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Determinação de materiais pulverulentos no agregado miudo

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4 - ENSAIO 04 – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE MATERIAIS PULVERULENTOS DO AGREGADO MIÚDO (NBR NM 46: 2003).
4.1 – OBJETIVOS:
Determinar o teor de material pulverulento na amostra, conforme NBR 7219 (ABNT, 1987);
Analisar as conseqüências da presença do material pulverulento na amostra.
4.2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
4.2.1 – AGREGADO MIÚDO:
	Os agregados são materiais granulares sem forma e volume definidos, geralmente inertes e com dimensões e propriedades adequadas para o uso na construção civil (PRETRUCCI, 1982). Para poder ser utilizado o agregado deve ter uma boa resistência mecânica à compressão e uma boa durabilidade, apresentando boa resistência a elementos agressivos (BAUER, 1995). 
	A NBR 7211 (ABNT, 2005) define o agregado miúdo como aquele cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 0,15 mm. Ainda segundo a mesma norma o agregado deve ser composto por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, e não devem conter substâncias deletérias. 
4.2.2 – CLASSIFICAÇÃO:
Os agregados podem ser classificados quanto à origem, dimensão dos grãos e massa específica. Quanto à origem podem ser naturais: encontrados na natureza na forma definitiva de utilização, passando apenas por processos de lavagem e separação granulométrica; artificiais: obtidos pelo britamento de rochas; e industrializados: obtidos através de processos industriais (BASÍLIO, 1995).
	Do ponto de vista geológico Bauer (1995) define a areia como um sedimento clástico inconsolidado, de grãos em geral quartzosos, de diâmetro entre 0,06 e 2,00 mm.
	Quanto à dimensão dos grãos a NBR 7211 (ABNT, 2005) define a areia ou agregado miúdo como areia de origem natural ou artificial cujos grãos passam pela peneira de 4,8 mm e ficam retidos na peneira de 0,15 mm. 
	Referente à massa unitária os agregados classificam-se em leves quando sua massa é menor que uma tonelada por metro cúbico, médios quando a massa fica entre uma e duas toneladas por metro cúbico, e pesados quando ultrapassam duas toneladas por metro cúbico (PILZ, 2011).
4.2.3 – MATERIAL PUVERULENTO:
	Conforme a NBR 7219 (ABNT, 1987) materiais pulverulentos são partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, inclusive os materiais solúveis em água, presentes nos agregados. No geral a presença desses materiais é indesejável na constituição do concreto, pois um agregado coma alto teor de pulverulentos tem sua aderência à pasta ou argamassa diminuída, prejudicando de forma direta a resistência e estabilidade dimensional do concreto produzido com esse material (NEVILLE, 1982).
	PETRUCCI (1982) fala em seu livro “Concreto de Cimento Portland”, que a argila, reduzida a pó muito fino, contribui para preencher os vazios da areia e influi para que o cimento envolva melhor os grãos de areia, ligando-os mais fortemente entre si. Entretanto, se a argila formar uma película envolvendo cada grão e não se separar durante a mistura, sua ação é altamente prejudicial, ainda que se encontre em pequenas proporções. Uma solução apontada para esse problema seria a lavagem desse material, contudo no caso das areias esse processo pode levar a outra problemática, já que a lavagem pode arrastar os grãos mais finos do material, aumentando assim o índice de vazios, o que implicará em menor resistência do concreto ou argamassa.
4.3 – MATERIAIS E MÉTODOS: 
4.3.1 – MATERIAIS:
Conjunto de peneiras (#0,075mm);
Areia seca (500g);
Recipiente para conter a amostra coberta com água;
Colher de pedreiro;
Água;
Estufa capaz de manter a temperatura uniforme de (105±5)°C;
Balança com capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 1g.
4.3.2 – MÉTODOS:
Primeiramente, tarou-se a balança com o peso do recipiente que irá conter a amostra. Depois, conforme a NBR NM 45 (2001) estabeleceu-se a massa mínima por amostra para o agregado miúdo e pesou-se 500g de material.
Posteriormente, de acordo com a NBR NM 46 (2001) colocou-se o material na peneira (#0,075 mm) e despejou-se a água cuidadosamente através da peneira para que desse modo não haja perda de material. Esse processo de lavagem foi repetido até que a água que saia pela peneira tornasse-se límpida.
Após o término do processo de lavagem a amostra foi posta novamente no recipiente e colocou-se o conjunto em uma estufa à (105±5)°C para que desse modo o material seca-se até sua constância de massa, o que demorou aproximadamente 24 horas. Após a esse tempo decorrido pesou-se novamente o material e anotou-se o valor.
4.4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES:
	O teor de materiais pulverulentos é obtido pela diferença entre as massas da amostra seca e aquela pesada após o processo descrito acima e é também expresso em porcentagem da massa da amostra ensaiada. A equação para esse cálculo se apresenta a seguir:
	Sendo “mp” a porcentagem de material pulverulento, “mi” e “mf” a massa inicial e final da amostra, respectivamente. Inicialmente, foi determinado que a massa inicial fosse de 500g e após os procedimentos experimentais chegou-se a uma massa final de 496g. Considerando-se os valores temos:
	 O resultado da equação mostra que 0,8% da massa inicial da amostra era composta por material pulverulento. A NBR NM 46 (2001) determina que o valor encontrado pela equação não deva ser maior que 0,5% para agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo. Dado isso, pode-se perceber que a amostra adotada no procedimento atende as normas da NBR NM 46 (2001).
	Além disso, como a amostra não possui um alto teor de material pulverulento, pode-se dizer que a mesma possui uma boa aderência a pasta de cimento o que, consequentemente, diminui o consumo do mesmo e o concreto feito com a mesma apresentará uma boa resistência.
4.5 – CONCLUSÃO:
O ensaio de determinação do teor de materiais pulverulentos nos agregados foi realizado com sucesso e ressaltamos a grande importância do mesmo para que não venha comprometer a qualidade do concreto.
A norma estabelece para o agregado miúdo um teor máximo de 1,0% de material, com isso é possível afirmar que o material utilizado apresentou um valor de 0,8%, estando então dentro do limite permitido pela norma, e neste caso o mesmo pode ser utilizado tanto para a fabricação de concreto.
4.6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABRAMAT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Disponível em: http://www.abramat.org.br. Acesso em: 21 de março de 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45/2011. Agregados – Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46/2001. Agregados- Determinação do material fino que passa através da peneira 75μm, por lavagem. Rio de janeiro, 2001
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211/2005. Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro, 2005
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7219/1987. Determinação do teor de materiais pulverulentos nos agregados. Rio de Janeiro, 1987.
BASÍLIO, E. SANTOS. Agregados para concreto ET 41, ABCP 1995.
BAUER, L. Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Livros técnicos e científicos editora. São Paulo, 1995.
NEVILLE, Adam M. Tad. S. G. Propriedades do concreto. São Paulo, PINI, 1982.
PRETUCCI, E. G. R. Concreto de cimento Portland. Rio do Grande do Sul, Editora Globo, 1982.
PILZ, S. E. Apostila de concretos e argamassas para curso de engenharia civil – UNOCHAPECO. Disponível em: http://www.scribd.com. Acesso em 21 de março de 2016.
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