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Roteiro Cap. 2, 3, 4 A construção do eu...

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CAP 2 – A PASSAGEM DA IDADE MÉDIA PARA O RENASCIMENTO
- Renascimento: nasce o humanismo moderno
Passa-se a afirmar uma concepção de subjetividade privada – idéia de liberdade do homem e sua posição no centro do mundo
Noção de mundo privado: não existia antes
Colocação do homem como medida de todas as coisas e centro do mundo
- Atualmente: excessivo individualismo gera problemas de convivência social (imposição de interesses pessoais sobre os coletivos; insensibilidade em relação ao que não nos diz respeito diretamente; solidão; falta de sentido para a vida; desrespeito generalizado às leis
Reação a isso: crescimento de movimentos ideológicos dogmáticos e violentos – caracterizados por intolerância ao que é diferente
- Termo “indivíduo”: remete ao que é indivisível; menor unidade social é o indivíduo
Sentimento de individualidade: se mostra quando nos sentimos infelizes e incompreendidos 
Sujeito isolado é unidade básica de valor e referência – essa noção de “eu soberano” como referência foi construída gradativamente
- Charles Taylor – As fontes do self
Análise profunda do sentimento característico da Modernidade: noção de interioridade humana
Ponto de partida: Platão
* razão: percepção de uma ordem (aquilo que organiza a realidade) absoluta
* ser racional é ver a ordem como ela é
Santo Agostinho (séc. IV e V): passagem para interioridade (ainda na Idade Média)
* pensamento permeado pelas noções de interno e externo – espírito/matéria; eterno/temporal; imutável/mutante
* desvalorização do corpo e de tudo que é mundano – valorização da alma (interno); busca por Deus passa a ser feita internamente
* Deus – luz interior; não deve ser procurado no que vemos, mas na nossa própria maneira de olhar
Concepção de mundo Medieval: mundo organizado em torno de um centro – Deus
* Cada coisa existente: relacionada a esta ordem superior
* sentido de tudo: cada ser é parte de uma grande engrenagem (criação divina)
* Crença na liberdade humana: muito restrita (tudo faz parte de um plano maior)
* Não há lugar para privacidade: Deus é onipresente e onisciente
MUSICA: CANTO GREGORIANO
- Apresenta o espírito medieval: canto em uníssono (todos cantam a mesma coisa juntos)
Letra: texto sagrado já conhecido (reafirmação do já sabido; mundo sem novidades)
Melodia: não há; apenas sinuosa linha melódica que não se repete
* indivíduo não pode estar consciente do que ouve – deve se deixar levar pelo rebanho
- hoje: bastante usado para meditação
TEXTO ANEXO (pg. 9)
Mostra rigidez de mundo hierarquizado por ordem superior
Não cabe ao homem questionar, escolher ou mudar lugar que lhe cabe
CAP 3 – O HUMANISMO NO RENASCIMENTO
- Definição de humanismo (pg. 11)
Derivado de humanitas: designa educação do homem, considerado na sua condição propriamente humana
Humanidades: passam a constituir a base de uma educação destinada a preparar o homem para exercício da liberdade
- Mudança na concepção do lugar do homem no mundo
Grande valorização do homem
Idéia de que homem tem que buscar formação; se constituir enquanto humano
* se homem não nasce predestinado, deve se educar, se formar (necessidade do cuidado de si)
- Noção histórica da passagem da Idade Média para o Renascimento: restrita a diminuição do poder da Igreja; crise do sistema feudal; nascimento das cidades e rotas de comércio; expansão marítima
- Mudanças nos “modos de vida” das pessoas: implicadas nas transformações históricas e políticas
Costumes, vida cotidiana e idéias que pessoas tinham de si mesmas
Diminuição do poder da Igreja e abertura dos feudos: acompanhada de crise da concepção de mundo que vigorava
* Até então: homens acreditavam ter um ponto de referência externo (Deus)
* Renascimento: já não podiam contar com nenhuma certeza
* Poder absoluto: não há liberdade, mas é mais fácil; referências claras; o certo e o errado estão definidos, basta escolher
* Mundo aberto: liberdade acompanhada de solidão e responsabilidade; homem deve construir suas próprias respostas
Deus: está no céu e deixa mundo a cargo dos homens (Deus paira sobre um mundo onde o homem é o centro)
Artistas começam assinar suas obras
* Idade Média: ser humano não criava; era apenas instrumento da criação divina
* Renascimento: passa a ter importância a mão do sujeito que deixa sua marca na obra (Leonardo da Vinci, Michelangelo)
- Relação com Deus: 
Fé em Deus não foi abalada: passa a ser entendido como criador que paira sobre sua obra
Deus está antes do mundo (criação) e depois do mundo (juiz) – deixa o mundo funcionar por suas próprias leis
Liberdade: maior dom dado ao homem
* tem que descobrir o caminho do bem – descobrir o que é certo ou errado
* campo da moral – muito estudado nos séculos seguintes
- Colocação do homem no centro do mundo: traz idéia de que todas as coisas existem para sua contemplação e uso
Relação do homem com o mundo torna-se utilitária: usa o mundo de acordo com suas necessidades
- Peculiaridade dessa posição: homem é livre para tornar-se o que quiser
Não é propriamente nada
Vazio (negatividade do homem) ocupa lugar de centro
Não há estabilidade possível – homem deve continuamente tornar-se, constituir-se
CAP 4 – O ENCONTRO COM A MULTIPLICIDADE
- Multiplicidade: característica do Renascimento
Abertura do mundo: trouxe conhecimento de civilizações novas (costumes, língua, hábitos)
Acompanha novos valores – cada um deve buscar seu caminho
Imagem significativa do período: feira de rua –feira aberta com novidades trazidas de diversas partes do mundo; elementos de festa popular (desordem, gritaria)
Homem ocidental: defronta-se com religiões e costumes distintos pelo mundo
* 2 atitudes básicas:
 1. convencional – reassegura certezas sobre si; considera diferença um erro – deve ser conduzida à “verdade”
 2. Auto-crítica – confronto com verdade do outro, coloca em questão a própria verdade; não destrói a própria verdade, mas deixa de considera-la como única; atitude com lugar importante no Renascimento
- Estudo de Todorov: “A conquista da América”
Analisa questão de confronto com o outro (diferente): maior genocídio e acontecimento fundador da história da América
* espanhóis e nativos: incapacidade de estabelecer contato; cada um tomava o outro a partir de suas próprias referências
* Espanhóis: realizaram a conquista, subjugando nativos de muitas etnias; vitória devido a maior habilidade em entender o modo de pensar do outro e tirar proveito disso
Fator mais importante da dominação do europeu sobre o mundo: ele era capaz de dissimular e mentir
* capaz de criar distanciamento entre ação e intenção (de acordo com interesses próprios)
Modernidade: fundada nesse auto-distanciamento; no uso puramente funcional da linguagem
Europeu – quase incapaz de contato com alteridade; capaz de compreender o ponto de vista do outro para dominá-lo
Conclusão paradigmática sobre questão do outro: pg. 19
- Imagem da feira de comércio: impera convívio com inédita diversidade de coisas
- Reação das pessoas diante dos relatos dos viajantes e das coisas incríveis que viam: credulidade das pessoas fica abalada; dificuldade em distinguir relatos confiáveis de mentirosos ou fantasiosos
PINTURA: BOSCH E ARCIMBOLDO
- Bosch – sofre mais os efeitos da fragmentação
Seu mundo de valores era medieval (feira lhe parecia caótica)
Expressa a fragmentação do século em suas obras – mostrava desagregação dos tempos
* pinturas: corpos dilacerados
- Arcimboldo – também trabalha fragmentação, mas de forma menos apocalíptica
Composição de retratos utilizando fragmentos de coisas – efeito grotesco mas divertido e instigante
- Crise no final da Idade Média – resulta em falta de critérios absolutos (gera insegurança)
MUSICA – A POLIFONIA
- Polifonia: muitas vozes
Como se o coro em uníssono do canto gregoriano, tivesse se estilhaçado – cada voz canta uma melodia diferente (gera efeito ruidoso)
Através do séc. XVI – aumenta capacidade de compositores harmonizarem essas diferentes vozes
TEXTO EM ANEXO 
- Rebelais – valorizaçãodo riso e de toda e de toda forma de prazer corporal
Confronto com tendência nascente: respeitar seriedade, contenção e mente
* visão ortodoxa: risco que há no riso
* tentativa de conter o riso (prazer): esforço para obter auto-controle.

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