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1 1 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Prof. Romero Auto 2 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Assim, o CRÉDITO PÚBLICO é uma modalidade de ingresso de recursos que gera receita por um lado, mas que por outro lado, gera despesa, pois cria o ENDIVIDAMENTO PÚBLICO para o Estado. Dentro do contexto do estudo da Atividade Financeira do Estado, a questão do CRÉDITO PÚBLICO se insere quando se observa a existência de um desequilíbrio nas contas públicas, com receitas insuficientes para custear todas as despesas demandas pelas necessidades públicas. 3 CRÉDITO PÚBLICO Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO): modalidade de empréstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir déficit de caixa, devendo ser pago no mesmo exercício financeiro. O Estado oferece em garantia desse empréstimo parte de sua receita. FORMAS DE OBTENÇÃO DO CRÉDITO PÚBLICO E DE FORMAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA Operações de crédito em geral: são as demais formas de endividamento público que não resultam de antecipação de receita. São endividamentos de médio e longo prazo. Pode surgir de um contrato de mútuo (simples empréstimo de dinheiro), emissão e aceite de títulos da dívida pública, aquisição financiada de bens pelo Estado, etc. 4 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA (conceito geral): é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior a doze meses (tem exceções). DÍVIDA PÚBLICA – DEFINIÇÕES (Art. 29, I e II, LRF) DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA: é aquela representada por títulos da dívida pública emitidos pela União, Estados e Municípios. 5 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO Dívida Pública(art. 29, LRF) Mobiliária Consolidada Obrigações de curto prazo SE as receitas tiverem constado do orçamento Obrigações de médio e longo prazo (+ 12 meses) Precatórios incluídos no orça- mento e não pagos União: Títulos do BACEN* Títulos emitidos pela União, Estados e Municípios. 6 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO AS EXPRESSÕES CRÉDITO PÚBLICO, EMPRÉSTIMO PÚBLICO OU DÍVIDA PÚBLICA SÃO TERMOS SINÔNIMOS. Genericamente diz-se do crédito público como o contrato administrativo pelo qual o Estado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele estipulada. A vontade livre e consciente é um elemento essencial na constituição do crédito público, por este motivo, o empréstimo compulsório não possui a mesma natureza dos empréstimos públicos. 2 7 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO AS EXPRESSÕES CRÉDITO PÚBLICO, EMPRÉSTIMO PÚBLICO OU DÍVIDA PÚBLICA SÃO TERMOS SINÔNIMOS. Genericamente diz-se do crédito público como o contrato administrativo pelo qual o Estado recebe determinado valor que se obriga a pagar, na forma por ele estipulada. A vontade livre e consciente é um elemento essencial na constituição do crédito público, por este motivo, o empréstimo compulsório não possui a mesma natureza dos empréstimos públicos. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO = TRIBUTO (STF) 8 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO 1. CRÉDITO PÚBLICO COMO ATO UNILATERAL DO ESTADO: é um ato de soberania, uma vez que, contraído por lei, pode ser modificado unilateralmente mediante a elaboração de uma nova lei. NATUREZA JURÍDICA – Principais teorias 2. CRÉDITO PÚBLICO COMO CONTRATO SOB CONDIÇÃO POTESTATIVA PELO DEVEDOR (O ESTADO): este poderá suspender as obrigações de pagamento assumidas sempre que circunstâncias excepcionais, a seu critério, o impossibilitem de cumpri-las. 9 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO 3. CRÉDITO PÚBLICO COMO CONTRATO DE NATUREZA CIVIL: é um contrato de mútuo simples, cujo objeto é o dinheiro que é entregue pelo particular ao Estado, devendo ser devolvido num prazo estipulado em lei. O Estado ficaria submetido às regras comuns de direito civil, não havendo prevalência de seu interesse sobre o interesse do particular. NATUREZA JURÍDICA – Principais teorias 4. CRÉDITO PÚBLICO COMO CONTRATO DE DIREITO PÚBLICO: é um contrato administrativo que gera crédito de uma soma de dinheiro em proveito do Estado, ficando o mesmo obrigado a seu pagamento. Não há a aplicação do princípio da soberania para afirmar que o Estado pode se negar ao pagamento da dívida pública. O fato de não poder ter seus bens penhorados, não modifica o direito do credor. 10 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO NATUREZA JURÍDICA – Principais teorias Tende-se a reconhecer como sendo o CRÉDITO PÚBLICO como modalidade de contrato de direito público pelas seguintes razões: 1. possui finalidade de interesse público; 2. possui forma especial (lei); 3. pode ser rescindido ou ter seus dispositivos alterados unilateralmente pelo Estado; 4. deve estar autorizado no orçamento; 5. há sujeição à prestação de contas e autorização e controle do Senado; 6. Há inviabilidade de execução específica (impenhorabilidade dos bens do Estado). 11 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO OU DA DÍVIDA PÚBLICA ���� QUANTO À PESSOA JURÍDICA DEVEDORA: dívida federal, dívida estadual e dívida municipal. 12 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO OU DA DÍVIDA PÚBLICA ���� QUANTO AO LOCAL DE PAGAMENTO DO CRÉDITO: •Dívidas internas: contraída e resgatada no país, sendo os títulos resgatados em reais. O credor pode ser brasileiro ou não. •Dívidas externas: são aquelas cujo pagamento importa em transferência de divisas para o exterior. O que importa não é a moeda contratada, mas o local ou a praça em que o pagamento deve ser realizado. 3 13 ���� QUANTO AO PRAZO DE DURAÇÃO: •Dívida flutuante: é a dívida provisória, de curto prazo, cujo pagamento deve ser feito no mesmo ano de sua contratação. Deve ser utilizada para suprir deficiências de caixa momentâneas e eventuais. A Constituição Federal só traz um exemplo: as operações de antecipação de receita orçamentária – ARO (art. 165, § 8º, CF), que devem ser liquidadas, segundo a doutrina, assim que os recursos orçamentários efetivamente ingressarem no caixa do Estado, ficando limitado a um ano. •Dívida consolidada: é a que tem prazo longo, destinando-se a investimento público, obtida, por exemplo, por meio da emissão e aceite de títulos da dívida pública no mercado, com resgate a longo prazo. Segundo a Lei nº 4.320/64, compreende apenas os compromissos que ultrapassam o período de 12 meses. O seu não pagamento por mais de dois anos consecutivos implica em intervenção da União e do Estado (art. 34, V, a e 35, I, CF). Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, entretanto, o conceito de Dívida Consolidada foi um pouco modificado, pois também contempla as operações de crédito de curto prazo, se as receitas provenientes das mesmas estiverem previstas no orçamento, conforme o § 3º do seu art. 29. 14 DIREITO FINANCEIRO CRÉDITO PÚBLICO CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO OU DA DÍVIDA PÚBLICA ���� CRÉDITOS COMPULSÓRIOS E CRÉDITOS VOLUNTÁRIOS: para maior parte da doutrina essa classificação não tem sentido. No Brasil existe a figura do empréstimo compulsório que é entendido com uma espécie de tributo pela imensa maioria dos teóricos, havendo decisão do STF nesse sentido. Entende-se que apenas os créditos voluntários, que não tenham um caráter forçado, podem ser considerados dentro da teoria do crédito público, dada sua natureza contratual. 15 ���� CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL: •Operações de crédito por antecipação de receita: correspondem às ARO´s (antecipações de receita orçamentária), modalidade de empréstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir déficit de caixa, devendo ser pago até o 30º dia do exercício financeiro seguinteao da realização do contrato. É o tipo de empréstimo público que se faz diretamente na rede bancária. O Estado oferece em garantia desse empréstimo parte de sua receita. •Operações de crédito em geral: são os demais empréstimos que não resultam de antecipação de receita. São empréstimos de longo e médio prazo que objetivam atender, em geral, as despesas de capital. 16 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto 17 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO A origem dos orçamentos públicos está relacionada ao desenvolvimento da democracia, opondo-se ao Estado antigo, em que o monarca representava um poder soberano e absoluto, e que se considerava detentor detentor do patrimônio originário da coletividade. ORIGEM DA PRÁTICA ORÇAMENTÁRIA Prof. Romero Auto 18 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Alguns exemplos históricos sobre o surgimento do orçamento público são os seguintes: 1. Inglaterra (1215) – Carta Magna, exigindo a autorização do Parlamento para a instituição de tributos: “no taxation withouth no representation”. 2. EUA (1765) – Colônia da Virgínia, precursora da independência americana, instituíram a Assembleia Nacional, prevendo a necessidade de autorização do Parlamento para a criação de impostos. 3. França (1789) – Revolução Francesa (Declaração de Direitos) – instituiu o primeiro orçamento público aprovado pelo Parlamento em 1798. 4. Brasil – primeira lei orçamentária surgiu em 1830. ORIGEM DA PRÁTICA ORÇAMENTÁRIA 4 19 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Peça que contempla apenas a previsão das receitas e fixação das despesas para um determinado período, sendo um documento de natureza eminentemente contábil e financeiro, sem preocupações com o planejamento do Estado ou com as efetivas necessidades da população. (Valdecir Pascoal) CONCEITO CLÁSSICO Prof. Romero Auto 20 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Modernamente, passou a assumir um caráter político, refletindo um PLANO DE AÇÃO GOVERNAMENTAL, representativo da vontade popular, objetivando o desenvolvimento econô- mico-social da coletividade. É a ideia de ORÇAMENTO-PROGRAMA. CONCEITO MODERNO Prof. Romero Auto PROGRAMA DE GOVERNO 21 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO “Lei que contempla a previsão de receita e despesa, programando a vida econômica e financeira do Estado, por um certo período”. (Régis Fernandes de Oliveira). CONCEITO MODERNO Prof. Romero Auto “ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funciona- mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei”. (Aliomar Baleeiro) 22 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO ASPECTOS DO ORÇAMENTO Prof. Romero Auto POLÍTICO ECONÔMICO TÉCNICO 23 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO ASPECTO POLÍTICO: o Parlamento, que é o poder representado pela sociedade (representantes eleitos pelo POVO) autoriza o gasto público, levando em consideração a realização das finalidades do Estado, isto é, a satisfação das necessidades públicas. ASPECTOS DO ORÇAMENTO Prof. Romero Auto 24 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO ASPECTO ECONÔMICO: o orçamento público é um instrumento de atuação ou de intervenção do Estado na economia. Isso porque quanto maior ou menor for o gasto público autorizado no orçamento, maior ou menor será a intervenção do Estado no domínio econômico. ASPECTOS DO ORÇAMENTO Prof. Romero Auto 5 25 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO ASPECTO TÉCNICO: esse aspecto está relacionado com à obrigatoriedade de observância da técnica orçamentária, sobretudo em relação à classificação clara, metódica e racional da receita e da despesa. ASPECTOS DO ORÇAMENTO Prof. Romero Auto 26 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO NATUREZA JURÍDICA Prof. Romero Auto 27 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO A NATUREZA JURÍDICA do orçamento público é a de ser uma lei, apesar de ser uma lei em sentido meramente formal. Não se trata, pois, de uma lei em sentido material, já que não prescreve normas de conduta, nem cria direitos ou obrigações. Trata-se de uma peça de contabilidade pública, aprovada pelo Parlamento em forma de lei. As leis orçamentárias apenas trazem a previsão das receitas esperadas, bem como a autorização para a realização de despesas. Essas despesas, entretanto, não são de realização obrigatória. NATUREZA JURÍDICA Prof. Romero Auto 28 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO TIPOS DE LEIS ORÇAMENTÁRIAS – CF/88 Prof. Romero Auto 29 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto TIPOS DE LEIS ORÇAMENTÁRIAS PLANO PLURIANUAL - PPA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA 30 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO PLANO PLURIANUAL - PPA Prof. Romero Auto 6 31 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO PPA – Plano Plurianual Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; ................................................................................................... § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Prof. Romero Auto 32 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO PPA – Plano Plurianual Art. 165, § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II (LOA), deste artigo, compatibilizados com o PLANO PLURIANUAL, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 33 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO PPA – Plano Plurianual Art. 167, § 1º, CF/88. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 34 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PPA (conteúdo) Diretrizes, Objetivos e Metas da Administração Pública Relativas a: Despesas de Capital + Despesas correntes delas derivadas Programas de Duração Continuada Função de reduzir as desigualdades inter-regionais 35 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO PPA – Plano Plurianual O PPA tem uma vigência de 4 anos. A CF/88 estabelece que o primeiro ano da gestão de um governo é realizado sempre aplicando o 4º e último ano do PPA definido pela gestão anterior. Seguindo essa mesma linha, o governo do momento, ao fixar o novo PPA, ao definir o planejamento para os 4 próximos anos, também fixará as diretrizes, objetivos e metas para o primeiro ano do próximo governo. O objetivo da CF/88 é evitar que os grandes projetos de governo não sofram interrupções! 36 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO Prof. Romero Auto 7 37 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Art. 165, CF/88. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: II – as diretrizes orçamentárias; ................................................................................................... § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 38 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. RomeroAuto LDO (conteúdo) 1. Compreenderá as Metas e Prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas de capital para o exercício seguinte (investimentos) 2. Orientará a elaboração da LOA 3. Disporá sobre as alterações na legislação tributária 4. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Lei anual 39 Prof. Romero Auto LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS A LRF (LC 101/2000) aumentou substancialmente o leque de atribuições da LDO, de maneira que a sua função tem se tornado das mais importantes para o controle do gasto público e viabilização do plano de governo. Assim, deve ser objeto da LDO, entre outros: ���� O equilíbrio entre as receitas e despesas; ���� A limitação de empenho (limitação de contratação de novas obrigações, como operações de crédito, por exemplo); ���� O estabelecimento de “normas relativas ao controle de custos”. Ex: aquisição centralizada dos materiais de consumo cotidiano das repartições públicas, evitando diferenças de preço. ���� O estabelecimento de “normas relativas à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos do orçamento”. Ex: financiamento de programas sociais como, por exemplo, o bolsa-família. ���� Fixação de “condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas”, como metas a serem atingidas, etc. 40 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA Prof. Romero Auto 41 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL Art. 165, CF/88. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: III – os orçamentos anuais; ................................................................................................... § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 42 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL Art. 165, § 8º, CF/88. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à PREVISÃO DA RECEITA E À FIXAÇÃO DA DESPESA, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE ORÇAMENTÁRIA 8 43 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto LOA (conteúdo) 1. ORÇAMENTO FISCAL DO ESTADO, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público 2. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS 3. ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Lei anual TABELA DE RECEITA E DESPESAS RELATIVOS A: 44 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO 45 ORÇAMENTO PÚBLICO PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO - RITO 1ª FASE: REMESSA DO PROJETO DE LEI PELO PODER EXECUTIVO, CONFORME PRAZOS PREVISTOS NO ART. 35 DA ADCT 2ª FASE: ANÁLISE E EMISSÃO DE PARECER PELA Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO DO PROJETO DE LEI E DAS EMENDAS DOS PARLAMENTARES 3ª FASE: VOTAÇÃO PELO PLENÁRIO EM SESSÃO ÚNICA E CONJUNTA DAS DUAS CASAS. APROVAÇÃO POR MAIORIA SIMPLES. Prof. Romero Auto 4ª FASE: DEVOLUÇÃO, JÁ CONVERTIDO EM LEI, PARA SANÇÃO E PROMULGAÇÃO PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO ATÉ O ENCERRAMENTO DA RESPECTIVA SESSÃO LEGISLATIVA. 46 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. 47 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. 48 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO A iniciativa é portanto do Poder Executivo, por força dos artigos já citados. O Parlamento exerce grande influência por meio das emendas dos parlamentares, suprimindo, acrescentando e alterando a proposta inicial. A proposta orçamentária deve ser debatida e aprovada no Congresso, de maneira que modificações substanciais podem ocorrer. 9 49 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto COMISSÃO MISTA DO ORÇAMENTO - CMO A discussão das leis orçamentárias deve ser realizada em um primeiro momento numa comissão mista permanente formada por deputados e senadores, chamada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO. O funcionamento dessa comissão foi regulado pela Resolução nº 1/2001 do Congresso Nacional. Segundo seu art. 3º, é formada por 84 membros: 63 deputados e 21 senadores, e mesmo número de suplentes. 50 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto COMISSÃO MISTA DO ORÇAMENTO - CMO ATRIBUIÇÕES: 1. examinar e emitir parecer sobre os projetos da LOA, LDO e o PPA, além de examinar as contas do Presidente da República; 2. examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária; 3. receber e examinar as emendas propostas à LOA, LDO e ao PPA 51 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto COMISSÃO MISTA DO ORÇAMENTO - CMO As emendas têm atuação limitada: a) devem se adequar ao plano plurianual e à lei de diretrizes orçamentárias; b) não podem indicar novas fontes de receitas (a não ser por anulação de despesas – e com limitações); c) não podem versar sobre matéria distinta da regulada na proposta orçamentária. 52 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto PRAZOS DE DELIBERAÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS No caso da LDO, se o Congresso Nacional não respeitar o prazo, o Parlamento não poderá entrar no recesso previsto para o mês de julho (18 a 31/07). 53 DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Romero Auto NÃO DEVOLUÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ATÉ O ENCERRAMENTO DO ANO Nesses casos, a prática é a chamada “EXECUÇÃO PROVISÓRIA DO ORÇAMENTO”, também conhecida como “EXECUÇÃO ANTECIPADA DO ORÇAMENTO”. O orçamento vai sendo aplicado pelo Poder Executivo, mensalmente, a base de 1/12 do seu valor total previsto no projeto de lei encaminhado ao Poder Legislativo, até que o Orçamento venha a ser aprovado. Não há previsão na CF/88 para isso, mas a LDO passou a prever essa possibilidade por uma necessidade prática.
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