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Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Biológicas e da Natureza Entomologia Aplicada Controle Comportamental de Insetos Prof. Adalberto Hipólito de Sousa D.Sc. em Entomologia 1 Consiste no uso de processos (hormônios, feromônios, atraentes, repelentes e macho estéril) que modifiquem o comportamento dos insetos, reduzindo a sua população e danos Controle Comportamental de Insetos 2 Hormônios Feromônios, hormônios endócrinos e neuromônios Atraentes Repelentes Esterilização de insetos Controle Comportamental de Insetos 3 Feromônios Agregação, alarme, territorialidade, trilha, oviposição e sexuais Hormônios endócrinos Hormônio protorácico-trópico (PTTH) Edcdisteróides (Ecdisônio) Hormônio Juvenil (HJ) Neuromônios Causam interação hormonal Controle com Hormônios 4 Hormônios Endócrinos 5 Atuação dos hormônios endócrinos (PTTH, ecdisônio e HJ) Atuam na ecdise, síntese de vitelogenina e embriogênese (ovicida) Risco de evolução de resistência Baixa seletividade (risco ecológico) Efeitos de terpenos presentes em papel produzido pelo bálsamo de abeto (pinheiro) sobre percevejos Controle com Hormônios Endócrinos Pyrrhocoris apterus (Hemiptera: Pyrrhocoridae) Descoberta casual dos análogos do hormônio juvenil 6 Exemplos de reguladores de crescimento Inibidores da formação da cutícula (Bubrofesina - sugadores) – síntese de quitina Juvenóides, são análogos dos HJs (Fenoxicarbe - Diptera) efeito principal durante a muda larva-pupa, pode inibir o PTTH e inibir a ação da glândula protorácica no início do último estágio larval, mas estimula antes da pupação; afeta a síntese de vitelogenina, embriogênese Anti-HJ, ação antagônica dos HJs (Butóxico de piperolina) – metamorfose precoce Antagonistas de ecdisona (Tebufenozide) interação com os receptores da ecdisona – persiste nos tecidos do inseto e não permitirá picos de ecdisona 7 Comunicação geral dos insetos Controle com Feromônios Sexuais Quais são os semioquímicos intra- específicos e os interespecíficos? emissor receptor 8 Feromônios de alarme Sinaliza o perigo e ameaça FUGA (pulgões) Agressão contra outros insetos (abelhas) Feromônios de dispersão Manutenção de espaço mínimo para sobrevivência (formigas) Feromônios de agregação Manutenção da sociedade dos insetos (abelhas) Feromônios sexuais Atração do sexo oposto Principais Feromônios 9 Hormônios sexuais Principais locais de produção pelos insetos Glândulas da extremidade do abdome Base da asa Percepção Sensilos olfativos antenais Marco dos feromônios sexuais - 1959 Descoberta do BOMBICOL no bicho-da-seda Número de feremônio sexuais já identificados mais de 2.000 10 Percepção de odores e a atividade comportamental Controle com Feromônios Sexuais Sensilo Basicônico Sensilo Placódeo 11 Formas de utilização de Ferormônios sexuais Monitoramento de pragas Coleta massal Controle por Confundimento 12 Ferormônios sexuais Monitoramento Permite a detecção do início da infestação da praga As armadilhas contêm o feromônio e stick (aderente) Armadilhas do tipo DELTA – ideal para Lepidópteros 13 Ferormônios sexuais Coleta Massal Armadilhas contendo feromônio Coleta ± 90% dos machos ( acasalamento) Migdo Praga-alvo: Broca-da-cana (Migdolus fryanus) Cultura: Cana-de-açúcar Armadilha: Pitfall Classe: feromônio sexual sintético Apresentação: pellets de plástico Finalidade: monitoramento e coleta massal Comercialização: embalagens com 500 unidades Utilização Dose: Armadilhas espaçadas a cada 50 metros Durabilidade em campo: 30 dias 14 Ferormônios sexuais Confundimento Utilização de altas doses de feromônio Biolita Praga-alvo: Mariposa-oriental (Grapholita molesta) Cultura: Maçã e pêssego Classe: feromônio sexual sintético Apresentação: sache plástico Finalidade: controle por confundimento Comercialização: caixas com 20 unidades Utilização Dose: 20 armadilhas para cada hectare Disposição no campo: pendurar os saches em arames Durabilidade em campo: 90 a 120 dias 15 Etapas da Produção de um Feromônio Bicho-furão-dos-citrus Ecdytolopha aurantiana (Lepidoptera: Tortricidae) Criação do bicho-furão em dieta Extração de glândulas de fêmeas virgens Estudos comportamentais (laboratório) Identificação da(s) substância(s) atrativa(s) (cromatografia gasosa e eletrograma) Testes de campo Formulação 16 Nome comum Produto Bicho-do-fumo Lasioderma serricorne (Coleoptera: Anobiidae) Serrico Moleque-da-bananeira Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) Cosmolure Bicho-furão-dos-citros Ecdytolopha aurantiana (Coleoptera: Anobiidae) Ferocitrus furão Traça-da-maçã Cyddia pomonella (Lepidoptera: Tortricidae) Codlure Bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) Grandlure Mosca-das-frutas Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) Trimedlure Feromônios à venda no Brasil Ferormônios sexuais 17 Atraentes São substâncias químicas produzidas em plantas hospedeiras que exercem a atração sobre os insetos Principais atraentes: alimentação e oviposição (pesquisas) Insetos Atraentes Dacus dorsalis (Diptera: Tephritidae) metil eugenol Bombyx mori (Lepidoptera : Bombycidae) 3-hexen-1-ol Musca domestica (Diptera: Muscidae) açucar Plutella maculipennis (Lepidoptera: Plutellidae) sinigrina Insetos sugadores de animais dióxido de carbono Moscas-das-frutas suco de frutas Atraentes de alimentação de insetos 18 Atraentes - Iscas Tóxicas Aspergidas nas Plantas Mocas-das-fruras Melaço (5 kg), suco de frutas (10 L) ou proteína hidrolisada (1 L), Água (100 L); Inseticida malation 50% (200 mL) Aplicar 100-200 mL por planta a cada 10 dias Mariposas Melaço (1 L), Água (10 L) Inseticida metomil 21,5% (30 mL) Aplicar 0,5 L por 5 m de linha de planta em faixas afastadas 50 m da cultura (algodão, soja, etc) Armadilha McPhail 19 Atraentes – Iscas Tóxicas Aspergidas nas Plantas Gafanhotos Farelo de trigo ou arroz (100 kg), melaço (5 kg), água (60 L); Inseticida triclorfon 80% (5 kg) Aplicar em faixa perpendicular ao deslocamento da agregação dos gafanhotos Saúvas Iscas comerciais à base de fipronil ou sulfuramida Utiliza-se 10 g/m2 de formigueiro As iscas devem ser utilizadas em porta-iscas 20 Atraentes – Plantas-iscas tratadas com inseticidas Banana Pedaços de pseudocaules tratados com carbofuran 150 iscas/há para o controle do moleque-da-bananeira Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) Cultivos intercalados Pepino, abóbora, melão, etc 21 Repelentes Voláteis com baixo peso molecular Recomendações Moscas e mosquitos de importância médico-veterinária Pragas agrícolas Pinheiro Citronela Eucalipto 22 Repelentes Planta Insetos Produto Andropogon nadus mosquitos citronela Compositae Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) sesquiterpenos Cucumis sativus abelhas e vespas curcubitacina Fragaria spp. Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) linalool Gossypium spp. Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) terpenos Lycopersicon esculentumLeptinotarsa decemlineata (Coleoptera: Chrysomelidae) tomatina Pinus sylvestris Cupins pinosilvina Abies grandis Scolytus ventralis (Coleoptera: Scolytidae) terpenos Milho Ostrinia nubilalis (Lepidoptera: Pyralidae) 6 – M BOA Substâncias repelentes produzidas pelas plantas e por artrópodes 23 Esterilização de insetos Generalidades Visa esterilizar insetos para controlar a mesma espécie Pode erradicar completamente uma praga dependendo do isolamento do ambiente Esterilização de Ceratitis capitata Produção de machos estéreis As moscas copulam normalmente (não ocorre fecundação dos óvulos) Fêmeas geneticamente modificadas produzem machos tolerantes a temperaturas Os ovos são colocados em água quente (as fêmeas morrem) As pupas são irradiadas com Cobalto-60 (quebra dos cromossomos dos espermatozoides) 24 Vantagens Não apresenta risco de intoxicação para o homem e os animais domésticos Não apresenta resíduos tóxicos Evita desequilíbrio biológico Controle Comportamental de Insetos Obrigado!!! 25
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