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Neuroanatomia 1 Caderno da Rachel

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Neuroanatomia - 211 - 4º Período
"Se eu pudesse iniciar uma revolução, seria a do Amor, a única revolução verdadeira.Compartilhar é amar 
no sentido mais real possível, como Jesus me ensinou."
Rachel Alencar
Em verde: anotações extra-classe.
08.05.2013
Embriologia do sistema nervoso
Neuroectoderma forma-se a partir de células da crista neural, que migram da região caudal para a 
região cefálica. As pregas neurais, originadas a partir da placa neural, também migram, encontrando-se de 
forma a criar o tubo neural. As células da prega neural proliferam para formar também a crista neural. A 
partir da quarta semana o tubo neural passa a se chamar neura. A crista neural origina estruturas do 
SNP (e também os melanócitos) e o tubo neural origina estruturas do SNC.
Ectoderma origina o tubo neural, que é composto por um neuroepitélio, formado por células tronco 
(células neuroepiteliais). Essas irão sofrer mitose e irão originar células distintas do tecido nervoso. Elas se 
dispõem em três regiões diferentes do tubo:
Zona ventricular - região aonde as células tronco sofrem mitoses sucessivas.
Zona intermediária ou zona do manto - região para a qual as células que já sofreram mitoses 
sucessivas migram, e na qual irão se diferenciar em neuroblastos, glioblastos ou células ependimárias. 
Zona marginal - região aonde as células diferenciadas em neuroblastos, glioblastos e 
ependimárias irão se estabelecer e se diferenciar em outras.
O mesoderma ao redor do tubo neural sofre diferenciação, originando as meninges, que são 
compostas por tecido conjuntivo.
Neuroblastos - geram neurônios.
Glioblastos - geram células da glia (células "de sustentação").
Células ependimárias - geram o epêndima (reveste canais do SN, tendo função também de 
sustentação e formando LCE ou LCR).
OBS: inicialmente formam-se os neurônios, e posteriormente as células gliais.
As vesículas encefálicas são formadas a partir da proliferação de células do tubo neural no período 
de dobramento do embrião. 
Inicialmente são três vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo (anterior), mesencéfalo (médio), 
rombencéfalo (posterior). A partir dessas outras vesículas encefálicas se originam.
Prosencéfalo origina telencéfalo e diencéfalo.
Mesencéfalo origina apenas uma vesícula, chamada de meséncefalo.
Rombencéfalo origina metencéfalo e mieloencéfalo.
Telencéfalo hemisférios cerebrais
Diencéfalo tálamos
Mesencéfalo encéfalo médio
Metencéfalo ponte e cerebelo
Mieloencéfalo bulbo
No quadro abaixo podemos ver em negrito o que cada uma dessas vesículas origina.
Tecido nervoso tem pouquíssima matriz extracelular, diferentemente do conjuntivo, de forma que os 
prolongamentos das células gliais dão suporte para os neurônios. As células principais do SN têm as 
seguintes funções:
Neurônios: transmissão e captação de informações (impulsos nervosos).
Células gliais: suporte físico, metabólico, proteção, dentre outras funções.
Os receptores sensoriais estão espalhados por todo corpo, percebendo estímulos de diversas 
naturezas (químicos, mecânicos, físicos, etc.). Esses estímulos são enviados para os centros superiores, 
que os interpretam e são traduzidos em alguma reação ou sensação.
OBS: a quantidade de neurônios associativos determina a complexidade de respostas e interpretações de 
estímulos, de forma que seu maior número indica maior complexidade da espécie.
 Neuroistologia
Observando o neurônio mais de perto, vemos o soma (corpo celular ou pericário), de onde emergem 
dendritos e axônio. Há diversos tipos morfológicos de neurônios, que serão citados posteriormente.
Apresentam RE muito desenvolvidos, com muitos polirribossomos associados a eles, de forma que 
seu citoplasma tem um aspecto mais granuloso do que qualquer outra célula, inicialmente atribuído por 
cientistas a possíveis substâncias, de forma que essas granulações passaram a ser chamadas de 
Corpúsculos de Niessl, encontradas no pericário e nos dendritos apenas.
Há também microtúbulos, responsáveis por transporte rápido de moléculas proteicas dentro dos 
neurônios, do corpo celular para os dendritos e axônios.
Encontramos neurofilamentos (filamentos de tubulina), que formam neurofibrilas e são filamentos 
intermediários específicos encontrados apenas em neurônios, determinando seus formatos e participando 
do transporte de moléculas dentro do neurônio. Observa-se seu acúmulo (emaranhados neurofibrilares) nos 
neurônios dos portadores de Alzheimer.
Os neurônios são as células que necessitam de maior quantidade de O2, de forma que encontramos 
grande número de mitocôndrias dentro deles.
Observe que o citoesqueleto possui diversos elementos compondo-o já citados, e também 
microfilamentos (filamentos de actina), etc.
A maioria dos neurônios acumula pigmento lipocromo com o passar o tempo de vida, e alguns do 
encéfalo contém também o pigmento melanina.
Os dendritos são, normalmente, altamente arborizados, geralmente tendo função de receber 
informação nervosa; eles contém todas as organelas do pericário,exceto o complexo de Golgi. Observe que 
o corpo celular e o axônio também podem assumir essa função.
O axônio ou fibra nervosa é um prolongamento único, de forma que apenas as terminações axônicas 
podem se ramificar.Ele se origina da proeminência axonal, desprovida de Corpúsculo de Nissl, assim como 
o próprio.OBSERVA-SE TAMBÉM QUE O AXÔNIO NÃO TEM NENHUMA ORGANELA RELACIONADA À 
SÍNTESE PROTÉICA NEM GOLGI.
Tipos de transportes
Transporte anterógrado: moléculas, substâncias, vírus, etc. migram do corpo celular para a periferia 
do axônio.
Transporte retrógrado: moléculas, substâncias, vírus, etc., migram da periferia do axônio para o corpo 
celular.
Classificação dos neurônios
Quanto às ramificações:
Unipolares (encontrados apenas em invertebrados): prolongamento único que é sempre axônio.
Pseudounipolares (encontrados em diversos gânglios do corpo, como os sensitivos): tem um 
corpo celular do qual emerge prolongamento que se bifurca em dendrito e axônio. 
Bipolares (encontrados na retina, no epitélio respiratório, gustativo, alguns gânglios): tem um 
corpo celular do qual emergem dois prolongamentos de pólos opostos, um axônio e um dendrito.
Multipolares (células dos gânglios viscerais e outras do SNC): tem um corpo celular, do qual 
emergem um axônio e vários dendritos arborizados.
Quanto à forma:
Motor (encontramos na medula nervosa): corpo celular gigante e estrelado.
Piramidal (encontramos no córtex cerebral): corpo celular de forma de pirâmide.
Piriforme ou de Purkinje (encontramos no córtex cerebelar): corpo celular em forma de pêra.
Quanto à função
Aferentes: levam informação sensorial da periferia para o SNC.
Eferentes ou motores: levam respostas do SNC para a periferia.
Interneurônio: interpretam estímulos e elaboram respostas.
Neuroglia
OBS: a célula amácrina da retina e as células granulares do bulbo olfatório são as exceções conhecidas, 
dentre os neurônios, que não têm axônios.
Sistema nervoso central
Composta pelas seguintes células de funções diversas:
Astrócitos - originados dos glioblastos, são responsáveis por suporte mecânico e metabólico dos 
neurônios.Armazenam glicose, quebrando-a em piruvato e oferecendo esse para a nutrição dos neurônios. 
Além disso, tem papel importante na indução da formação da barreira hematoencefálica e na manutenção 
da mesma. É também responsável pela manutenção do equilíbrio iônico no micro meio ambiente neural por 
meio de bombeamentos e por funções reparadoras.
Os astrócitos podem ser fibrosos ou protoplasmáticos, que tem as mesmas funções, porém 
características morfológicas diferentes.
Fibrosos: localizam-se na substância branca.
Protoplasmáticos: localizam-se na substância cinzenta.
OBS: os astrócitos se comunicam com neurônios por junções gap.
Oligodendrócitos - originadosdos glioblastos, secretam mielina, formando bainha. 
RESPONSÁVEL POR MIELINIZAÇÃO NO SNC de vários neurônios simultaneamente.
Células microgliais - originadas dos monócitos do sangue (origem mesodérmica), compondo as 
células do sistema mononuclear fagocitário; são células de defesa, fagocíticas, capazes de identificar 
antígenos, restos celulares, células modificadas, etc. Tem também função reparadora.
Células ependimárias - originadas do neuroepitélio, são epiteliais (de revestimento). Revestem 
cavidades que existem no sistema nervoso central, como os ventrículos encefálicos e o canal da medula. 
São importantes também por secretarem líquor (líquico cerebroespinal - ou LCE), produzido no plexo 
coróide (estruturas das células ependimárias nos tetos dos ventrículos encefálicos).
OBS: líquor - suporte e proteção mecânica ao SNC, além de transporte de substâncias importantes.Os 
astrócitos e oligodendrócitos também são conhecidos como macróglia.
Sistema nervoso periférico
Células de Schwann - revestem axônios no SNP, formando ou não bainha de mielina (mielínicos 
ou amielínicos). RESPONSÁVEL POR MIELINIZAÇÃO NO SNP de um axônio apenas - isto é, várias 
células de schwann mielinizam um axônio só.
Células satélites - fornecem substâncias para nutrição de neurônios a partir de metabólitos.
Bainha de mielina
É lipídica - formada por esfingolipídeos - e tem função de proteger o axônio e aumentar a velocidade 
de transmissão do impulso nervoso.
Tipos de sinapses
Quanto ao estímulo:
Elétricas - de neurônio para neurônio por junções gap, na região do tronco encefálico; são mais 
rápidas.
Químicas - podem ser entre neurônios, entre neurônio e célula muscular, e entre neurônio e 
células glandulares; dependem de neurotransmissores e de receptores específicos.
Quanto às regiões de ocorrência:
Axo-axônicas, axo-dendríticas, axo-somáticas, dendro-dendríticas.
Divisões do sistema nervoso
Divide-se em somático e autônomo. No somático, os neurônios inervam os músculos estriados 
esqueléticos, enquanto no autônomo os neurônios inervam as vísceras e glândulas.
Sistema nervoso central
Dois tipos de substâncias: branca (prolongamentos de neurônios mielinizados e células da glia) e 
cinzenta (prolongamentos de neurônios não mielinizados, células da glia e corpos celulares). A localização 
dessas se dá da seguinte forma no encéfalo:
Branca: interna.
Cinzenta: periférica.
Na medula a localização é contrária.
Meninges
Membranas conjuntivas de proteção entre crânio/vértebras e tecido nervoso. Elas são a dura-máter, a 
aracnóide-máter, e a pia-máter.
Dura-máter: tecido conjuntivo denso não modelado, rico em fibras elásticas e colágenas, fibroblastos 
e macrófagos.Encontramos fibroblastos e células de defesa como macrófagos.Bastante vascularizada.
Aracnóide-máter: tecido conjuntivo denso não modelado, rico em fibras elásticas e colágenas, 
fibroblastos e macrófagos, tendo duas regiões (uma membranosa e uma trabecular). Na trabecular há 
trabéculas, entre as quais circula o líquor. Não possui vasos sanguíneos próprios, apenas vasos que 
passam por ela, derivados da dura-máter.
Pia-máter: formada por camada única de células - fibroblastos - cercadas por fibras reticulares.
Barreira hemato-encefálica
Separa o sangue do tecido nervoso do SNC.
Quem forma essa barreira? Capilares contínuos do tecido do SNC (não há espaço entre células 
endoteliais nem na lâmina basal). Essas células endoteliais formam junções de oclusão, que compõem essa 
barreira.
OS ASTRÓCITOS INDUZEM SUA FORMAÇÃO: os prolongamentos dos astrócitos associados aos 
vasos sanguíneos são chamados de pés vasculares, e sinalizam quimicamente para que as células 
endoteliais que formam capilares sanguíneos expressem suas proteínas, formando junções de oclusão, e 
também para que se mantenham unidas.
Algumas substâncias químicas (álcool, nicotina, etc.) conseguem transpassar essa barreira, podendo 
causar citotoxicidade.
OBS:os sistemas nervosos simpático e parassimpático funcionam de forma antagônica na maioria dos 
casos.
Adendos sobre histologia e anatomia do sistema nervoso.
Núcleo: aglomerado de corpos celulares de neurônios no SNC.
Gânglio: aglomerado de corpos celulares de neurônios no SNP.
Tracto: aglomerado de axônios de neurônios no SNC.
Nervo: aglomerado de axônios de neurônios no SNP.
Nervo é formado por vários feixes nervosos e os feixes por várias fibras nervosas.
Epineuro reveste o nervo e envia septos para revestir os feixes, formando o perineuro. Perineuro 
reveste o feixe. Endoneuro reveste a fibra. O perineuro constitui uma barreira para a entrada de certas 
susbstância no neurônio, e tem também função de transporte.
O epineuro é contínuo com a dura-máter no local em que o nervo emerge do SNC, enquanto o 
perineuro é contínuo com a pia-aracnóide, e o endoneuro é contínuo com epineuro e perineuro.
Epineuro: junções celulares do tipo aberto.
Perineuro: impermeável.
Endoneuro: junções celulares do tipo íntimo; impermeável,
Epineuro e perineuro - TCDNM + fibras colágenas + fibroblastos. 
Endoneuro - TCDNM + fibras reticulares + fibroblastos. 
Órgãos receptores sensitivos: podem ser classificados de acordo com localização (pele ou 
articulações), estrutura (encapsulados ou livres), função (nociceptor ou mecanorreceptor), propriedades 
adaptativas (adaptação lenta ou rápida), ou uma combinação dessas categorias.
Sinapses: podem ser inibitórias ou excitatórias.
A complexidade das relações sinápticas entre bilhões de neurônios constituiu a base da 
complexidade comportamental humana. 
Barreira sangue nervo: perineuro + vasos.
13.05.2013
Medula espinal - Generalidades
A medula faz parte do SNC e tem aspecto aproximadamente cilíndrico, ocupando parcialmente o 
canal vertebral.
Se estende do forame magno até L1 ou L2, fomando então a cauda equina*. A dura-máter se 
continua como saco dural.
Seu comprimento varia de 40-45 cm (a coluna tem, aproximadamente, 70 cm).
Está ligada a 31 pares de nervos espinais, e é mais larga e oval nas regiões cervical inferior e lombar 
(intumescências: cervicotorácica e lombossacral).
Termina em forma de cone (o cone medular) e é revestida por meninges.
Cada segmento medular estabelecido corresponde à origem dos nervos espinais; é importante 
observar que esses segmentos não possuem qualquer marcação evidente, como sulco, fossa, ou nenhuma 
outra.
Todo nervo espinal é misto (neurônios motores + neurônios sensoriais), no entanto os sensoriais 
passam pela raiz posterior (dorsal), enquanto os motores passam pela raiz anterior (ventral). Na raiz 
posterior ou dorsal existem os gânglios craniospinais, aonde se encontram neurônios 
pseudounipolares.Portanto, para a formação do nervo espinal, ocorre a junção de uma raiz anterior e uma 
posterior.
*cauda equina: aglomerado de raízes lombossacrais ao redor do filamento terminal.
OBS: os gânglios craniospinais ou espinais, da raiz dorsal da medula, se formam antes da união das raízes 
e formação do nervo. Nas peças, comumente não é possível diferenciar nervo de raízes porque estão 
nervo, raízes e gânglio envolvidos por dura-máter.
Podemos citar dois tipos de gânglios: craniospinais e viscerais. Os do segundo tipo estão localizados 
bilateralmente aos corpos vertebrais (simpáticos) ou no interior do órgão que inervam (parassimpáticos), 
compostos por neurônios multipolares.
Fixações 
Quando a medula termina, a pia-máter que a reveste continua como um ligamento chamado 
filamento terminal, junto à porção final da medula espinal, que fura a dura-máter ou o saco dural, virando 
o filamento dura-máter espinal, se fixando no cóccix terminalmente, e antes disso ele se torna o 
ligamento coccígeo.
A fixação lateral é dada por dois ligamentos denticulados,um do lado esquerdo e outro do lado 
direito, que têm - cada um deles - 21 processos triangulares.Eles são originados camada epipia da 
meninge pia-máter.
Meninges
Pia-máter: divide-se em pia-íntima (diretamente aderida ao tecido nervoso) e epipia (que forma os 
diversos de ligamentos denticulados - 21 pares de processos triangulares). Espaço subaracnóide, entre 
aracnóide e pia-máter, é real e grande, e é por onde circula LCE.
Aracnóide: espaço subdural, é virtual e potencial, estando entre dura-máter e aracnóide.
Dura-máter: espaço epidural (extradural, peridural) está entre crânio e dura-máter.
A dura-máter reveste não só a medula, mas também a porção proximal dos nervos espinais, se 
misturando então com o revestimento externo do nervo.
O plexo venoso vertebral interno (Plexo de Paxon) está no espaço epidural, e é um plexo avalvulado, 
permitindo fluxo em qualquer direção. Ele se liga a veias que estão nas paredes abdominais, o que 
estabelece uma via para metástases.
O ligamento denticulado é importante porque é um ponto de reparo de grande relevância, mantendo 
relações diretas com as raízes dos nervos.
Topografia da medula
A medula espinal termina antes da coluna vertebral. Por que isso ocorre? Os crescimentos da medula 
espinal e do continente ósseo são diferenciados. Inicialmente (dois meses de gestação) a medula ocupa 
completamente a coluna vertebral. No entanto,o sistema nervoso tem uma taxa de crescimento menor do 
que a dos ossos, de forma que esses crescem mais do que a medula. Conforme ocorre o desenvolvimento, 
ocorre também uma distopia entre os segmentos medulares e as vértebras,que inicialmente eram pareados 
paralelamente.
Por isso ocorre a formação da cauda equina: muitas raízes nervosas, após o limite da medula e junto 
ao filamento terminal, ocupam o interior das porções mais baixas do canal. A dura-máter termina apenas ao 
nível sacrocrural (ao nível de S2). Há uma quantidade grande de LCE nessa região, de forma que esses 
nervos ficam boiando sobre esse. 
Divisões dos segmentos medulares: C1-C6: cervical ;C7-T10: torácico; T11-T12: lombar ;L1-L2: 
sacral.
Os nervos cervicais saem acima da vértebra correspondente enquanto os torácicos e os lombares 
saem abaixo. Acima de T1 sai o nervo C8.Os nervos torácicos passam a sair abaixo das vértebras. Os 
nervos saem através dos forames intervertebrais, porém devido ao crescimento diferenciado, os processos 
espinhosos das vértebras não coincidem com os segmentos medulares. Observe:
Corte transversal
Vê-se porção interna de substância cinzenta e porção externa de substância branca, de forma que a 
medula se torna mais resistente com essa disposição. Isso deixa o órgão menos vulnerável a lesões e mais 
móvel por causa das propriedades das substâncias.
Substância cinzenta
A substância cinzenta se organiza no formato de H medular ou borboleta.Possui divisões:
Dois cornos posteriores (finos e pontudos, altamente variáveis de acordo com a altura da secção, 
chegam até a periferia da medula);
Dois cornos anteriores (curvos);
Segmentos 
medulares
Processos 
espinhosos das 
vértebras
C1 C1
C7 C6
T6 T4
L1 T10
S1 T12 a L1
Dois cornos laterais (limitados aos segmentos medulares torácicos e lombares superiores, 
relacionados aos gânglios simpáticos);
Pars intermédia (visualiza-se nessa resquício da luz do tubo neural);
Fissura mediana anterior;
Sulco mediano posterior.
Sulco intermédio posterior (apenas antes de T6) - separa funículo posterior em fascículo grácil 
(mais medial, relacionado ao MI) e fascículo cuneiforme (mais lateral, relacionado ao MS).
Substância branca
A substância branca se organiza com as seguintes divisões:
Funículo dorsal ou posterior;
Funículos laterais;
Funículo ventral ou anterior(sulcado pela fissura mediana anterior, que vai até a comissura* 
branca anterior);
Sulcos laterais anteriores e posteriores (de onde surgem os filamentos radiculares);
*comissura: cruzamento de fibras entre lado esquerdo e direito, de uma maneira horizontal.
Cortes
Torácico superior 1
1. Sulco mediano posterior
2. Funículo posterior
3. Sulco lateral posterior
4. Funículo lateral
5. Zona intermédia
6. Sulco lateral anterior
7. Funículo anterior
8. Fissura mediana anterior
9. Coluna anterior
10.Coluna lateral
11. Coluna posterior
 
 Torácico superior 2
12.Sulco mediano posterior
13.Funículo posterior
14.Sulco lateral posterior
15.Funículo lateral
16.Zona intermédia
17.Sulco lateral anterior
18.Funículo anterior
19.Fissura mediana anterior
20.Coluna anterior
21.Coluna lateral
22.Coluna posterior
 
Torácico inferior
23.Sulco mediano posterior
24.Funículo posterior
25.Sulco lateral posterior
26.Funículo lateral
27.Zona intermédia
28.Sulco lateral anterior
29.Funículo anterior
30.Fissura mediana anterior
31.Coluna anterior
32.Coluna lateral
33.Coluna posterior
 
 
Lombar
34.Sulco mediano posterior
35.Funículo posterior
36.Sulco lateral posterior e zona intermédia
37.Funículo lateral
38.Sulco lateral anterior
39.Funículo anterior
40.Fissura mediana anterior
41.Coluna anterior
42.Coluna posterior
Tipos de neurônios principais quanto às funções
Neurônio sensorial;
Neurônio motor;
Interneurônio.
Percursos do SNP
Sistema nervoso somático (ou voluntário):
neurônio - corno anterior - nervo espinal - músculo esquelético.
Sistema nervoso visceral (ou autônomo):
neurônio - corno lateral - nervo espinal - gânglio - neurônio pós-ganglionar - nervo espinal - vísceras 
(glândulas, músculo liso e músculo cardíaco).
Diferenças entre quantidades de substâncias
Medula cervical - corno anterior maior (muito neurônio motor para controlar membros superiores). 
Medula mais ovalada e mais espessa.
Medula torácica - corno anterior menor (pouco neurônio motor para controlar músculos). Medula mais 
fina e mais cilíndrica.
Medula lombar - corno anterior maior (muito neurônio motor para controlar membros inferiores). 
Medula mais ovalada e mais espessa.Medula mais ovalada e mais espessa. Menos ainda subs. branca, 
porém muita subs. cinzenta (muitor corpos de neurônios).
Substância branca é maior no início pela grande quantidade de nervos que entram, e vai diminuindo.
Reflexos
Reflexos podem ser de dois tipos:
Monossináptico: reflexos miotáticos (reflexos bicipital, tricipital, radial, patelar, do tornozelo...)*;
Multissináptico: reflexos miotático inverso, flexor, extensor cruzado*.
Podem ser de alta complexidade ou baixa.
*Páginas 67 e 68, Neuroanatomia funcional - 2ª edição (Afifi).
Vias ascendentes e descendentes
As vias formam os tratos medulares, que são feixes de axônios mielinizados com origem, trajeto, 
destino e função semelhantes. Esses têm locais específicos mapeados na medula.
Os tratos ascendentes normalmente estão relacionados com a sensorialidade.
Dermátomos
Dermátomo é uma área do corpo de predominância de inervação de um nervo espinal permitindo a 
sobreposição de diferentes inervações. Pode-se fazer o mapeamento sensorial do corpo por meio do 
estabelecimento desses. 
Territórios importantes para detectar lesões medulares:
Vascularização
Artéria espinal anterior, passa pela fissura mediana anterior, irriga raízes e feixes radiculares 
anteriores.
Duas veias espinais posteriores acompanhando duas artérias espinais posteriores junto aos 
sulcos laterais posteriores.
As artérias são abastecidas colateralmente por ramos da aorta.
Ramos radiculares irrigam ligamentos radiculares.
A origem das artérias espinais ocorre a nível vértebrobasilar.
A interrupção do fluxo dessas pode ocasionar isquemia medular. Essa interrupção pode ser cirúrgica, 
mas também pode ser ocasionada por aneurismas aórticos.
LEC é coletado ao nível da dura-máter, que é rasgada, de forma que a agulha invade o espaço 
subaracnóide. Se o líquor retirado é avermelhado, indica hemorragia subaracnóidea. Se esse sanguecoagular, ocorreu a perfuração de um vaso no meio do caminho, descartando a hemorragia. Essa evidência 
quanto à coagulação ocorre porque, nos casos de hemorragia subaracnóidea, o sangue perde 
gradativamente suas propriedades coagulativas, enquanto quando acaba de sair de um vaso não.
Anestesia raquianestesia: líquido se difunde no espaço subaracnóide, preenchido com LEC, por 
isso é preciso menor quantidade de anestesia. O bloqueio é motor e sensorial, eficácia melhor; indicado 
para cirurgias ortopédicas. Alguns pacientes reclamam de dor de cabeça (cefaléia pós raquianestesia) após 
sua realização, que pode ser devido à perda de líquor pelo orifício feito na dura-máter.
A raquianestesia, também chamada de bloqueio subaracnóideo ou anestesia raquidiana, é o nome 
dado para a anestesia decorrente da aplicação de um anestésico local no interior do espaço subaracnóideo.
Nuca C2
Ombro C4
Polegar C6
Médio C7
Mínimo C8
Mamilo T4
Umbigo T10
Processo xifóide T6
Ligamento inguinal L1
Hálux L4-L5
Genitais e períneo S4-S5
Este procedimento leva ao bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos 
gânglios das raízes posteriores e de parte da medula espinhal, resultando em perda da atividade autônoma, 
sensitiva e motora. A raquianestesia é indicada para cirurgias na região abdominal e extremidades 
inferiores, sendo muito utilizada em cirurgias obstétricas (parto normal e cesariana).
Uma vez que a anestésico é introduzido no líquido cefalorraquidiano (líquor), para que a anestesia 
seja eficiente, é necessária somente uma pequena quantidade de anestésico local, sendo que esta é uma 
das grandes vantagens da anestesia raquidiana quando comparada com a peridural, pois, deste modo, o 
risco de uma intoxicação por anestésicos locais é quase nulo.
No entanto, este tipo de anestesia apresenta algumas desvantagens, sendo que a mais evidenciada é 
a cefaléia pós-punção (dor de cabeça causada em seguida à perfuração da dura-máter). Acredita-se que 
este sintoma seja causado pela diminuta abertura (“furinho”) que persiste por alguns dias na dura-máter 
após o procedimento anestésico, provocando perda de líquor do espaço subaracnóideo.
Com o uso de agulhas de menor calibre e, consequentemente, menos traumáticas, esta técnica 
ganhou força, pois a incidência de cefaléia pós-punção reduziu consideravelmente com a utilização do novo 
material.
Algumas características desta técnica, como o excelente controle do nível de anestesia que 
proporciona ao paciente, a qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança da técnica 
explicam por que este procedimento anestésico é um dos preferidos dos anestesiologistas do Brasil.
Anestesia peridural ou epidural: se difunde no espaço peridural ou epidural, por isso é preciso 
maior quantidade de anestesia.O bloqueio motor é menos eficaz que o sensorial, pois o líquido se dispersa 
próximo aos cornos posteriores; tônus muscular é ligeiramente mantido; indicado para cirurgias como parto 
normal.
Anestesia raquitotal: dose da anestesia peridural é injetada no espaço subaracnóide, de forma que 
essa sobe até o bulbo e o anestesia, o que causa efeitos indesejados como diminuição da FC, FR, etc.
Tampão sanguíneo: utilizado para casos de cefaléia pós raquianestesia, colhe-se sangue do 
paciente e se injeta pelo mesmo buraco para a formação de um coágulo que tamponará o orifício.
 
 
1.Dura-máter
2.Artéria espinhal anterior na fissura 
mediana anterior
3.Sulco lateral anterior
4.Radiculas anteriores
5.Processos triangulares do ligamento 
denticulado
6.Nervo espinhal
7.Gânglio espinhal
 
 
1.Dura-máter
2.Cone medular
3.Cauda eqüina
4.Filamento terminal
5.Nervo espinhal
6.Fundo de saco da dura-máter
7.Gânglio espinhal
15.05.2013
Nervos e 
terminações nervosas
Nervo
Conexão do SNC com SNP: são cordões ou conjuntos de axônios sensitivos e motores, que fazem a 
conexão com o SNC.
Tanto neurônio motor quanto o sensitivo trabalham com o mesmo tipo de impulso, que é o elétrico.
As terminações nervosas são a parte do sistema nervoso central que transformam os estímulos 
nervosos recebidos. Podem ser motoras ou sensitivas.
Os nervos possuem uma capacidade funcional impressionante, consumindo energia absurdamente. 
O aporte sanguíneo ao tecido nervoso é imenso, de forma que ele é ricamente vascularizado a fim de que 
seu trabalho seja possível. Os mistos são, principalmente, muitíssimo vascularizados.
Por outro lado, os nervos não têm autoinervação, isto é, apesar de serem muito vascularizados, não 
são inervados. Qualquer ação sobre o nervo, portanto, atinge os miótomos e o dermátomos respectivos.
Se pegarmos cérebro e cerebelo a fresco, sentiremos sua textura muito similar a uma gelatina.
Em torno do nervo, há uma bainha mais espessa, chamada epineuro. Um conjunto de axônios é 
revestido pelo perineuro, enquanto cada axônio é revestido por endoneuro*, e também pela bainha de 
neurilema.
Epineuro Envolve nervo
Perineuro Envolve conjunto de axônios
Endoneuro* Envolve cada axônio, e também as bainhas de 
neurilema e de mielina
Bainha de neurilema Formada pelo citoplasma das células de Schwann, 
em volta dos axônios, está abaixo do endoneuro
Bainha de mielina Secretada pelas células de Schwann, fica dentro da 
bainha de neurilema
Envolvendo cada axônio temos uma bainha de células de Shwann; seu citoplasma forma a bainha de 
neurilema.
Essas células produzem a bainha de mielina, um quinto envoltório lipoproteíco, que se localiza 
dentro da bainha de neurilema.
Portanto, os envoltórios são os seguintes:
*Pode ser compartilhado entre alguns poucos axônios.
Regeneração neural
Quais partes do sistema nervoso são passíveis de regeneração pós lesões? Axônio dos nervos em 
lesões mais distais. Corpos de neurônio não sofrem regeneração nem no SNC nem no SNP. Na verdade, a 
regeneração não é possível no SNC.
Após a lesão, ocorre cromatólise, que seria a edemaciação de células nervosas na tentativa de 
realizar regeneração, e brotamentos neurais. Nos casos em que a regeneração ocorre, há geralmente 
sequelas, pois essa comumente não é completa.
Nos casos de lesão da mielina (doenças desmielinizantes, decorrentes de infecções, contaminação 
com metais pesados, etc.), o organismo pode produzir Ac contra mielina.
OBS: síndrome das lágrimas de crocodilo - SNA não consegue se reorganizar, de forma que os impulsos se 
tornam cruzados após lesão e não são corrigidos pelo SNC, já que a informação permanece a nível 
medular. 
Formação de neuroma de amputação: nódulo/emaranhado de tecido conjuntivo, células de Schwann 
e emaranhado de fibras perdidas na ponta do nervo seccionado pela amputação.
Neurinoma: tumor dos nervos.
Dor no membro fantasma: nervo seccionado no membro amputado não tem sua área no córtex 
"retirada", de forma que estímulos em sua via ou no dermátomo correspondente produzem sensação de dor 
no membro perdido.
Síndrome do membro fantasma: ocorre após a cicatrização, o paciente sente como se ainda tivesse o 
membro.
Receptores e tipos de estímulos:
Sensibilidade vibratória - corspúsculo de Pacini;
Toque ou pressão - corpúsculos de Meissner e Merckel;
Dor - terminações nervosas livres**;
Temperatura - terminações nervosas livres;
Sensibilidade profunda (propriocepção) - fusos citados a seguir.
Ligados à sensação de movimento e grau de contração - fusos neuromusculares e órgãos 
neurotendinosos.
**podem envolver folículos pilosos, produzindo sensação tátil.
É importante lembrar que esses receptores antes eram categoricamente determinados de acordo com 
suas sensações produzidas; no entanto, atualmente, descobriu-se que há um maior relato de certos tipos de 
receptores ligados a certas sensações, porém há muita variação.
20.05.2013
Tronco encefálico e nervos cranianosO tronco encefálico se divide em três porções macroscopicamente muito distintas:
43. Bulbo.
44. Ponte - caracterizada por uma protuberância superior.
45. Mesencéfalo - porção mais superior, faz a conexão entre o tronco encefálico e o diencéfalo.
 A diferença entre a medula e o tronco encefálico se dá justamente pela diversidade de cenários 
maior no tronco. Uma das coisas que contribui para isso é a distribuição muito diferente - misturada - das 
substâncias branca e cinzenta dentro do tronco, que tomam direções muitíssimo variadas, com vários 
cruzamentos. Por isso a substância cinzenta do bulbo é partida por várias fibras de substância branca que 
decussam.
Os nervos cranianos e os nervos espinais também diferem muito, de forma que cada par de nervo 
craniano localiza-se de forma completamente dissociada de outros, enquanto os nervos espinais seguem 
um padrão mais "monótono" de localização, saída, etc.As situações anatômicas das saídas dos nervos 
cranianos são, portanto, muito diversas.
Abaixo da medula e acima do diencéfalo há continuidade das estruturas; o forame magno marca o 
limite entre bulbo e medula.
OBS: a parte mais inferior do bulbo é muito similar à medula, porém sua parte superior é muito diferente.
O tronco encefálico é, então, marcado por grande mistura entre substância branca e cinzenta, ao 
contrário da medula.
Há nele núcleos motores dos nervos cranianos, que são conjunto de corpos de neurônios 
topograficamente juntos que se ligam aos nervos cranianos. Sabe-se que há nervos cranianos que têm 
vários núcleos, e núcleos que se conectam a vários NC, portanto não existe uma relação de 1:1.
Tanto os núcleos motores dos NC como os núcleos motores dos NE são encontrados na região 
anterior, como se fossem uma continuação um do outro.
Tipos de substância cinzenta no encéfalo
Substância cinzenta homóloga - tem semelhança funcional com estruturas da substância cinzenta 
espinal.
Substância cinzenta heteróloga - não tem semelhança funcional com estruturas da substância 
cinzenta espinal.
OBS: nervos óptico e olfatório não saem do tronco, mas do diencéfalo.
Bulbo
Relações importantes:
• Limite inferior - forame magno
• Limite superior - sulco bulbo-pontino, do qual surgem vários NC.
• Áreas - ventral, lateral e dorsal.
• Fissura mediana anterior do bulbo - é contínua com a fissura mediana anterior da medula.
• Sulcos - lateral anterior e lateral posterior. O SLA é a origem aparente do nervo hipoglosso e o 
SLP é a origem aparente dos nervos glossofaríngeo, vago e acessório.
• Forame cego - local onde a fissura mediana anterior 
se encontra com o sulco bulbo-pontino.
• Pirâmides bulbares - entre fissura mediana anterior e 
sulco lateral anterior, contém substância branca.
• Decussação das pirâmides;
• Oliva - protuberância formada por núcleo grande, substância cinzenta, está entre os sulcos 
lateral anterior e posterior.
• Sulco mediano posterior;
• Sulco intermédio posterior;
• Fascículos, tubérculos e núcleos grácil e cuneiforme;
• Pedúnculo cerebelar inferior 
 Por dentro das pirâmides bulbares: passam os feixes de axônios mielinizados provenientes do 
córtex cerebral, carregando informações relacionadas à motricidade voluntária. Essas fibras decussam ao 
nível da parte baixa do bulbo, indo para o funículo lateral da medula e passando DA FRENTE para a 
LATERAL.
OBS: DECUSSAÇÃO: cruzamento de fibras atravessando o plano mediano de forma oblíqua.
COMISSURA: cruzamento de fibras atravessando o plano mediano de forma horizontal.
 
A porção mais inferior do bulbo é chamada de porção fechada. O canal central dele se abre para a 
porção externa na região superior. Essa abertura está relacionada a uma cavidade chamada de fossa 
rombóide ou assoalho do quarto ventrículo. Portanto:
Porção inferior do bulbo: é fechada.
Porção superior do bulbo: é aberta, ligada ao quarto ventrículo e à fossa rombóide.
Ilustrações de Rodrigo Martins
Os fascículos grácil e cuneiforme fazem parte do tronco encefálico e da medula.
Ponte
 
Relações importantes:
• Protuberância.
• Porção basilar do occipital e dorso da sela túrcica.
• Base da ponte - parte protuberante anterior, relacionada à porção basilar do occipital.Fibras que 
se direcionam lateralmente para penetrar no cerebelo; essas fibras formam os pedúnculos cerebelares 
médios.
• Sulco basilar - por ele passa a artéria basilar, que o imprime.
• Pedúnculos cerebelares médios.
• Nervo trigêmio - irrompe no meio do pedúnculo cerebelar médio, saindo do "braço"da ponte.
• Sulco bulbo-pontino - é a origem aparente dos nervos abducente, facial, vestibulo-coclear.
• Nervos abducente,facial e vestíbulo coclear.
• Ângulo ponto-cerebelar.
Quarto ventrículo
Há quatro ventrículos cerebrais, que são vestígios da luz do tubo neural. A luz do tubo neural 
permanece mais similar no canal central da medula. No entanto, mais cranialmente, há mais transformações 
do tubo neural, de forma que restam resquícios mais deformados, que são as cavidades chamadas de 
ventrículo, cheias de líquor.
• Primeiro e segundo ventrículos - são laterais e estão nos hemisférios cerebrais (telencéfalo).
• Terceiro ventrículo - fica no diencéfalo.
• Quarto ventrículo - fica entre o tronco encefálico e o cerebelo, se comunica com o espaço 
subaracnóide por três aberturas (duas laterais e uma mediana).
Canais interventriculares - ligam os laterais ao terceiro ventrículo.
Aqueduto central - liga terceiro e quarto ventrículos
Assoalho do quarto ventrículo
Fossa rombóide é o assoalho do quarto ventrículo. Seu teto está relacionado ao cerebelo e o 
assoalho ao tronco encefálico. Os seus limites laterais são formados por estruturas que ligam o tronco 
encefálico ao cerebelo: PCI, tubérculos grácil e cuneiforme e PCS.
Há dois recessos laterais e um sulco mediano.
OBS: PCS - pedúnculo cerebelar superior
PCI - pedúnculo cerebelar inferior.
Acidentes importantes:
• Sulco mediano;
• Eminência medial;
• Sulco limitante;
• Área vestibular.
• Fóveas superior e inferior;
• Colículos faciais;
• Trígonos do hipoglosso e vago: correspondem ao núcleo do hipoglosso e núcleo dorsal do vago.
Teto do quarto ventrículo
• Véu medular superior - feixes de substância branca que fecham o ventrículo; relaciona-se com 
cerebelo diretamente.
• Véu medular inferior - feixes de substância branca que fecham o ventrículo; relaciona-se com 
cerebelo diretamente.
• Nódulo do cerebelo - estrutura intimamente ligada ao véu medular inferior.
• Tela corióide - aonde se prende o plexo corióide;
• Plexo corióide - estrutura esponjosa vascular modificada que irá produzir o líquor; está presente 
em todos os ventrículos.
Separando devidamente e resumindo, segundo Afifi, temos:
Assoalho do 4º v.: formado por sulco mediano posterior, trígonos do n. vago e do n. hipoglosso.
Teto do 4º v.: véu medular superior, cerebelo e tela corióide.
Limites laterais do 4º v.: PCI, tubérculos grácil e cuneiforme e PCS
Mesencéfalo
• Limite inferior - própria ponte;
• Limite superior - plano entre corpos mamilares e comissura posterior;
• Aqueduto cerebral - determina as regiões de divisão do tecto e do pedúnculo cerebral, bem 
como a desse último em tegmento e base;
• Tecto - é posterior ao aqueduto cerebral.
• Pedúnculo cerebral - é anterior ao aqueduto cerebral, e se divide em base (mais anterior) e 
tegmento (mais central). O limite entre a base e o tegmento é dado pela substância negra, facilmente 
visível por seus neurônios pigmentados, dopaminérgicos, que quando lesados entram no processo 
patológico da Doença de Parkison.
• Sulco medial do pedúnculo cerebral - por ele passa nervo oculomotor.
 
Ilustrações de Rodrigo Martins
Na vista dorsal do mesencéfalo, visualizamos:
• Lâmina quadrigêmia - quatro bolinhas no teto do mesencéfalo, que formam coliculos superiorese inferiores;
• Braços dos colículos;
• Nervo Troclear - sai abaixo da lâmina quadrigêmia, o único que passa por trás. Seu trajeto é 
dado como extravagante;
• Observar: lâmina quadrigêmica relaciona-se com pulvinar do tálamo (porção posterior do 
tálamo) e corpo pineal relaciona-se à glândula pineal, que tem relação de proximidade muito grande com 
a lâmina quadrigêmia.
Na vista ventral do mesencéfalo, visualizamos:
• Pedúnculos cerebrais;
• Fossa interpeduncular - saída do n. óculo-motor; substância perfurada posterior, por onde 
passam veias.
• Corpos mamilares;
• Substância perfurada posterior;
• Sulco medial do pedúnculo;
• Nervo óculo-motor.
Suprimento sanguíneo
No bulbo: artérias vertebral, espinais anterior e posterior, cerebelar inferior posterior.
Na ponte: vasos paramedianos, circunferenciais longo e curto, todos derivados da a.basilar.
No mesencéfalo: ramos paramedianos (da artéria basilar), ramos das artérias cerebelares superior e 
posterior.
Vista Anterior
 
1.Quiasma óptico
2.Nervo óptico
3.Nervo óculo-motor
4.Trato óptico
5.Pedúnculo cerebral
6.Corpo geniculado lateral
7.Emergência do nervo trigêmeo
8.Forâme cego
9.Pirâmide
10.Túber cinéreo
11.Infundíbulo
12.Corpo mamilar
13.Sulco basilar
14.Sulco bulbo-pontino
15.Ângulo ponto-cerebelar
16.Oliva
17.Decussação das pirâmides
18.Fissura mediana anterior
Vista Posterior
1.Glândula pineal
2.Colículo superior
3.Corpo geniculado medial
4. Corpo geniculado lateral
5.Pedúnculo cerebelar superior
6.Colículo facial
7. Sulco limitante
8.Sulco mediano
9. Tubéculo Cuneiforme
10.Sulco intermédio
11.Pulvinar do tálamo
12.Colículo inferior
13.Frênulo do véu medular superior
14. Véu medular superior
15. Fóvea superior
16.Pedúnculo cerebelar médio
17. Fóvea inferior
18. Área vestibular
19.Tubérculo grácil
20. Sulco mediano posterior
22.05.2013 
Anatomia interna da medula
Substância cinzenta 
Divide-se em:
Cornos anterior, posterior e lateral (apenas da torácica e no início da lombar);
Zona intermédia da medula.
A substância cinzenta foi dividida também em lâminas de Rexed (1952) - 10 zonas ou lâminas - que 
seguem uma separação funcional de núcleos compactados na substância cinzenta.
Nomenclatura tradicional (antes das lâminas de Rexed):
Corno posterior - divide-se em três diferentes vias de entrada de sensibilidade:
Nc marginal;
Substância gelatinosa;
Nc próprio.
Corno lateral - relaciona-se especificamente à inervação simpática:
Neurônios pré-ganglionares simpáticos;
Medula torácica e lombar superior;
Corno lateral "parassimpático"de S2 a S4 (análogo).
Corno anterior
Neurônios motores.
Zona intermédia
Nc torácico posterior (dorsal de Clarke) - relaciona-se à função cerebelar;
Interneurônios.
Correspondência das lâminas de Rexed com a nomenclatura anterior
LÂMINAS DE REXED
Quatro primeiras lâminas de Rexed - correspondem às sensações de percepção do mundo exterior 
(sensibilidade geral que chega à medula)
I - corresponde ao núcleo marginal
II - corresponde à substância gelatinosa, que faz modulação da informação sensorial.
III e IV - corresponde ao núcleo próprio, principal área de transmissão de informação sensorial 
para os centros superiores e conexões reflexas.
A medula recebe e processa a informação, em grande parte nessas quatro lâminas iniciais.
V e VI - recebem informações proprioceptivas, que são relacionadas ao próprio corpo (ao seu 
arcabouço, detalhe de movimentos ou de posição estática). Nessa área ocorre uma integração entre as 
informações proprioceptivas e as informações motoras por meio de interneurônios.
Passando à zona intermédia...
VII - corresponde ao núcleo dorsal de Clarke (de C8 a L3), que relaciona-se à função cerebelar de 
propriocepção consciente.É a origem do trato espinocerebelar posterior, e tem conexões para reflexos.
VIII - desce medialmente, incluindo a parte mais medial do corno anterior, e relaciona-se à 
modulação de atividade motora.
IX - é a principal área motora, incluindo os corpos de neurônios que irão formar raízes dos nervos 
espinais, que têm uma laminação característica, mostrada na figura acima.
X - é rica em neuróglia, e suspeita-se que esteja ligada a funções vegetativas.
Substância branca
Divide-se em:
Funículo anterior;
Funículo lateral;
Funículo posterior.
Em cada funículo há tratos ou fascículos específicos, de acordo com os diferentes segmentos.
OBS: Relembrando - tratos ou fascículos: axônios no SNC que possuem origem, destino e função iguais.
Vias simplificadas de tratos ascendentes
receptor - neurônio sensitivo primário (pseudounipolar) - conexão e decussação na medula - neurônio sensitivo secundário - tálamo - 
neurônio sensitivo terciário - córtex cerebral 
Poucos neurônios garantem rapidez (axônios mielinizados com menor número de sinapses) e 
modulação.
receptor - neurônio sensitivo primário (pseudounipolar) - conexão e decussação no bulbo- neurônio sensitivo secundário - tálamo - neurônio 
sensitivo terciário - córtex cerebral 
Para entender cada trato, o ideal é decorar a via inteira, pois ele sempre faz parte de um grande 
caminho.
Vias simplificadas de tratos descendentes
córtex - neurônio motor primário - conexão e decussação na medula - neurônio motor secundário 
córtex - neurônio motor primário - conexão e decussação no bulbo- neurônio motor secundário 
Tratos Ascendentes 
Tratos do funículo posterior (grácil e cuneiforme)
Relacionam-se aos seguintes sentidos:
Propriocepção - percepção consciente dos movimentos corporais;
Tato discriminativo/epicrítico - percepção de detalhes em objetos (diferentemente do 
protopático);
Sensibilidade vibratória - percepção de tempos rítmicos marcados de uma estimulação;
Estereognosia - percepção do formato de um objeto por meio de manipulação digital.
OBS: propriocepção inconsciente - atua diante de mecanismos regulatórios (ex: efeito após girar o corpo 
continuamente). 
Algumas informações importantes antes de detalhar os fascículos
Origem: a origem de um trato é o local aonde está o corpo de neurônio envolvido na via.
Cruzado: quando a posição dele na medula é oposta à origem.
Nunca confundir trato medular com via inteira, embora para entender de verdade o trato seja 
necessário conhecer a via completa.
Fascículo grácil
Origem: gânglio da raiz dorsal;
Localização: medialmente no funículo posterior;
Extensão: toda a medula;
Término: NC grácil ipsilateral no BULBO;
É trato não cruzado. 
Fascículo cuneiforme
Origem: gânglio da raiz dorsal;
Localização: lateralmente no funículo posterior;
Extensão: apenas acima de T6;
Término: NC cuneiforme ipsilateral no BULBO;
É trato não cruzado.
Encontram neurônios secundários nos núcleos grácil e cuneiforme no bulbo, que decussam, 
seguindo para o lemnisco medial (um trato no tronco encefálico), aonde já não são mais chamados de tratos 
grácil e cuneiforme.Depois disso, vão até o tálamo e então para o córtex. Não ocorre, portanto, sinapse nos 
tratos grácil e cuneiforme.
Os fascículos cuneiforme e grácil formam juntamente o lemnisco medial, porém nesse trato as 
fibras permanecem organizadas de acordo com suas origens. 
Somatostopia: relação que existe entre as porções corporais e o sistema nervoso.
Ordem do fascículo grácil ao cuneiforme: nervos das regiões sacral, lombar, torácica e cervical.
Tratos do funículo lateral 
Tratos espinocerebelares anterior e posterior
Os tratos espinocerebelares posterior e anterior recebem informações proprioceptivas, no entanto o 
trato espinocerebelar posterior recebe informações de contração muscular pelo núcleo dorsal de Clark, 
terminando no cerebelo de forma ipsilateral. Seu trajeto é completamente ipsilateral; já o trato 
espinocerebelar anterior cruza duas vezes, inicialmente no nível de entrada no núcleodorsal de Clark e 
posteriormente ao nível do pedúnculo cerebelar superior.
Portanto, o trato espinocerebelar posterior não é cruzado, mas o anterior é.
Trato espino-cerebelar posterior
Origem: coluna posterior (núcleo dorsal de Clark);
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
Término: paleocerebelo;
É um trato não cruzado;
Função: propriocepção.
Trato espino-cerebelar anterior
Origem: coluna posterior e substância cinzenta intermédia;
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
Término: paleocerebelo;
É um trato parcialmente cruzado;
Função: propriocepção inconsciente, detecção dos níveis de atividade do trato cortico-espinal.
Trato espino-cervico-talâmico
Origem: gânglio da raiz dorsal;
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
Término: NC cervical lateral ipsilateral;
Existência não comprovada em humanos.
É um trato não cruzado.
O trato espinocervicotalâmico foi descoberto diante de pacientes em fase terminal de sífilis que 
não tinham seu sentido proprioceptivo afetado. Deduziu-se, portanto, que existia um trato com a mesma 
função dos tratos do funículo posterior.
 
Via anterolateral
Alguns tratos são descritos juntamente, como os espinotalâmicos, que se dividem em dois: lateral e 
anterior.
Trato espinotalâmico lateral
Origem: corno posterior;
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
Término: NC VPL do tálamo;
Função: sensibilidade dolorosa (aguda e pontual) e térmica;
É um trato cruzado.
Junto dele seguem as fibras retículo-talâmicas, que constituem a via espino-retículo-talâmica, e 
transmitem informações sobre dor crônica e difusa.
Trato espinotalâmico anterior
Origem: corno posterior;
Localização: funículo lateral e anterior;
Extensão: toda a medula;
Término: NC VPL do tálamo;
Função: tato grosseiro/protopático e sensibilidade pressórica;
É um trato cruzado.
Esses tratos cruzam na comissura branca anterior, indo para o funículo lateral anterior.
O neurônio secundário forma esses tratos.
Os tratos espinotalâmicos anterior e lateral são responsáveis pela formação do trato de Lissauer.
OBS: corpo do neurônio que forma o trato determina seu início.
Trato de Lissauer
Não é propriamente um trato, pois forma-se simplesmente pelo conjunto de ramos ascendentes e 
descendentes que se misturam e fazem conexões com o corno posterior. É, na verdade, uma consequência 
da organização dos tratos espinotalâmicos que realizam sinapses em vários níveis.
O primeiro neurônio dessa via termina com ramos ascendente e descendente, fazendo sinapses 
em níveis medulares diferentes. Isto significa que um neurônio faz sinapses em diversos níveis diferentes 
(Ex: T6 faz conexão com C7,C6,C5...), e vários neurônios diferentes fazem sinapse com um só, levando a 
uma informação difusa que se traduz com pouca precisão, como ocorre com o tato grosseiro/protopático.
Localiza-se junto à ponta do corno posterior.
27.05.2013
 
Tratos descendentes
Tratos do funículo anterior 
P: Todo trato descendente é motor?
R: Não; há tratos descendentes regulatórios.
O trato corticospinal se divide. No bulbo, as fibras da parte anterior (90%) cruzam para a parte lateral 
da medula, formando o trato corticospinal lateral. Uma pequena porção (8%) do trato continua no mesmo 
sentido, na porção anterior, formando então o trato corticospinal anterior.
Os tratos corticospinais lateral, anterior e trato de Barnes estão associados à motricidade voluntária.
Trato corticoespinal lateral
Tem somatotopia: fibras sacrais mais laterais, então as lombares, torácicas e mais mediais estão 
as cervicais.
Origem: córtex cerebral contralateral
Localização: funículo lateral
Extensão: toda a medula
É cruzado.
Término: cornos anterior (e posterior) ipsilaterais.
Trato corticoespinal anterior
Origem: córtex cerebral ipsilateral.
Localização: funículo anterior.
Extensão: variável (às vezes vai até medula torácica média, às vezes até a sacral).
É não cruzado.
Término: cornos anterior (e posterior) contralaterais/ipsilaterais.
Trato de Barnes
É muito pequeno.
Origem: córtex cerebral ipsilateral;
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
É não cruzado.
Término: cornos anterior (e posterior) ipsilaterais.
Há uma distribuição do trato corticospinal anterior equivalente para os dois cornos anteriores, e esse 
trato está mais relacionado à inervação da musculatura axial, enquanto o trato cortico-espinal lateral está 
mais relacionado à inervação da musculatura apendicular.Musculatura axial recebe, no entanto, fibras do 
trato cortico-espinal lateral também.
Há fibras de tratos regulatórios que caminham juntamente aos tratos 
corticospinais lateral e anterior, indo aos cornos posteriores. Por isso posterior 
está riscado.
Portanto, a maioria das fibras relacionadas à musculatura axial não são cruzadas, enquanto as 
relacionadas à musculatura apendicular são.
OBS: sistema piramidal = tratos da motricidade voluntária (os três citados acima).
sistema extra-piramidal = tudo o que não foi falado até o momento.
Os tratos a seguir têm menor expressão anatômica e são menos considerados.
Trato rubroespinal
Consequência do desenvolvimento do córtex maior dos seres humanos, de forma que sua função 
é discreta e só aparece quando o trato cortico-espinal encontra-se lesado.
Origem: núcleo rubro contralateral;
Localização: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
É cruzado;
Término: corno anterior ipsilateral;
Função: liga-se aos neurônios motores mais laterais, estando portanto ligado ao movimento 
voluntário distal dos membros (mm. dos pés e mãos).
Os próximos tratos estão relacionados à motricidade involuntária, e são ligados aos neurônios motos 
mais mediais, estando portanto relacionados com a inervação da musculatura axial e da musculatura 
proximal dos membros.Normalmente agem regulando a ação em outros tratos acarretando movimentos 
clássicos. Quando não estão atuando juntamente aos tratos descendentes podem agir modificando o 
padrão de clássico, acarretando movimentos inadequados traduzidos como contrações musculares 
indevidas, espásticas.
Síndrome do primeiro neurônio motor: paralisia espástica.
Síndrome do segundo neurônio motor: paralisia flácida.
Os tratos vestibuloespinais recebem informações sobre a posição do corpo: cuidam de postura, 
equilíbrio, controle de posição.
Trato vestibuloespinal lateral
Origem: núcleo vestibular lateral ipsilateral;
Localizaçao: funículo lateral;
Extensão: toda a medula;
É não cruzado;
Término: corno anterior ipsilateral;
Função: postura e equilíbrio.
Trato vestibuloespinal medial
 
Origem: núcleos vestibulares médio ipsilateral e contralateralmente.
Localização: funículo anterior;
Extensão: medula cervical;
É parcialmente cruzado;
Término: corno anterior ipsilateral;
Função: controle de posição da cabeça.
Trato reticuloespinal
Origem: formação reticular pontina e bulbar;
Localização: funículos lateral e anterior;
Extensão: toda medula;
É cruzado.
Término: corno anterior e zona intermédia ipsilaterais;
Função: controle de movimento e postura, modulação sensitiva.
Trato tectoespinal
Origem: colículo superior contralateral;
Localização: funículo anterior;
Extensão: medula cervical;
É cruzado;
Término: corno anterior ipsilateral;
Função: controle de posição da cabeça versus movimentos oculares.
Fibras intersegmentares
Fascículo próprio - é associativo entre vários níveis medulares, comunicando-os.
Fascículo dorsolateral de Lissauer.
29.05.2013 - SEM AULA
03.06.2013
Tronco encefálico
Estrutura interna
Diferenças entre medula espinal e tronco encefálico
• Fragmentação da substância cinzenta
• Grande quantidade de fibras transversais
• Núcleos de nervos cranianos
• Formação reticular - estrutura composta por substânciadiferente de branca e de cinzenta que 
tem núcleos próprios
Substância cinzenta
• Homóloga - núcleos correspondentes à substância cinzenta da medula (núcleos de nervos 
cranianos).
• Heteróloga - sem correspondência com medula (Nc grácil e cuneiforme, nc olivares inferior e 
acessório).
Bulbo
• Nc próprios do bulbo: grácil, cuneiforme e olivar inferior.
• Decussação das pirâmides: ajuda na desagregação da substância 
cinzenta.
• Decussação dos lemniscos: ocorre após sinapse nos nc grácil e 
cuneiforme.
Fibras arqueadas internas - Lemnisco medial.
• Abertura do IV ventricular:
Contínua com canal central e aqueduto cerebral;
Desaparecimento do funículo posterior;
Assoalho - substância cinzenta homóloga.
Lemnisco medial deixa canal aberto.
Nervos cranianos no Bulbo - SC homóloga
• Núcleo ambíguo:
É exclusivamente motor e tem formato de charuto.
Atende a três pares cranianos diferentes: IX,X,XI.
Musculatura de laringe e faringe.
Deglutição.
• Núcleo do Hipoglosso:
É exclusivamente motor;
Atende ao XII par;
Musculatura da língua;
Visível no assoalho do IV ventrículo, no trígono do hipoglosso, próximo ao trígono do vago;
Trajeto medial e longo de fibras.Passa por trás do núcleo olivar, do lado do lemnisco medial e 
sai entre a oliva e a pirâmide, no sulco pré-olivar.
• Núcleo dorsal do Vago:
Eferente parassimpático;
Atende exclusivamente ao X;
Visível no assoalho do IV ventrículo, visível no trígono do vago, lateral ao trígono do 
hipoglosso.
• Núcleos vestibulares:
Atende ao VIII - porção vestibular apenas;
Visível no assoalho do IV ventrículo (área vestibular);
Principalmente na ponte - atingem o bulbo apenas os nc vestibulares inferior e medial.
 
• Núcleo do trato solitário:
É um núcleo sensorial especial, relacionado à sensação da gustação;
Atende aos nervos VII, IX, X;
Trato solitário - fibras antes de penetrar no nc são quase totalmente circundadas pelo núcleo.
• Núcleo do trato sensorial principal do trigêmio:
É um dos mais importantes núcleos sensoriais;
Atende ao V (principalmente), VII, IX, X (pavilhão auricular e meato acústico externo);
Corresponde à substância gelatinosa;
Principalmente sensibilidade térmica e dolorosa. 
Trigêmio se divide:
46.núcleo do trato espinal do trigêmio - análogo ao corno dorsal;
47. trato mesencefálico - informações de propriocepção;
48. trato trigeminotalâmico - formado pelo segundo neurônio, cujo corpo está nos núcleos trigeminais.
• Núcleo salivatório inferior
Eferente parassimpático;
Atende ao nervo IX;
Relacionado à inervação da parótida.
Bulbo - SC própria
• Núcleos grácil e cuneiforme;
• Núcleo olivar inferior
Corresponde à oliva;
Sc pregueada com abertura medial;
Relaciona-se às fibras olivo-cerebelares, que cruzam a linha média e entram pelo pedúnculo 
cerebelar inferior e seguem para o córtex cerebelar.
• Núcleo cuneiforme acessório: trato cúneo-cerebelar;
• Núcleo arqueado (contém fibras arqueadas externas).
Bulbo - SB - Fibras transversais
• Fibras arqueadas internas
Fibras do nc grácil e cuneiforme: cruzam a linha mediana e vão para lemnisco medial;
Fibras olivo-cerebelares: cruzam a linha média e vão para pedúnculo cerebelar inferior.
• Fibras arqueadas externas
Vão dos nc cuneiforme acessório e arqueado para o pedúnculo cerebelar inferior.
Bulbo - SB - Fibras longitudinais
• Vias ascendentes:
Fascículos grácil e cuneiforme: na porção fechada do bulbo;
Lemnisco medial;
Trato espino-talâmico (lateral/anterior);
Trato espino-cerebelar anterior: continua na ponte, entra no PCS;
Trato espino-cerebelar posterior: se confunde com o PCI;
Pedúnculo cerebelar inferior: fica nas bordas laterais da parte inferior do IV ventrículo, 
contendo fibras olivo-cerebelares.
• Vias descendentes:
Trato cortico-espinal: decussa na pirâmide;
Trato cortico-nuclear;
Tratos extra-piramidais;
Trato espinal do trigêmio: desce da ponte, ao lado do nc do trato espinal do trigêmio;
Trato solitário: trajeto descendente ao lado do Nc o trato solitário.
• Vias de associação:
Fascículo longitudinal medial corresponde ao fascículo próprio da medula. Liga os nc motores 
de nn cranianos, recebe muitas fibras vestibulares e participa em mecanismos reflexos.
05.06.2013 - APENAS PRÁTICA
10.05.2013
Ponte
Divisão
Base da ponte (anterior)
Sem correspondente com outros níveis do tronco;
Aparece filogeneticamente com neocerebelo e neocórtex (partes 
mais desenvolvidas do córtex e do cerebelo);
No homem, é maior o tegmento (diferente de outros mamíferos);
Núcleos pontinos e quantidade maciça de fibras verticais e horizontais.
Tegmento da ponte (posterior)
Semelhante ao bulbo e tegmento do mesencéfalo;
Limite: corpo trapezóide.
Base da ponte
Fibras longitudinais: vem do tronco encefálico e vão em direção à medula espinal. São elas 
componentes dos:
• Trato córtico-espinal: feixes dissociados pelas fibras transversais.
• Trato córtico-nuclear (análogo ao trato córtico-espinal): faz sinapse nos nervos cracianos facial, 
trigêmeo e abducente - conexões bilaterais variadas, controversas e complexas. De forma geral, ele se 
conecta com os núcleos dos dois lados.
• Trato córtico-pontino: sinapse nos nc pontinos em direção ao cerebelo.
Fibras transversais e nc pontinos
Nc pontinos: estão dispersos em toda a base da ponte; recebem as fibras córtico-pontinas e 
originam as fibras transversais da ponte.
Fibras transversais da ponte: fibras ponto-cerebelares, percorrem a via córtico-ponto-cerebelar*, 
cruzam a linha média e entram no PCM.
*É característica da função do neocerebelo.
Tegmento da ponte
Núcleos vestíbulo-cocleares: dividem-se em vestibulares e cocleares, relacionando-se às vias 
vestibular e coclear.
Núcleos cocleares dorsal e ventral.
Maioria de fibras cruza a linha média formando o corpo trapezóide, mais evidente na parte 
baixa da ponte por causa do maior contingente de fibras. Em cortes mais altos e oblíquos, o corpo 
trapezóide pode não aparecer;
As fibras do corpo trapezóide contornam o nc olivar superior e formam o lemnisco lateral**;
Aspecto complexo - fibras cruzadas e não cruzadas;
Regulação. 
**Relacionado à via auditiva.
Núcleos vestibulares lateral, superior e inferior.
Recebem fibras da porção vestibular do NC VIII (posição e movimento da cabeça) e recebem 
fibras do cerebelo, Há também fibras eferentes:
• Fascículo vestíbulo-cerebelar (termina no córtex do arquicerebelo);
• Fascículo longitudinal medial(reflexos oculares);
• Trato vestíbulo-espinhal (manutenção do equilíbrio).
Ponte - substância cinzenta
Núcleos do facial
Núcleo motor - faz conexão para musculatura da expressão facial, e suas fibras contornam as 
do nervo abducente, formando o joelho interno e o colículo facial.
Núcleos salivatório superior e lacrimal - é eferente parassimpático, envolve nervo intermédio 
e inervação das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal.
Paralisia facial periférica - lesão na porção do nervo facial que está após o núcleo facial(fibra final do 
nervo facial). Atinge toda a hemiface, que perde a expressão muscular, levando ao desvio lateral da 
comissura labial.
Paralisia facial central - lesão no caminho do primeiro neurônio motor da via antes de chegar nos núcleos 
faciais. A porção do núcleo responsável pelos estímulos da parte superior da face recebe informação de 
ambos os córtex, enquanto a inferior permanece recebendo informação apenas do córtex contralateral. Por 
isso, a parte superior (acima da sobrancelha) se mantém ativa, enquanto aquela que está abaixo não.
Núcleos do trigêmio
Nc sensitivo principal (tato);
Nc do trato mesencefálico (propriocepção, mastigação, ocular);
Nc trato espinal (dor e temperatura);
Nc motor (músculos da mastigação).
Ponte - substância branca
Fibras ascendentes: lemniscos medial,lateral, trigeminal, espinhal, PCS (parede dorsolateral da 
parte superior do IV ventrículo).
Fibras descendentes: tratos córtico-espinhal e córtico-nuclear, córtico-pontino, espinhal do 
trigeminal, rubro-espinhal, tecto-espinhal, vestíbulo-espinhal.
Fibras transversas: ponto-cerebelares e PCM, corpo trapezóide e decussação do PCS.
Fibras de associação: fascículo longitudinal médio.
Mesencéfalo
Aqueduto cerebral divide mesencéfalo em duas porções:
Tecto mesencefálico (posterior ao aqueduto);
Pedúnculo cerebral (anterior ao aqueduto).
A substância negra, ligada aos núcleos da base do telencéfalo, separa o 
pedúnculo em duas partes:
Base do pedúnculo (anterior): fibras longitudinais;
Tegmento (posterior) : semelhante ao tegmento da ponte.
Tecto do mesencéfalo: relaciona-se à visão.
Importância filogenética: singularidade dos mamíferos.
Colículo superior
Relação com as vias visuais;
Laminação característica (substância branca e cinzenta);
Complexo nuclear que recebe aferências da retina (trato óptico e braço do colículo superior), do 
córtex (radiação óptica e braço do colículo superior);
Participa de reflexos envolvendo movimentos oculares pela percepção de luminosidade e 
recepção de informações corticais, gerenciando-os.
Colículo inferior
Recebe fibras do lemnisco lateral;
Envia fibras para o corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior;
Comissura do colículo inferior.
Aréa pré-tectal: fica na frente dos colículos - no limite com o diencéfalo - recebe fibras da retina para 
reflexo fotomotor das pupilas e tem relação com o núcleo de Edinger-Westphal.
Reflexo fotomotor: sua via é mais anterior; reação de contração da pupila pela ação do m. constritor 
da pupila, que recebe estímulos do núcleo de Edinger-Westphal por meio do nervo oculomotor, que manda 
a informação para o gânglio ciliar.
Reflexo concensual: sua via é mais posterior; é a contração da pupila não iluminada. É afetado por 
tumores.
Pedúnculo cerebral
Base do pedúnculo
Trato cortico-pontino
Trato piramidal
Trato cortico-espinhal
Tegmento
Núcleo do troclear: fica ao nível do colículo inferior; fibras saem do núcleo e decussam antes de 
emergir, emergem do véu medular superior na face posterior do tronco, inervando o m. oblíquo superior.
Núcleos do óculomotor: ficam ao nível do colículo superior; sua parte somática inerva os mm. retos 
inferior, superior e medial, e o levantador da pálpebra. A parte visceral contém neurônios pré-ganglionares 
que inervam os mm. ciliar e esfíncter da pupila.
Tegmento do mesencéfalo - SC própria
Núcleo rubro: recebe fibras do córtex cerebral e do cerebelo, se ligando às fibras do PCS., 
origina o trato rubro-espinhal, e relaciona-se à motricidade voluntária.
Substância negra: contém neurônios dopaminérgicos, e tem ligação recíproca com o corpo 
estriado.
12.06.2013
 
Cerebelo I
Cerebelo significa pequeno cérebro. Ele coordena os movimentos corporais e mantém um altamente 
eficaz sistema de controle inconsciente da postura corporal.
Sua segunda função está relacionada ao controle de movimentos. O cérebro programa o movimento, 
porém é o cerebelo que automatiza a coordenação e o sincronismo entre todo o conjunto de músculos 
agonistas e antagonistas, envolvidos em um sistema de alavanca.
Atualmente sabe-se que o cerebelo também está relacionada ao comportamento emocional, atividade 
cognitiva e memória. Essa informação é, no entanto, muito recente.
OBS: sistema supra-segmentar: cerebelo e cérebro.
Além dos núcleos profundos, cerebelo e cérebro têm duas camadas (cerebelar e cerebral) corticais 
de corpos de neurônios. Esses milhões de neurônios permitiram que a natureza desenvolvesse inúmeras 
funções.
O cerebelo é constituído por duas massas cerebelares, que são os hemisférios, unidos por uma 
estrutura chamada vérmis. O cerebelo localiza-se abaixo do cérebro e posterior ao tronco encefálico.O 
vérmis se comunica com o tronco encefálico pelos pedúndulos cerebelares:
• Pedúnculo cerebelar superior: conecta cerebelo com mesencéfalo.
• Pedúnculo cerebelar médio: conecta cerebelo com ponte.
• Pedúnculo cerebelar inferior: conecta cerebelo com bulbo e com medula.
OBS: tumores profundos do tronco encefálico podem comprimir o cerebelo.
Os sulcos do cerebelo visam ao aumento da área da superfície cerebelar. Entre os sulcos 
encontramos as lâminas ou folhas cerebelares.
Os sulcos mais aprofundados formam fissuras. Entre as fissuras, encontramos os lóbulos.O 
agrupamento de lóbulos forma um lobo.
O cerebelo apresenta uma área de substância cinzenta mais cortical, enquanto mais central se 
encontra substância branca, formadora da "árvore da vida". O corpo medular do cerebelo é a estrutura 
formada pela substância branca que está dentro do cerebelo, de onde irradiam as lâminas do cerebelo, 
revestidas externamente pela camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar.
No corpo medular, encontramos quatro pares de núcleos do cerebelo de substância cinzenta, que são 
os núcleos centrais do cerebelo:
• Núcleo denteado, é o mais lateral.
• Núcleo fastigial, é o mais medial.
• Núcleo interposto (núcleo emboliforme e núcleo globoso em primatas) está entre os dois citados 
acima.
As fases de desenvolvimento filogenético do cerebelo são de grande importância porque definem a 
forma filogenética de dividir as regiões do cerebelo:
• Primeira fase: arquicerebelo (ciclóstomos). Corresponde ao lobo flóculo-nodular e está ligada às 
funções de equilíbrio e às informações sobre a cabeça no espaço. Conhecido também como cerebelo 
vestibular.
• Segunda fase: paleocerebelo (peixes). Corresponde ao lobo anterior, junto à pirâmide e à úvula, 
e está ligado ao deslocamento dos membros (marcha). Conhecido também como cerebelo espinal.
• Terceira fase: neocerebelo (mamíferos). Corresponde ao restante do lobo posterior, e está 
ligado aos movimentos finos, delicados e assimétricos, que requerem coordenação nervosa muito 
elaborada. Conhecido também como cerebelo cerebral ou cerebelo cortical.
O desenvolvimento e junção dessas três fases compôs o cerebelo atual.
Lâmila cerebelar ou folha cerebelar é o espaço 
contido entre dois sulcos.
Lóbulo é o espaço contido entre duas fissuras, 
e seus agrupamentos formam um lobo.
O cerebelo tem três lobos importantes, subdivididos entre eles em vários outros lóbulos.
• Lobo flóculo-nodular;
• Lobo anterior;
• Lobo posterior.
Funcionalmente, há setores do cerebelo que trabalham com diferentes funções.
17.06.2013
 
Cerebelo II
Formado por três lobos cuja origem filogenética é pré-determinada.O cerebelo permitiu um avanço 
impressionante quanto aos movimentos.
Córtex cerebelar
Córtex cerebelar é formado por três camadas homogêneas: uma receptora, uma efetora e uma 
associativa.
• Camada molecular: associativa; composta por células estreladas, células em cesta e células de 
Golgi, que inibem as fibras de Purkinje.
• Camada de células de purkinje: efetora; composta por células de purkinje, inibitórias sobre os 
núcleos profundos, que trazem informações processadas no córtex cerebelar e informações de fibras 
trepadeiras que vêm do complexo olivar inferior. É capaz de se comunicar com milhares de outros pontos 
sinápticos, principalmente na camada superficial.
• Camada granular: receptora; composta por pequenas células, as células granulares. Recebe 
informações de vários lugares, porém a mais comum é a vinda da fibra musgosa.
De onde vêm as fibras musgosas?
Da medula espinal (vias espinocerebelares), córtex cerebral, etc.
Portanto...
Tudo o que sai de informação do cerebelo, sai pelas células de purkinje.
Tudo o que entra de informação do cerebelo, vem pelas fibras trepadeiras e fibras musgosas.
O impulso gerado na córtex dos núcleos profundos passa entãopara outros pontos.
As células de Purkinje inibem os núcleos profundos, e representam as únicas fibras eferentes.
As células estreladas, em cesta e de Golgi inibem as fibras de Purkinje.
Fibras musgosas e fibras trepadeiras são excitatórias. Trepadeiras: associadas ao aprendizado 
motor.
Por meio de quais mediadores essas células funcionam?
Células excitatórias: são glutamatérgicas;
Células inibitórias: são gabaérgicas; substâncias com o álcool as inibem.
Quais as principais aferências do cerebelo?
Aferências cerebelares: vêm das vias espino-cerebelares (paleocerebelo), aparelho vestibular, córtex 
cerebral (via córtico-ponto-cerebelar).
Quais os caminhos das células de Purkinje de acordo com suas diferentes localizações?
As células de Purkinje do vérmis cerebelar e do lobo flóculo-nodular se projetam sempre para o 
núcleo mais medial (núcleo fastigial). Estão ligadas ao equilíbrio, à postura e à marcha básica. 
Portanto, as lesões do vérmis e do lobo flóculo-nodular causam problemas graves de equilíbrio.
As células de Purkinje da zona intermediária (zona paravermiana) se projetam para o núcleo 
interposto, indo para a medula e controlando principalmente musculatura de extremidades, atuando quanto 
à coordenação motora geral. As lesões dessa região, portanto, causam problemas graves de 
coordenação.
As células de Purkinje da zona lateral se projetam para o núcleo mais lateral (núcleo denteado) e 
voltam para o córtex cerebral, atuando quanto à coordenação motora geral.As lesões dessa região, 
portanto, causam problemas graves de coordenação.
Para onde vão as fibras após atingirem os núcleos?
Lóbulo flóculo-nodular/vérmis-núcleo fastigial: se projetam para os núcleos vestibulares do tronco 
encefálico; formam os tratos vestibulo-espinais.Vão para a região medial da medula, participando do 
sistema motor medial, da inervação da região axial e da musculatura dos membros contra gravidade.
Linha média-núcleo fastigial: compõem as vias vestibulo-espinal e reticulo-espinal, porção medial 
da medula espinal, participando do sistema motor medial. Relacionam-se à postura e equilíbrio.
Zona intermédia-núcleo interposto: ativa núcleo rubro (via cerebelo-rubro-espinal), e suas fibras 
inervam musculatura de extremidades, participando do sistema motor lateral.
Zona lateral-núcleo denteado: vão ao tálamo e à córtex cerebral (via cortico-ponto-cerebelar), 
participando do sistema motor lateral.
Possíveis lesões cerebelares e consequências
Ataxia: lesão da linha média, leva à dificuldade de equilíbrio.
Quais são os possíveis sinais das lesões 
cerebelares?
Dismetria: dificuldade de acertar um alvo.
Decomposição motora: é preciso fragmentar os 
movimentos.
Tremor de intenção: falta de sincronismo entre 
musculaturas agonista e antagonista.
Disdiadococinesia: dificuldade de fazer movimentos 
rápidos e alternados.
Rechaço: dificuldade de parar um movimento.
Nistagmo cerebelar: dificuldade de sincronismo dos globos oculares.
Linguagem escandida: dificuldade na dicção clara.
Aulas práticas de cerebelo I e II: lóbulos do vérmis, fissuras e lóbulos do hemisfério.
• Língula, entre o véu medular superior e a fissura pré-central. Não tem correspondente nos hemisférios.
• Lóbulo central, entre as fissuras pré-central e pré-culminar - corresponde à asa do lóbulo central.
• Cúlmen, entre as fissuras pré-culminar e prima - corresponde à parte anterior do lóbulo quadrangular.
• Declive, entre as fissuras prima e pós-clival- corresponde à parte posterior do lóbulo quadrangular.
• Folium, entre as fissuras pós-clival e horizontal - corresponde ao lóbulo semilunar superior.
• Túber, entre fissuras horizontal e pré-piramidal - corresponde ao lóbulo semilunar inferior.
• Pirâmide, entre as fissuras pré-piramidal e pós-piramidal - corresponde ao lóbulo biventre.
• Úvula, entre as fissuras pós-piramidal e póstero-lateral - corresponde à tonsila.
• Nódulo, entre a fissura póstero-lateral e o véu medular inferior - corresponde ao flóculo.
 
Macete: "Linda loira CDF tarada por um nódulo".
A fissura prima divide o cerebelo em lobos anterior e posterior.
A fissura póstero-lateral divide o cerebelo em lobos posterior e flóculo-nodular.
O flóculo se une ao nódulo pelo pedúnculo do flóculo, formando o lobo nódulo-flocular.
24.06.2013
Diencéfalo I
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, correspondendo ao prosencéfalo. O cérebro é a 
porção mais importante do encéfalo, ocupando 80% da caixa craniana.
O diencéfalo encontra-se encoberto pelo telencéfalo quase completamente, de forma que só pode ser 
vista na face inferior parte que compõe o assoalho do III ventrículo. Ele se divide em quatro partes, que 
compõem os limites do terceiro ventrículo:
49. Tálamo;
50. Hipotálamo;
51. Epitálamo;
52. Subtálamo.
III ventrículo
Corresponde à cavidade do diencéfalo, que é uma estreita fenda ímpar e mediana. Comunica-se com 
o IV ventrículo e com os ventrículos laterais por meio das seguintes estruturas:
Aqueduto cerebral - comunicação com quarto ventrículo.
Forames de Monro (interventriculares) - comunicação com os ventrículos laterais. 
Após o corte sagital mediano do cérebro, é possível visualizar as paredes laterais do III ventrículo, e 
as seguintes estruturas:
Sulco hipotalâmico - depressão que se estende do aqueduto cerebral até o forame 
interventricular. Esse sulco divide tálamo de hipotálamo, de forma que as porções da parede situadas acima 
desse sulco pertencem ao tálamo, e aquelas abaixo pertencem ao hipotálamo.
Aderência intertalâmica - estrutura composta por substância cinzenta similar a uma trave, que 
atravessa em ponte a cavidade ventricular e une os dois tálamos.
Parede anterior
Os limites anteriores são formados pelas seguintes estruturas do telencéfalo que limitam a 
cavidade ventricular:
Comissura anterior: fibras do telencéfalo que ligam um lado ao outro.
Lâmina terminal: pequena e estreita faixa de tecido ependimário, que vai da comissura anterior até o 
quiasma óptico, unindo os dois hemisférios.
Superior e continuamente com a lâmina terminal, anterior à comissura anterior e contínuo com o 
rostro do corpo caloso encontramos a lâmina rostral.
Nota-se, nessa região, o recesso supraóptico.
Assoalho
Os limites do assoalho são formados pelas seguintes estruturas pertencentes ao hipotálamo:
Quiasma óptico - imediatamente posterior à lâmina terminal.Junto a ele vê-se recesso supraóptico.
Infundíbulo - fica preso à hipófise quando se retira o cérebro, por isso é difícil visualizá-lo.
Túber cinéreo - conecta hipotálamo à hipófise; difícil de visualizar na linha média.
Corpos mamilares - compostos por substância cinzenta, é núcleo importante de conexão com o 
sistema límbico.
Para entender a relação entre túber cinéreo, infundíbulo e hipófise, basta imaginar um funil: a parte 
superior mais alargada corresponde ao túber cinéreo, enquanto o estreitamento ao infundíbulo, ao qual se 
prenderia hipófise.
Parede posterior
Não tem delimitação precisa, fazendo-se uso de uma linha imaginária que vai da comissura posterior 
até o corpo mamilar.
Os limites posteriores são formados pelas seguintes estruturas do epitálamo:
Corpo pineal/glândula pineal - limite posterior extremo.
Comissura posterior - fibras de conexão mesencefálica, importantes em reflexos como o reflexo de 
contração pupilar, encontram-se abaixo da g. pineal.
Habênula 
Comissura das habênulas/Comissura habenular - liga os dois núcleos habenulares epitalâmicos, 
encontra-se acima da g. pineal.
Observamos também, junto ao epitálamo, um pequeno recesso do ventrículo chamado recesso 
suprapineal.
Teto
O teto é composto também pelas seguintes estruturas do epitálamo:
Estria medular do tálamo: fibras que saem do epitálamo e conectam os núcleos habenulares até 
estrutura do telencéfalo chamada área septal.
Tela

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