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LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO EMPÍRICO: PLANTAS FITOTERÁPICAS MAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU

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UNIVERSIDADE IGUAÇU 
FACULDADE DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA 
 
 
 
 
 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO EMPÍRICO: PLANTAS 
FITOTERÁPICAS MAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO 
MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HELOISA TCHMOLA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇU 
2015 
 
 
HELOISA TCHMOLA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO EMPÍRICO: PLANTAS 
FITOTERÁPICAS MAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO 
MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada a Universidade Iguaçu 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Licenciatura em Biologia. 
Orientador: ProfºMSc Ana Maria de Miranda 
Cardoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇU 
2015 
 
HELOISA TCHMOLA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO EMPÍRICO: PLANTAS 
FITOTERÁPICAS MAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO 
MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada a Universidade Iguaçu 
como requisito parcial para obtenção do título 
de Licenciatura em Biologia. 
Orientador: ProfºMSc Ana Maria de Miranda 
Cardoso 
 
Aprovado em: 
 
Rio de Janeiro, _______________________ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_____________________________________ 
MSc Ana Maria de Miranda Cardoso 
(orientador) 
 
_____________________________________ 
MSc André Costa Ferreira 
 
_____________________________________ 
MSc André Luis Almeida Souza 
 
 
 DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A você meu amado esposo Leonardo 
Martins, pessoa que аmо partilhar а vida. 
Com você tenho mе sentido mais viva dе 
verdade. Obrigado pelo carinho, а paciência 
е pоr sua capacidade dе trazer pаz nа 
correria dе cada semestre. Eu escolho você! 
 
 
 
 
 
 AGRADECIMENTOS 
Ao concluir este SONHO, lembro-me de muitas pessoas a quem ressalto reconhecimento, 
pois, esta conquista concretiza-se com a contribuição de cada uma delas, seja direta ou 
indiretamente. No decorrer dos dias, vocês colocaram uma pitada de amor e esperança para 
que neste momento findasse essa etapa tão significante para mim. 
Em primeiro lugar quero agradecer ao Senhor e Consumador da minha fé, por conceder-me a 
oportunidade de reescrever uma nova historia para minha vida, fonte de vida e libertação, que 
me embebeda todos os dias no seu amor e me faz acreditar num mundo mais justo, mais 
humano, A fé que me mantém em pé todos os dias da minha vida. Sem Ele, não estaria aqui. 
Ao meu esposo amado Leonardo Martins, amigo fiel em todas as horas que além de seu amor 
se desempenhou em investir em mim, não só agradeço mais dedico essa conquista, amor eu 
escolho você todos os dias da minha vida, nossa união tem a combinação perfeita, Jesus! 
A todos da minha família que, de alguma forma, incentivaram-me na constante busca pelo 
conhecimento. Em especial a minha irmã Paula, as minhas sobrinhas Thais e Thamires, por 
me ajudarem sempre com toda a simplicidade e o gosto pela vida, me apoiando e me ajudando 
sempre, buscando de fato todos os dias, sendo sempre humanas e sensíveis às necessidades 
dos outros. 
As minhas filhas Thaíse e Thaiane que mesmo tão pequenas, foram grande parte da minha 
fonte de força nesta longa trajetória de 3 anos e meio de curso, Muitas vezes não pude dar a 
atenção que elas mereciam, mais sempre me compreenderam. 
A minha mãe e meu pai que me cobrem de carinho e amor, orando todas as noites pelo 
sucesso e desempenho. Mãe está é a realização do seu sonho, uma filha formada. 
A minha pastora, líder e amiga Liliane Cavalcante que me sustenta em oração e conselhos, 
uma direção profética na minha vida. 
Não posso deixar de falar na minha amiga e colateral Valéria Venâncio, que me motivou a 
entrar na biologia. 
 
A professora Ana Cristina, pela competência profissional que, certamente servirá de espelho 
para minha conduta enquanto futura educadora. Agradeço-lhe por compartilhar momentos 
difíceis e felizes durante esta caminhada, me orientando com palavras de aconchego e 
sabedoria, a quem posso também, carinhosamente chamar de amiga, estando sempre por perto 
para dar força e um empurrão: vai! Que me motivou a entrar em um mudo totalmente 
diferente do que já havia vivido (a Botânica) me apresentando o Janilson um Mestre 
maravilhoso que me ensinou a dar os primeiros passos dentro da botânica. 
Ao Carlos um Botânico de Coração, que é mais taxonômico que muitos que conheço, 
obrigado pelo seu carinho. 
A Ana Miranda, mulher que adentrou em minha vida e me faz crescer como pessoa, como 
futura professora, que dentre suas possibilidades me fez enxergar um mundo novo. Espero tê-
la sempre perto de mim. Sua orientação segura e competente, seu estímulo constante e 
testemunho de seriedade, permitiram-me concretizar este estudo. Agradeço também pela 
compreensão de meus limites e ousadias, auxiliando-me com sua imensa sabedoria de forma 
imprescindível para a elaboração deste trabalho. Foram valiosas suas contribuições para o 
meu crescimento intelectual e pessoal, pela paixão à profissão docente. Pela dedicada e 
competente atenção com este trabalho, sempre de maneira muito receptiva e aberta, se 
prontificou a colaborar com esta pesquisa. Pela oportunidade de participação da monitoria, 
momento que foi muito significante em minha formação, e, sobretudo, pela magnífica 
convivência e amizade. Sua maneira de ser e estar no mundo, muito contribuiu para minha 
formação, afinal, já se vão dois anos ao se lado, desde a garota recém ingressa e que você não 
conhecia, até hoje, espero não tê-la decepcionado. Obrigada pela confiança e pelos momentos 
de apropriação de conhecimento que obtive ao seu lado, acredite esse não será o último 
agradecimento que farei a sua pessoa, pois lhe serei grata para sempre. A você, o meu muito 
obrigado, mesmo ciente de que quaisquer que sejam as palavras, jamais conseguirão expressar 
toda a minha admiração por ti. 
As minhas queridas amigas Pastora Andreia, Sheila, Edilaine ,Cintia Lima, Fabricia, por que 
sempre tiveram por perto dispostos a me ajudar, ouvindo minhas angústias e dividindo 
momentos alegres. Em especial, gostaria de agradecer a Pastora Andreia, para mim, mais que 
amiga, uma irmã. Deus na sua infinita sabedoria cruzou nossos caminhos, possibilitando esta 
amizade sólida, honesta e verdadeira. Sou muito grata por tê-la presente em minha vida. 
A todos os meus colegas da Bio Famila da Universidade Iguaçus, Campus I, que, durante a 
graduação, dividiram comigo as dificuldades e os prazeres da vida acadêmica, em especial, 
Ariane, Gisele, Emilia, Elisa, Yasmim, Beatriz, Bruna, Thamires, as Tatis, as Alanas, Ane 
Chaiene, Thais, Camila, Mayara, Nayara, Alosyane, Driele, Julio, Anderson, Thaiza, que são 
grandes amigos e que participaram comigo em muitos trabalhos da faculdade e em momentos 
de descontração e apoio. Gostaria de destacar dentre eles, Emilia Juliana e Elisa. 
A todos os professores do curso de Ciências Biológicas, que fizeram parte diretamente desta 
minha trajetória acadêmica, pelos ensinamentos que instigaram e fomentaram minhas 
reflexões e utopias a respeito da Educação, no sentido e buscar a materialização de outro tipo 
de sociedade que, sobretudo, não abandone o pensamento reflexivo e contestador. Agradeço-os imensamente pela contribuição de cada um na minha formação. 
Nesta hora de encerramento de uma etapa muito especial, em que a alegria por estar 
terminando se junta ao cansaço, torna-se difícil lembrar-me de todos os amigos e colegas que 
participaram comigo dessa jornada, mas de uma maneira muito sincera, agradeço a todos que 
de uma forma ou de outra colaboraram para a realização dessa monografia. 
 Meus sinceros agradecimentos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se não puder voar, corra. Se não puder 
correr, ande. Se não puder andar, rasteje, 
mas continue em frente de qualquer jeito. 
 Martin Luther King 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 13 
1.1- BREVE HISTÓRICO ................................................................................................................ 15 
1.2- DIFERENÇAS ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS ............................... 18 
*PLANTAS MEDICINAIS .......................................................................................................... 18 
*FITOTERÁPICAS ...................................................................................................................... 18 
2. MATERIAL E MÉTODO ............................................................................................................. 18 
3. PLANTAS FITOTERÁPICAS E SUA TRADIÇÃO ................................................................... 19 
3.1- FITOTERAPIA: A CURA PELAS PLANTAS ......................................................................... 21 
3.2-BENEFÍCIOS DA FITOTERAPIA ............................................................................................ 22 
3.3-MALEFÍCIOS DA FITOTERAPIA ........................................................................................... 22 
4. FITOTERAPIA E EMPIRISMO .................................................................................................. 23 
5. AS PLANTAS MAIS UTILIZADAS SEGUNDO OS DADOS COLHIDOS ............................. 25 
6. RESULTADOS ............................................................................................................................. 37 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 48 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 52 
ANEXOS............................................................................................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICE DE TABELA 
Tabela 1 Bairro da Luz ................................................................................................................................. 38 
Tabela 2 Bairro Canaã ................................................................................................................................. 39 
Tabela 3 Bairro cabuçu ................................................................................................................................ 40 
Tabela 4 Bairro comendador Soares ........................................................................................................... 41 
Tabela 5 Bairro Jardim Alvorada ................................................................................................................. 42 
Tabela 6 Bairro Ouro Verde......................................................................................................................... 43 
Tabela 7 Bairro Lafaiete .............................................................................................................................. 44 
Tabela 8 Lafaiete ......................................................................................................................................... 45 
Tabela 9 Bairro Riachão ............................................................................................................................... 46 
Tabela 10 Bairro Valverde ........................................................................................................................... 47 
Tabela 11 Planta mais utilizada ................................................................................................................... 48 
 
Figura 1 .................................................................................................................................................. 21 
Figura 2 Hortelã-rasteira ....................................................................................................................... 25 
Figura 3 Capim-cidreira (folhas) ........................................................................................................... 26 
Figura 4 Boldo-sete-dores ..................................................................................................................... 27 
Figura 5 Babosa ..................................................................................................................................... 28 
Figura 6 Alecrim .................................................................................................................................... 29 
Figura 7Arnica ....................................................................................................................................... 30 
Figura 8 Camomila ................................................................................................................................. 31 
Figura 9 Ginko Biloba ............................................................................................................................ 32 
Figura 10 Tancgagem ............................................................................................................................ 34 
Figura 11 Carqueja ................................................................................................................................ 36 
 
 
RESUMO 
 
Etnobotânica é a ciência, que estuda simultaneamente as contribuições da botânica e da 
etnologia (estuda e compara os diferentes povos e culturas do mundo antigo e moderno); 
evidenciando as interações entre as sociedades humanas e plantas como sistemas dinâmicos. 
Também consiste no estudo das aplicações e dos usos tradicionais dos vegetais pelo homem. 
O objetivo deste trabalho foi: identificar as espécies vegetais utilizadas com fins fitoterápicos 
pela comunidade de Nova Iguaçu (Estado do Rio de Janeiro); investigar as preferências com 
relação à produção e comercialização dessas plantas; e diagnosticar o perfil de gênero e as 
faixas etárias de seus usuários. Para isso, foram realizadas entrevistas estruturadas com 100 
famílias da cidade e coletadas as informações da plantas visando-se a sua correta 
identificação. Das 100 famílias entrevistadas, 35 disseram não fazer uso de plantas com fins 
medicinais, enquanto 65 afirmaram fazê-lo. O grupo que utiliza relacionou 10 espécies mais 
empregadas: hortelã-rasteira (Menthaxvillosa L.), boldo-sete-dores (Plectranthus 
barbatus Andrews.), capim-cidreira (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.), Tanchaguem 
(Plantago major L.), camomila (Chamomilla recutita (L. Rauschert.), Alecrim (Rosmarinus 
officinalis), Arnica (Arnica montana), carqueja(Baccharis trimera (Less.) DC.), babosa (Aloe 
vera L.) e Ginko-biloba (Ginkgo biloba L.). Todas as famílias consumidoras (100%) 
afirmaram preferir as plantas cultivadas de forma orgânica, selecionando-as através da boa 
aparência (68% das famílias) e consumindo-as in natura (sem beneficiamento, 100%). A 
utilização de plantas medicinais no município é independente do sexo e se estende às várias 
faixas etárias e também socioeconômicas, configurando-se assim, um bom mercado 
consumidor. 
 Palavras chaves: Etnobotânica, Plantas fitoterápicas, Tradições e uso. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Ethnobotany is the science that simultaneously studies the contributions of botany and 
ethnology (study and compare the different peoples and cultures of the ancient and modern 
world); highlighting the interactions between human societies and plants as dynamic systems. 
Also is the study of applications and traditional uses of plants by man. The objective was: to 
identify the plant species used for herbal purposes by Nova Iguaçu community (State of Rio 
de Janeiro); investigate the preferences regarding the production and marketing of these 
plants; and diagnose the gender profile and the age of its members. To do so, structured 
interviews were conducted with 100 families in the city and collected the information plans 
aiming at their correct identification. Of the 100 families interviewed, 35 said they did not 
make use of plants for medicinal purposes, while 65 said do it. The group uses related 10 
most used species: mint-creeping (Menthaxvillosa L.), bold-seven pains ( Plectranthus 
barbatus Andrews), lemongrass ( Cymbopogon citratus (DC) Stapf), Tanchaguem (Plantago 
major L.), chamomile (Chamomilla recutita L. Rauschert.), Alecrim (Rosmarinus officinalis.), 
Arnica (Arnica montana.), broom (Baccharis trimera (Less.) DC.), aloe (Aloe vera L.) and 
Ginko-biloba (Ginkgo biloba L.). All consumer households (100%) said they prefer plants 
grown organically, selecting them through good appearance (68% of households) and 
consuming them in natura (unprocessed, 100%). The use of medicinal plants in the 
municipality is independent of sex and extends to various age and also socioeconomic groups, 
setting up thus a good consumer market. 
 Key words: Ethnobotany, herbal plants, Traditions and use. 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
O termo Etnobotânica foi cunhado em 1895, pelo botânico taxonomista John W. 
Harshberger, da Pennsylvania University (DAVIS, 1995). Segundo (SCHULTES, 1995), a 
etnobotânica é uma disciplina muito antiga, visto que o conhecimento sobre plantas úteis 
remonta a própria existência da humanidade. Tanto o homem quanto a mulher primitivos 
devem, por necessidade, ter desempenhado um papel muito semelhante ao do etnobotânico, 
classificando plantas úteis seja para alimentação quanto para o alívio de doenças e 
enfermidades, aquelas psicoativas e, inclusive, aquelas que, se ingeridas, poderiam matar 
alguém. 
Em praticamente toda cultura e, provavelmente, desde há muito tempo, existiram 
homens e mulheres com conhecimento sobre a propriedade das plantas. Esses indivíduos 
geralmente alcançavam patamares diferenciados nessas sociedades (SCHULTES, 1995). 
Inicialmente entendida como o uso das plantas por aborígenes (ALBUQUERQUE, 
1997), a etnobotânica, a partir de meados do século XX, passou a ser definida como o estudo 
das inter-relações entre povos primitivos e plantas (SCHULTES, 1995). Essa definição se 
contrapõe ao termo "Botânica Econômica”, frequentemente utilizada para indicar o estudo de 
plantas utilizadas por sociedades com sistemas agroindustriais avançados, além de trazer 
embutido um forte preconceito cultural e social. Como bem frisa ALBUQUERQUE (1997), 
"fica difícil, quase impossível, para um pesquisador estudar a etnobotânica de um 
determinado grupo étnico se tudo que processa é codificado como "primitivo" e "inferior". O 
emprego indiscriminado do termo “primitivo” ou “involuído” tem conotações etnocêntricas”. 
Segundo o autor, as técnicas e os conhecimentos botânicos tradicionais não são primitivos 
nem inferiores, e todas as formas tradicionais de conhecimento, como formas distintas de 
aprendizado, têm valor. Dessa forma, a neutralidade por parte do pesquisador, é indispensável 
no processo de aquisição do conhecimento Estudos etnobotânicos de registro de plantas, seus 
usos e formas terapêuticas (plantas medicinais) por grupos humanos têm oferecido a base para 
diversos estudos básicos e aplicados, especialmente no campo da fitoquímica e farmacologia, 
inclusive como ferramenta para o descobrimento de novas drogas. Nesse contexto insere-se a 
Etnofarmacologia, como um ramo da Etnobiologia/Etnobotânica que trata das práticas 
médicas, especialmente remédios, usados em sistemas tradicionais de medicina ou como uma 
forma alternativa de tratamento, quando a alopatia (medicina tradicional), não surte o efeito 
esperado. 
14 
 
Segundo FERRO (2006), a Etnobotânica faz a intercessão dos variados discursos 
cultural, buscando a compreensão do outro, da sua maneira de vida, dos seus códigos e 
costumes que ligam suas relações com a natureza. Então, conclui-se ter ela grande 
importância para as populações regionais no que toca à exploração e manejo de recursos para 
obtenção de remédios, alimentos e matérias-primas. 
Para efeito deste estudo, planta FITOTERÁPICA é todo vegetal que contém princípios 
ativos que podem ser utilizados para fins terapêuticos ou precursores de substâncias utilizadas 
para tais fins, sendo amplamente utilizada pela medicina alternativa (AMOROZO, 2002). 
Provavelmente, pode-se dizer que o uso das plantas no controle de enfermidades seja tão 
antigo quanto a existência do homem. 
 Há cerca de 3000 anos antes de Cristo, os chineses já utilizavam e cultivavam ervas 
medicinais, que hoje ainda são usadas com eficácia tanto na medicina popular, como por 
laboratórios de produtos farmacêuticos (RODRIGUES et al., 2001). O uso de plantas para o 
tratamento da saúde até os dias de hoje fazem parte da cultura de diferentes comunidades 
populacionais (MARONDIN, 2001). 
Para MING e colaboradores (2003), os produtores apresentam o perfil adequado para 
cultivar plantas medicinais, que são orgânicas na sua essência e não permitem o plantio em 
larga escala, exigindo o policultivo como forma de proteger as espécies de enfermidades e 
pragas. Portanto, os pequenos produtores podem encontrar na produção de espécies 
medicinais uma oportunidade ímpar de diversificar suas propriedades, auxiliar familiares com 
o uso destas plantas e até aumentar sua renda. 
 O objetivo central deste trabalho monográfico foi documentar o uso das plantas 
medicinais, mesmo que de forma não comprovada devido às culturas recebidas de 
antepassados; do mesmo modo, buscando contribuir com o uso sustentável dos recursos 
naturais associados a esta atividade e verificar sua eficácia, sendo ela empírica ou não. 
 Nesse sentido irá identificar as espécies vegetais utilizadas com fins medicinais pela 
comunidade de Nova Iguaçu; investigando assim, as preferências com relação à produção e 
comercialização dessas plantas; e diagnosticar o perfil de gênero e as faixas etárias de seus 
usuários. 
15 
 
 1.1- BREVE HISTÓRICO 
Ao se referir às plantas, em especial as medicinais, não se pode deixar de ressaltar que 
o conhecimento adquirido sobre essas espécies, seus usos, indicações e manejo são uma 
herança dos antepassados, que de forma tradicional, têm passado seus conhecimentos de 
geração a geração, desde os tempos mais remotos até os dias atuais. Assim, o processo de 
utilização das plantas em práticas populares etradicionais como remédios caseiros e 
comunitários, é conhecido atualmente como medicina alternativa. 
Os chineses, egípcios, indús e gregos foram os primeiros a catalogar as ervas 
medicinais, classificando-as de acordo com a sua forma, cor, sabor e aroma, incluindo 
ligações com os astros e, evidentemente com seus atributos mágicos. Desta forma, as plantas 
foram ao longo das diversas gerações sendo manipuladas e utilizadas para as mais diversas 
finalidades terapêuticas, gerando assim um rico conhecimento tradicional (LIMA, 2006). 
Na literatura, encontram-se várias citações de povos e nomes históricos, os quais 
fizeram algum tipo de uso de ervas, tanto benéficas quanto maléficas. Os druídas, sacerdotes 
celtas, usavam suas poções mágicas, mandrágoras, ervas venenosas, idealizando inclusive, um 
horóscopo baseado na energia das árvores, segundo as diferentes épocas do ano. Aquiles, para 
debelar seus males, usava mil-em -rama, erva que passou a ser conhecida como Achillea 
millefolium. 
Sócrates, condenado à morte por seus adversários, ingeriu cicuta, planta de efeito 
mortífero. Carlos Magno foi um dos primeiros defensores das plantas, ao baixar um edital 
protegendo o hortelã nativo, ameaçado de extinção. Por este ato, poderia ter sido considerado 
o “patrono da ecologia”, hoje representado pelo inglês William Cobbett (BRUNO & NALDI, 
1998). 
Os antigos egípcios, que se aprimoraram na arte de embalsamar os cadáveres para 
guardá-los da deteorização, experimentaram muitas plantas, cujo poder curativo descobriram 
e confirmaram. Nascia assim, fitoterapia. As plantas eram escolhidas pelo seu cheiro, pois 
acreditavam que certos aromas afugentavam os espíritos das enfermidades. 
Essa crença continuou até a Idade Média. Os egípcios estavam relativamente 
adiantados na arte de curar, usavam além das plantas aromáticas, muitas outras, cujos efeitos 
bem conheciam: papoula (sonífera), a cila (cardíaca), a babosa e o óleo de rícino (catárticos), 
16 
 
entre outros. O papiro descoberto por Ebergs em 1873, está repleto de receitas médicas em 
que entravam plantas em mistura com outras substâncias (BALBACH, s.d.). 
Na medicina, os mais velhos babilônios eram tão adiantados como os egípcios. A 
regulamentação sobre o exercício da medicina e da prescrição de remédios está no Código de 
Hamurabi, estruturado mais ou menos no tempo do patriarca Abraão. Os assírios incluíram no 
seu receituário 250 plantas terapêuticas, entre as quais o açafrão, assa-fétida, o cardamomo, a 
papoula, tremoço e outros. 
Hipócrates da Grécia (460-361 a.C.), que é considerado o pai da medicina, empregava 
centenas de drogas de origem vegetal. Teofrasto (372-285 a.C.), na sua história das plantas, 
catalogou 500 espécimes vegetais. Crateús, que viveu no século I antes de Cristo, publicou a 
primeira obra que se tem conhecimento na história – Rhizotomikon – sobre plantas medicinais 
com ilustrações. 
Dioscórides, o fundador da “matéria médica”, no século I da era cristã, publicou um 
livro com 600 plantas medicinais (BALBACH, s.d.). Plínio “o velho”, que também viveu no 
século I e cuja enciclopédia constava de 37 volumes, catalogou as espécies de vegetais úteis à 
medicina (BALBACH, 1998). Na teoria de Plínio havia para cada enfermidade uma planta 
específica. 
Da ciência fitoterápica dos gregos, romanos e outros povos tomaram conhecimento os 
árabes. Abd-Allah Ibn Al-Baitar, que viveu no século XIII, foi o maior especialista árabe no 
campo da botânica aplicada à medicina, viajou por muitos países em busca de dados que 
necessitava para seu livro. Sua obra descreveu mais de 800 plantas (BALBACH, 1998). 
No Brasil, a utilização das plantas não só como alimento, mas também como fonte 
terapêutica teve início desde que os primeiro s habitantes chegaram ao Brasil, há cerca de 12 
mil anos, dando origem aos paleonídeos amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos 
indígenas do país. Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período, além das pinturas 
rupestres. 
Em 1500, com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, surgiu à primeira 
correspondência oficial de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal, D. Manuel, relatando o 
descobrimento da nova terra e suas características, (SILVA, 2004). 
17 
 
Padre José de Anchieta de 1560 a 1580 detalhou em suas cartas aos Superiores Geral 
da Companhia de Jesus as plantas comestíveis e medicinais do Brasil. As plantas medicinais 
especificamente mencionadas foram: capim rei, ruibarbo do brejo, ipecacuanha-preta, 
cabriúva-vemelha, “erva boa”, hortelã-pimenta, que era utilizada pela os indígenas contra 
indigestão, aliviando nevralgia s, reumatismos, doenças nervosas, purgativos, bálsamos e cura 
de feridas (SILVA, 2004). 
Outro fato que chamou a atenção dos missionários foi a utilização dos timbós pelos 
índios, os quais produziam um efeito narcótico nos peixes para facilitar a pesca, possibilitando 
assim, pescar com a mão, uma vez que a planta era macerada e jogada na água. A flora 
brasileira foi descoberta por cientistas estrangeiros, especialmente os naturalistas, que 
realizavam grandes expedições científicas no Brasil desde o descobrimento pelos portugueses 
até ao final do século XIX (SILVA, 2004). 
Assim, percebe-se que a botânica sempre aliada à medicina numa união indissolúvel e 
nunca será possível separar uma da outra. Em todo o mundo são conhecidos inúmeros 
remédios vegetais de incalculável valor para a farmacopéia moderna. Apesar das ervas terem 
sido relegadas, principalmente no ocidente, em função do progresso científico e do uso dos 
produtos químicos, nunca deixaram de ser utilizadas, principalmente pelos povos fora dos 
grandes centros (FRANCESCHINI FILHO, 2004). 
Entre 1880 e 1900, começaram as mudanças com o desenvolvimento do primeiro 
medicamento sintético, as antipirinas, seguidas pela antifebrina e pela aspirina. Após a II 
Guerra Mundial, as pesquisas com ervas medicinais foram deixadas de lado pelo grande 
avanço das formas sintéticas, sendo retomada s somente nos dias de hoje (FRANCESCHINI 
FILHO, 2004). 
A ciência busca o progresso com tudo o que a natureza oferece, o respeito à cultura 
dos povos em torno do uso de produtos ou ervas medicinais para curar os males é prova disto. 
Nas regiões tropicais da América Latina existem diversas espécies de plantas medicinais de 
uso local, com possibilidade de geração de uma relação custo-benefício bem menor para a 
população, promovendo saúde a partir de plantas produzidas localmente. A eficácia e o baixo 
risco de uso são características desejáveis das plantas medicinais, assim como 
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. O aproveitamento adequado dos princípios 
ativos de uma planta exige o preparo correto, ou seja, para cada parte a ser usada, para cada 
18 
 
grupo de princípio ativo a ser extraído e para cada doença a ser tratada, existe forma de 
preparo e uso adequados (ARNOUS, SANTOS & BEINNER, 2005). 
1.2- DIFERENÇAS ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS 
*PLANTAS MEDICINAIS 
São aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como 
remédio em uma população ou comunidade, sendo comprovadas cientificamente. Para usá-
las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la e como prepará-la. Quando a planta 
medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o 
fitoterápico. O processo de industrialização evita contaminações por microrganismos, 
agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve 
ser usada, permitindo uma maior segurança de uso, (FURLAM (1998). 
*FITOTERÁPICAS 
Segugndo a ANVISA, Fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se, como 
princípio-ativo,exclusivamente derivados de drogas vegetais. São caracterizados pelo 
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua 
qualidade. São regulamentados no Brasil como medicamentos convencionais e têm que 
apresentar critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela ANVISA para 
todos os medicamentos. 
2. MATERIAL E MÉTODO 
Esta pesquisa foi realizada no período de (junho a outubro) no município de Nova 
Iguaçu. A escolha desse município para esta pesquisa foi baseada em sua história e cultura, 
pois trata-se de uma cidade bastante antiga que está sofrendo uma grande mudança no seu 
território populacional nativo tradicional. A justificativa para o desenvolvimento deste; é 
buscar ainda hoje pessoas que utilizam práticas e costumes que foram herdados de seus 
antepassados, na região de Nova Iguaçu, na utilização de ervas ditas homeopáticas, porém 
evidenciando sua terapia medicinal, destacada pelos entrevistados. 
Para a investigação sobre a utilização, as preferências com relação à produção e 
comercialização das plantas medicinais, e o perfil etário e socioeconômico dos usuários 
dessas plantas, foram aplicados 100 questionários na forma de entrevistas estruturadas e 
19 
 
listagem livre das plantas medicinais, em 80 residências (famílias), totalizando-se 100 
pessoas. O método de amostragem utilizado foi probabilístico, com as residências incluídas ao 
acaso. Para cada bairro foram selecionadas, em ruas diferentes, 10 residências. Deste modo, 
objetivou-se amostrar as diferentes regiões da cidade. Somente as pessoas que moram 
efetivamente na casa, foram consideradas como membros da família, conforme procedimento 
de RODRIGUES & GUEDES (2006). 
Para caracterizar diferentes aspectos da comunidade e dos usuais consumidores das 
plantas, após cada entrevista, foi feita uma identificação taxonômica de acordo com suas 
características morfológicas vegetativas, reprodutivas e terapêuticas utilizando-se como base 
as citações DE LORENZI & MATOS (2008), ALMASSY JUNIOR r et al. (2005) e 
MARTINS et al. (2003); às quais foram comparadas com exsicatas,; isto é, que vem a ser 
uma amostra de planta prensada e em seguida seca numa estufa fixada em uma cartolina de 
tamanho padrão acompanhadas de uma etiqueta ou rótulo contendo informações sobre o 
vegetal e o local de coleta de herbários. A partir daí as origens das plantas estudadas foram 
verificadas nas mesmas referências usadas para a identificação (FERRO, 2006). 
 
3. PLANTAS FITOTERÁPICAS E SUA TRADIÇÃO 
Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas 
medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu independentemente na maioria 
dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei 
descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora. 
Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de 
fitoterapia pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos. Os 
medicamentos fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia, além de 
serem produtos industrializados, (SCHULTES, 1995). 
Vantagens e riscos 
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, 
utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na 
maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio 
20 
 
ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é 
uma das principais prioridades da farmacologia e este não é o foco central deste trabalho; mas 
sim o uso desses vegetais pela população com finalidades curativas; sendo para alguns 
empíricas ou não. 
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. 
Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter substâncias tóxicas, a grande 
quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação 
por agrotóxicos ou por metais pesados. Essa grande quantidade de substâncias que também 
podem ser tóxicas é originada da evolução das plantas, pois estas são seres vivos e como tal, 
não possuem vantagens em serem predadas ou danificadas. Desta forma, como não possuem 
meios de se defenderem de animais herbívoros e fitófagos, desenvolveram diferentes defesas 
químicas ao longo de sua evolução. Algumas dessas substâncias podem ser úteis para as 
pessoas, outras prejudiciais, como oxalatos e ácido cianídrico, ambos tóxicos. Um exemplo 
clássico é a cafeína, um alcaloide, em um animal de grande porte como um ser humano, deixa 
a pessoa desperta, mas em um inseto que tenta, por exemplo, predar a semente do café pode 
ter uma reação muito forte, que leva este a perda de apetite, podendo levá-lo a morte, 
(FURLAM, 1998). Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um 
intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. 
A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando 
praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas nas 
quais essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser 
reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na 
concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultra diluições, 
como na homeopatia, não há o princípio ativo na apresentação final, o que elimina os riscos 
anteriores. Entretanto, não há nada que indique que haja qualquer efeito benéfico. 
MARTINS (1995) destaca que plantas medicinais, com as quais que têm avaliadas a 
sua eficiência terapêutica e a toxicologia ou segurança do uso, dentre outros aspectos, estão 
cientificamente aprovadas a serem utilizadas pela população nas suas necessidades básicas de 
saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural com as 
tradições populares. Uma vez que as plantas medicinais são classificadas como produtos 
naturais, a lei permite que sejam comercializadas livremente, além de poderem ser cultivadas 
por aqueles que disponham de condições mínimas necessárias. 
21 
 
3.1- FITOTERAPIA: A CURA PELAS PLANTAS 
FONTE: REVISTA “A CURA PELAS PLANTAS”-2007 
A fitoterapia possui raízes profundas na consciência popular que reconhece, desde a 
Antigüidade, sua eficácia e legitimidade. Essa prática apresenta, portanto, grande potencial de 
desenvolvimento, considerando-se não somente a diversidade vegetal que o Brasil possui, 
mas também que o uso das plantas medicinais está intimamente ligado à cultura popular. O 
interesse a respeito do conhecimento que as populações detêm sobre plantas e seus usos têm 
crescido, após a constatação de que a base empírica desenvolvida por elas ao longo de séculos 
pode, em muitos casos, ter uma comprovação científica, que habilitaria a extensão destes usos 
à sociedade industrializada (FARNSWORTH, 1988 apud AMOROZO, 2000). 
As plantas e ervas podem trazer benefícios para a saúde de quem às consome. A 
fitoterapia é um tratamento que utiliza ervas medicinais para tratar e combater doenças. O fato 
é que mesmo com a explosão dos remédios, a procura por ervas medicinais e seu uso em caso 
com finalidades curativas, vem aumentando a cada ano. 
Os usuários explicam que a busca por esta técnica é devido a sua cura terapêutica a 
fim de acalmar, cicatrizar, emagrecer, entre outros. Seu significado é: fitoterapia, do grego 
onde phitos = planta e terapia, está relacionada a tratamento, ou seja, tratamento através das 
ervas, às quais são muito utilizadas de formapopular através de chás ou infusões. 
Esse método é considerado uma terapia “alternativa popular” dentro da homeopatia; 
porém o seu uso é tão antigo quanto à própria humanidade. 
Figura 1 
22 
 
Apesar do aumento e da crença que nenhuma planta faz mal, é preciso cuidado para 
não misturar muitas plantas fitoterápicas. As mesmas podem sim trazer efeitos colaterais. 
3.2-BENEFÍCIOS DA FITOTERAPIA 
As plantas são muito úteis no combate de infecções, insônia, estresse, dores, distúrbios 
intestinais, distúrbios hormonais, contusões, problemas respiratórios, baixa imunidade, 
emagrecimento, gripes ou resfriados, e, muitos outros tipos de doenças. 
Além disso: 
 Proporciona maior contato com a natureza; 
 Uma única erva para tratar diferentes males; 
Ajuda no combate de doenças infecciosas 
 Auxilia no tratamento de doenças alérgicas; 
 Ajuda a acalmar. 
3.3-MALEFÍCIOS DA FITOTERAPIA 
Não é porque os fitoterápicos são advindos da natureza, que pode ser consumido 
indiscriminadamente. A utilização inadequada dos fitoterápicos como a automedicação, pode 
gerar uma série de efeitos colaterais, como reações alérgicas e efeitos tóxicos graves. A 
grande variedade de plantas medicinais entre os estados brasileiros pode gerar confusão entre 
os que realizam compostos fitoterápicos caseiros. A professora do curso de Farmácia, Regina 
Cláudia de Matos Dourado, alerta para a importância de verificar a procedência do 
medicamento fitoterápico. "Os lambedores e compostos caseiros podem misturar várias 
plantas medicinais e causar sérios malefícios", comenta. Cada estado tem um elenco diferente 
de espécies vegetais. A ausência de um farmacêutico responsável pelo composto, à falta de 
testes de qualidade e a confiança exclusiva no conhecimento popular podem provocar 
equívocos na fabricação dos medicamentos. ALÉM DO MAIS O EXCESSO TAMBÉM FAZ 
MAL, alerta SILVA (2004). 
Outro cuidado deve ser com a utilização da planta medicinal; m alguns casos, a 
espécie deve ser usada de forma tópica, outras vezes, oral. É o caso do confrei. A planta de 
23 
 
efeito cicatrizante só pode ser usada de forma tópica. A ingestão é desaconselhável, por causa 
do seu alto grau de toxicidade. O mesmo ocorre com a babosa. 
4. FITOTERAPIA E EMPIRISMO 
Denomina-se empirismo a uma teoria do conhecimento que afirma que o 
conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial ou do uso 
conclusivo popular (PEREIRA, 2007). 
É importante que qualquer pesquisador em etnobotânica tenha um olhar global nessas 
áreas para facilitar o entendimento, interagir e comunicar-se com as comunidades envolvidas. 
Assim, como refere BONET (1998) “o campo de trabalho da Etnobotânica é uma ocasião 
excepcional de enriquecimento para a ciência moderna, já que implica esta cooperação de 
investigadores de horizontes diversos”. 
Nessa pesquisa, queremos destacar e fomentar que o início do uso de plantas e ervas 
como medicação surgiu principalmente nas comunidades indígenas e seus saberes com 
relação às plantas medicinais, pois os estudos dos saberes ecológicos produzidos pelos grupos 
indígenas (etnobiologia) são frequentemente considerados pouco relevantes à cultura 
ocidental, porque as populações aborígenes são esparsas e foram consideradas 
demograficamente como inexpressivas. Porém, da dos arqueológicos, demográficos e 
geográficos parecem confirmar os relatos históricos, dando conta da existência de grandes 
centros populacionais em todos os ambientes da Amazônia: várzea, terra firme e savanas 
(DENEVAN, 1976). Considerado um dos maiores naturalistas brasileiros, BARBOSA 
RODRIGUES (1842-1909) concentrou suas atividades científicas na botânica, mas também 
dedicou-se a outras áreas de estudo, como a etnologia e mitologia indígena. Viajando pelo 
interior do Brasil, fez uma vasta pesquisa de campo junto as populações nativas, de onde 
resultaram trabalhos sobre a língua e a botânica indígenas. 
Esse naturalista sempre valorizando o conhecimento indígena e compara suas 
qualidades às científicas, registrou uma ampla nomenclatura botânica, suas divisões e 
agrupamentos e apontando os critérios seguidos pelos indígenas para este fim. O mesmo 
assegura ser a prática da etnobotânica de cunho verdadeiro, satisfatório e de nada ter relação 
com o empirismo, dada sua relevância de tratamento e cura com as ervas utilizadas por estes. 
24 
 
Com o desenvolvimento das ciências naturais e, posteriormente da antropologia, o 
estudo das plantas e seus usos por diferentes grupos humanos passou a ter outra visão. 
Atualmente, com base nos trabalhos já realizados, pode-se entender a etnobotânica como 
sendo o estudo das inter-relações (materiais ou simbólicas) entre o ser humano e as plantas, 
devendo-se somar a este os fatores ambientais e culturais, bem como os conceitos locais que 
são desenvolvidos com relação às plantas e ao uso que se faz delas, (MORAIS, 2005). 
BEGOSSI (2002) ressalta que os estudos etnobotânicos contribuem em especial para o 
desenvolvimento planejado da região onde os dados foram coletados e afirma serem eles 
ampla eficiência. 
Pode-se observar que a Etnobotânica surge como mediadora entre os discursos 
culturais, mas deve-se ter em mente que há uma diferença entre o discurso científico e o saber 
tradicional ou empírico. 
Para melhor entender a cultura e uso da etnobotânica que se observa, faz-se necessário 
uma visão de dentro da realidade observada, integrando-se a ela e interferindo se o mínimo 
possível em suas práticas cotidianas. É neste momento que o pesquisador deve despojar-se de 
suas categorias culturais (VIERTLER, 2002). 
Para melhor compreensão de conhecimento tradicional é pertinente conceituar 
primeiramente o que vem a ser a palavra conhecimento. A palavra conhecimento provém do 
latim cognitio, co-gnoscere. Etimologicamente, ela é formada pela preposição co, cum, em 
português com, no sentido de junto; e pela palavra gnoscere, do grego genesis , que quer dizer 
gênese, nascimento: conhecer significa nascer junto 
Portanto, toda forma de conhecer merece nosso respeito, uma vez que para outros o 
conhecimento se não for o cientifico não é conhecimento. FERNANDO (2003) defende o 
conceito de que “todo conhecimento que foi desenvolvido na terra é uma ciência, porque o 
homem veio ao mundo quando a terra já estava pronta”. “Por isso o homem estuda para 
descobrir o segredo da natureza segundo sua vontade e interesse”. 
STRAUSS (1991) considera que o conhecimento tradicional ou popular pode ser 
definido como “o saber e o saber fazer, a respeito do mundo natural, sobrenatural, gerado no 
âmbito da sociedade não urbano/industrial, transmitido oralmente entre gerações”. 
25 
 
O conhecimento e uso popular de plantas com finalidades terapêuticas foram por 
muito tempo subestimado pelos cientistas. A valorização do saber e uso popular por parte dos 
etnobiólogos e etnoecólogicos estão produzindo alternativas para os paradigmas correntes, 
com efeitos benéficos para o conhecimento científico (POSEY, 1987). E, muito marcante no 
tocante a veracidade dos efeitos do uso de vegetais na prevenção, tratamento e cura de certas 
doenças; não se tratando somente como forma empírica, como citam alguns autores, 
(ORQUIZA, 2008) 
5. AS PLANTAS MAIS UTILIZADAS SEGUNDO OS DADOS COLHIDOS 
1)Hortelã-rasteira – Mentha villosa L. 
 
Figura 2 Hortelã-rasteira 
Nome popular: Hortelã, Hortelã-rasteira 
Família: Labiatae (Lamiaceae) 
Origem: Europa. 
Propriedades: Reduz contrações musculares involuntárias, evita vômitos, eliminador de 
gases intestinais, favorece a digestão, e elimina vermes intestinais, por via oral. Bem como 
anti-séptica e redução da coceira, por via local.Características: Erva perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas que possuem aroma forte e 
característico. Tem grande importância medicinal e social, por sua alçao contra microparasitas 
intestinais, recentemente descoberta. Há muitas espécies de hortelã parecidas, dificultando a 
escolha da planta certa para fins medicinais, exigindo a obtenção das mudas em locais de 
confiança. Desde a mais remota antiguidade, essa e outras plantas são utilizadas como 
condimento em massas e carnes, bem como para fins medicinais. 
Parte usada: Folhas 
O Capim-cidreira também é encontrado em pó e pode ser preparado a partir das folhas 
que são colhidas e postas a secar a sombra, em ambiente ventilado, ou na estufa do fogão ou 
no forno quente, porém apagado, até que fiquem bem secas e facilmente trituráveis. Crianças 
de cinco a treze anos devem tomar ¼ de colher (de café). Adolescentes e adultos podem tomar 
26 
 
½ colher (de café). O tratamento deve ser repetido após 10 dias, devendo-se observar durante 
e após ele, os cuidados de higiene pessoal e familiar. 
Indicações: espasmo, gases, vermes. 
 
2) Capim-cidreira - Nome científico: Cymbopogon citratus. 
 
 
Figura 3 Capim-cidreira (folhas) 
Nomes alternativos: Capim-santo, capim-limão, capim-cidró, capim-cheiroso, cidreira. 
Descrição: Com origem no sudoeste asiático, é uma planta frondosa e robusta que cresce 
formando touceiras. As folhas têm coloração verde-clara, são cortantes ao tato e muito longas, 
podendo atingir mais de um metro de comprimento. A planta exala um aroma característico 
que lembra o do limão e é cultivada em vários estados brasileiros. O óleo essencial é 
valorizado no mercado nacional e internacional e tem várias aplicações, especialmente na 
indústria cosmética. Outras espécies de plantas, como a Melissa officinalis L e a Lippia Alba, 
por exemplo, também são conhecidas como erva-cidreira ou capim-cidreira, no entanto, têm 
indicações e propriedades diferentes. Parte utilizada: Folhas. 
 Uso medicinal: Indicada para cólicas intestinais e uterinas e como um calmante suave nos 
casos de ansiedade ou insônia. 
Modos de uso: Chá de infusão das folhas. 
27 
 
Cuidados e contraindicações:Pode aumentar o efeito de medicamentos sedativos ou 
calmantes e ser abortivo em doses concentradas. 
Efeitos colaterais: desconhecido 
 
3) Boldo-sete-dores. Nome científico: Plectranthus barbatus 
Figura 4 Boldo-sete-dores 
 
Nome popular: Boldo-de-jardim, boldo-africano, boldo-silvestre, falso-boldo, malva-santa, 
malva-amarga e sete-dores. 
Origem: Índia, mas muito cultivado no Brasil. 
Características: É um arbusto de até 1,5 metro de altura com folhas levemente serrilhadas, 
pilosas, verde-fosco. 
Ambiente: Gosta de ambientes com temperaturas médias, bem iluminados e solos férteis e 
bem drenados. 
Uso medicinal: Má digestão, azia e males do fígado. 
Partes usadas: Folhas frescas. 
Dosagem: 20 gramas de folhas frescas, maceradas, por litro de água. Tomar 4 ou 5 xícaras 
por dia. 
Observação: Muitas pessoas confundem o boldo-sete-dores com o boldo-do-Chile, usado 
para mesmos fins e que será abordado em outro artigo. 
 
28 
 
4) Babosa: Nome científico: Aloe vera. 
Figura 5 Babosa 
 
Serve para ajudar no tratamento da acne, queda de cabelo, anemia, artrite, dor de 
cabeça, dor muscular, queimaduras, feridas, gripe, insônia, pé de atleta, problemas de pele, 
inflamações, prisão de ventre e problemas digestivos. 
 A babosa é uma planta medicinal, também conhecida como Aloé vera, Caraguatá, 
Erva babosa, Babosa de botica ou Babosa de jardim, que pode ser utilizada em tratamentos de 
beleza em forma de gel, mas também em problemas de saúde, como infecções. 
Propriedades da babosa: As propriedades da babosa incluem sua ação laxante, adstringente, 
anestésica, anticancerígena, anti-hemorrágica, anti-inflamatória, bactericida, cicatrizante, 
hidratante e fungicida. 
As partes utilizadas da babosa são as suas folhas e a sua seiva. 
Efeitos colaterais da babosa 
Os efeitos colaterais da babosa incluem dor abdominal, diarreia, inflamação dos rins, 
ressecamento da pele, desmaio, hipotensão e nefrite. 
Contra indicações: para crianças, grávidas e durante a amamentação, assim como em 
pacientes com inflamações no útero ou ovários, hemorroidas, fissuras anais, pedras na bexiga, 
varizes, apendicite, prostatite, cistite, disenterias e nefrite. 
29 
 
Atenção: É muito importante que o indivíduo certifique-se de que a babosa é a do tipo 
Barbadensis miller, pois esta é a mais indicada para o consumo humano. As outras podem ser 
tóxicas e não devem ser consumidas. 
5) Alecrim- nome científico: Rosmarinus officinalis. 
Figura 6 Alecrim 
 
Os benefícios do chá de alecrim são, principalmente, melhorar a digestão, aliviar as 
dores de cabeça e o cansaço. Outros benefícios do chá de alecrim para a saúde podem ser: 
Diminuir os sintomas da TPM; Aliviar os sintomas da gripe, bronquite e dores de garganta; 
Promover o alívio de aftas, gengivites e estomatites; Ajudar a prevenir problemas de coração; 
Aumentar a capacidade de aprendizado; Auxiliar no tratamento de tendinites, dores articulares 
e lesões musculares. 
O grande impulso que proporciona à função cerebral só reforça a lista de benefícios 
do alecrim. Esta erva possui um longo histórico de cura. Popular como ingrediente principal 
em produtos de higiene pessoal, também pode ser usada para repelir pulgas e piolhos, ou 
tratar problemas capilares. O alecrim é tão versátil em suas propriedades que funciona como 
analgésico, adstringente, antidepressivo, antireumático, antisséptico, e antiespasmódico. 
Suas folhas são ricas em antioxidantes, que protegem nossas células contra os 
radicais livres. Estes, os responsáveis pelo surgimento do câncer e de doenças cardíacas, entre 
outros malefícios à saúde. 
O alecrim é cheio de estatísticas positivas em todo o planeta. Nos países onde seu uso 
é tradicional nas refeições diárias o câncer e as doenças degenerativas têm índices 
significativamente baixos. 
30 
 
Contraindicações e efeitos colaterais do alecrim 
Doses excessivas devem ser evitadas, vez que podem causar efeitos colaterais como 
dores de cabeça e convulsões. 
 
6) Arnica- nome científico: Arnica montana; 
Figura 7 Arnica 
 
Planta muito utilizada na homeopatia para o tratamento de dores, contusões, artrite e 
reumatismo. 
Benefícios da arnica: A arnica tem substâncias anti-inflamatórias, portanto, é indicada para 
auxiliar na cicatrização de feridas, combater hemorragias de ferimentos superficiais, lesões 
musculares, rompimento de ligamentos, distensões musculares, contusões e até reumatismo. 
A planta ainda pode ser usada para clarear manchas roxas, como edemas e hematomas, 
para repelir insetos e amenizar coceiras causadas por eles, tratar verminoses, irritações de 
pele, cicatrizar furúnculos e até como desinfetante de ambientes. Além disso, tratamentos para 
oleosidade e queda de cabelo também usam a arnica. 
Contra indicações: Por ser extremamente tóxica, é importante que antes de ingerir o chá de 
arnica orientações de um profissional sejam buscadas. Porém, para uso externo só é preciso 
tomar cuidado com o sol. Sempre que fizer compressas de arnica ou passar o gel, tenha 
31 
 
certeza de que não há nenhum resquício da planta na pele antes de se expor ao sol, pois há 
risco de irritação e reação alérgica. 
Para a ingestão de chá, a super dosagem pode causar náuseas, vômitos, dores 
abdominais, tontura, tremores, aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas e até o aborto 
espontâneo. 
 
7) Camomila – nome científico: Chamomilla recutita (L.) Rauschert 
Figura 8 CamomilaNomes Populares: Camomila, Camomila-alemã, Camomila-comum, Camomila-da-
alemanha, Camomila-húngara, Camomila-verdadeira, Camomila-vulgar, Macela-nobre, 
Margaça, Matricária. 
Benefícios: má digestão, sedativo, protetor térmico da pele, conjuntivite (não deve ser 
aplicado diretamente aos olhos, e sim, uma compressa do mesmo), dores musculares, stress, 
insônia (é comum à venda de travesseiros e máscaras para dormir com essência de camomila), 
diarreia, inflamações urinárias e gripes. 
Sendo um forte relaxante muscular, a infusão dessa erva pode ser utilizada para sanar 
sintomas de cólicas menstruais que afetam mulheres em seus períodos férteis, causando 
enjoos, vômitos e dores de cabeça. O chá de camomila é um agente relaxante desses sintomas, 
aliviando a tensão menstrual e uterina. 
32 
 
Uma curiosidade sobre o chá, é que este pode ser banalmente usado em cabelos, com 
intuito de deixá-los mais claros, atuando nos pigmentos do cabelo e deixando-o em tonalidade 
loura. É comum encontrar no mercado de cosméticos produtos para os cabelos, tendo a 
camomila como ingrediente principal. 
Contraindicação: Pessoas com rinite alérgica; Pacientes que utilizam medicamentos para 
tratamento de trombose, pois o chá pode aumentar a risco de hemorragia; Mulheres gestantes. 
 
8)Nome Ginkgo biloba, Ginko Nome científico: Ginkgo biloba L. 
Figura 9 Ginko Biloba 
 
 
 Nome popular: Gingko; Ginko, Árvore-avenca 
Família: Gimnospermae. 
Origem: China e Japão. 
Propriedades: Estimulação da circulação, dilatação de brônquios, antifúngico e 
antibacteriano. 
33 
 
Características: Árvore primitiva, decídua, de 6 a 10m de altura. É considerada fóssil vivo, 
por ser muito semelhante a encontradas em fósseis. No Brasil, floresce e frutifica somente nas 
regiões de altitude, onde é mais cultivada com planta ornamental, assim como em outras 
regiões de clima temperado do mundo. 
Parte usada: Folhas e sementes. 
Usos: Suas sementes são empregadas na medicina tradicional chinesa há séculos e mais 
recentemente suas folhas têm sido utilizadas na Europa e outras regiões do Ocidente. 
Suas folhas são amargas, adstringentes, possuindo a capacidade de dilatar os 
brônquios pulmonares e os vasos sanguíneos, e controlar as respostas alérgicas e estimular a 
circulação. Possui também propriedades antifúngicas e antibacterianas 
 
 É empregada internamente no tratamento da asma, batimentos cardíacos irregulares, e 
tosse. No Brasil sua comercialização tem sido ampla na forma de cápsulas, para problemas 
circulatórios. Por promover maior circulação sanguínea no cérebro, é indicada para tratar 
sintomas de disfunção cerebral, melhorando a concentração e a memória, claudicação 
intermitente no ato de andar, vertigem e zumbido no ouvido. Seus principais constituintes 
químicos não são encontrados em nenhuma outra planta. 
 
Forma de uso / dosagem indicada: Suas folhas secas são moídas e ingeridas na forma de 
comprimidos ou em uma colher de sobremesa de suas folhas secas e moídas todos os dias. 
Cultivo: Pode ser multiplicada através de estaquia, colhendo-se estacas de ramos novos, 
enquanto a planta encontra-se dormente (sem folhas). 
 
 
 
 
 
34 
 
9) Tanchagem Nome científico: Plantago major L. 
Figura 10 Thanchagem 
 
Nome popular: Tanchagem, plantagem. 
Família: Plantaginaceae. 
Origem: Europa. 
Propriedades: Diurética (faz urinar), anti-diarréica, expectorante (elimina muco), 
hemostática (estanca sangue) e cicatrizante. 
Características: Pequena erva bianual ou perene, de 20 a 30 cm de altura. Cresce 
espontaneamente em terrenos baldios e pomares da região sul do Brasil, onde é considerada 
planta daninha. É, contudo, na medicina caseira que é mais conhecida, cujo uso originou-se na 
Idade Média na Europa. Devido a suas quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e 
minerais, junto à baixíssima probabilidade de toxidez, suas folhas foram classificadas como 
alimentícias. 
Parte usada: Folhas e flores. 
Usos: No Brasil é considerada diurética (faz urinar), anti-diarréica, expectorante, hemostática 
(estanca sangue) e cicatrizante, sendo empregadas contra infecções das vias respiratórias 
superiores, bronquite crônica e como auxiliar no tratamento de úlceras pépticas. Os indígenas 
35 
 
das Guianas usam o decocto de suas flores em mistura com a erva-de-santa-maria 
(Chenopodium abrosioides), para tratar problemas menstruais. São também empregadas nesse 
país, tanto as flores como as sementes contra conjuntivite e irritações oculares devidas a 
traumatismos. 
Forma de uso / dosagem indicada: A literatura etnofarmacológica recomenda tomar, em 
jejum, o chá de suas sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo 
uma colher (de sopa) de sementes, e deixadas em maceração durante a noite como laxante e 
depurativo. 
 
Contra afecções da pele (acnes e espinhas) faz-se aplicação localizada sobre a área afetada, 
com chumaço de algodão embebido em seu chá, preparado com 2 colheres (de sopa) de folhas 
picadas em 1 copo de água em fervura durante 15 minutos, adicionando-se 1 colher (de sopa) 
de mel. 
Recomenda-se ainda a cataplasma de suas folhas amassadas e espalhadas sobre gaze, aplicada 
sobre feridas, queimaduras e picadas de insetos. Contra amigdalite, faringite, gengivite, 
estomatite, traqueíte e como desintoxificante das vias respiratórias de fumantes, é indicado 
fazer gargarejo de seu chá, 2 a 3 vezes ao dia, preparado adicionando-se água fervente a 1 
xícara (de chá) contendo 2 colheres (de sopa) de folhas picadas. Nos países do Caribe esta 
planta é usada também no tratamento caseiro da hipertensão e de inflamações. 
Cultivo: A planta multiplica-se exclusivamente por sementes. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
10) Carqueja Nome científico: Baccharis trimera (Less.) DC. 
Figura 11 carqueja 
 
 
Nome popular: Carqueja, Carqueja-do-mato, bacanta. 
Família: Compositae (Asteraceae) 
Origem: Sul e sudeste do Brasil. 
Propriedades: Hepatoprotetoras, digestivas, anti-úlcera, antiácida, analgésica, e 
antiinflamatória, hipoglicêmico (reduz glicose no sangue). 
Características: Subarbusto perene, de 50 a 80 cm de altura. Com os mesmos nomes 
populares e com características e propriedades similares são conhecidas as espécies B. 
articulata e B. uncinella. A planta é amplamente utilizada na medicina caseira brasileira, 
sendo utilizada pelos indígenas há séculos para o tratamento de várias doenças. As diferentes 
propriedades atribuídas a esta planta na medicina tradicional vem sendo estudadas e algumas 
já validadas pelos resultados positivos obtidos. 
Parte usada: Folhas e hastes. 
Usos: Tem sido empregada principalmente a problemas hepáticos (removendo obstruções da 
vesícula e fígado) e contra disfunções estomacais (melhorando a digestão) e intestinais 
(como vermífugo). Algumas publicações populares a recomendam ainda para o tratamento 
37 
 
de úlcera, diabetes, malária, anginas, anemia, diarréias, infla,ações da garganta, vermes, etc. 
 
Estudos comprovaram sua eficácia em suas propriedades hepatoprotetoras, digestivas, anti-
úlcera, anti-ácida, analgésica, antiinflamatória, e hipoglicêmico (reduzindo o teor de açúcares 
no sangue). 
Forma de uso / dosagem indicada: É recomendada para afecções estomacais, hepáticas e 
intestinais, na forma de infusão, preparado adicionando-se água fervente a uma xícara (de 
chá) contendo 1 colher (de sopa) de suas hastes e folhas picadas, na dose de 1 xícara (chá) 3 
vezes ao dia, 30 minutos antes das refeições. 
Obs: ressalta aqui que todos os dados e imagens, foram Comparados e retirados do site 
http://www.cultivando.com.br/.Juntamente com informações do livro "Plantas 
Medicinais No Brasil Nativas E Exóticas" 
 
 
6. RESULTADOS 
De todas as residências visitadas, entrevistou-se 75 mulheres e 25 homens, totalizando 
100 entrevistas. A faixa etária dos entrevistados variou entre 24 a 82 anos. Dentre estes 30% 
não fazem uso de nenhuma planta medicinal. Os moradores dos bairros entrevistados fazem 
uso variado de plantas que se encontram distribuído em 155 espécies e 36 famílias. As plantas 
foram encontradas nos quintais, jardins, plantadas em canteiros ou latas, sendo a maioria 
cultivada (Camargo, 1976). 
Destaca-se aqui, que a flora caseira é uma das fontes principais de consumo. Entre as 
plantas cultivadas, também foram citadas as que compõem as garrafadas, outras são 
compradas em lojas e barracas encontradas no centro comercial do município ou em casas de 
raizeiros. Muitas espécies são valorizadas devido à sua importância no tratamento de algumas 
doenças (Amorozo, 2002). É importante ressaltar que em relação aos informantes, pouco dos 
entrevistados não conhece e nem faz uso do termo "plantas medicinais" ou fitoterápicos e sim 
outros, como "planta que faz chá", "alguma erva, como erva cidreira" e, em alguns casos, dão 
até outros nomes se referindo a elas. Nas páginas a seguir serão amostradas em forma de 
tabelas as 10 espécies de plantas mais faladas pelos entrevistados de um dos dez bairros.
38 
 
Nome popular Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem Fonte bibliográfica 
Babosa Aloe Vera L. Liliaceae Polpa da 
folha 
Folha sem a 
cutícula 
Supositório 1 pequeno pedaço 
por noite 
Albuquerque et al, 2005 
Carqueja Baccharis trimera 
(Less) D.C. 
Asteraceae Folha Decocção Inflamação da 
garganta 
Gargarejo Albuquerque et al, 2005 
Camomila Matricaria chamomilla 
L. 
Asteraceae Flores Infusão Calmante 3 a 4 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 j 
Mamacadela Brocimum gaudichaudi Moraceae Fruto e 
raiz 
Infusão Depurativo do 
sangue 
3 a 4 vezes do dia Granja e Barros, 1982 
Canela Cinnamomum 
zeylanicum Blume 
Lauraceae Folha e 
casca do 
caule 
Infusão Corrimento À vontade Albuquerque et al, 2005 
Cravo Dianthus caryophyllus Cariofoliaceae Flores Infusão Gripe e 
resfriado 
À vontade Balbach 
Amora Morus nigra Moraceae Folha Infusão Reposição 
hormonal e 
calmante 
3 vezes ao dia Balbach 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folha Infusão Pressão À vontade Albuquerque et al, 2005 
Arnica Solidago microglossa 
D.C. 
Compositae Folhas Infusão no álcool Machucados Sempre que 
necessário 
Martins et al, 2003 
Cana de macaco Costus spicatus Sw Costaceae Astes Infusão Infecção de 
rins e bexiga 
À vontade Albuquerque et al, 2005 
Alfavaca Ocimum gratissimum 
L. 
Lamiaceae Folhas Infusão Tosses 4 a 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Cravo Dianthus caryophyllu s Cariofoliaceae Flores Infusão Náuseas e 
indigestão 
À vontade Albuquerque et al, 2005 
Tabela 1 Bairro da Luz 
 
 
 
 
39 
 
Nome popular Espécie Família Parte utilizada Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem 
 
Fonte bibliográ fica 
 
Barú 
 
Dipterix pteropus 
 
Faboideae Castanha 
 
Infusão no 
vinho branco 
Osteoporose 2x ao dia 
 
Granja e Barros, 1982 
Sucupira 
 
Bowdichia 
virgilioides H.B. e 
K. 
Fabaceae Semente Infusão no 
vinho branco 
Osteoporose 2 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Lima de bico Citrus bergamia Rutaceae Fruto Infusão no 
álcool 
Labirintite 20 gotas em um 
copo de água 
Lorenzi 
Babosa Aloe Vera L. Liliaceae Espinho Ingestão Hemorróidas 1 espinho em jejum 
todos os dias 
Albuquerque et al, 2005 
 
Maracujá Passiflora edulis 
Sims. 
Passifloraceae Casca seca Pó na 
alimentação 
Colesterol 3 vezes ao dia 
 
Albuquerque et al, 2005 
 
Alecrim Rosmarinus 
officinales L. 
Lamiaceae Folhas semente Infusão no 
álcool 
Dores nas 
pernas 
À vontade, quantas 
vezes necessário 
Albuquerque et al, 2005 
 
Abacate Persea americana 
Mill. 
Lauraceae Semente Infusão no 
álcool 
Dores nas 
pernas 
À vontade, quantas 
vezes necessário 
Albuquerque et al, 2005 
 
Orégano Origanum vulgare 
L. 
Lamiaceae Sementes Comprada Na alimentação A gosto Albuquerque et al, 2005 
Laranja da terra Citrus aurantium Rutaceae Fruto Suco Caspas 3 vezes por semana Lorenzi 
Capim de 
cheiro 
Lippia alba Verbenaceae Folhas Chá (infusão) Pressão alta 3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Acerola Malpighia 
cocciferia 
Malpighiaceae Folhas Chá (infusão) Gripe, resfriado 3 vezes ao dia Lorenzi 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folhas Chá (infusão) Calmante À vontade Albuquerque et al, 2005 
Erva doce Pimpinella 
anisum L. 
Apiaceae Folhas 
sementes 
Chá (infusão) Estomago À vontade Albuquerque et al, 2005 
 
Tabela 2 Bairro Canaã 
40 
 
Nome popular Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem 
 
Fonte 
bibliográfica 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folhas e 
raízes 
Chá Calmante 3 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Mastruz Chenopodiu m 
ambrosioides L. 
Chenopodiaceae Folhas Maceração Infecção e 
machucado 
3 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Hortelã Plectranthus 
amboinicus 
Lamiaceae Folhas Infusão Vermífugo 3 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Algodoeiro Gossypium 
herbaceum 
Malvaceae Toda a 
planta 
Maceração Infecção uterina 3 vezes ao 
dia 
Balbach 
Alecrim Rosmarinus 
officinales L. 
Lamiaceae Folhas Infusão Falta de ar 3 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Orégano Origanum vulgare 
L. 
Lamiaceae Sementes Comprada Na alimentação A gosto Albuquerque et al, 
2005 
Barbatimão Stryphnode ndron 
adstringes (Mart) 
Coville 
Mimosaceae Casca Decocção Infecção, câncer 5 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Hortelã baiano Mentha x villosa 
Huds. 
 (Lamiaceae) Folhas Xarope com 
rapadura 
Bronquite e gripe 1 colher 3 
vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Tranchagem Plantago major T. Plantaginaceae Folhas Maceração em 
meio copo de 
água 
Garganta e ovário 4 vezes ao 
dia 
Martins et al, 
2003 
Algodoeiro Gossypium 
herbaceum 
Malvaceae Folhas Chá ou sumo Problemas na 
menstruação e 
antibiótico 
3 vezes ao 
dia 
Balbach 
Tabela 3 Bairro Cabuçu 
 
 
 
 
41 
 
 
 
Nome 
popular 
Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem Fonte bibliográ -fica 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folhas e 
raízes 
Infusão Calmante Várias vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Romã Punica 
granatum L. 
Punicaceae Casca da 
fruta 
Infusão Antibiótico, 
vermífugo 
Várias vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Goiabeira Psidium 
guajava L. 
Myrtaceae Folhas Infusão Diarréias Várias vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Catuaba Anemopaeg ma 
sp. 
Bignoniaceae Casca Decocção Nervosismo 3 a 4 vezes ao dia Albuquerque et al, 
2005Cravo Dianthus 
caryophyllus 
Cariofoliaceae Flores Infusão Dor de cabeça e 
vertigem 
2 vezes ao dia Albuquerque et al, 
2005 
Eucalipto Eucalyptus 
globullus Labill 
Myrtaceae Folhas 
verdes 
Infusão Gripe, expectorante 4 a 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 
2005 
Guaco Mikania guaco Compositae Folhas Infusão Reumatismo e gota 1 xícara tomada 
aos goles 
Martins et al, 2003 
Algodoeiro Gossypium 
herbaceum 
Malvaceae Folhas e 
flores 
Infusão Infecção de rins e 
bexiga 
4 a 5 vezes ao dia Balbach 
Jurubeba Solanum 
paniculatu m L. 
Solanaceae Fruto Suco Inflamação do baço 1 a 2 copos ao dia Albuquerque et al, 
2005 
Sálvia Salvia sp. Lamiaceae Folhas Chá Calmante 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 
2005 
Alecrim Rosmarinus 
officinales L. 
Lamiaceae Folhas Chá Calmante 2 vezes ao dia Albuquerque et al, 
2005 
Carqueja Baccharis 
trimera (Less) 
D.C. 
Asteraceae Folhas Chá Colesterol 1 xícara 2 vezes 
ao dia 
Albuquerque et al, 
2005 
Tabela 4 Bairro comendador Soares 
, 
 
42 
 
 
Nome popular Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem Fonte bibliográ -fica 
Alho Allium sativum L. Liliaceae Bulbo Infusão com 
leite 
Vermífugo 
imunidade 
4 a 5 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folha Infusão Calmante e dor de 
garganta 
3 a 4 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Carqueja Baccharis trimera 
(Less) D.C. 
Asteraceae Folhas Decocção Anemia e ma 
circulação 
4 a 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Guaco Mikania guaco Compositae Toda a 
planta 
Infusão Febre, gota e 
reumatismo 
1 xícara por dia 
aos goles 
 Martins et al, 2003 
Arnica Solidago 
microglossa D.C. 
Compositae Folhas Infusão no 
álcool 
Machucados Sempre que 
necessário 
Martins et al, 2003 
Unha-devaca Bauhinia forficata 
Link 
Leguminosae Folhas Decocção Elefantíase 2 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Alfavaca Ocimum gratissimu 
m L. 
Lamiaceae Folhas Infusão Ardor ao urinar 4 a 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Poejo Mentha pulegium L. Labiatae Folhas Infusão Acidez estomacal, 
diarréia e enjôo 
4 a 5 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Hortelã Plectranthu s 
amboinicus 
Lamiaceae Folhas e 
flores 
Infusão Icterícia, cólicas 
uterinas e 
tremedeiras 
4 a 5 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Transagem Plantago major T. Plantaginaceae Folhas Infusão Inflamação da 
garganta 
4 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Losna Artemísia vulgares 
L. 
Asteraceae Folhas Infusão 
 
Estômago e fígado 1 colher de sopa 
de 1em 1 hora 
Albuquerque et al, 2005 
Manjericão Ocimum basilicum 
L. 
Laminaceae Folha Decocção Gripe e digestão 1 xícara três vezes 
ao dia 
Albuquerque et al, 2005 
Confrei Symphytum 
officinale L. 
Borraginaceae Folha Maceração Problemas da pele, 
cicatrizantes 
Usar 2 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 2005 
Erva-desanta-
maria 
Chenopodiu m 
ambrosioides L. 
Chenopodiace
ae 
Folhas Maceração Feridas Passar 3 vezes ao 
dia 
Martins et al, 2003 
Carqueja Baccharis trimera 
(Less) D.C. 
Asteraceae Folhas Decocção Emagrecimento, 
controle do 
colesterol 
2 xícaras ao dia Albuquerque et al, 2005 
Tabela 5 Bairro Jardim Alvorada 
43 
 
 
Nome popular Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem Fonte bibliográfica 
Camomila Matricaria 
chamomilla L. 
Asteraceae Folhas Infusão Calmante 3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Alho Allium sativum 
L. 
Liliaceae Bulbo Infusão no 
álcool 
Pressão alta 25 gotas em meio 
copo de água3 
vezes ao dia 
Martins et al, 2003 
 
Limão Citrus limonum Rutaceae Casca Infusão Gripe 3 vezes ao dia Balbach 
Hortelã Plectranthu s 
amboinicus 
Lamiaceae Folhas Infusão Gripe 
Emagrecimento 
e culinária 
3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Sabugueiro Sambucus nigra 
L. 
Caprifoliaceae Folhas Infusão Gripe 3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folhas e 
raízes 
Infusão Gripe 3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Melissa Melissa 
officinales 
Labiatae Folhas Infusão Estomago 3 a 4 xícaras ao 
dia 
Martins et al, 2003 
Alfavaca Ocimum 
gratissimu m L. 
Lamiaceae Folhas Infusão Calmante 3 a 4 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Funcho Foeniculum 
vulgare 
Umbelliferae Semente Infusão Cólicas 3 a 4 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Babosa Aloe Vera L. Liliaceae Folha In natura Queimaduras e 
queda de cabelo 
À vontade Albuquerque et al, 2005 
Mentrasto Ageratum 
conyzoides L. 
Compositae Toda 
planta 
Infusão Cólicas e 
diarréia 
4 a 5 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Arnica Solidago 
microglossa 
D.C. 
Compositae Folhas Infusão no 
álcool 
Machucados Sempre que 
necessário 
Martins et al, 2003 
Alfazema Hyptis sp. Lamiaceae Toda a 
planta 
Infusão Asma, 
enxaqueca e 
nervosismo 
3 a 4 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Algodoeiro Gossypium 
herbaceum 
Malvaceae Raiz Decocção Infecção 
urinaria 
3 a 4 vezes ao dia Balbach 
Tabela 6 Bairro Ouro Verde 
44 
 
Nome popular Espécie Família Parte 
utilizada 
Forma de 
utilização 
Indicação 
medicinal 
Dosagem Fonte bibliográfica 
Avenca Adianthum 
capillusveneres L. 
Polipodiaceae Folhas Infusão Catarro, 
rouquidão e 
laringite. 
8 a 10 
colheres de 
sopa, meia 
hora antes das 
refeições 
 Martins et al, 2003 
Goiaba 
 
Psidium guajava L. 
 
Myrtaceae Folhas Decocção Diarréias 
 
Varias vezes 
ao dia 
 
Albuquerque et al, 2005 
Barbatimão 
 
Stryphnode ndron 
adstringes (Mart) 
Coville 
Mimosaceae Casca seca Decocção Diarréias 4 a 5 vezes ao 
dia 
Albuquerque et al, 2005 
Sete dores Coleus barbatus Benth Labiatae Folhas Infusão Dores de cabeça 
e estomago 
3 vezes ao dia Martins et al, 2003 
Alfavaca Ocimum gratissimu m 
L. 
Lamiaceae Folhas Infusão Dores de cabeça 
e garganta 
3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folha e raiz Infusão Garganta À vontade Albuquerque et al, 2005 
Romã Punica granatum L. Punicaceae Casca seca Infusão Garganta Gargarejar 3 
vezes ao dia 
Albuquerque et al, 2005 
 
Sucupira Bowdichia virgilioides 
H. B. E K. 
Fabaceae Semente Macerado em 
1 litro de 
pinga 
Garganta Gargarejar 3 
vezes ao dia (1 
colher em 1 
copo de água) 
Albuquerque et al, 2005 
Arnica Solidago microglossa 
D.C. 
Compositae Folhas Infusão no 
álcool 
Machucados Sempre que 
necessário 
Martins et al, 2003 
Guaco Mikania guaco Compositae Folhas Chá (infusão) Garganta 3 a 4 vezes ao 
dia 
Martins et al, 2003 
Romã Punica granatum L. Punicaceae Casca Infusão Garganta 3 vezes ao dia Albuquerque et al, 2005 
Erva cidreira Lippia alba Verbenaceae Folhas Infusão Calmante À vontade Albuquerque et al, 2005 
Arnica Solidago microglossa 
D.C. 
Compositae Folhas e 
flores 
Infusão no 
álcool 
Feridas, dores 
lombares e 
reumáticas. 
Passar quantas 
vezes for 
necessário 
Martins et

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