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Estudo dos verbos

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Profº Marcelo Gois
1
Língua Portuguesa 
Verbo é a classe de palavras variáveis (pessoa, número, tempo,modo e voz) 
que expressam:
Ação  A criança ________ a noite toda.
Estado  A criança ________ doente.
Fenômeno da Natureza  _________ muito ontem.
Verbos
I - DEFINIÇÃO
dormiu
é / está
Choveu
2
Língua Portuguesa 
Verbos
II – ESTRUTURA DOS VERBOS
Forma verbal
Radical
Vogal Temática
Tema
Desinências
Modo-Temporal
Número-Pessoal
trabalharemos
trabalh-
-a
trabalha(r)
-re-
-mos
perdêsseis
perd-
-e
perde(r)
-sse-
-is
partireis
part-
-i
parti(r)
-re-
-is
3
Língua Portuguesa 
Verbos
III – CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Classificação
Definição
Exemplo
Regulares
Não sofrem alterações no radical
Cantar, vender, partir.
Irregulares
Sofrem pequenas alterações no radical
Fazer: faço, faz // fiz, fizeste.
Anômalos
Sofrem grandes alterações no radical
Ser: sou, és, é, fui, era, serei.
Defectivos
Não possuem conjugação completa.
Falir, computar
Abundantes
Apresentam duas formas de mesmo valor
Aceitar; aceitado e aceito
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Língua Portuguesa 
Verbos
IV – FLEXÃO DOS VERBOS
Caracterização quanto ao critério morfológico:
O verbo é uma das dez classes gramaticais. A complexidade de seu estudo talvez se justifica na existência do maior número de flexões. Ao todo, são cinco:
• Pessoa (1ª, 2ª e 3ª);
• Número (singular ou plural);
• Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo)
• Tempo (presente, pretérito e futuro) 
• Voz (ativa, passiva e reflexiva)
Língua Portuguesa 
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Língua Portuguesa 
Verbos
IV – FLEXÃO DOS VERBOS
I – MODO
Caracterizam a maneira como o falante expressa o significado contido no verbo.
INDICATIVO
SUBJUNTIVO
IMPERATIVO
certeza
ordem / aconselhamento
A primeira fase do vestibular ocorrerá no final de junho.
 dúvida (ex.: Talvez você possa me esclarecer isso.)
 hipótese/condição (ex.: Se todos chegassem mais cedo, faríamos a reunião)
 ordem/pedido (ex.: Pediria a todos que se dirigissem à recepção.)
 desejo (ex.: Espero que confiem na minha palavra.) 
Estude bastante para que você passe logo.
6
Língua Portuguesa 
Verbos
IMPERF.
MAIS-PERF.
PRESENTE
PERFEITO
PRESENTE
PRETÉRITO
A) INDICATIVO
PRETÉRITO
FUTURO
Ação ocorre no momento da fala.
Ação passada já concluída.
Ação passada anterior a outra também passada.
Ação passada não concluída.
Ação futura com relação ao presente.
Ação futura com relação ao passado.
II – TEMPO
Determina o tempo em que a ação se realiza (no presente, no passado ou no futuro).
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Língua Portuguesa 
Verbos
IMPERF.
PRESENTE
FUTURO
PRETÉRITO
FUTURO
Ação duvidosa, um desejo no presente.
Uma hipótese no passado, uma condição para que se realize um fato.
Ação duvidosa no futuro, uma condição para que se realize um fato.
C) IMPERATIVO
PRESENTE
AFIRMATIVO
NEGATIVO
B) SUBJUNTIVO
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
PRETÉRITO PERFEITO
I – MODO INDICATIVO
SIMPLES
COMPOSTO
Indica uma ação que se produziu em certo momento do passado. Descreve o passado tal como parecer a um observador situado no presente.
Ex.: Entrei bruscamente na sala de reuniões e explicitei minha indignação.
Expressa um fato repetido ou contínuo, aproximando-se do presente:
Ex.: Tenho lutado pela emancipação das mulheres, mas tenho percebido que talvez essa não seja uma grande vantagem.
Pres. Ind. + Particípio
auxiliar
principal
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
Pretérito Imperfeito
1 – Descreve o que era presente em uma época passada:
Ex.: Elefumavavários cigarros,coçavaa cabeça e nãoparavade andar de uma lado para outro da sala.
2 – Indica, entre ações simultâneas, a que estava processando quando sobreveio a outra:
Ex.: Quando nosaproximávamosda praia, uma onda mais forte virou a pequena embarcação.
3 – Denota uma ação passada habitual ou repetida (IMPERFEITO FREQÜENTATIVO)
Ex.:Todas as tardes,sentava-se na mesma poltrona eliaos jornais do dia.
4 – Designa fatos passados concebidos como contínuos ou permanentes:
Ex.:Se elevinhavisitá-la em dias de semana, elasentia-se a mais amada das mulheres.
5 – Denota um fato que seria conseqüência certa e imediata de outro, que não ocorreu, não poderia ter ocorrido.
Ex.:Tivesse ele forças para trabalhar como no passado,transformavaaquela pobre roça numa grande e verde plantação.
6 – Situa vagamente no tempo contos, lendas, fábulas, etc.:
Ex.:Erauma vez uma bela meninha queviviaem um pequeno vilarejo no meio das montanhas.
I – MODO INDICATIVO
Oralidade
Culto Transformaria
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
I – MODO INDICATIVO
SIMPLES
COMPOSTO
1 – Indica uma ação que ocorreu antes de outra ação já passada:
Ex.: O discurso tornara-se tão enfadonho que ninguém mais o ouviu.
2 – Denota um fato vagamente situado no passado:
Ex.: Estudara na cidade, conhecera muitas pessoas, mas nada o fizera esquecer o amor de sua adolescência.
3 – Substitui o futuro do pretérito (simples ou composto) e pretérito imperfeito do subjuntivo na linguagem literária.
Ex.: Sê propícia para mim, socorre / Quem te adorara, se adorar pudera!”
Emprega-se com as mesmas funções do pretérito mais-que-perfeito simples:
Ex.: Quando voltei para minha cidade, as casinhas coloridas tinham desaparecido.
No horizonte tinha surgido as primeiras estrelas.
Pret. Imp. Ind. + Particípio
auxiliar
principal
12
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
FUTURO DO PRESENTE
I – MODO INDICATIVO
SIMPLES
COMPOSTO
1 – Indica fatos certos ou prováveis, posteriores ao momento em que se fala:
Ex.: Os estrangeiros chegarão amanha à tarde.
2 – Exprime incerteza sobre fatos atuais:
Ex.: Será que desta vez ele consegue sair ileso?
3 – Expressa uma súplica, um desejo, uma ordem.
Ex.: Honrarás pai e mãe. Não matarás.
4 – Refere-se a fatos de realização provável em afirmações condicionais.
Ex.: Se não voltar para casa antes de chegar a noite, não me encontrará mais aqui.
Fut. Pres. Ind. + Particípio
auxiliar
principal
1 – Indica que uma ação estará consumada antes de outra:
Ex.: Quando chegar a Belo Horizonte, já terei deixado a cidade para sempre.
2 – Exprime certeza de uma ação futura:
Ex.: Ela ganhará o concurso e seus esforços não terão sido em vão.
3 – Exprime a incerteza sobre fatos passados.
Ex.: Terá acontecido tudo isso com ela em tão pouco tempo?
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
FUTURO DO PRETÉRITO
I – MODO INDICATIVO
SIMPLES
COMPOSTO
1 – Designa ações posteriores à época de que se fala:
Ex.: Passada a euforia da conquista, arrepender-se-ia para sempre por ter trapaceado.
2 – Exprime incerteza sobre fato passado:
Ex.: Quem seria a mulher que o visitou por anos na calada da noite?
3 – Denota surpresa ou indignação em certas frases interrogativas.
Ex.: Seria possível que acabasse todo seu amor tão depressa?
4 – Refere-se a fatos que não se realizarão e que provavelmente não se realizarão em frases condicionais.
Ex.: Se não houvesse tantas pessoas interferindo em nosso relacionamento, seríamos felizes.
Fut. Pret. Ind. + Particípio
auxiliar
principal
1 – Indica que um fato teria acontecido no passado, mediante certa condição:
Ex.: Se eu tivesse chegado alguns minutos antes, nada disso teria acontecido.
2 – Exprime a possibilidade de um fato passado:
Ex.: Como era muito cedo, imaginou que a mãe ainda não teria chegado.
3 – Indica a incerteza sobre fatos passados, em certas frases interrogativas que dispensam a resposta do interlocutor.
Ex.: O que teria sido das crianças se Maria não as tivesse criado?
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
Presente
Pode indicar, de forma incerta, um fato:
1 – Presente:
Ex.: Não estou afirmando que já seconheçam.
2 – Futuro:
Ex.: Que meus dentescaiamse eu tocar nesta comida.
II – MODO SUBJUNTIVO
Pretérito Perfeito
COMPOSTO
Pode indicar, de forma incerta, um fato:
1 – Passado:
Ex.: Espero que vocêtenha conseguidochegar a tempo de impedir a tragédia.
2 – Futuro:
Ex.: Quando eu volta desta viagem, espero quetenham saídode minha casa.
Pres. Subjunt. + Particípio
auxiliar
principal
Pretérito Imperfeito
Pode indicar, de forma incerta, hipotética, um fato:
1 – Passado:
Ex.: Não havia desejo de Joana que Manoel nãoatendesse, capricho que nãosatisfizesse.
2 – Futuro:
Ex.: Ela era jovem, mas não ingênua e se, não sedeixasseenvolver emocionalmente, talvezsaísseganhando muito.
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
Pretérito Imperfeito
3 – Como aceitar que nãofizessenada para ajudar a velha mãe doente?
II – MODO SUBJUNTIVO
Pretérito Mais-que-perfeito
COMPOSTO
1 – Indica uma ação anterior a outra ação passada (dentro do sentido eventual do modo subjuntivo):
Ex.: Deixei-me ficar mais um pouco, até quetivessem terminadoa arrumação do salão e a festa pudesse começar.
2 – Exprime uma ação irreal no passado:
Ex.: Rapidamente a rua se encheu de água, como sehouvesse chovidopor horas a fio.
Pret. Imp. Subj. + Particípio
auxiliar
principal
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EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Tempo
Emprego
FUTURO
II – MODO SUBJUNTIVO
SIMPLES
COMPOSTO
Marca a eventualidade no futuro e emprega-se em orações subordinadas.
1 – Adverbiais (condicionais, conformativas e temporais), dependentes de uma principal enunciada no futuro ou no presente:
Ex.: 
Se precisar, mande chamarem-me no hospital.
 Executarei o plano conforme instruíres.
 Quando a vir, avise que já estou em casa.
2 – Adjetivas, dependentes de uma principal também enunciada no futuro ou no presente:
Ex.: 
 Ficarei grato a todos que contribuírem com donativos.
 Agradeça aos amigos que não o abandonarem.
Fut. Subj. + Particípio
auxiliar
principal
Indica um fato futuro como terminado em relação a outro fato futuro (dentro do sentido hipotético do modo subjuntivo):
Ex.:
 Peço que não continues com essa pirraça; se a tiver mantido até agora por capricho, abandone imediatamente essa postura.
 Quando tudo tiver chegado ao fim, poderei respirar aliviado.
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(UFU-Jul/2000) Assinale a alternativa em que o emprego do tempo verbal está adequadamente explicado.
A) "Talvez apenas desconheçam a própria língua" — O presente do subjuntivo está sendo usado para indicar um fato incerto.
B) "Seria arrogância o que leva alguns a imaginarem que tudo podem..." — O futuro do pretérito está sendo usado para expressar surpresa.
C) "O uso correto do idioma não é um refinamento"— O presente do indicativo está sendo usado para indicar um fato permanente.
D) "Virou praga o uso indevido do gerúndio"— O pretérito perfeito do indicativo está sendo usado para indicar fato habitual.
(QUESTÃO 01)
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (EXERCÍCIOS DE VESTIBULAR)
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 Qual o valor do futuro do pretérito na seguinte frase: "Quando chegamos ao colégio, em 1916, a cidade teria apenas uns cinqüenta mil habitantes."?
A) fato futuro, anterior a outro fato futuro.
B) fato futuro, relacionado com o passado.
C) suposição, relativamente a um momento passado.
D) configuração de um fato já passado.
(QUESTÃO 02)
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (EXERCÍCIOS DE VESTIBULAR)
19
(UFU-Jul/99) Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
I - "...entrou na biblioteca o filho de D. Antônia..."
II - "... vinha da praça, aonde fora cedo..."
III - "... e continuava a ver os papéis."
IV - "Não me lembraria disto agora, nem nunca mais..."
V - "tivesse ligado aos acontecimentos próximos, como veremos". 
( ) o tempo verbal denota um fato passado já concluído.
( ) o tempo verbal indica um fato que decorria no momento que outro(s) 	ocorria(m)
( ) o tempo verbal indica fatos que provavelmente não se ralizaram.
( ) o tempo verbal indica um fato passado anterior a outro também passado.
A seguir, assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta.
A) II, III, V, I
B) I, III, II, V
C) II, IV,III,I
D) I, III, IV, II
(QUESTÃO 03)
I
III
IV
II
20
(UFU – MAR/2002)
Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
I - “Carnaval é festa esperada com ansiedade por esta nova categoria de profissionais...”
II - “E o que se viu por aí, pelas ruas do país, foi um aguerrido exército, sempre a espreita para catar aquela latinha...”
III - “Ser catador de latinhas pode parecer fácil, mas não é. O.k., não precisa de exame vestibular.”
IV - “De qualquer forma, não será de todo absurdo se, da próxima vez que perguntarmos a alguma criança da periferia...”
V - “...da próxima vez que perguntarmos a alguma criança da periferia da metrópoles o que gostaria de ser...”
( ) O tempo verbal indica um fato acontecido.
( ) O tempo verbal indica algo que se repete freqüentemente.
( ) O tempo verbal expressa a idéia de algo que ocorrerá em um futuro próximo.
( ) O tempo verbal denota um fato hipotético.
A seguir, assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta:
A) II, I, IV, V
B) II, III, I, IV
C) III, I, II, IV
D) IV, I, V, II
(QUESTÃO 04)
II
I
IV
V
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(UFU – SET/2002)
Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
I – “O fato é que o futebol não havia previsto a realidade da globalização”. 
II – “... já tornava híbridos os torneios e contaminava as torcidas futebolísticas”.
III – “... virei um seguidor apaixonado do Senegal”. 
IV – “Os contratos não vêm mais com a chancela do Estado...”
( ) o tempo verbal indica ação permanente.
( ) o tempo verbal denota um fato passado, mas não concluído.
( ) o tempo verbal denota um fato passado, mas já concluído.
( ) o tempo verbal denota um fato passado acontecido antes de outro fato passado.
Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta.
A) I, IV, II, III
B) IV, II, III, I
C) II, I, III, IV
D) III, IV, I, II
(QUESTÃO 05)
II
III
IV
I
22
(UFU – FEV/2003)
Assinale a ÚNICA alternativa em que o tempo verbal NÃO está adequadamente explicado.
A) “Todo mundo deveria estudar um pouco de economia, psicologia e direito...” – o tempo verbal está sendo empregado para suavizar o que foi dito em forma de ordem.
B) “Uma fã do pianista Arthur Moreira Lima disse que daria a vida para tocar como ele.“ – o tempo verbal está sendo empregado para indicar um fato já concluído no passado.
C) “A maioria estuda e namora o futuro cônjuge nos mínimos detalhes...” – o tempo verbal está sendo utilizado para expressar uma verdade científica.
D) “A sociedade, os excluídos e seus futuros professores agradecerão efusivamente.” – o tempo verbal está sendo empregado para indicar um fato provável, posterior ao momento em que se fala.
(QUESTÃO 06)
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (EXERCÍCIOS DE VESTIBULAR)
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AS FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
INFINITIVO
GERÚNDIO
PARTICÍPIO
REGULAR
IRREGULAR
CANTAR
CANT–AR
CANTA–NDO
CANT–ADO
---
ELEGER
ELEG–ER
ELEGE–NDO
ELEG–IDO
ELEITO
IMPRIMIR
IMPRIM–IR
IMPRIMI–NDO
IMPRIM–IDO
IMPRESSO
Infinitivo
	Verbo: Ainda quero cantar aquela música.
 	Substantivo: O cantar dos pássaros é maravilhoso. 	
Particípio
	 Verbo: Ele tem cantado a mesma música todos os dias.
	 Adjetivo: A música cantada é mais bela. 
	Substantivo: Aquela cantada, a menina achou ridícula. 	
Funções
Gerúndio
	Verbo: Ela está cantando a mesma música. 
	Advérbio: Ela chegou na sala cantando.	
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AS FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
Particípio Regular
O particípio regular é usado com os auxiliares ter e haver, ou seja, na voz ativa:
A polícia tem prendido alguns traficantes adolescentes. Ele já havia soltado o cachorro quando o vizinho entrou pelo portão. O correio tem entregado as cartas pontualmente. 
PARTICÍPIO REGULAR X PARTICÍPIO IRREGULAR
Particípio Irregular
O particípio irregular exprime um estado; é usado na voz passiva, em especial com os auxiliares ser, estar, ficar, e neste caso flexiona no feminino e no plural: 
 O traficante só será preso depois de muita busca. 
 Os cachorros estão presos desde que morderam o carteiro. 
 A cinta ficou presa na porta alguns instantes; logo foi solta. 
 Os
malotes têm sido entregues com atraso. 
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AS FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
PARTICÍPIO REGULAR X PARTICÍPIO IRREGULAR
Casos especiais de duplo uso:
Em slides anteriores vimos que existem alguns verbos com particípio duplo: o regular (-ado /-ido) usado com ter e haver ; o irregular (forma contraída), com ser e estar. 
Com alguns desses verbos, todavia, já não se faz distinção, ou seja, na mesma situação emprega-se tanto um quanto o outro particípio:
 Os sábados e domingos ele tem gasto/gastado em comícios e reuniões políticas. 
 Foi assassinado a tiros mesmo depois de a família ter pago/pagado o resgate. 
 Fomos pegos/pegados despreparados, e as conseqüências se mostraram dramáticas. 
 Vamos entrevistar aquelas pessoas que têm ganho/ganhado na Sena repetidamente. 
 Foram fritos/fritados quatro ovos. 
 Não temos elegido/eleito nosso candidato há vários anos. 
[Mas com os auxiliares ser e estar só tem uma opção: Ele foi eleito senador.]
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FORMAÇÃO DOS IMPERATIVOS
PRES. IND
IMP. AFIRM.
PRES. SUBJ.
IMP. NEG.
EU
CANT–
CANT–
TU
CANT–
CANT–
CANT–
NÃO CANT–
ELE
CANT–
CANT–
CANT–
NÃO CANT–
NÓS
CANT–
CANT–
CANT–
NÃO CANT–
VÓS
CANT–
CANT–
CANT–
NÃO CANT–
ELES
CANT–
CANT–
CANT–
NÃO CANT–
O
AS
A
AMOS
AIS
AM
(–S)
(–S)
E
ES
E
EMOS
EIS
EM
A
E
EMOS
AI
EM
(TU)
(VOCÊ)
(NÓS)
(VÓS)
(VOCÊS)
ES
E
EMOS
EIS
EM
(TU)
(VOCÊ)
(NÓS)
(VÓS)
(VOCÊS)
27
Língua Portuguesa 
OS IMPERATIVOS
1. (FUVEST/2003)
Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui!
Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
Cura-te a ti mesmo e seja feliz! 
Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa procedência.
Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
28
	(UFU – FEV/2007)
		Quando perguntaram a John van Neumann, um dos primeiros a desenvolver programas para computadores ainda na década de 1950 e inventor da teoria dos jogos, quantos computadores achava que haveria nos Estados Unidos no futuro, a brilhante matemático respondeu “dezoito”.
		Van Neumann acreditava que computadores custariam mais caro na medida em que ficassem mais poderosos. (Só para constar, seu gigantesco cérebro eletrônico ocupava um enorme salão em Princeton e tinha memória de 4 kilobytes.) Para ele, apenas algumas organizações governamentais e privadas teriam recursos e necessidade de ter essas máquinas, que seriam usadas para cálculos extremamente complexos, coma táticas de defesa global e meteorologia. O que Van Neumann não previu foi a que a físico e escritor Freeman Dyson chama de “domesticação” do computador, a fato de que computadores não só cresceriam em potência, mas diminuiriam de preço, a ponto de hoje fazerem parte da vida de centenas de milhões de pessoas, dos três aos 90 anos de idade.
		A plasticidade dos computadores se deve ao sucesso do que chamamos de interface, a maneira como homem e máquina se comunicam. Quanto mais acessível a máquina, mais desejável e, portanto, mais comercial, ela é. E, quanto mais comercial a máquina maior a demanda e menor o preço. Ademais, tecnologias evoluem de forma irreversível: seria impensável hoje um mundo sem TV, rádio ou internet.
	(...)
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
Predomínio Passado
Predomínio Presente
29
		(UFU – FEV/2007)
		Explique porque, nos primeiro e segundo parágrafos, a autor utiliza-se de tempos verbais do pretérito e, no terceiro parágrafo, utiliza-se, principalmente, de verbos no presente do indicativo.
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
Com os verbos no passado, no primeiro e no segundo parágrafo, o autor narra fatos já acontecidos, encerrados ou não, além de lançar dúvidas sobre certos enunciados (futuro do pretérito).
No terceiro parágrafo, foi empregado o presente para contextualizar fatos que ocorrem no momento da enunciação, além de reforçar a argumentação.
30
		(UFU – ABR/2007)
	“A mentira, o logro, o “pregar peças” acompanham o homem desde que o mundo é mundo. Não são raras as vezes em que falsas notícias, o ódio, declarado ou latente, quando não o frio assassinato são usados no cenário do conflito entre raças, grupos e comunidades.
		O professor Jacques Rancière, da Universidade de Paris 8, aponta duas formas tradicionais da mentira e do engodo de massa. Uma delas é o chamado “rumor popular”, modernamente substituído pela sofisticação e rapidez dos meios de comunicação. Exemplo conhecido de rumor popular é o que, na Idade Média, acusava os judeus de raptar crianças destinadas a sacrifícios rituais.
		A segunda forma de mentira de massa, continua Rancière, é aquela deliberadamente inventada por um poder qualquer, com o objetivo de tirar proveito, por exemplo, do ódio atiçado contra uma determinada comunidade, tomada como bode expiatório.
		Assim, assistimos, com repulsa e horror, ao ódio que, não raro, culmina com o assassinato de minorias étnicas, religiosas, de orientação sexual, de bêbados, mendigos, etc. Tais minorias parecem encarnar certos males sociais que precisam ser “exorcizados”, quando não sacrificados na fogueira das vaidades de certas ideologias. As ações dirigidas contra as minorias passam pelas agressões físicas e verbais, pelos vandalismos de toda ordem, pela tortura, pelo assassinato.
		São recentes, entre nós, as notícias do massacre de moradores de rua em São Paulo, de índios que tiveram seus corpos incendiados enquanto dormiam, de homossexuais espancados e mortos, por ousarem nomear, publicamente, seu objeto de desejo. Sem falar dos atos terroristas que coagem, intimidam, espalham o medo e o terror entre os sobreviventes, dado o seu caráter de surpresa, que inviabiliza tanto a fuga quanto a defesa. 
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
31
		Os efeitos psicológicos desses crimes motivados pelo ódio são sérios, pois fazem prevalecer o medo, a insegurança e o pânico. Perdemos todos a noção estabelecida, e aceita socialmente, dos parâmetros da ordem, da confiança, da noção de perigo. Quebram-se os vínculos e as relações sociais positivas entre grupos e comunidades. O que domina a cena, nesses casos, é a dimensão do poder, da paixão destrutiva. Triunfam o orgulho, o gozo excessivo da liberdade, o prazer de ser senhor absoluto: senhor da vida e da morte.
		O sociólogo alemão Wolfgang Sofscky, que escreveu um tratado sobre a violência e o terror, fala do prazer declarado de jovens neonazistas em eliminar grupos de negros, muçulmanos, homossexuais, bêbados, mendigos e outros, em diferentes estados americanos. E entre nós já existem grupos e organizações que propagam idéias de ódio, discriminação e intolerância entre os jovens que, em seu afã de afirmação, buscam o prazer e a glória nas iniciativas cruentas de eliminação e morte dos diferentes.
		O remédio, a prevenção contra a intolerância sob quaisquer fórmulas passa, necessariamente, pelos currículos escolares. Só um sistema educacional sólido e coerente pode ser capaz de neutralizar o ódio e o seu cortejo de males, resgatando a harmonia e o respeito às diferenças, na relação dos homens entre si e com o mundo.” 
SHYRLEY PIMENTA, JORNAL CORREIO. 06/09/2005.
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
32
		(UFU – ABR/2007)
		No texto predomina o emprego do presente do indicativo. Construa um parágrafo, explicando a razão desse emprego.
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
Há predominância de emprego do presente do indicativo, no texto, porque, tendo esse tempo a função de exprimir um fato que não pertence a uma época ou a um tempo determinado, a autora pode expressar sua opinião com mais veemência e garante a afirmação de que a mentira sempre existiu. Além disso, é possível perceber que o emprego do presente favorece a argumentação, visto que pré-dispõe um posicionamento do leitor, em relação àquilo que está
sendo apresentado.
33
Língua Portuguesa 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS (QUESTÕES 2ª FASE)
UFU - JULHO/2006
Observe os trechos.
 "A não ser, como disse o vigia do lugar, que piolhos tentassem roubar a exótica mercadoria.“
 "...o setor mais moderado ponderava que, afinal, a Índia era, como o Brasil, um país emergente e que, portanto, os cabelos não traduziriam nenhum tipo de dominação imperialista.“ 
No primeiro trecho, o autor utiliza-se do verbo dizer e, no segundo, do verbo ponderar.
Qual o efeito de sentido decorrente do emprego de um e de outro verbos?
O verbo “dizer”, no primeiro trecho, indica que a ação verbal já havia sido encerrada quando foi narrada, ; ou seja, é um fato concluído no passado. Já o verbo “ponderar”, na segunda passagem, serve para relatar fato; ou seja, enquanto era narrado, o mesmo ainda não se encerrara.
34

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