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Resumo Patologia geral

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Resumo de Patologia geral
Conceitos Básicos
	Toda patologia é estudada e compreendida em uma sequência de conceitos: Definição, Etiologia, Epidemiologia, Patogenia ou Fisiopatologia, Manifestações Clínicas, Diagnóstico e Tratamento. Além dessa sequência é necessário o conhecimento do diagnóstico diferencial.
Definição: Quais as características que definem essa patologia, incluindo mudanças estruturais e/ou funcionais.
Etiologia ou causa: É o que desencadeia uma enfermidade, os fatores que geram uma doença podem ser genéticos (mutações herdadas, variantes genéticas, polimorfismos) ou adquiridas (infecções, fatores nutricionais, fatores químicos, fatores físicos). Geralmente as doenças possuem uma etiologia multifatorial, ou seja, não existe apenas causa e sim um conjunto de fatores que desencadeiam a patologia. 
Epidemiologia: Adefinição de epidemiologia é o estudo da distribuição das doenças e seus determinantes. A identificação do padrão de ocorrência de doenças nas populações humanas e dos fatores que influenciam (determinam, condicionam) tem sido reiteradamente definida como o objeto de estudo da epidemiologia. É importante para entender o perfil do paciente em cada doença, como sexo, idade, geografia. 
Patogenia/fisiopatologia: A patogenia se refere a sequência de eventos da resposta das células ou dos tecidos ao agente causador (etiológico), desde o estímulo inicial até a expressão final da doença em si. O estudo da patogenia permanece sendo um dos principais ramos da patologia. Mesmo quando a causa inicial, infecciosa ou molecular, é desconhecida (idiopática), ela está muito distante da expressão da doença propriamente dita. Por exemplo, entender a fibrose cística significa conhecer não somente o gene defeituoso e seu produto, mas também os eventos bioquímicos, imunológicos e morfológicos que levam a formação dos cistos e da fibrose nos pulmões, pâncreas e em outros órgãos.
	Observação: Etiologia/causa idiopática é quando uma doença tem uma causa desconhecida.
Manifestações clínicas:As alterações morfológicas referem-se ás alterações estruturais nas células ou nos tecidos que são característicos da doença. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diversos órgãos e tecidos influencia a função normal e determina as características clínicas (sinais e sintomas), curso e prognóstico de uma doença. Ou seja, manifestações clinicas é a forma como a doença se manifestam no organismo, gerando alterações funcionais que vão originar sinais e sintomas. 
	Observações:
Quando um sinal é especifico de uma doença é chamado de PATOGNOMÔNICO.
Sinais: é o que você vê, o que consegue observar no paciente
Sintomas: é o que paciente sente, o que ele relata para você.
Diagnóstico: Para chegar ao um diagnóstico de uma patologia, é necessário antes de tudo analise da sintomatologia, através do motivo de consulta (sintomas que incomodam o paciente) história clínica, antecedentes patológicos, antecedentes familiares. Associado a exames complementares e ao exame físico.
	Observação: Clínica é soberana, sintomas que paciente apresenta é mais relevante que os dados laboratoriais, que nem sempre aparecem alterados mesmo paciente tendo a doença.
Diagnóstico diferencial: O diagnóstico diferencial pode ser definido como uma hipótese formulada pelo médico - tendo como base a sintomatologia (sinais e sintomas) apresentada pelo paciente durante o exame clínico - segundo a qual ele restringe o seu diagnóstico a um grupo de possibilidades que, dadas as suas semelhanças com o quadro clínico em questão, não podem deixar de ser elencadas como provável. A partir do diagnóstico diferencial, o médico pode selecionar testes terapêuticos, ou ainda, exames complementares específicos a fim de se obter um diagnóstico final ou de certeza.
Exemplo: As enfermidades respiratórias têm sintomas muito similares, disnea, tosse, porém cada patologia pode ter um sintoma patognomônico, exame especifico, sinais específicos, idade relacionada, sexo, fatores desencadeantes, que vão levar ao um diagnóstico mais assertivo, não confundindo assim com outras doenças. 
Patologia
A Patologia dedica-se ao estudo de alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células. É uma ponte entre as ciências básicas e a medicina clínica, sendo a base científica de toda medicina.
O estudo da patologia está dividido entre Patologia Geral e Patologia Sistêmica. A Patologia Geral trata das reações das células e tecidos aos eventos nocivos, que, na maioria das vezes, não são específicas para um determinado tecido. Já a Patologia Sistêmica estuda as doenças específicas de cada órgão.
Patologia Geral
Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos
A célula normaltem sua programação genética e metabólica, diferenciação e especialização, possui uma variação muito limitada de função e estrutura. Entretanto, ela é capaz de lidar com exigências fisiológicas normais, mantendo um estado estável chamado de homeostasia (estado de equilíbrio da célula). Estresses fisiológicos mais severos e alguns estímulos patológicos podem desencadear um grande número de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas onde mantém estabilidade celular, porém alterados, preservando a viabilidade da célula e modulando suas funções conforme ela responde a tais estímulos. A resposta adaptativa pode consistir em Hiperplasia, Hipertrofia, Atrofia, Metaplasia e Displasia.
Adaptações Celulares
Hiperplasia: um aumento no número de células.
A hiperplasia fisiológica pode ser dividida em hiperplasia hormonal, em que há aumento da capacidade funcional de um tecido quando necessário, e a hiperplasia compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial. Exemplo hiperplasia uterina na gestação. A hiperplasia patológica resulta do excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células alvo. Exemplo: Hiperplasia endometrial, menstruação anomala, por estimulação estrógena. Hiperplasia prostática benigna, estimulo andrógeno.
Mecanismo da Hiperplasia:A hiperplasia é o resultado da proliferação de células maduras induzidas por fatores de crescimento e, em alguns casos, pelo surgimento elevado de novas células a partir de células-tronco teciduais.
Hipertrofia:um aumento no tamanho de cada célula. 
A hipertrofia fisiológica é decorrente de um aumento da demanda funcional ou por estimulaçãode hormônios e fatores de crescimento. A musculação, por exemplo, faz com que as fibrasmusculares se hipertrofiem em resposta ao aumento da demanda de trabalho. Já na gravidez, porinfluência hormonal, as células uterinas aumentam de tamanho e, consequentemente, o órgão todoaumenta, de forma a acomodar o feto em desenvolvimento.
A hipertrofia patológica também pode ser causada por aumento da demanda funcional, como emcasos de neoplasia, pressão arterial ou pulmonar elevadas (com hipertensão arterial gera uma sobrecarga hemodinâmica gerando hipertrofia no coração), hormonal (influência do GH e de ACTH,por exemplo), ou ainda pode servir como um mecanismo compensatório, em que um órgão sehipertrofia quando o correspondente contralateral está ausente ou malformado.
Mecanismo da Hipertrofia: A hipertrofia se deve a maior produção de proteínas. Pode ser induzida por ações conjuntas de sensores mecânicos (que são iniciadas por aumento da carga 
de trabalho), fatores de crescimento (TGF-β, IGF-1 e fator de crescimento fibroblástico) e agentes vasoativos (agonistas α-adrenérgicos, endotelina-1 e angiotensina II).
Atrofia é uma resposta adaptativa na qual existe uma redução no tamanho e na função das células. 
As causas mais comuns de atrofia são: desuso, perda dainervação, diminuição do suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, perda de estimulaçãoendócrina e pressão.
Mecanismo da Atrofia: A atrofia é resultante da diminuição da síntese proteica (diminuição da atividade metabólica) e aumento da degradação das proteínas nas células (via ubiquitina-proteassoma). Em muitos casos esse processo é acompanhado por aumento da autofagia.Metaplasia: é caracterizada por uma alteração reversível de uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, em outra de outro tipo celular adulto. 
Pode ocorrer metaplasia do tecido epitelial colunar para o escamoso, que ocorre no tecido trato respiratório em fumantes, do tecido escamoso para o colunar (esôfago de Barrett), e metaplasia do tecido conjuntivo, quando há formação de cartilagem, osso ou tecido adiposo em tecidos que normalmente não contem esses elementos.
Displasia: significa crescimento não-neoplásico desordenado e é encontrada principalmente no epitélio. Caracteriza-se por perda da uniformidade das célulase perda na sua orientação arquitetural, podendo exibir também pleomorfismo e hipercromasia, mas semalterações que os designem malignos. Contudo, quando as alterações displásicassão acentuadas e envolvem toda a espessura do epitélio, mas a lesão permanece confinada ao tecido normal, são consideradasum neoplasma pré-invasivo (carcinoma in situ). Esta lesão é um precursor, em muitos casos, do carcinoma invasivo. Ou seja, displasia muitas vezes é um precursor neoplásico.
Lesões Celulares
Se os limites da resposta de adaptação a um estímulo são excedidos, ou em determinadas circunstâncias quando a célula é exposta a um agente lesivo ou estresse, ocorre uma sequência de eventos que é chamada de lesão celular. A lesão celular é, até certo ponto, reversível, mas se o estímulo persistir ou for severo o suficiente desde o início, a célula atinge um “ponto em que não retorno”, e sofre lesão celular “irreversível”, e, finalmente, morte celular.
As causas mais comuns de lesões celulares são: 
· Ausência de oxigênio (hipóxia); 
· Agentes físicos (traumas, temperatura, radiação, choque); 
· Agentes químicos e drogas; 
· Agentes infecciosos; 
· Reações imunológicas; 
· Distúrbios genéticos;
· Desequilíbrios nutricionais.
Lesão celular reversível:A lesão se manifesta por meio de alterações funcionais e morfológicas que são reversíveis se o estímulo nocivo for retirado. As características da lesão reversível incluem a redução da fosforilação oxidativa, redução na quantidade de adenosina trifosfato (ATP) e edema celular causado por alterações na concentração de íons e influxo de água. 
As duasprincipais características morfológicas da lesão celular reversível são a edema celular e a degenerações gordurosa. O edema celular é resultado da falência das bombas de íons dependentes de energia na membrana plasmática. O que leva a uma incapacidade de manter a homeostasia iônica e liquida. 
Edema celularé a primeira manifestação de quase todas as lesões celulares. É uma alteração morfológica reversível.Mais visível no órgão interior por afetar muitas células. 
Na lesão celular reversível acontece as seguintes alterações:
· Alteração na Membrana Plasmática
· Mudanças mitocondriais
· Dilatação do RE
· Alterações Nucleares 
Lesão irreversível e morte celular. Com a progressão do dano, a lesão se torna irreversível e a célula, então, não tem mais como se recuperar. Existe um evento bioquímico crítico (o “ataque letal”) responsável pelo ponto irreversível? Não existe uma resposta para essa pergunta. Entretanto, nos tecidos isquêmicos, tais como o miocárdio, certas alterações estruturais (e.g., densidades amorfas nas mitocôndrias, indicativas de dano mitocondrial severo) e funcionais (perda da permeabilidade da membrana) são indicativos de que as células sofreram danos irreversível. Células que sofreram lesões irreversíveis invariavelmente sofrem alterações morfológicas que são reconhecidas como morte celular. Existem dois tipos de morte celular, necrose e apoptose, que diferem quanto a sua morfologia, mecanismos e papéis que desempenham nas doenças e fisiologia.
Morte Celular
Apoptose: A apoptose é a via de morte celular programada e controlada intracelularmente atravésda ativação de enzimas que degradam o DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas. A
membrana celular permanece intacta (o que difere bastante das situações de necrose), com
alteração estrutural para que a célula seja reconhecida como um alvo fagocitário. A célula é
eliminada rapidamente, de maneira a não dar tempo de o seu conteúdo extravasar, causando
uma reação inflamatória que poderia assemelhar-se à necrose tecidual.A apoptose acontece tanto em eventos patológicos como em eventos fisiológicos.
Apoptose fisiológica: Mortede células nos processos embrionários; involução dependente de hormônios nos adultos;eliminação celular em populações celulares em proliferação; neutrófilos e outros leucócitos após término de reações inflamatórias ou imunológicas; eliminação de linfócitos auto-reativospotencialmente danosos; morte celular induzida por células T citotóxicas.
Apoptose patológica: ocorre principalmente na presença de vírus, estímulosnocivos (como radiação e drogas citotóxicas anticancerosas), atrofia patológica dos órgãos etumores.
	Observação: Alguns autores diferenciam superficialmente morte celular apoptose da necrose, caracterizando apoptose como fisiológica e necrose como patológica, porem a literatura traz que a apoptose pode acontecer também em eventos patológicos.
Morfologicamente: as células apoptóticas apresentam encolhimento celular (citoplasma
denso e organelas mais agrupadas); condensação da cromatina (a cromatina se agrega na
periferia do núcleo, em massas densas de várias formas e tamanhos. O próprio núcleo pode se
romper em dois ou mais fragmentos); formação de bolhas citoplasmáticas e corpos
apoptóticos. Fagocitose das células ou corpos apoptóticos pelos macrófagos principalmente.
As células saudáveis do tecido migram e proliferam para ocupar o espaço da célula morta. 
Necrose: são as alterações morfológicas que acontecem após a morte
celular em um tecido vivo, devido à ação progressiva de enzimas nas células que sofreram
uma lesão letal. A necrose é o correspondente macroscópico e histológico da morte celular
causada por uma lesão exógena irreversível. Assim que a célula morre, ela ainda não é
necrótica, pois esse é um processo progressivo de degeneração. As células necróticas não
conseguemmanter a integridade da membrana plasmática, extravasando seu conteúdo e
podendocausar inflamação no tecido adjacente.
Morfologicamente: as células necróticas apresentam um aumento da eosinofilia, devido
à perda da basofilia causada pelo RNA no citoplasma normal e devido também ao aumento da ligação da eosina às proteínas plasmáticas desnaturadas. O citoplasma apresenta vacúolos e o
citoplasma com um aspecto corroído, podendo haver calcificações. As células mortas podem sersubstituídas por grandes massas de fosfolipídeos, denominadas figuras de mielina, que serãoposteriormente fagocitadas por outras células ou degradadas em ácidos graxos. A fragmentação inespecífica do DNA leva a alterações nucleares que podem aparecer na
forma de três padrões: cariólise (DNA em degradação, diminuição da basofilia nuclear),
picnose (encolhimento do núcleo e aumento da basofilia, pela condensação do DNA)
cariorréxis(fragmentação do núcleo, com seu posterior desaparecimento).
Há vários padrões morfológicos de necrose, sendo os principais: necrose de coagulação,
necroseliquefativa, necrose caseosa e necrose gordurosa.
Necrose de coagulação: acontece caracteristicamente quando da morte celular por
hipóxia em todos os tecidos, à exceção do cérebro. Nesse tipo de necrose, predomina a
coagulaçãoprotéica, e tende a acontecer em tecidos com alto teor de proteínas. Os tecidos
afetados apresentam uma textura firme. A acidose intracelular desnatura proteínas e enzimas,
bloqueando a proteólise celular. Há manutenção da arquitetura básica e contorno das células
por, pelo menos, alguns dias.
Necrose de liquefação: é característica de infecções, pois essas promovem o acúmulo
de células inflamatórias; e também da morte por hipóxia do sistema nervoso. Esse tipo de
necrose ocorre quando há o predomínio de liquefação enzimática; acontece quando o tecido
tem grande teor gorduroso. As células mortas são completamente digeridas e há
transformaçãodo tecido em uma massa viscosa
Necrose caseosa: é uma forma distinta de necrose de coagulação, encontrada
comumente em focos de tuberculose. Esse termo é derivado da aparência branca, semelhante
a queijo, da área necrótica. Essa área, nos focos tuberculosos, é cercada por uma borda
inflamatória (reação granulomatosa).
Necrose gordurosa: se refere a áreas de destruição de gordura que ocorre comoresultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas na cavidade abdominal, quando deuma pancreatite aguda, por exemplo.
Resumindo
	
Célula submetida ao um estimulo ou estresse, se não é nocivo ela se adapta, se é nocivo sofre uma lesão. Quando lesão é reversível a célula se recupera e volta ao equilíbrio. Se a lesão é irreversível gera morte celular, que pode ser apoptose ou necrose.

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