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Adaptações celulares

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ADAPTAÇÕES CELULARES
Após a formação de um tecido as células podem continuar a se dividir continuamente, (células lábeis), eventualmente (células estáveis), ou perdem esta capacidade (células permanentes). Esta capacidade está geralmente associada a diferenciação celular. As células nervosas não se dividem, enquanto que as do epitélio de revestimento e sangüíneas são constantemente renovadas. Fibroblastos e hepatócitos se dividem rapidamente apenas quando 
são estimulados. As células podem sofrer modificações bioquímicas e morfológicas quando submetidas a estímulos fisiológicos e patológicos, dependendo de sua capacidade de resposta e adaptação. Deve-se também considerar que os cânceres mais freqüentes são oriundos de células lábeis, ou seja, são carcinomas da pele, cervix, boca, pulmão, próstata e mama. 
Hipertrofia 
Hipertrofia é o aumento do tamanho das células e consequentemente do tecido ou órgão. A hipertrofia é causada por demanda funcional maior ou estimulação hormonal. As fibras musculares estriadas cardíacas e esqueléticas aumentam de tamanho quando estimuladas por maior demanda. O aumento da massa muscular do halterofilista, ou do coração em hipertensos ou com valvopatias são bons exemplos. Em pacientes hipertensos o coração bombeia o sangue para a aorta com maior força, sofrendo hipertrofia. O peso normal do coração é 350g, podendo atingir até 700-800g no indivíduo hipertenso. Na gravidez, o útero sofre concomitantemente hipertrofia e hiperplasia das células musculares lisas pelos hormônios estrogênicos. 
A hipertrofia do músculo masseter pode ser confundida clinicamente com aumentos tumorais da glândula parótida. O aumento de volume gengival, causado pela fibromatose gengival hereditária ou pelo tratamento com ciclosporina ou dilantina sódica, não se caracteriza bem como hipertrofia ou hiperplasia. Nestes casos acontece ao mesmo tempo um aumento no número de fibroblastos gengivais e da matriz extracelular que os circunda. 
Hiperplasia 
Crescimento de um tecido ou órgão pelo aumento do número de células. Ocorre em células com capacidade de mitose, quando estimuladas para maior atividade. As células lábeis e estáveis, como da epiderme e fibroblastos, podem sofrer intensa hiperplasia. As permanentes como as musculares cardíacas e esqueléticas respondem com hipertrofia. A hiperplasia fibrosa inflamatória é uma das alterações mais freqüentes da mucosa bucal. Deve ser ressaltado que a hiperplasia, ao contrário da neoplasia, regride uma vez cessado o estímulo causador. 
Hiperplasia hormonal 
Proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade e gravidez. Como citado anteriormente, proliferação e hipertrofia das células musculares lisas ocorrem concomitantemente no útero grávido. Na gravidez também há maior produção de TSH, resultando em hiperplasia da tireóide. No ciclo menstrual há hiperplasia das glândulas do endométrio. 
Hiperplasia compensatória 
Como na regeneração hepática que ocorre após a hepatectomia parcial. No rato a regeneração total ocorre em 2 semanas, após remoção de 2/3 da massa hepática. 
Hiperplasia nodular 
A hiperplasia geralmente afeta o órgão como um todo, entretanto pode ocorrer em nódulos, podendo ser considerado como processo patológico, e se necessário pode ser removido cirurgicamente. Ocorre na próstata, tireóide, adrenal e mama. 
Metaplasia 
É a transformação de uma célula ou tecido em outro com características diferentes. A metaplasia pode ser considerada como uma adaptação da célula a estímulos adversos. Ocorre nas vias respiratórias quando por irritação crônica (fumo), o epitélio pseudo-estratificado ciliado se transforma em epitélio escamoso. Cálculos dos ductos excretores das glândulas salivares, pâncreas ou vias biliares podem causar a substituição do epitélio colunar por escamoso. Na bexiga, a presença de cálculo estimula o epitélio de transição (células cuboidais) a se tornarem escamosas. A metaplasia escamosa pode favorecer a formação de carcinomas de células escamosas (neoplasia maligna originada nas células escamosas). A metaplasia é menos comum nas células mesenquimais. Fibroblastos podem transformar-se em osteoblastos e material calcificado pode ser encontrado em tecidos moles como a gengiva (metaplasia óssea). 
Os fatores que controlam as respostas celulares como hiperplasia, hipertrofia e metaplasia não são bem conhecidos, sendo diferentes em cada tipo de tecido. Provavelmente os fatores de crescimento participam deste processo, como EGF (“epidermal growth factor”), FGF (“fibroblast growth factor”) e TGFβ (“tumor growth factor”). Estes, através de seus respectivos receptores celulares, ativam proto-oncogenes, que por sua vez que têm a capacidade de estimular a proliferação celular. 
Displasia (formação anormal, mal formado, desenvolvimento desordenado) 
São alterações citológicas atípicas no tamanho e forma das estruturas celulares. É comum no epitélio do cervix uterino, no carcinoma "in situ". As células basais sofrem hiperplasia, com maturação desorganizada das células nas camadas mais superficiais. Estas alterações são consideradas como precursoras do carcinoma. Displasia também ocorre no epitélio metaplásico das vias respiratórias devido ao tabagismo. As displasias são consideradas como alterações pré-cancerosas. Há perda da arquitetura do tecido epitelial e da uniformidade das células. 
Anaplasia 
Reversão da célula a sua forma mais primitiva e indiferenciada. Anaplasia é o termo usado para células cancerosas que não sofreram diferenciação a partir das células que se originaram. 
Neoplasia (crescimento novo)
Crescimento celular desordenado e autônomo, sem finalidade biológica. 
Agenesia 
Ausência de formação de um órgão ou tecido. Agenesia dentária. 
Aplasia 
Formação rudimentar de um órgão (atrofia congênita). Usado às vezes como sinônimo de agenesia. 
Hipoplasia 
Formação deficiente de um órgão ou tecido que pode ou não funcionar. Ex: Hipoplasia de esmalte 
Distrofia (nutrição difícil) 
Qualquer desordem causada por falta de nutrição. Ex: Distrofia muscular. 
Teratoma 
 	Formação de tecido por células das três camadas germinativas, a partir de células totipotenciais, como as das gônadas. Formam vários tecidos, como pele, músculo, gordura e dente. É comum o teratoma dermóide cístico do ovário (cisto dermóide) que contém pele com pelos, secreções sebáceas, e estruturas dentárias. 95% dos teratomas ovarianos são benignos, mas 1% sofre transformação maligna de um de seus elementos, geralmente para carcinoma epidermóide. Ocorrem em mulheres jovens. Os teratomas encontrados em crianças são do tipo sólido e imaturo e geralmente malignos. 
Hamartoma 
Formação excessiva de células e tecidos normais, com arquitetura diferente do normal. Os hamartomas muitas vezes são considerados neoplasias benignas, mas devem ser considerados como alterações do desenvolvimento, como os hemangiomas e linfagiomas congênitos. Os hemangiomas congênitos podem sofrer regressão espontânea.
 
Coristoma 
Células e tecidos normais em localizações não habituais (Heterotópico). Resto de tecido pancreático na parede do estômago ou intestino, ou células da supra-renal nos rins, ou ainda formação de tecido ósseo na língua. Raramente causam problemas. 
 
Adaptações do epitélio
 1 - Ortoqueratina - queratina de aspecto homogêneo, hialino e acelular, normalmente encontrada no epitélio da pele e mucosa mastigatória da boca. Geralmente é simplesmente chamada de queratina. O aumento de espessura da camada de queratina, como ocorre nas leucoplasias e "calos", é chamado de Hiperqueratose. A hiperqueratose também pode ocorrer em epitélios paraqueratinizados. 
2 – Paraqueratina - em epitélios de mucosa móvel, como da bochecha, ventre de língua e assoalho bucal, a queratina tem uma maturação menos completa, com presença de núcleos na camada córnea. É então chamada de paraqueratina, e o aumento da espessura de hiperparaqueratose.3 - Disqueratose ( dis- ruim, difícil)
 Termo usado, às vezes, para descrever queratinização precoce e atípica das células epiteliais. Ex.: disqueratose focal acantolílica. 
4 – Espongiose - Edema intercelular da epiderme. 
5 – Acantose (Akantha - espinho - Ake - pontiagudo - acupuntura) - aumento de espessura da camada espinhosa do epitélio. 
6 – Acantólise - perda de adesão das células do epitélio, como no pênfigo. 
7 – Coilocitose (coil - concêntrico, anel) - células epiteliais vacuolizadas, com núcleo picnótico, hipercromático, citoplasma ligeiramente hialino devido a infecção viral. Ex. condiloma ou verruga devido a infecção viral. 
8 – Hiperplasia pseudo-epiteliomatosa - proliferação epitelial acentuada e irregular com projeções profundas no conjuntivo subjacente, lembrando epitelioma. Ex.: paracoccidioidomicose, glossite rombóide. 
9 - Exocitose - presença de leucócitos infiltrando o epitélio. 
10 - Lentiginoso - proliferação de melanócitos na camada basal do epitélio.

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