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Patologia Geral Prof. Fabio Henrique Vieira Farmacêutico-Bioquímico SES-DF (Núcleo de Patologia Clínica) Farmacologista Clínico (UNB) Mestrando em Medicina Tropical (UNB) Plano de aula e avaliações Plano de aula Freqüência Avaliações Os alunos serão avaliados quanto ao conteúdo teórico e prático uma vez a cada bimestre, com peso 70% prático e teórico, completando a média bimestral com outras avaliações 20% e atividades tutoriais, com peso de 10%. 1º Bimestre: Avaliação bimestral da disciplina (70%) + Outras avaliações (20%)Avaliação Tutorial (10%). 2º Bimestre: Avaliação bimestral da disciplina (70%) + Outras avaliações (20%)Avaliação Tutorial (10%). Média Semestral: (1º Bimestre + 2º Bimestre) / 2 Prova Substitutiva: conforme Regimento da FACIPLAC/Curso de Farmácia Será considerado aprovado o aluno que obter nota igual ou superior a 60% Patologia Pathos (sofrimento), Estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e órgãos que dão origem às doenças, envolvendo a ciência básica e a prática clínica. Patologia Geral x Patologia sistêmica Aspectos básicos do processo patológico Etiologia Patogenia Alterações morfológicas Importância clínica Etiologia Intrínseca (genética) Adquirida: Agentes infecciosos Fatores nutricionais Agentes químicos Agentes físicos Patogenia Refere-se a seqüência de eventos na resposta da células ou tecidos aos agentes etiológicos que originam a doença, desde o estímulo inicial até a expressão final da doença, incluindo as característica genéticas, bioquímicas, imunológicas e morfológicas. 6 Alterações morfológicas e Importância clínica Alterações morfológicas - Alterações estruturais nas células ou tecidos que são típicas da doença. Importância clínica - As alterações morfológicas e sua distribuição em diferentes órgãos e tecidos, influenciam a função normal e determinam as manifestações clínicas da doença (sinais e sintomas), evolução e prognóstico. Adaptações celulares As adaptações celulares são respostas reversíveis e ocorrem devido a estresse fisiológico excessivo e processos patológicos que permitem que a célula sobreviva e continue a funcionar. A célula normal é limitada a uma faixa estreita de função e estrutura por seu estado de metabolismo, diferenciação e especialização, no entanto é capaz de suprir as demandas fisiológicas e manter a homeostasia. Adaptações celulares Estresse fisiológico excessivo Processo Patológico CÉLULA RESPOSTA, TIPO DE ADAPTAÇÃO: Hipertrofia Hiperplasia Atrofia Metaplasia Lesão celular e adaptação celular Hipertrofia Atrofia Causas de Atrofia Redução da carga de trabalho (desuso) Perda da inervação Diminuição do suprimento sanguineo Nutrição inadequada Perda de estimulação endócrina Pressão devido a compressão Hiperplasia Hiperplasia Fisiológica: Hiperplasia hormonal Hiperplasia compensatória (ex ressecção parcial) Patológica: Excesso de hormônios Excesso de Fatores de crescimento Solo fértil para o desenvolvimento de neoplasias Metaplasia Lesão e morte celular Causas de lesão e morte celular: Privação de oxigênio Hipoxia e isquemia Agentes físicos Agentes químicos Agentes infecciosos Reações imunológicas Defeitos genéticos Desequilíbrios nutricionais 18 Alterações morfológicas nas lesões celulares Lesão reversível Características morfológicas da lesão reversível: (1) tumefação celular, decorrente da perda homeostasia iônica e líquida e; (2) degeneração gordurosa. A tumefação celular A tumefação celular é a primeira de quase todas as lesões celulares é possível visualizar através de microscopia óptica mas principalmente no órgão macroscopicamente com aumento do turgor e aumento do peso do órgão, a célula pode ser tornar eosinofílica, com formação de bolhas, apagamento das microvilosidades, tumefação das mitocôndrias e alterações no núcleo celular. Lesão irreversível (1) Necrose (2) Apoptose Necrose Características da necrose: Desnaturação de proteínas Digestão enzimática das células lesadas Lesão da membrana com extravasamento do conteúdo intracelular Morfologicamente Eosinofilia aumentada coloração (H&E) Alterações nucleares: Cariolíse: Basofilia da cromatina esmaecida Picnose: retração do núcleo e aumento da basofilia Cariorrexe: fragmentação do núcleo Padrões de necrose tecidual Quando um grande número de células morre, o tecido ou órgão é considerado necrótico. As necroses dos tecidos possui vários padrões morfológicos distintos que podem ser correlacionados com a causa. Necrose de coagulação Características: A arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada por alguns dias Presença de infiltrado inflamatório com células anucleadas e eosinofilicas; A área localizada por necrose de coagulação é chamada de infarto; Necrose Liquefativa O tecido se transforma em uma massa viscosa líquida, devido a digestão de células mortas. Ocorre em infecções bacterianas focais com acúmulo de leucócitos e enzimas resultando em um aspecto amarelo cremoso denominado como pus. Necrose Gangrenosa Não é um padrão específico de morte celular, más o termo é utilizado clinicamente; Em geral é aplicado a um membro, geralmente a perna no qual sofreu necrose (tipicamente de coagulação) Quando se superpõe a infecção bacteriana com necrose liquefativa a gangrena é caracterizada por gangrena úmida. Necrose Caseosa É encontrada em focos de infecção tuberculosa. O termo "caseoso" refere-se a semelhança com queijo (aparência esbranquiçada e friável) Microscopicamente a área necrótica exibe células rompidas ou fragmentadas com restos granulares amorfos dentro de uma borda nítida sendo denominada como granuloma. (fig1-13) Necrose Gordurosa: Também não denota um padrão específico de necrose, mas é um termo amplamente utilizado na clínica; É resultante da ação de enzimas lipases pancreáticas no pâncreas e na cavidade peritoneal, visível na pancreatite aguda; A lipase degrada as gorduras e combinam-se com o cálcio produzindo áreas brancas macroscopicamente visíveis. Resposta pós necrótica no paciente vivo A tendência das células necróticas é desaparecer por fagocitose e digestão enzimática pelos leucócitos. Se não desaparecerem tenderão a atrair acúmulos de cálcio e outros minerais tornando-se calcificadas gerando a calcificação distrófica Mecanismos e vias bioquímicas da lesão celular Lesão reversível e necrose – Achados bioquímicos: Depleção de ATP e redução da síntese de ATP; Causas: Diminuição de oxigênio, nutrientes, danos mitocondriais e ação de toxinas; A depleção de ATP produz extensos efeitos em sistemas celulares críticos Diminuição da atividade da bomba (Na, K – ATPase) Aumento do (Na) e (Ca) intracelular Ganho osmótico ↑ glicólise anaeróbica e ↑ ácido lático ↓ pH ↓ da atividade enzimática Desprendimento do Retículo endoplasmático celular (REG) com redução de síntese proteíca.
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