar de mérito)
2 – se o réu, na contestação, fez uso da defesa de mérito indireta (na qual reconhece o fato porém alega outro fato que impede, modifica ou extingue o direito)
FASE DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Primeira análise do juiz: Cabe a extinção do processo?
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;[9: Espécie de prescrição ou extinção de um processo em virtude de abandono durante certo tempo ou por inépcia da petição inicial – inépcia: considerada não apta para produzir efeitos jurídicos por conter vícios que a tornam confusa, contraditória e/ou incoerente, ou também por lhe faltar requisito exigido por lei. Vício no pedido ou na causa de pedir]
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
Art. 486.  O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Há julgamento antecipado do mérito se for possível proferir sentença apenas com a prova documental que já consta nos autos. Se o processo não precisar de prova oral ou pericial há julgamento antecipado do mérito.
O juiz por decisão interlocutória decide parcialmente a lide, de modo que o processo prosseguirá com vistas à sentença para o pedido que depender de prova oral e/ou pericial
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidades delas o juiz fará o julgamento conforme o estado do processo verificando:
1 – Se cabe a extinção do processo (art. 354). Se não couber:
2 – Verificará se cabe o julgamento antecipado do mérito. Não sendo caso de julgamento antecipado do mérito:
3- Verificará se cabe o julgamento antecipado parcial do mérito
Sendo ou não o caso do julgamento antecipado parcial do mérito o juiz fará o saneamento do processo (art. 357)
Há necessidade de saneamento do processo quando precisa de prova oral e pericial
Antecede a fase probatória.
Seção IV
Do Saneamento e da Organização do Processo
Art. 357.  Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
§ 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável.
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas

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