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Aula 4 - Estabelecimento Empresarial

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FACULDADE PARAÍSO –FAP
CURSO – DIREITO
DISCIPLINA- Direito empresarial
PROFESSOR: PEDRO JORGE MONTEIRO BRITO
Aula: 04
TEMA : Estabelecimento 
empresarial 
( Perfil objetivo da empresa)
Parte I
1. Introdução
• Se a empresa é a atividade exercida pelo
empresário, a sua representação patrimonial é
denominada de estabelecimento, que é a reunião
de todos os bens necessários para a realização da
atividade empresarial.
• Estes bens, que em seu conjunto acabam ganhando
um sobrevalor, na medida em que a reunião deles
acaba por produzir a riqueza explorada pelo
empresário, podem ser materiais e imateriais;
• materiais: são o maquinário da indústria, as
estantes da livraria, as mesas e as cadeiras do
restaurante, etc.;
• imateriais: são a marca do produto ou a
designação do estabelecimento difundida
pela clientela;
• Assim, o estabelecimento empresarial é a
representação física (mesmo que imaterial)
da empresa.
conceito legal: o art. 1.142 do CC conceitua o
estabelecimento como sendo todo complexo
de bens organizado, para o exercício da
empresa, por empresário, ou por sociedade
empresária, podendo o mesmo, muito
embora se trate de uma universalidade de
bens, ser objeto unitário de direitos e de
negócios jurídicos, translativos ou
constitutivos, desde que sejam compatíveis
com sua natureza (art. 1.143).
• não se concebe a existência de um
empresário, seja ele pessoa física ou
jurídica, sem o estabelecimento
empresarial; por mais rudimentar que
seja, toda atividade empresarial
necessita da reunião de certos bens,
que, em seu conjunto, propiciam a
consecução dos objetivos empresariais;
• quando o empresário reúne bens de variada
natureza, como as mercadorias, máquinas,
instalações, tecnologia, prédio, etc., em função do
exercício de uma atividade, ele agrega a esse
conjunto de bens uma organização racional que
importará em aumento do seu valor enquanto
continuarem reunidos. A esse sobrevalor dá-se o
nome de aviamento, que nada mais é senão uma
qualidade ínsita ao estabelecimento empresarial;
• proteção jurídica específica: cada bem,
isoladamente, possui uma proteção, como é o caso
do interditos possessórios ou a responsabilização
civil e penal por dano patrimonial, o ponto
comercial pela lei de locação, etc. ;
• O estabelecimento, por sua vez, necessita de uma
proteção própria e o direito deve garantir a justa
retribuição ao empresário quando este perde, por
culpa que não lhe seja imputável, o valor
representado pelo estabelecimento.
• O exemplo da desapropriação do imóvel, onde está
o estabelecimento, esclarece: a indenização
correspondente deve compreender também o
fundo de comércio ou azienda criado pelo
empresário;
• A mesma idéia aplica-se na sucessão por morte ou
na dissolução parcial da sociedade (retirada de um
sócio), devendo o estabelecimento ser considerado
não apenas pelo valor do simples somatório do
preço dos bens, isoladamente considerados, mas
pelo valor destes agregados ao estabelecimento.
• descentralização do estabelecimento: um
empresário pode ter apenas um estabelecimento
empresarial ou vários espalhados numa mesma
localidade ou em localidades diferentes;
• Ao principal dá-se o nome de matriz, e aos demais
filiais, sucursais ou agências. Na matriz encontra-se
a administração central da empresa e onde
geralmente a atividade teve início.
2. Natureza Jurídica
• Para entendermos a natureza desse instituto,
segundo Fábio Ulhoa Coelho, é útil socorrer-se de
uma analogia com outro conjunto de bens, como a
biblioteca;
• Explica: nela, não há apenas livros agrupados ao
acaso, mas um conjunto de livros sistematicamente
reunidos, com vistas a um fim – possibilitar o acesso
racional a determinado tipo de informação. Uma
biblioteca assim constituída tem o valor comercial
superior ao da simples soma dos preços dos livros
que a compõem, justamente em razão desse plus,
dessa organização racional das informações
contidas nos livros nela reunidos.
3. Alienação do Estabelecimento 
OTrespasse 
• O estabelecimento pode ser objeto de
diversos negócios jurídicos; a nós interessa a
cessão daquela universalidade de bens que
ganha o nome de trespasse;
• O trespasse é a operação pela qual um
empresário vende ao outro o seu
estabelecimento empresarial, ficando
responsável pela condução dos negócios a
partir de então;
• o estabelecimento visto como garantia dos seus
credores: por integrar o patrimônio do empresário,
a alienação do estabelecimento está sujeita à
observância de cautelas específicas que a lei criou
com vistas à tutela dos interesses dos credores do
titular do estabelecimento;
• observâncias: primeiramente, o contrato de
alienação deve ser celebrado por escrito para que
possa ser arquivado na Junta Comercial e publicado
ela imprensa oficial (CC, art. 1.144). Sem isso, a
alienação não produzirá efeitos perante terceiros;
• anuência dos credores: em segundo, notificar seus
credores. A anuência pode ser escrita ou tácita,
decorrida esta última modalidade do silêncio do
credor 30 dias da notificação da alienação que o
devedor (alienante) lhe deve endereçar (CC, art.
1.145);
• dispensa da notificação ou anuência: no caso de
restarem, em seus patrimônios, bens suficientes
para solvência do passivo;
• sem a observância de tais cautelas: o
empresário poderá ter sua falência
decretada, com fundamento no art. 94, III, c,
da LF, e, vindo a falir, a alienação será
considerada ineficaz, perante a massa falida,
nos termos do art. 129, VI, da LF, podendo o
estabelecimento ser reivindicado das mãos
de seu adquirente;
• duas conclusões: a primeira, é a venda do
estabelecimento por empresário solvente – neste
caso nenhuma nulidade poderá ser argüida, na
medida em que ele contará com patrimônio
suficiente para suportar todas as sua dívidas;
• a segunda, é a venda de estabelecimento por
empresário insolvente – neste caso a venda
somente terá validade caso o alienante tenha
notificado seus credores e destes não tenha havido
nenhuma objeção nos 30 dias subsequentes à
notificação;
• responsabilidade do adquirente: o passivo
regularmente escriturado do alienante, ou
seja, os débitos existentes à época do
negócio, provenientes de dívidas assumidas
pelo alienante até aquele momento,
transfere-se ao adquirente (comprador do
estabelecimento);
• solidariedade entre o alienante e o adquirente:
nesta hipótese, por força do art. 1.146 do CC, a
responsabilidade pelo pagamento desse passivo é
solidária entre o vendedor e comprador,
continuando o alienante responsável por esse
passivo pelo prazo de 1 (um) ano contado a partir
da publicação da comunicação do trespasse; em se
tratando de débitos vencidos, ou da data dos
respectivos vencimentos, em se tratando de dívidas
a vencer;
• Logo, o adquirente será sucessor do alienante,
podendo os credores deste demandar aquele para
cobrança de seus créditos;
• a cláusula de não transferência do passivo é
ineficaz: exatamente porque irá contrariar texto de
lei (art. 1.146) e, por isso, não liberará o adquirente
que poderá ser demandado pelo credor, cabendo-
lhe, então o direito de regresso contra o vendedor;
• credor trabalhista do alienante: recebe proteção
específica dada pelo art. 448 da CLT, que consagra a
imunidade dos contratos de trabalho em face da
mudança na propriedade ou estrutura jurídica da
empresa, ou seja, o empregado pode demandar o
adquirente ou o alienante, desde que não prescrito
seu direito trabalhista (dois anos);
• credor tributário: nos termos do art. 133 do CTN, o
comprador tem responsabilidade subsidiária ou
integral pelas obrigações fiscais do vendedor, caso
este continue ou não a explorar atividade
econômica;
• quando o adquirente não é considerado sucessor:
sempre que a aquisição do estabelecimento se der
mediante lance dado em leilão judicialpromovido
em processo de RecJud ou Fal. (LF, arts. 60,
parágrafo único, e 141, II). Neste caso, o comprador
não responde pelas obrigações do vendedor,
inclusive fiscais e trabalhistas;
• cláusula de não-restabelecimento: é implícita em
qualquer contrato de alienação de estabelecimento.
O alienante não poderá, nos 5 anos subsequentes à
transferência, restabelecer-se em idêntico ramo,
salvo se devidamente autorizado em contrato. No
silêncio do contrato, surge a obrigação legal (CC, art.
1.147) da não concorrência;
• arrendamento ou usufruto do estabelecimento: a
não concorrência deverá ser respeitada durante
todo o prazo do contrato. Estes contratos só
produzirão efeitos perante terceiros depois de
averbados na Junta e publicados na imprensa
oficial.
• Jornada III STJ 234: Quando do trespasse do
estabelecimento empresarial, o contrato de
locação do respectivo ponto não se transmite
automaticamente ao adquirente. Fica
cancelado o Enunciado n. 64.

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