Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTÓRIA DA HOMEOPATIA NO CONTEXTO DA HISTÓRIA DA MEDICINA MUNDIAL Prof. Francisco José de Freitas Profª Débora Alves dos Santos Fernandes 2016 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 HISTÓRIA DA MEDICINA • Pré-história / Medicina primitiva • História antiga – Medicina Oriental (excetuando-se a medicina a Grega antiga e a Romana) • História ocidental – Idade Média – Moderna – Contemporânea Bastão de Esculápio Símbolo da Medicina 2 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Evolução do Pensamento Linha de tempo no conhecimento Med. Egípcia 5.000 a.C. MTC 2.500 a.C. Medicina Primitiva (...) a.C. Med. Grega 500 a.C. Med. Romana 300 a.C. Med. Árabe 1.000 d.C. Med. Ayurvédica 3.000 a.C. 3 Idade Média 1.500 d.C. Paracelso 1.600 d.C. Van Helmont Stahl 1.700 d.C. Hahnemann 1.900 d.C. 2.000 d.C. Pesquisas atuais Medicina Primitiva • origem das doenças: – maus espíritos • misticismo, religião e magia • ervas, banhos, repouso, calor • Xamãs – grandes conhecedores das ervas e das técnicas de afastar os maus espíritos, pessoas de grande poder e respeito em suas tribos (...) a.C. 4 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Ayurvédica • Harmonia: corpo, mente e espírito • Textos mais famosos pertencem às escolas de Charaka e Sushruta (marco histórico) – Charaka: a saúde e a doença não são predeterminadas e a vida pode ser prolongada pelo esforço humano – Sushruta: finalidade da medicina curar as doenças do doente, proteger o saudável e prolongar a vida • Yajur Veda refere-se especialmente às questões médicas, daí decorrendo o nome Medicina Ayurvédica 6.000 a.C. 5 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Ayurvédica • Descreve oito ramos: – chikits (medicina interna), shalyachikits (cirurgia incluindo anatomia), kyachikits (doenças do olho, ouvido, nariz, e garganta), kaum; rabhritya (pediatria), bhtavidy; (psiquiatria, ou demonologia), agada tantra (toxicologia); rasyana (ciência do rejuvenescimento), e karana (a ciência da fertilidade) • Distinta da Alopatia mesmo na própria Índia 6.000 a.C. 6 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Egípcia • Cirurgia não-invasiva básica • Ortopedia • Medicina Dentária (marco histórico) • Farmacopéia – bolores e excrementos – plantas medicinais (mirra, romã, linhaça, erva – doce, alho, sene, rícino, alface, heléboro, papoula) • Técnicas de embalsamamento 4.000 a.C. 7 Gravura do Templo de Kom Ombo do período Ptolomaico Instrumentos médicos Prótese em madeira e pele usada por um amputado Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Egípcia • Influência da magia e religião, envolvimento do sobrenatural • Comum iniciar o tratamento com apelo à divindade • A escola de pensamento influenciou tradições poste- riores, incluindo os gregos • Longa tradição empírica da prática e da observação 4.000 a.C. 8 Pintura do túmulo de Ipuy. Cura com palhetas ou penas: oftalmologista curando olho de artesão. Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Babilônica Medicina Mesopotâmica (Assírio-Babilônica) • Leis reguladoras: da sociedade e da medicina – Médicos-sacerdotes (Assipu) – Leigos-médicos (Assu) • Influência do sobrenatural: – Causas das doenças: demônios – Sacrifício de animais • Ervas • Poder curativo da água e do fogo • Canalizações para água e esgoto • Caduceu 2.200 a.C. 9 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa • Conjunto de práticas de médicas tradicionais desenvolvidas durante a história da China • Princípio básico: – teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) – chi circula pelo corpo por meio de meridianos – meridianos são as conexões entre os órgãos 2.000 a.C. 10 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa • Reconhece que leis fundamentais governam o funcionamento do organismo humano e que há interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza • Fundição do Bronze (marco histórico) 2.000 a.C. 11 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa Principais práticas – Acupuntura (針疚) – Moxabustão (艾炙) – Ventosaterapia (拔罐) – Tui Na ou Tuiná (推拿) – Fitoterapia chinesa (中药) – Terapia alimentar chinesa (食療) – Exercícios, meditação e artes marciais relacionadas à respiração e à circulação da energia 2.000 a.C. 12 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa Principais técnicas de diagnóstico • Necessário: – observar – ouvir e cheirar – saber o histórico do paciente – palpar o pulso, o tórax e o abdome, outras partes do corpo, os canais e os pontos 2.000 a.C. 13 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa Principais técnicas de diagnóstico • Para saber se há: – Patologia interna – Patologia externa – Síndromes gerais • Conjunto de sintomas que dizem respeito à totalidade do organismo e a nenhum órgão em específico – Síndromes de órgão 2.000 a.C. 14 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Primitiva • origem das doenças: maus espíritos • misticismo, religião e magia • ervas, banhos, repouso, calor • Xamãs - grandes conhecedores das ervas - técnicas de afastar os maus espíritos - pessoas de grande poder e respeito em suas tribos (...) a.C. 15 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • Cirurgia não-invasiva básica • Ortopedia • Medicina Dentária Farmacopéia • Técnicas de embalsamamento • Influência da magia e religião, envolvimento do sobrenatural • Comum iniciar o tratamento com apelo à divindade • A escola de pensamento influenciou tradições posteriores, incluindo os gregos Prótese em madeira e pele usada por um amputado 5.000 a.C. Medicina Egípcia Pintura do túmulo de Ipuy. Cura com palhetas ou penas: oftalmologista tratando olho de artesão. 16 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • Harmonia: corpo, mente e espírito • Textos mais conhecidos de Charaka e Sushruta –Charaka: a saúde e a doença não são predeterminadas e a vida pode ser prolongada pelo esforço humano –Sushruta: finalidade da medicina curar as doenças do doente, proteger o saudável e prolongar a vida • Yajur Veda refere-se às questões médicas, daí decorrendo o nome Medicina Ayurvédica 3.000 a.C. 17 Medicina Ayurvédica Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Tradicional Chinesa - MTC • Conjunto de práticas de médicas tradicionais desenvolvidas durante a história da China • Princípio básico: –teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) –chi circulapelo corpo por meio de meridianos –meridianos são as conexões entre os órgãos 2.500 a.C. 18 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Grega • Esculápio • Traumas de batalhas • Hipócrates (460 - 375 a.C.) • Causas naturais das doenças • Duas correntes de medicina se definiram: – escola de Cnido: existiam doenças – escola de Cos: não doenças, mas sim doentes • Três princípios de cura: – Cura pelos contrários – Cura pelos iguais – Cura pelo semelhante 500 a.C. 19 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Romana • construir esgotos • drenar pântanos • casas de banho e aquedutos • Galeno, de origem grega, “o cirurgião dos gladiadores” – conceito moderno de vitalismo – tratava utilizando as leis dos contrários 300 a.C. 20 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Medicina Árabe • Fogueiras da “santa inquisição” • Alquimia: farmácias • Médico Rhazes (885-965 d.C.): – varíola e varicela • Mohamed al Gafequi (XIII d.C.) – inventor dos óculos – cirurgia de catarata 1.000 d.C. 21 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Idade Média • Ameaças: – prisão e/ou fogueira aos estudiosos • Cruzadas • Surtos epidêmicos – sífilis – hanseníase – peste bubônica • Renascença – na medicina, nas artes 1.500 d.C. 22 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Filipe Bombast von Hohenhelm Paracelso (1493 - 1591) • Alquimia, Filosofia e Medicina • Causa espiritual das doenças – "... Mas, uma vez que o corpo não possui nenhuma participação nesta forma de vida (espiritual), ela é o ens spirituale, o princípio ativo espiritual, de onde brota a doença..." (Hahnemann "Lesser Writings") • Resgate da lei de cura pelos Iguais de Hipócrates – "Onde as doenças afloram, também podem se encontrar as raízes da saúde (...)" (Hahnemann. "Lesser Writings") • “A medicina se fundamenta na natureza, a natureza é a medicina, e somente naquela devem os homens buscá-la. A natureza é o mestre do médico, já que ela é mais antiga do que ele e ela existe dentro e fora do homem.” 1.500 d.C. 23 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Jean-Baptiste van Helmont (1578 - 1644) • ≈ Paracelso • Archeus em desarmonia geram as doenças • Archeus: Princípio imaterial, força vital e espiritual, mas não a alma • Doença: espírito > matéria • Não existe doença e sim doentes • Causas exteriores eram ocasionais e não essenciais 1.600 d.C. 24 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 George Ernest Stahl (1660 - 1734) • Doença: – desarmonia do espírito – sintomas e sinais > esforço da Anima para restaurar o vigor e a harmonia • Teoria da anima imaterial – regula as funções fisiológicas – resgata o vitalismo 1.600 d.C. 25 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Samuel Christian Friederich Hahnemann (1755 - 1843) • Doença: – desarmonia da energia vital – conceito vitalista • Medicamentos ultramoleculares • Organon da Arte de Curar (1810) – filosofia homeopática – prática homeopática – conduta moral do profissional 26 “§1 do Organon: A mais elevada e única missão do médico é tornar saudáveis as pessoas doentes, o que se chama curar *. * (...) é hora de todo aquele que se intitula médico deixar, finalmente, de uma vez por todas, de iludir os pobres indivíduos com palavrórios, começando, então, em contrapartida, a agir, isto é, a auxiliar e curar realmente.” 1.700 d.C. Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Meissen - Alemanha 27 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • 1790 - Matéria Médica, médico escocês, Dr. Cullen - artigo que tratava da quina - utilizada para o tratamento da malária - "SIMILIA SIMILIBUS CURANTUR“: Hipócrates 28 • 1796 - jornal de Hufeland - “Ensaios sobre um novo princípio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicinais, seguido de algumas exposições sumárias sobre os princípios aceitos até os nossos dias”. Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 29 The Arte of Dealing. Samuel Hahnemann “Organon of the Medical Art” "Organon da Arte de Curar " Organon = instrumento Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 1ª Parte - Teórica ou Doutrinária "A Ciência Homeopática" • § 1 ao 2 - A missão do médico • § 3 ao 4 - Sobre o domínio do verdadeiro médico • § 5 ao 17 –Binômio saúde / doença - a concepção hahnemanniana • § 18 ao 21 - Sobre o poder farmacodinâmico das substâncias • § 22 ao 27 - Similia similibus curentur • § 28 ao 69 - Sobre os métodos de tratamento • § 70 - Conclusões da parte teórica ou doutrinária 30 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • § 71 - Sobre a arte homeopática • § 72 ao 104 - Propedêutica e Clínica • § 105 ao 145 - Sobre a patogenesia • § 146 ao 184 - Sobre o tratamento • § 185 ao 203 - Sobre as doenças e tratamentos parciais • § 204 ao 209 - O tratamento das doenças crônicas • § 210 ao 230 - Doenças psíquicas e mentais • § 231 ao 244 - Doenças intermitentes • § 245 ao 264 - O uso do medicamento • § 265 ao 285 - A farmacotécnica homeopática • § 286 ao 291 - Os agentes terapêuticos não medicamentosos 31 2ª Parte - Prática "A Arte Homeopática" Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 I - A MISSÃO DO MÉDICO § 1 Sobre a missão do Médico • A única e nobre missão do médico é curar, ato que consiste em restabelecer a saúde ao indivíduo doente. 32 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 § 2 Definição de Cura • O objetivo ideal da cura é o restabelecimento rápido, suave e permanente da saúde ou a remoção e total destruição da doença em toda sua extensão, através do caminho mais curto, seguro e menos prejudicial, baseado em princípios facilmente compreensíveis. 33 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 II - sobre domínios do verdadeiro médico § 3 Habilidades e competências do médico nas ações curativas Se o médico : • Perceber com clareza o que deve curar nas doenças, isto é, em cada caso patológico individual (conhecimento da doença, indicação); • Perceber claramente o que existe de curativo nos medicamentos, isto é, em cada medicamento em particular (conhecimento do poder medicinal); 34 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • Souber adaptar, conforme princípios perfeitamente definidos, o que existe de curativo nos medicamentos ao que descobriu de indubitavelmente mórbido no doente (Princípio da Semelhança), de modo que obtenha seu restabelecimento (conhecimento da clínica homeopática); • Souber também adaptar convenientemente o medicamento mais apropriado ao caso que se lhe apresenta, segundo seu modo de ação, (eleição do remédio, indicação do medicamento); 35 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • Souber ainda adaptar convenientementeo medicamento mais apropriado ao caso, de acordo com o modo exato de preparo e quantidade necessária e o período conveniente de repetição da dose (dose apropriada : potência e freqüência); • E, finalmente, souber reconhecer os obstáculos ao restabelecimento em cada caso e for hábil para removê-los, de modo que o restabelecimento seja permanente (conhecimento da psico-bio-sociopatografia). 36 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 • Então terá compreendido a forma racional de curar e será um verdadeiro médico. 37 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 NASCIMENTO DE UMA CONCEPÇÃO δ1, 2, 3 do Organon C. DUNHAMM - Método do raciocínio indutivo - observação exata - interpretação correta - explicação racional - construção científica a) noção de totalidade sintomática - δ 7,189,190 b) noção de especificidade medicamentosa - δ 118,119 c) noção "miasmática" das doenças crônicas e dos modos reacionais - terreno/constituição - δ 5 d) concepção dinâmica de doença, de saúde e de cura / força vital – δ 7, 9, 10, 38 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Lei da Semelhança Lei de Experimentação no Homem São e Sensível (patogenesias) Lei de Unidade Medicamentosa Lei de Doses Mínimas • Hipócrates: similia similibus curentur – “semelhante cura semelhante” • Tradução da Matéria Médica do Dr. Cullen • Christian Friederich Samuel Hahnemann: experimentação da Quina 39 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Experimentador ideal: • ser um médico dotado de boa saúde • isento de preconceitos • capaz de analisar suas sensações • boa saúde e qualidades morais • Incluindo: homens e mulheres, de diferentes constituições, e que não recebiam pagamento por sua colaboração • durante a experimentação: evitar mudanças bruscas; abstenção de substâncias que pudessem ter ação medicinal 40 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Individualização dos sintomas: • hora, duração, local, melhoria ou piora dos sintomas com repouso, movimento, toque, pressão, frio, calor, dentro ou fora de casa, hora do dia, mudança de temperatura, etc. • descrever os sonhos, emoções, pensamentos, desejos para alguns alimentos, modificação nas funções 41 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 42 Patogenesias • Conjunto de sintomas provocados pela administração experimental de um medicamento num indivíduo são e sensível. Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Fontes da Patogenesia a) Toxicologia: lesões orgânicas b) experimentação patogenésica propriamente dita sinais e sintomas funcionais – gerais – mudanças eventuais do comportamento geral “mudanças na maneira de sentir ou agir” c) efeito primário d) efeito secundário e) idiossincrasia f) classificação dos sintomas 43 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Técnica de Experimentação Sobre o Homem São • Preparação da substância a experimentar § 123-124 • Regime a ser seguido durante a experimentação §125 • Da escolha do indivíduo § 126-127 • Dose e sua repetição § 128-132 • Observação dos sintomas e seus efeitos experimentais § 133 - 138 • Relato dos resultados § 139-140 • Auto-experimentação § 141-142 • Conclusão § 143 44 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Técnica Experimental Atual • Duplo-cego • Dose e intervalo - Especificação dos sintomas - Detalhar os sintomas • Descrição minuciosa dos pontos precisos • Observação das modificações biológicas 45 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Lei de Dose Mínima • Doses ponderais X doses ultramoleculares • Por que dinamizar a substância? • Ação primária e ação secundária • Idiossincrasia 46 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 GRANDES DOSES PEQUENAS DOSES Ação primária Efeito secundário Ópio depressor do SNC estimula ativid.intelectual sono comatoso estimula atividade nervosa relaxante muscular estimula atividade muscular Arsênico hemólise maciça estimula a hematopoiese Quinina dificulta circulação acelera a circulação dificulta respiração estimula a respiração aumenta o apetite 47 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 MÉTODO FARMACOLÓGICO 1789 - Dresden Doses mínimas - Homeopáticas/infinitesimais - método Centesimal Hahnemanniano CH, diluição e dinamização. 48 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 DOSES ALTAS DOSES MODERADAS DOSES BAIXAS Ação Primária Ação Secundária 49 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 Ação Primária e Secundária • Hipócrates - “...o medicamento não faz sempre a mesma coisa neste instante e no instante seguinte, agindo de maneira contrária a ele mesmo no mesmo indivíduo, sendo estas ações opostas uma à outra”. • Efeito secundário, inverso ao primário • Lei de Arndt - Schultz - 1920 - toda excitação provoca na célula um aumento ou diminuição da sua função fisiológica - excitações exageradas anulam a atividade vital - excitações fortes deprimem a atividade vital - excitações médias aumentam a atividade vital - excitações fracas despertam a atividade vital 50 Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 51 Masaru Emoto (1943 - 2014) “(..) Espero que verdadeiros cientistas consigam prová-lo num futuro próximo” 2006 • Fotógrafo japonês • experiências com a água submetendo-a ao pensamento humano (entre 1999 e 2007) • moléculas de água se comportam de formas diferentes • “Quem somos nós” 1.900 d.C. 2.000 d.C. Pesquisas atuais Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 52 Degranulação de Basófilos (1991, 1999) Artigo: Sainte-Laudy J, Sambucy JL, Belon P. Biological activity of ultra-low doses: Effects of ultralow doses of histamine on human basophil degranulation triggered by D. pteronissinus extract. Ultra Low Doses 1991: 127-38. Artigo: Belon P et al. Inhibition of human basophil degranulation by successive histamine dilutions: Results of a European multi-centre trial. Inflammation Research 1999; 48: S17–S18. Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 53 Termoluminescência (2003) Artigo: Rey L. Thermoluminescence of ultra-high dilutions of lithium chloride and sodium chloride. Physica A 2003; 323: 67-74. Técnica de estimulação térmica usada por pelos físicos para estudo da estrutura de sólidos (cristais ordenados). γγ Solução NaCL Solução NaCL γγ NaCL 30CH NaCL 30CH Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016 54 Termoluminescência (2003) Prof. Francisco José de Freitas / Profª Débora Alves dos Santos Fernandes EMC/UNIRIO 2016
Compartilhar