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Linguagem, Língua e Fala

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
CURSO DE LETRAS
ASSUNTO: LINGUAGEM – LÍNGUA – FALA
LINGUAGEM e LÍNGUA
A linguagem humana é o sistema de comunicação maia rico e organizado. Essa capacidade que só o homem possui de se comunicar através da linguagem se corporifica ou se concretiza numa língua particular e representativa de cada civilização. A língua é assim um sistema de sons, de estruturas vocabulares, de flexão e relação entre as palavras. Cada língua constitui, portanto, um caso particular do fenômeno geral e privativo do homem que é a linguagem.
A Língua é um veículo de comunicação e a Fala é o uso desse veículo por um dado indivíduo numa dada ocasião. Em termos mais exatos, a Língua é um código ao passo que a fala é a codificação de uma mensagem particular que será decifrada pelo ouvinte ou ouvintes (receptores).
A Língua existe num estado potencial. É um conjunto de símbolos armazenados na nossa memória pronto para ser atualizado, traduzido no processo da fala. Os elementos da Língua – palavras, formas gramaticais, construções sintáticas etc – estão igualmente depositados na nossa memória como impressões, modelos, disposições. O essencial é saber que Língua é potencial, enquanto Fala é atualização ou concretização da Língua pelo ser humano.
A Fala é o uso que uma pessoa faz da Língua numa situação específica. É, pois, um ato individual. Por seu lado, a Língua vai além do individual: é propriedade da sociedade em geral. A Língua só pode ser instrumento de comunicação se for a mesma para todos que a falam. A Língua é, pois, um ato social e a Fala é um ato individual.
Outra diferença importante diz respeito à atitude do indivíduo falante em relação à Língua e à Fala. Ele é o senhor absoluto de sua fala, é apenas dele que depende o que dizer, como dizer e até mesmo quando será dito. Mas, enquanto o indivíduo tem o controle absoluto de sua Fala, quanto à Língua, ele recebe-a e assimila-a na primeira infância e, muito pouco, ou quase nada pode fazer para alterá-la.É verdade que alguns indivíduos privilegiados podem exercer alguma influência sobre a Língua, mas, dificilmente, afetarão sua formação ou estrutura básica.
A Fala tem dois aspectos diferentes: um físico e outro psicológico. Os sons são acontecimentos físicos, enquanto os significados por eles expressos são fenômenos psicológicos. A Língua, por seu lado, é puramente psicológica. É constituída por impressões de sons, palavras e aspectos gramaticais depositados na nossa memória, e lá permanecem constantemente ao nosso dispor; um pouco parecido com o dinheiro depositado num banco que continua acessível à pessoa que lá o colocou.
QUADRO COMPARATIVO
	LÍNGUA
	FALA
	CÓDIGO
	CODIFICAÇÃO DA MENSAGEM
	POTENCIAL
	CONCRETIZAÇÂO /ATUALIZAÇÂO
	FIXA
	LIVRE
	SOCIAL
	INDIVIDUAL
	MOVIMENTO LENTO
	PASSAGEIRA / EFÊMERA
	PSICOLÓGICA
	PSICOFÍSICA
LÍNGUA FALADA x LÍNGUA ESCRITA
Entre os diferentes usos sociais da língua, é importante assinalar a diferença entre a Língua Falada e a Língua Escrita. A falada é mais rica de recursos expressivos.Quando falamos, além da presença do receptor, temos uma série de recursos particulares da fala tais como: a entonação, as pausas, o ritmo, os gestos, a expressão facial, além do próprio ambiente. A língua falada é ainda mais viva e espontânea que a escrita bem como sujeita a transformações. 
A língua escrita caracteriza-se pela sua maior elaboração em relação á fala. Suas transformações são bem mais lentas que as realizadas continuamente pela fala. O problema da ortografia é primordial para a escrita.
 
QUADRO COMPARATIVO
	LÍNGUA ESCRITA
	LÍNGUA FALADA
	Sistema de sinais visuais e motores
Distanciamento entre emissor e receptor
Expressividade limitada aos sinais de pontuação (interrogação, exclamação, reticências).
Predominantemente conservadora
Maior dependência aos padrões gramaticais e vocabulares
Emprego de coordenação e subordinação
Clareza na redação, sem omissões e ambigüidades.
Emprego de pronomes relativos e colocação pronominal de acordo com a gramática
Variedades na construção das fases
Emprego de todos os tempos verbais
Vocábulos eruditos, abstrações.
Emprego de termos técnicos e eruditos
	Sistema de sinais sonoros e auditivos
Presença imediata do emissor e receptor
Grande riqueza de recursos expressivos como: entonação, gestos, postura, expressões faciais etc.
Predominantemente renovadora
Possibilidade de flexibilidade em relação aos padrões gramaticais
Predomínio da coordenação
Formas contraídas, omissão de termos no interior das frases.
Supressão dos pronomes relativos e colocação pronominal livre
Uso de frases feitas, chavões.
Emprego restrito de certos tempos verbais ou modos como: mais-que-perfeito, subjuntivo, futuro do pretérito.
Uso de termos coloquiais, onomatopéias.
Emprego de gírias e neologismos
 
 
VARIEDADES DE USO
Pessoas que falam a mesma língua obedecem ao mesmo sistema lingüístico; mas, na execução das mensagens, podem apresentar variações geográficas, regionais, sociais, culturais, temporais, etárias, grupais e até mesmo, segundo alguns autores, de gênero social, ou seja, sexuais. Tomemos como exemplo a nossa Língua Portuguesa: embora seja um sistema comum a brasileiros, portugueses e comunidades de alguns países africanos, ela apresenta variações quanto ao uso que dela fazem os falantes desses países. Mesmo se levarmos em conta apenas a língua portuguesa falada no Brasil, já sabemos que não encontraremos uniformidades nos usos lingüísticos, principalmente na pronúncia e no vocabulário de diferentes regiões brasileiras.
Não é só de região para região que variam os modos de fala; mesmo numa única localidade, os indivíduos não falam da mesma maneira porque fatores como família, grau cultural, escolaridade, profissão, classe social ou o próprio grupo de convívio influenciam nas escolhas lingüísticas realizadas pelo falante. Uma mesma pessoa, em função do contexto de situação e dos interlocutores, pode modificar seu modo de falar
LÍNGUA PADRÃO E GRAMÁTICA NORMATIVA
A língua desempenha importante papel social. Ao ouvirmos alguém falando, recebemos, além do seu discurso, informações de sua condição social pela sua maneira própria de falar.
A língua padrão é aquela modalidade da fala que traduz as formas lingüísticas que gozam de prestígio social. Por exemplo: “eu vi ela” – “ eu lhe vi “ – “eu a vi”. As três formas pertencem ao sistema lingüístico do Português, mas é apenas a terceira forma que pertence à língua padrão, portanto gozando de prestígio social.
Para preservar a língua padrão, para falar “bem” a língua é preciso obedecer a um conjunto de regras presentes na GRAMÁTICA NORMATIVA.
 De acordo com a Lingüística, não existe o certo ou errado em se tratando de língua, mas sim o adequado para uma situação. Lingüisticamente correto é aquilo que é exigido pela comunidade lingüística a que se pertence. Falar correto significa, pois, o falar que a comunidade espera do falante. 
 
 As regras contidas na Gramática Normativa, embora conservadoras, não são totalmente imutáveis, pois são suscetíveis à influência do uso e do tempo, podendo sofrer algumas transformações num longo período sem, contudo, mudar sua estrutura.
SÍNTESE:
Linguagem:
Capacidade universal do ser humano de se comunicar por meio dos mais variados sistemas de sinais
É o meio de expressão das diferentes formas de comunicação
É todo sistema organizado de sinais que serve como meio de comunicação entre os indivíduos
É toda forma de comunicação falada, escrita, gestual, simbólica etc.
É produto da cultura de um grupo
Classificação:
Linguagem Verbal: código que utiliza palavras (faladas ou escritas)
Linguagem Não-Verbal: código que não utiliza palavras, mas sons, gestos,cores, sinais, luzes, mímicas etc.
 Importância social da linguagem:
Formação dos grupos humanos
Evolução dos grupos formados (produção e transmissão de conhecimentos)
NOTA: Texto-síntese organizado pelas professoras da disciplina: Leitura e Produção de Textos. UCB, 2000).

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