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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ ÁREA DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, AMBIENTAIS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA Acadêmico(a): Laura Góes Ferreira Orientador: Prof. Msc. Leonardo Ramos Nicolau da Costa BELÉM 2015 introdução DEFINIÇÃO: “Ventilação não-invasiva (VNI) é definida como uma técnica de ventilação artificial na qual não é empregado qualquer tipo de prótese traqueal (tubo orotraqueal, nasotraqueal ou cânula de traqueostomia), sendo a conexão entre o ventilador e o paciente feita através através do uso de uma máscara nasal ou facial.” FONTE: learning.bmj.com introdução A ventilação não-invasiva (VNI) provê um método alternativo de suporte à respiração do paciente e reduz as complicações relacionadas à intubação. Atualmente o uso da VNI com pressão positiva para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada, foi, certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica nas últimas duas décadas. introdução INDICAÇÕES: Desconforto respiratório com dispneia moderada ou severa, uso de musculatura acessória, respiração paradoxal; pH <7,35 e PaCO2 > 45 mmHg; Frequência respiratória > 25 irpm (adulto). introdução CONTRA-INDICAÇÕES: Absolutas: Parada respiratória; Instabilidade cardiovascular; Paciente não-colaborativo; PO de cirurgia facial, esofágica ou gástrica recente; Trauma ou queimadura facial; Risco de aspiração; Alterações na nasofaringe. Relativas: Ansiedade extrema; Secreção abundante; SDRA com hipoxemia grave. DISCUSSÃO ASPECTOS TÉCNICOS PARA O USO DA VNI: INTERFACES: Máscaras Nasais: mais confortáveis, porém há maior resistência das narinas ao fluxo de ar com vazamento de ar pela boca. FONTE: www.resmedical.com.br FONTE: www.audiomarcashop.com.br Máscara Oronasal ou Facial: é a interface mais utilizada para pacientes com insuficiência respiratória aguda, permitindo maior volume corrente quando comparada com a máscara nasal e, consequentemente, correção mais rápida das trocas gasosas. DISCUSSÃO FONTE: www.cpaps.com.br FONTE: www.lookfordiagnosis.com Máscara Facial Total: tem a vantagem de diminuir o vazamento e possibilitar o uso de maiores pressões inspiratórias. Uma maior área de contato entre a máscara e a face do paciente pode diminuir as lesões de pele relacionadas ao uso da máscara e tornar o seu uso mais confortável. DISCUSSÃO FONTE: www.cpaps.com.br FONTE: www.cpapmed.com.br Capacetes: eliminam o contato da interface com a face do paciente, evitando assim a lesão de pele. O grande espaço-morto dos capacetes e a sua parede muito complacente levam à reinalação de CO2 e à necessidade do uso de maiores valores de pressão inspiratória para garantir a correção das trocas gasosas. DISCUSSÃO FONTE: picolofanelli.wordpress.com VENTILADORES E MODOS VENTILATÓRIOS: Teoricamente, todos os ventiladores e modos ventilatórios podem ser usados com a VNI, porém, podem ser prejudicados com a presença de vazamentos; Os ventiladores específicos para VNI têm como característica principal a presença de um circuito único, por onde ocorrem tanto a inspiração como a expiração. Também foram desenhados para funcionar na presença de vazamento. Um orifício localizado na porção distal desse circuito é obrigatório para minimizar a reinalação de CO2 durante a inspiração. DISCUSSÃO PRESSÃO DE SUPORTE + PEEP: modo ventilatório mais usado e recomendado. Pressão de Suporte (PS): deve gerar um volume corrente de 6 a 8 mL/kg e frequência respiratória de < 30 irpm; PEEP: em torno de 6 cmH2O. DISCUSSÃO CPAP (Continuous Positive Airway Pressure): evita a completa eliminação do gás inspirado, mantendo por consequência direta maior estabilidade alveolar. O aumento da capacidade residual funcional faz com que ocorra o aumento da pressão interalveolar ao final da expiração, permitindo, assim, uma melhora nas trocas gasosas Consiste em um sistema de fluxo contínuo, fornecido por um gerador de fluxo que funciona apenas com ar ambiente, podendo a mistura gasosa ser enriquecida com oxigênio Utilizado no valor mínimo de 10 cmH2O. DISCUSSÃO FONTE: www.respshop.com BINÍVEL/BIPAP (Bilevel Positive Pressure Airway): trabalha com dois níveis de pressão: uma pressão inspiratória maior (IPAP) e outra pressão expiratória menor (EPAP), que se alternam nas vias aéreas durante o ciclo respiratório; A pressão expiratória (EPAP) permanece sempre mais baixa afim de facilitar ao máximo a expiração e assim diminuir o esforço para exalar. DISCUSSÃO FONTE: imgkid.com APLICAÇÕES CLÍNICAS: Ventilação não-invasiva na DPOC agudizada: Grau de recomendação: A VNI deve ser utilizada como tratamento de primeira escolha para pacientes com agudização da DPOC, especialmente para aqueles pacientes com exacerbação grave, caracterizada pela presença de acidose respiratória (pH < 7,35). DISCUSSÃO Ventilação não-invasiva na exacerbação da asma: Grau de recomendação: B VNI pode ser utilizada em conjunto com o tratamento medicamentoso convencional para o cuidado de pacientes selecionados com exacerbação aguda e grave da asma. PS + PEEP ou CPAP no Edema Pulmonar Cardiogênico: Grau de recomendação: B O uso de pressão expiratória de 10 cmH2O parece ser o ponto chave do benefício respiratório/hemodinâmico para pacientes com edema agudo dos pulmões de origem cardíaca, tanto durante o uso do CPAP, quanto na VNI com PEEP + PS. DISCUSSÃO Ventilação não-invasiva na insuficiência respiratória hipoxemica: Grau de recomendação: B Estudos indicam que o uso da VNI é tão efetivo quanto a ventilação mecâmica convencional para a correção da hipoxemia, diminuindo o tempo na ventilação mecânica. Ventilação não-invasiva na SDRA: Também demonstra ser efetivo na correção da hipoxemia, diminuindo os casos de intubação. DISCUSSÃO Ventilação não-invasiva como estratégia de desmame: Grau de recomendação: B A VNI através de máscara facial como estratégia de desmame pode ser utilizada em paciente com repetidas falhas no teste de respiração espontânea, porém as evidências de seu benefício ainda são consideradas insuficientes. DISCUSSÃO FALÊNCIA DA VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA: A piora das condições clínicas, assim como o aparecimento de qualquer um dos critérios de contraindicação da VNI, são suficientes para considerar-se a falência do suporte ventilatório não-invasivo. O respeito aos critérios de seleção dos pacientes, início precoce e observação dos parâmetros de falência fazem da VNI uma técnica eficiente e segura. DISCUSSÃO CARVALHO, C. Ventilação Mecânica: Volume II – Avançado. São Paulo: 2000. KNOBEL, E. Condutas no Paciente Grave. São Paulo: 1998. SCHETTINO, Guilherme P. P. et al . Ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 33, supl. 2, p. 92-105, July 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132007000800004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 17 Maio 2015. REFERÊNCIAS
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