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Usos da Vírgula
UERJ / FFP 
Prof. Simone Bacellar
A pontuação marca, na escrita, a coesão entre palavras e partes do texto, torna mais preciso seu sentido e aponta as diferenças de entonação.
Emprega-se a vírgula
Para separar termos que exercem a mesma função sintática.Ex: Muitos ficam sufocados por uma ânsia precária de ler tudo, acessar tudo, ouvir tudo, assistir a tudo. (separar orações assindéticas)
b) Para isolar o aposto.Ex: Marguerite Yourcenar (1903-1987), romancista e dramaturga francesa, escreveu Memórias de Adriano.
c) Para isolar o vocativo.Ex: Carolina, as pessoas alegres fazem mais loucuras do que as pessoas tristes, porém, as loucuras das pessoas tristes são mais graves.
d) Para isolar expressões explicativas, como isto é, por exemplo, ou melhor, ou seja, a saber.Ex: Você, por exemplo, poderia arrumar a mesa.
e) Para isolar o nome de um lugar anteposto à data. Ex: Salvador, 13 de fevereiro de 2010.
f) Para separar o adjunto adverbial, quando a ele se quer dar ênfase / quando não segue a ordem natural da estrutura sintática (SVO).Ex.: Duas horas depois, estavam separados. Estavam, duas horas depois, separados.
g) Não se deve empregar a vírgula entre o sujeito e o verbo, ou entre o verbo e o complemento.
Ex.: O prefeito fez, “tudo” pela população.
Ex.: Respeito, é bom. (respeito = sujeito)
g) Para separar as orações coordenadas assindéticas.Ex: Nascemos nas lágrimas, vivemos no sofrimento, morremos na dor. (Santo Agostinho)
h) Antes de todas as conjunções coordenativas (exceto “e” e “nem”).
Ex.: Corremos muito, no entanto não os alcançamos.
i) A conjunção “ou”, quando liga palavras curtas, sem caráter enfático, dispensa a vírgula.
Ex.: Preciso de uma casa ou de um apartamento.
j) Quando os sujeitos forem diferentes, usa-se a vírgula para separar orações constituídas por “e”.
Ex.: A alma do homem é maior do que os mares, e o pó de seus restos enche apenas as palmas de suas mãos...
k) Para indicar a elipse de um termo.
Ex: Daniel ficou alegre; eu, triste.
Ponto e Vírgula (;)
a) Separa várias partes do discurso que têm a mesma relevância.
Ex.: As mulheres conversavam na sala; os homens riam na varanda; as crianças corriam por todos os cômodos.
“A felicidade é sinônimo de tranquilidade; ser feliz é ser tranquilo.”
b) Separa as frases que já estão separadas por vírgulas.
Ex.: A compra de medicamentos, máquinas e uniformes; a contratação de médicos, enfermeiros e técnicos administrativos; a reforma de leitos, enfermaria e laboratórios são medidas urgentes a serem tomadas neste hospital.
c) Separa itens de uma enumeração.
Ex.: Beda, um monge beneditino, nos legou uma prescrição em forma de advertência, na qual diz que há três caminhos para a infelicidade:
Não ensinar o que se sabe;
Não praticar o que se ensina;
Não perguntar o que se ignora.
Dois Pontos (:)
a) Antecede uma citação.
Heródoto (século 5 a.C): “ninguém é tão insensato que prefira a guerra à paz; em tempo de paz, os filhos enterram os pais; em tempo de guerra, os pais enterram os filhos.”
b) Antecede uma explicação/esclarecimento.
O que é um bom livro? É possível estabelecer um critério: um bom livro é aquele que te emociona, isto é, aquele que produz em ti sentimentos vitais, que gera perturbações, que comove, abala ou impressiona. Um bom livro é aquele que, de alguma maneira, te afeta e impede que passe adiante incólume. 
A emoção do bom livro é tão imensa que se torna, lamentavelmente, ir repetível.
c) Usado em frases com discurso direto.
Certa vez, o linguista Flávio Di Giorgi pergunta a um aluno em um sarau na PUC-SP se ele já houvera lido a Odisseia, de Homero; o jovem, cabeça baixa, um pouco envergonhado, diz que não. Imediatamente, o professor, olhos umedecidos, diz a ele, voz embargada e com a sinceridade de sempre: “Te invejo; eu já li”.

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