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Fordismo: Origem, Princípios e Crise

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO								02
HENRY FORD								03
FORDISMO									03
3.1	Princípios básicos								04
3.2	Wage motive e capitalismo do bem estar social				04
3.3	Sindicatos									05
CRISE FORDISTA								05
CONCLUSÃO								06
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS					07
ILUSTRAÇÕES								08
						
Introdução
Este trabalho relata o surgimento, o desenvolvimento e o declínio do modelo fordista que foi por quase 100 anos o modelo de trabalho utilizado para a fabricação de produtos em massa. Este método mudou completamente o padrão da época.
Ocorrem várias interferências na utilização deste modelo de produção que explicarei nas páginas a seguir que fazem com que este processo seja substituído por outro mais eficiente fundamentado em fórmulas inovadoras no objetivo de superar as falhas do fordismo. Este modelo, chamado de toyotismo, elabora um discurso voltado para a valorização do trabalho em equipe, da qualidade do trabalho, da qualificação e motivação do trabalhador.
Mesmo com esta substituição, alguns princípios utilizados no modelo fordista foram aperfeiçoados e utilizados no toyotismo, e continuam sendo seguidos e colocados em prática até os dias de hoje.
	
Henry Ford
Henry Ford Ford nasceu em 30 de junho de 1863, no estado do Michigan. Iniciou sua trajetória com motores, na fazenda de seu pai. Ele era responsável pelos reparos nas máquinas da fazenda, mostrava muita habilidade para inovar e observava o funcionamento mecânico das máquinas e equipamentos. A vida na fazenda era difícil, exigia serviços pesados feitos à mão. Por causa disso, desde menino Ford já demonstrava o interesse em diminuir o trabalho manual com o uso de máquinas.
Foi um importante engenheiro americano, fundador da Ford Motor Company e produziu seu primeiro automóvel em 1892. Ford é considerado o primeiro a implantar um sistema de produção em série, a ele é atribuído o "fordismo", isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como "linha de montagem", o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos. Ford via no consumismo uma chave para a paz, o que o levou certa vez a dizer: "o dinheiro é a coisa mais inútil do mundo. Não estou interessado nele, mas sim no que posso fazer pelo mundo com ele". Com isso ele quis dizer que o dinheiro só tem importância quando utilizado para criar e modernizar processos.
 Ele notou que era muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado. O modelo de automóvel mais famoso produzido por Henry Ford foi o modelo “T”, também conhecido como “Ford Bigode”. Este veículo foi o mais vendido no final do século XIX.
O intenso empenho de Henry Ford para baixar os custos resultou em muitas inovações técnicas e de negócios, incluindo um sistema de franquias que instalou uma concessionária em cada cidade da América do Norte, e nas maiores cidades em seis continentes. Ford deixou a maior parte de sua grande riqueza para a Fundação Ford, mais providenciou que sua família pudesse controlar a companhia permanentemente.
Faleceu em 7 de abril de1947.
Fordismo
O Fordismo foi um modelo de produção criado por Henry Ford que visava trabalhar o produto interruptamente desde a matéria-prima até o produto final. Seu principal objetivo era a produção industrial elevada no menor espaço de tempo a um menor custo. Para isso utilizava-se o trabalhador que reproduzia mecanicamente a mesma ação durante todo o dia. Os veículos eram colocados numa esteira e passavam de um operário a outro para que cada um fizesse sua parte no serviço. Visto como simples apêndice da máquina, o operário fordista sofria com o trabalho repetitivo, massificado e intenso, trabalho esse existente enquanto peça fundamental para o aumento do lucro capitalista. 
A indústria automobilística caracterizou-se por ser pioneira na organização da produção industrial. Foi dela que se originou tanto o fordismo quanto os métodos flexíveis de produção. Foi nela que se introduziu o uso de robôs industriais e da produção informatizada. No início meramente artesanal e individualizado, a produção de automóveis era mais lenta pois construíam-se e ajustavam-se as peças em cada carro, que compreendia no entanto um trabalho de maior qualidade, mas de alto preço. Já no Fordismo, a fabricação em série implicou na queda da qualidade dos veículos. Em contrapartida, o carro ficou mais barato, tornando-o um meio de transporte acessível às pessoas. Ford, então, aplicaria os métodos do taylorismo, também chamado de organização científica do trabalho, para atender um potencial consumo de massas. A justificativa para isso é que apenas a produção em massa poderia reduzir os custos de produção e o preço de venda dos veículos. No entanto, produção em massa significa um grande número de empregos e um conseqüente achatamento dos salários. 
3.1)	Princípios básicos
O modelo de produção de Ford continha 3 princípios básicos:
Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de fabricação dos equipamentos e a rápida colocação do produto no mercado. 
Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período por meio da especialização e da linha de montagem. 
Este processo de linha de montagem, fez com que os operários fossem colocados um ao lado do outro e em frente a uma esteira rolante, para realizar o trabalho que lhes cabe, ligando as tarefas individuais sucessivas. Mas era necessário adequar ainda mais a produção aos objetivos traçados. E foi no intuito de reduzir o trabalho do operário a gestos simples e repetitivos e evitar constantes adaptações das peças produzidas aos veículos, que Ford decidiu por padronizá-las. Ocorre, então, o que se chama de integração vertical, ou seja, o controle da produção total de autopeças, comprando as firmas fabricantes. 
Com isso a empresa muda radicalmente a organização da produção para ser mais eficaz e adaptar-se à demanda, assume a liderança da indústria, conquistando fatias do mercado e se tornando dominante. Dessa forma, os rivais têm que seguir o modelo dominante para não desaparecerem ou saírem do mercado. É o que acontece com as demais indústrias de automóveis como a General Motors e a Chrysler, por exemplo. No entanto, a acirrada competição entre as empresas impede que recursos suficientes fossem destinados à melhoria de certas condições de trabalho, pois eram necessários custos de produção cada vez mais baixos para conquistar fatias do mercado.
3.2)	Wage motive e capitalismo do bem estar social
Em 5 de janeiro de 1914, Ford anunciou seu programa "cinco dólares por dia". O programa revolucionou a época e consistia em reduzir o dia de trabalho de 9 para 8 horas, e aumentar o salário diário de US$ 2,34 para US$ 5 para trabalhadores qualificados.Outra inovação também foi a participação dos funcionários nos lucros da empresa, deixando assim seus funcionários motivados pelo alto salário.Com isso, Ford conseguiu diminuir consideravelmente a rotatividade de empregados, tendo ainda os melhores mecânicos no seu quando de funcionários devido ao grande salário, aumentando assim a produtividade e reduzindo os custos de treinamento. Ford chamou isso de "salário de motivação" ou "wage motive".
Henry Ford foi um pioneiro do capitalismo do bem-estar social que visava melhorar a situação dos seus trabalhadores e especialmente para reduzir a grande rotação de empregados de muitos departamentos, que contratavam 300 homens por ano para preencher 100 vagas. Eficiência significava contratar e manter os melhores trabalhadores.
3.4)	Sindicatos
Os sindicatos vendo que os trabalhadores estavam tendo problemas de saúde devido ao trabalho repetitivo e desgastante, avaliando uma baixa qualificação profissional devido a falta detreinamentos e a falta de visão geral sobre todas as etapas de produção e a alta degradação ambiental intervirem em prol dos operários realizando manifestações.
4)	Crise fordista
Os anos 70 marcaram o início de uma crise estrutural que se caracterizou, principalmente, pela queda na taxa de lucro causada pelo aumento do preço da força de trabalho, resultante das lutas entre capital e trabalho dos anos 60, pelo desemprego estrutural que se iniciava, causando uma retração do consumo que o modelo fordista mostrou-se incapaz de solucionar, pela crise do Estado do bem-estar social e do aumento das privatizações, dados pela crise fiscal do Estado capitalista.A crise do modelo fordista exigia que o capital viesse a estabelecer mutações em sua estrutura. Por ser incontrolável, o capital elabora sempre uma saída para sua crise. Utilizando-se da experiência do fordismo, cria um novo modelo de produção que tem como objetivo solucionar os problemas que teriam levado o modelo anterior a uma crise estrutural. Tem início, então, um processo de reorganização. Na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o surgimento de um novo sistema de produção mais eficiente. O Toyotismo, que seguia um sistema enxuto de produção, aumentando a produção, reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e eficiência no sistema produtivo.
O Fordismo é utilizado até hoje na fabricação de automóveis. Foi e continua sendo o único modelo de produção capaz de atender a demanda exigida pela sociedade atual que após a crise econômica de 2008 e 2009 teve uma significante queda nas vendas e tiveram de demitir seus funcionários pela repercussão da crise também no mercado de automóveis.
5)	Conclusão 
De acordo com o nosso trabalho, podemos dizer que o fordismo vigorou por quase todo o século XX, e suas características marcantes foram a produção em massa, a linha de montagem, a padronização das atividades desenvolvidas e o parcelamento de tarefas.
Os métodos utilizados por Ford modificaram todo o pensamento da época. Esse modelo foi marcado pelo aparecimento da máquina a vapor onde os donos de fábricas buscavam aumentar seus lucros reduzindo as despesas, fosse por via de implementação tecnológica ou exploração dos operários. Com a padronização do maquinário e das atividades desenvolvidas pelos operários, o produto final era exatamente igual. Como exemplo disso, podemos citar uma das principais frases de Ford: “o cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto” nessa concepção o cliente não tem escolha. Os fabricantes elaboravam produtos para suprirem o gosto do maior número de pessoas possíveis. O produto é "empurrado" para a população.
Esse foi um dos maiores motivos que Ford foi perdendo o mercado para o toyotismo, por eles fazerem pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes. Na produção em série de Ford ainda houve muitos desperdícios de matéria prima e tempo de mão-de-obra na correção de defeitos do produto.
Devido cada funcionário fazer apenas uma função, pode notar a desqualificação da mão da obra e as doenças acarretadas pelo trabalho repetitivo. Isso hoje em dia é um ponto negativo para qualquer empresa, visando que seu funcionário ficaria desmotivado, não teria visão de todo o processo desde sua criação até o produto final e com isso, conseqüentemente acarretaria a desmotivação, aumentaria o absenteísmo onde assim a empresa não teria o lucro final desejado com a ausência do funcionário seja devido a desmotivação ou a problemas de saúde e perderia o aperfeiçoamento das técnicas devido a desqualificação do mesmo. Podemos dizer que o fordismo foi um sistema que visava à racionalização extrema da produção e a maximização do lucro.
Essa estrutura durou até o final da Segunda Guerra Mundial onde aparece outro sistema de produção - o toyotismo, que veio mudando a forma de pensamento, ele visava não só lucro mas a satisfação do cliente com o produto. No entanto não podemos dizer que apenas um método é suficiente para as nossas empresas.
Nos dias de hoje, um engenheiro de produção ainda utiliza algumas características fordistas como, por exemplo, o investimento em máquinas e instalações, o maior lucro na produção no menor tempo possível, porém se preocupa também com a motivação, a saúde e a qualificação do funcionário. Um exemplo claro disso é: por mais que o funcionário desenvolva a mesma função, ele conhece todas as outras etapas do processo, para que conheça o produto final, possibilitando que o funcionário busque cada vez mais qualificação e visão de crescimento profissional, sempre visando o lucro juntamente com a satisfação do cliente, buscando melhorar cada vez mais o produto, não esquecendo que nos dias de hoje as empresas além de preocuparem com o a satisfação do cliente com os produtos fabricados devem também pensar na sustentabilidade.
Referências Bibliográficas:
GOUNET, Thomas. Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo: Boitempo Editorial, 1992. ISBN 85-85934-44-1.
MAIA, Adinoel Motta. A era Ford: Filosofia, ciência, Técnica. Salvador: Casa da Qualidade, 2002. ISBN 85-85674-70-9.
WOMACK, James P. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. ISBN 85-7001-742-1.
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. ISBN 978-85-7743-028-4
Enciclopédia Mirador Internacional;
Enciclopédia Temática Barsa (volume 7);
Ilustrações
Henry Ford
Conceito básico fordista
Ford com sua criação: o Ford Bigode (modelo T)
Linha de produção em massa na esteira rolante

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