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* Plásticos e Vidro: Utilização no Laboratório * O que são plásticos? Os plásticos são polímeros flexíveis, isto é, podem ser manipulados e moldados com facilidade. Uma vez que os plásticos são mais facilmente moldados e manipulados quando aquecidos e fundidos, também são chamados de termoplásticos. * Polímeros Um polímero é uma grande molécula, freqüentemente contendo vários milhares de pequenas moléculas ligadas quimicamente entre si formado uma macromolécula. Os átomos que constituem a cadeia principal de um polímero estão organizados em um arranjo regular e esse arranjo se repete indefinidamente ao longo de toda a cadeia polimérica. * Dentre os polímeros empregados como plásticos, encontram-se: Polietileno - PE Polipropileno - PP Poliestireno - PS Poliésteres Policarbonato PVC Nylon * Os recipientes de plástico são úteis no laboratório porque são resistentes a impactos e à corrosão. O plástico não libera íons como certos tipos de vidros, mas pode fixar e lixiviar solutos. Os plásticos não são afetados pela maioria das soluções aquosas. Dois tipos de plásticos comuns que são usados para fazer os artigos de laboratório são o polietileno, que é barato e usualmente descartável, e o polipropileno, que é esterilizável. * Polietileno O polietileno é provavelmente o polímero que mais se observa na vida diária. É o plástico mais popular do mundo. Este é o polímero que compõe as sacolas de supermercado, os frascos de xampu, os brinquedos de crianças, e inclusive coletes à prova de balas. Por ser um material tão versátil, tem uma estrutura muito simples, a mais simples de todos os polímeros comerciais. O polietileno é um polímero vinílico, feito a partir do monômero etileno. * Uma molécula de polietileno não é nada mais do que uma cadeia longa de átomos de carbono, com dois átomos de hidrogênio unidos a cada átomo de carbono: * Poliestireno O poliestireno é um plástico econômico e resistente, e provavelmente só o polietileno seja mais comum em nossa vida diária. O poliestireno, além de sua forma normal, também se apresenta em forma de espuma para envoltórios e como isolante. * Fluropolímeros (Teflon®) PTFE ou politetrafluoroetileno; São química e biologicamente inertes. Resistem a altas temperaturas (até 300°C). São não-molháveis, ou seja, anti-aderentes; Desvantagem: alto custo. * * O Vidro Substância inorgânica, amorfa e fisicamente homogênea, obtida por resfriamento de uma massa em fusão, que endurece pelo aumento contínuo de viscosidade. Industrialmente, pode-se restringir o conceito de vidro aos produtos resultantes da fusão, pelo calor, de óxidos ou de seus derivados e misturas, tendo em geral como constituinte principal a sílica ou o óxido de silício (SiO2), que, pelo resfriamento, endurecem sem cristalizar. * * Composição do vidro Na formulação das composições dos vidros se juntam à sílica outros óxidos, para: facilitar a fabricação, ao diminuir a temperatura de fusão necessária para fundi-los e formá-los e; regular propriedades, como o coeficiente de expansão térmica, índice de refração, cor, constante dielétrica e estabilidade química. * É necessário enfraquecer a estrutura do vidro de sílica para que ele possa ser fabricado mais economicamente. A experiência mostra que os óxidos dos metais alcalinos são os agentes mais eficazes para este fim, sendo por isso, os principais fundentes usados na fabricação de vidro. O de sódio é o mais barato e mais extensamente usado, porém o de potássio e, em alguns casos, o de lítio, que é o fundente mais poderoso, poderão ser usados, apesar de encarecerem bastante a fabricação. A viscosidade da sílica líquida é tão alta em seu ponto de fusão (1.710°C), que a eliminação das bolhas do fundido é quase impossível. * A estrutura do vidro consiste de um retículo irregular de SiO4 tetraédrico conectado por seus átomos de oxigênio. = oxigênio = silício = cátion * O vidro de borossilicato é de alta resistência térmica e não reage com a maioria dos produtos químicos. Pyrex e Kimax são marcas de vidro borossilicato usualmente empregados na produção da vidraria de laboratório. * Devido a sua estrutura irregular, cátions monovalentes, particular-mente o Na+, podem mover-se lentamente pelo retículo de silicato o vidro é um notório trocador de íons (cátions) com as soluções contendo esses cátions Por este motivo, soluções fortemente alcalinas como as de NaOH atacam o vidro, e devem ser armazenadas em frascos plásticos * Uso do vidro no laboratório Um grande nº de diferentes tipos de equipamentos feitos de vidro são empregados no laboratório clínico. A sua utilização correta é parte fundamental de uma análise bem conduzida. Vidro âmbar X vidro incolor * Leitura de volumes Devido ao fenômeno da tensão superficial, a superfície da maioria dos líquidos dentro dos equipamentos de vidraria não é plana, mas forma um menisco côncavo. A leitura correta do volume é feita quando a parte inferior do menisco tangencia o traço indicador de volume do aparelho. * * Quando se lê a altura do líquido dentro de um aparelho, é fundamental que os olhos do operador estejam no mesmo nível do topo do líquido quando isso não ocorre, a leitura do volume poderá ser inferior ou superior ao valor real este desvio é chamado de erro de paralaxe. * Expansão térmica As soluções e vidrarias sofrem expansão com o aumento da temperatura. Artigos de vidraria feitos de Pyrex, Kimax ou outro vidro de baixa expansão podem ser secos com segurança em estufas até no máximo 320°C sem causar dano, embora raramente haja razões para secar um vidro acima de 150°C. A maioria da vidraria é calibrada para conter (TC) ou transferir (TD) um determinado volume à temperatura ambiente de 20°C. * Em trabalhos que requerem extrema exatidão, a concentração das soluções e volumes dos recipientes deverá ser corrigida para mudanças de temperatura * Vidraria de uso corrente no laboratório clínico Equipamentos para medida de volume: aparelhos para conter um certo volume de líquido ex.: balões volumétricos, provetas; aparelhos para dar escoamento a um volume de líquido ex.: pipetas, buretas; Equipamentos para misturas e preparo de soluções ex.: copos de béquer, frascos Erlenmeyer. * Materiais usados para medidas de volumes.... Volumétricos Balão volumétrico Pipeta volumétrica Graduados Pipeta graduada Proveta Bureta * * Vidraria Graduada Volume variável; Boa exatidão; * Vidraria Volumétrica Volume único; Excelente exatidão; * Copos de béquer usados para dissolver substâncias, conter líquidos, efetuar reações e aquecer líquidos sobre tela de amianto têm múltiplas funções no laboratório, mas só devem ser usados para medidas estimativas * Frascos Erlenmeyer utilizados para soluções que devem ser aquecidas ou que precisam de agitação (ex.: titulações) sua boca estreita impede a perda de líquido * Balão de fundo chato (Florence) empregado no aquecimento de líquidos puros ou soluções * Balões volumétricos Usados para medir com precisão um volume determinado, único e fixo, que vem descrito no balão usados para medidas críticas, que requerem exatidão. Possuem colo longo, com um traço de aferição situado no gargalo, sendo usados para o preparo de soluções. * Provetas são cilindros graduados usados em medições precisas de volume de líquidos, em geral superiores a 10 ml. * Buretas São equipamentos calibrados para medidas precisas de volume de líquidos. Permitem o escoamento controlado do líquido através da torneira. Muito utilizadas em titulações. * Pipetas São usadas para medir e transferir volumes conhecidos de líquidos. Os dois tipos básicos de pipetas são a volumétrica ou de transferência e a graduada ou pipeta de medidas. * Pipetas volumétricas Possuem um bulbo oval ou redondo na parte central. São calibradas para transferir volumes fixos com alta exatidão Usualmente são rotuladas com TD, o que indica que são calibradas para dispensar um determinado volume de líquido em um determinado tempo * Pipetas graduadas Calibradas para transferir volumes variados, que se determinam pela diferença entre os volumes indicados antes e depois da transferência. * Como usar as pipetas Aspirar o líquido até acima da marca de aferição, utilizando sempre uma pêra de borracha ou pipetador; Limpar o excesso de líquido da parte externa da pipeta; Ajustar o menisco para que tangencie a marca de aferição; Escoar o líquido para o recipiente desejado, mantendo a ponta da pipeta encostada na parede do recipiente e a pipeta sempre na posição vertical; * Depois que a pipeta terminar de escoar, mantenha-a encostada na parede do recipiente por alguns segundos para se certificar que todo o líquido escoou; Não sopre a última gota, a menos que a pipeta tenha uma banda colorida dupla na parte superior; * Cuidados e limpeza da vidraria Vidraria lascada ou quebrada não utilizar. Aquecimento da vidraria vidro termorresistente todo o material usado para medidas de volumes exatos deve secar espontaneamente ou no máximo a 37°C. Limpeza da vidraria: resíduos de detergentes ou produtos químicos podem interferir nos resultados dos testes; * resíduos de gordura prejudicam o escoamento dos líquidos em pipetas e buretas, levando a erros deve-se lavar com Extran ou uma solução de KOH essas soluções têm efeito corrosivo sobre a pele, devendo, portanto, ser manuseadas com cuidado; toda vidraria deve ser enxaguada com água destilada no final do processo de limpeza; não deixar soluções secarem dentro das pipetas, pois podem se formar cristais de difícil remoção nestes casos, pode ser necessário o uso das soluções sulfocrômica ou nitrocrômica, que são altamente corrosivas; * Bibliografia utilizada: BARKER, Katty. Na bancada: manual de iniciação científica em laboratórios de pesquisas biomédicas. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002. BURTIS, Carl A.; ASHWOOD, Edward R. (Ed.).TIETZ: fundamentos de química clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1998. HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. São Paulo, SP: Manole, [2000]. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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