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RELAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA PRODUÇÃO DE FITOTERAPICOS (1)

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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE PUBLICA – 
PROFESSOR MAKIGUTI 
 
 
 
 
AGNES SILVA DE SOUZA 
GABRIELLE RIBEIRO DE SOUZA 
KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS 
MICHELE PEREIRA MELGAÇO DOS SANTOS 
PATRÍCIA ARLETE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA PRODUÇÃO DE FITOTERAPICOS 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
AGNES SILVA DE SOUZA 
 GABRIELLE RIBEIRO DE SOUZA 
KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS 
 MICHELE PEREIRA MELGAÇO DOS SANTOS 
PATRÍCIA ARLETE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA PRODUÇÃO DE 
FITOTERÁPICOS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado para a Escola Municipal de 
Educação Profissional e Saúde Pública – 
Professor Makiguti a ser utilizado como diretrizes 
para obtenção de título de técnico em farmácia. 
PROFESSOR ORIENTADOR: ​MARCIO PINTO FERREIRA 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
RELAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA PRODUÇÃO DE FITOTERÁPICOS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, 
apresentado para a Escola Municipal de Educação 
Profissional e Saúde Pública – Professor Makiguti a 
ser utilizado como diretrizes para obtenção de título 
de técnico em farmácia. 
 
Aprovado em: / / . 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
 
NOME: 
 
 
 
 
NOME: 
 
 
 
 
NOME: 
 
 
 
RELAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA PRODUÇÃO DE FITOTERÁPICOS 
 
 
Agnes Silva De Souza; Gabrielle Ribeiro De Souza; Kauane Carolina Candida Domingos; 
Michele Pereira Melgaço Dos Santos; Patrícia Arlete Dos Santos. 
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE PÚBLICA – 
PROFESSOR MAKIGUTI 
São Paulo – São Paulo – Brasil 
 
RESUMO: 
Fitoterapia etimologicamente deriva do grego, onde ​“phyton” ​significa vegetal e 
“therapeia” ​significa tratamento. Portanto, refere-se ao tratamento por meio de plantas/vegetais. 
Desde o século XVI, se prolongando até os tempos atuais, o uso de métodos empíricos para a 
cura é utilizado e esses métodos surgiram por influência de diversas culturas (jesuítas, europeias, 
africanas, indígenas etc.), com isso, é válido dizer que tais culturas serviram e servem de base 
para a evolução farmacêutica. 
Na 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) a população indicou a inserção de práticas 
de cura popular no atendimento público. Em 1996, na 10ª Conferência Nacional de Saúde, 
inicia-se a introdução dessas práticas no SUS, mas apenas no dia 3 de março de 2006, conforme 
indicado na Portaria 971, essas práticas são inseridas no Programa Nacional das Práticas 
Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS. 
Os fitoterápicos aparentam ser inofensivos por serem compostos, basicamente, de 
produtos naturais, mas, assim como qualquer remédio (tudo que proporciona bem estar), se 
consumido de maneira irracional podem ser prejudiciais e para se determinar o uso racional 
desses medicamentos é necessário base científica. 
Neste estudo demonstraremos o quão importante foi e é o uso de plantas medicinais pela 
população para o surgimento de alguns fitoterápico. Além de demonstrar que a união científica 
com os conhecimentos da população são um forte laço para seguirmos avançando. 
 
PALAVRAS-CHAVE: ​Fitoterapia, Plantas Medicinais, Empirismo, Práticas 
Integrativas. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Phytotherapy etymologically derives from the Greek, where "phyton" means vegetables 
and "therapeia" means treatment. Therefore, it refers to treatment using plants / vegetables. 
Since the 16th century, extending to the present times, the use of empirical methods for healing 
has been used and these methods have arisen under the influence of different cultures (Jesuits, 
Europeans, Africans, Indians, etc.), with that, it is worth saying that such cultures served and 
serve as a basis for pharmaceutical evolution. 
At the 8th National Health Conference (1986) the population indicated the insertion of 
popular healing practices in public care. In 1996, at the 10th National Health Conference, the 
introduction of these practices in SUS began, but only on March 3, 2006, as indicated in 
Ordinance 971, these practices are included in the National Program for Integrative and 
Complementary Practices (PNPIC) ) in SUS. 
Phytotherapics appear to be harmless because they are basically composed of natural 
products, but, like any medicine (everything that provides well-being), if consumed in an 
irrational way they can be harmful and to determine the rational use of these medicines, a 
scientific basis is needed. . 
In this study we will demonstrate how important it was and is the use of medicinal plants 
by the population for the emergence of some herbal medicines. In addition to demonstrating that 
the scientific union with the knowledge of the population is a strong bond for us to keep moving 
forward. 
 
KEYWORDS: ​Phytotherapy, Medicinal Plants, Empiricism, Integrative Practices. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO: 8 
2.​ ​REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10 
2.1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES 10 
2.2.​ ​HISTÓRICO DAS PRÁTICAS FITOTERÁPICAS 11 
2.2.1. China 11 
2.2.2. Egito 11 
2.2.3. Índia 12 
2.2.4. Grécia 12 
2.2.5. Roma 12 
2.2.6. Europa 12 
2.2.7. Brasil 13 
2.3. DESCRIÇÃO DE ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS 13 
2.3.1. ALCACHOFRA (Cynara scolymus L.) 13 
2.3.2. AROEIRA (Schinus terebinthifolius Raddi) 14 
2.3.3. BABOSA (Aloe vera (L.) Burm. f.) 15 
2.3.4. CÁSCARA-SAGRADA (Rhamnus purshiana DC.) 16 
2.3.5. ESPINHEIRA-SANTA (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) 16 
2.3.6. GARRA-DO-DIABO (Harpagophytum procumbens) 17 
2.3.7. GUACO (Mikania glomerata Spreng.) 18 
2.3.8. HORTELÃ (Mentha x piperita L.), 19 
2.3.9. ISOFLAVONA-DE-SOJA (Glycine max (L.) Merr.) 20 
2.3.10. PLANTAGO (Plantago ovata Forssk.) 21 
2.3.11. SALGUEIRO (Salix alba L.) 21 
2.3.12. UNHA-DE-GATO (​Uncaria tomentosa ​(Willd. DC.) 22 
 
 
 
2.4. INDUSTRIALIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA SE OBTER O 
MEDICAMENTO FITOTERÁPICO. 23 
2.5. FITOTERÁPICOS 24 
2.5.1. Classificação botânica: Peumus boldus Molina 24 
2.5.2. Classificação botânica: Zingiber officinale Rosc. 25 
2.5.3. Classificação botânica: Matricaria recutita L. 25 
2.5.4. Classificação botânica: Pimpinella anisum L. 25 
2.5.5. Classificação botânica: Mentha piperita L. 26 
2.5.6. Classificação botânica: Mikania glomerata Sprengl. 26 
3. OBJETIVOS: 27 
3.1. OBJETIVO GERAL: 27 
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 27 
4. MÉTODO: 28 
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 29 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 
ANEXOS 34 
REFERÊNCIAS: 35 
 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO: 
O uso de plantas medicinais se vem ao longo do tempo se mostrando eficazes no 
tratamento de enfermidades, sendo os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelas 
civilizações antigas e se mantendo firme até a atualidade. Seus benefícios, quanto os malefícios 
vêm sendo cada vez mais presentes nas discussões sobre saúde, onde se buscam diminuir os 
riscos de toxicidade através da produção de fitoterápicos a base de plantas medicinais. 
As Plantas medicinais representam fator de grande importância para a manutenção das 
condições de saúde das pessoas. Além da comprovação da ação terapêutica de várias plantas 
utilizadas popularmente, a fitoterapia representa parte importante da cultura de um povo sendo 
também parte de um saber utilizado e difundido pelas populações ao longo de várias gerações 
(TOMAZZONI; NEGRELLE; CENTA, 2006). 
Devido à grande biodiversidadebrasileira, o conhecimento popular tem uma grande 
variedade, sendo muitas vezes os único recurso terapêutico existente em comunidades, ou grupos 
étnicos, de acordo com região, estado, País, àqueles ditos famosos “Chás, temperos” onde se 
passa de geração em geração, onde todos conhecem sua eficácia, mas poucos sabem de seus 
riscos, formas corretas de preparação, cultivo e extração. 
Em setembro de 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, 
realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Alma-Ata, na República do 
Cazaquistão, expressava a “necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que 
trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover 
a saúde de todos os povos do mundo” (OMS,1978) 
A partir da Oitava Conferência Nacional de Saúde (1986) o Ministério da Saúde 
introduziu algumas políticas públicas, como o uso de plantas medicinais no sistema de saúde, 
que buscam a inclusão do uso de plantas medicinais no Sistema Único De Saúde (SUS), tais 
como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), Política Nacional 
de Plantas Medicinais e fitoterápicos e a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao 
SUS (RENISUS), contemplando, entre outras, diretrizes e responsabilidade institucionais para a 
implantação/adequação de ações e serviços de medicina tradicional chinesa/acupuntura, 
homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, além de instituir observatórios em saúde para o 
termalismo social/crenoterapia e para a medicina antroposófica no Sistema Único de Saúde 
 
 
9 
 
(SUS). As ações para a implementação das diretrizes dessas políticas nacionais buscam ampliar a 
oferta de serviços e produtos relacionados a fitoterapia no SUS, de forma segura e racional, por 
profissionais de saúde qualificados, considerado o sujeito e sua singularidade e inserção 
sociocultural, promovendo a integralidade da atenção. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012) 
No Brasil cerca de 82% da população brasileira utiliza produtos à base de plantas 
medicinais nos seus cuidados com a saúde, seja pelo conhecimento tradicional indígena, 
quilombola, entre outros povos e comunidades tradicionais, seja pelo uso popular na medicina 
popular, de transmissão oral entre gerações, ou nos sistemas oficiais de saúde, como prática 
de cunho científico, orientada pelos princípios e diretrizes do SUS. É uma prática que 
incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social. 
(RODRIGUES; DE SIMONI, 2010) 
A magnitude da biodiversidade brasileira, conjunto de todos os seres vivos com a sua 
variedade genética integral não é conhecida de com precisão tal a sua complexidade, 
estimando- se mais de dois milhões de espécies distintas de plantas, animais e 
micro-organismo. Isso coloca o Brasil como detentor da maior diversidade biológica do 
mundo (WILSON, 1997). Apesar disso e de toda a diversidade de espécies existentes, o 
potencial de uso de plantas como fonte de novos medicamentos é ainda pouco explorado. 
Entre as 250 mil e 500 mil espécies de plantas estimadas do mundo, apenas pequena 
porcentagem tem sido investigada fotoquimicamente, fato que ocorre também em relação às 
propriedades farmacológicas, nas quais em muitos casos, existem apenas estudos 
preliminares. Em relação ao uso médico, estima-se que apenas 5 mil espécies foram 
estudadas. (RATES, 2001) 
 
 
10 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1.CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
Fitoterapia: ​é a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas 
diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de 
origem vegetal. (Ministério da Saúde, 2006) 
Fitoterápico: ​medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas 
ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim 
como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada 
através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações técnico-científicas 
em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele 
que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as 
associações destas com extratos vegetais (RDC N10, 2010) 
Planta medicinal: ​espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos 
terapêuticos. (RDC N10, 2010) 
Droga vegetal: ​planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e 
secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. (RDC N10, 2010) 
Derivado vegetal: ​produto da extração da planta medicinal in natura ou da droga vegetal, 
podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolaturas, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e 
outros. (RDC N14, 2013) 
Decocção: ​preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por 
tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais 
como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas. (RDC N10, 2010) 
Infusão: ​preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em 
seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período determinado. Método indicado para partes 
de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, 
ou com substâncias ativas voláteis. (RDC N10, 2010) 
Maceração: ​preparação que consiste no contato da droga vegetal com água, à 
temperatura ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal. (RDC N10,2010) 
Percolação: ​É o processo extrativo que consiste na passagem de solvente através da 
droga previamente macerada, mantida em percolador, sob velocidade Controlada. (Farmacopeia, 
2018) 
 
 
11 
 
Tintura: ​É a preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas 
vegetais ou animais ou da diluição dos respectivos extratos. É classificada em simples e 
composta, conforme preparada com uma ou mais matérias-primas. (Farmacopeia, 2012) 
Óleos essenciais: ​São compostos aromáticos, voláteis que podem ser extraídos de raízes, 
caules, folhas, flores ou de todas as partes de plantas aromáticas. Essas extrações podem ocorrer 
por destilação de arraste a vapor, que é a técnica mais empregada, compressão de vegetais ou uso 
de solventes (Farmacopeia, 2012) 
Extrato​: reparações de consistência líquida, sólida ou intermediária, obtidas a partir de 
matéria-prima de origem vegetal, preparados por percolação, maceração ou outro método 
adequado e validado, utilizando como solvente etanol, água ou outro solvente adequado. (RDC 
N14, 2013) 
Extrato Fluido: ​é a preparação líquida obtida de drogas vegetais ou animais por ​extração 
com líquido apropriado ou por dissolução do extrato seco correspondente, em que, exceto quando 
indicado de maneira diferente, uma parte do extrato, em massa ou volume corresponde a uma parte, em 
massa, da droga, seca utilizada na sua preparação. (RDC n14, 2013) 
 
2.2. HISTÓRICO DAS PRÁTICAS FITOTERÁPICAS 
É passível de compreensão, que a utilização de plantas para meio de sobrevivência é 
milenar,sua utilização como alimento deu espaço através da observação do comportamento de 
animais quais teriam propriedades terapêuticas ou seriam perigosas. 
2.2.1. China 
Uma das mais antigas utilizações foi do tabaco, que rapidamente foi 
transferido a diversas civilizações. Conta a história que, desde 3000 a.C., na China, o 
Imperador Sheng Nung experimentava o poder do ginseng. Destaca-se que esse 
imperador viveu 123 anos. Também na China, o Imperador Huang Ti mencionava 252 
plantas em seu “Cânone das Ervas” (2.798 a. C.). (Carla de Morais Braga, 2011). 
2.2.2. Egito 
Um dos herbários mais antigos pode ser encontrado atualmente no Egito, os 
papiros de Ebers, que catalogou 125 plantas medicinais e 811 receitas. Destacou-se no 
Egito o médico Imhotep, que utilizava ervas medicinais em suas curas. Além da cura, 
os egípcios utilizavam plantas no famoso método de preparo das múmias que, até os 
dias atuais, não está totalmente desvendado. No ano de 400 a.C., Diocles escreveu o 
primeiro livro conhecido sobre ervas medicinais, sistematizando os conhecimentos 
adquiridos até aquele momento. (Carla de Morais Braga 2011). 
 
 
12 
 
 
2.2.3. Índia 
Foi criado um dos sistemas medicinais mais antigos da humanidade, 
denominado Ayurveda. Os Vedas, poemas épicos de cerca de 1500 a.C., fazem 
menção a plantas medicinais até hoje utilizadas. (Clara Lia Costa Brandelli, 2017) 
2.2.4. Grécia 
Grande parte da sabedoria sobre plantas deve-se a Hipócrates (460–377 a.C.), 
denominado “pai da medicina”. Ele reuniu em sua obra Corpus Hipocratium, conjunto 
de aproximadamente 70 livros, uma síntese dos conhecimentos médicos de seu tempo, 
indicando, para cada enfermidade, um remédio vegetal e um tratamento adequado. 
Além disso, Hipócrates afirmava que o tratamento para muitas doenças poderia ser 
feito por meio de dieta alimentar adequada e que, para uma prescrição mais exata, 
deveria conhecer os elementos e as propriedades dos constituintes dessa dieta. (Clara 
Lia Costa Brandelli, 2017) 
Aristóteles e Teofrasto (371 a.C., em “A história das plantas”), Plínio (23-79 
d.C., em “História natural”) e Dioscórides (século I, em “Matéria Médica”) recebem 
notoriedade na descrição da botânica e no uso de plantas medicinais, ampliando o 
conhecimento acerca delas (MARQUES, 1998). 
2.2.5. Roma 
Galeno- Médico-Farmacêutico, romano de origem grega, nascido no ano de 
130 D.C., é considerado o “Pai da Farmácia” por sua dedicação na preparação de 
medicamentos à base de plantas. Elaborou formas farmacêuticas precursoras das que 
ainda hoje são usadas. Descreveu adulterações para o açafrão, canela, ruibarbo, mirra 
entre outras. Enunciou a maneira de distinguir as drogas entre si pela aparência, o 
sabor, a origem geográfica e a potência de sua ação. (Gisely maria Freire Abílio, 
2011). 
2.2.6. Europa 
Apenas alguns mosteiros, no século XI, na Europa, mantiveram a literatura 
medicinal e algumas mulheres de aldeias remotas. Fora desses locais eram utilizadas 
em rituais mágicos. Surgem as Escolas de Salerno e Montpellier (séc. XIII) e, a partir 
delas, as universidades, abrindo para o leigo as portas do conhecimento até então 
reservado aos monges e religiosos. A universidade de Salerno tem sua obra mais 
importante o “Regimen sanitatis salernitanum”, que trata das ervas medicinais. A 
bd-Allah Ibn Al-Baitar, que viveu no século XIII e foi o maior especialista árabe no 
 
 
13 
 
campo da botânica aplicada à Medicina, produziu obra valiosa, descrevendo mais de 
800 plantas.(Schirlei da Silva Alves Jorge) 
 
2.2.7. Brasil 
A utilização de plantas no Brasil, não só como alimento, mas também como fonte 
terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram ao Brasil, há cerca de 12 mil 
anos. Historicamente, quando os portugueses aqui chegaram, encontraram índios que usavam 
urucum para pintar e proteger o corpo das picadas de insetos e para tingir seus objetos cerâmicos. 
Entre 1560 a 1580 a partir das observações e anotações do uso frequente de ervas pelos índios, o 
padre José de Anchieta detalhou melhor as plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas 
cartas aos Superior Geral da Companhia de Jesus. Das plantas medicinais, especificamente, 
Anchieta falou muito em uma “erva boa”, a hortelã- -pimenta, que era utilizada pelos índios 
contra indigestões, para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas Apesar das 
tentativas do padre José de Anchieta em despertar os portugueses para a diversidade das ervas 
medicinais brasileiras, este esforço foi em vão. Segundo naturalista Von Martius, eles os 
"selvagens" conheciam apenas algumas quantas plantas comestíveis e outras que serviam de 
tinturas. Das ervas medicinais teriam unicamente uma "obscura noção", quase sempre 
supersticiosa. Esta falta de interesse dos nossos colonizadores pelas ervas brasileiras e 
continuamente dos nossos governantes culmina no fato de quase tudo que se sabe da flora 
brasileira foi descoberto por cientistas estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram 
grandes expedições científicas ao Brasil, desde os descobrimentos pelos portugueses até o final 
do século XIX. (Gisely maria Freire Abílio 2011). 
 
2.3. DESCRIÇÃO DE ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS 
Fitoterápicos disponibilizados na base do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
2.3.1. ALCACHOFRA (​Cynara scolymus L.​) 
Parte Utilizada: ​folhas (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Indicações: ​tratamento dos sintomas de dispepsia funcional (síndrome do desconforto 
pós-prandial) e de hipercolesterolemia leve a moderada. Apresenta ação colagoga e colerética 
(RENAME, 2014; Júnior & Lemos, 2012a). As folhas reduzem a taxa de glicose no sangue, 
sendo usada como adjuvante no tratamento da diabetes e como agente anti esclerótico. O suco 
fresco é utilizado para tratar doenças da pele, como eczemas e erupções cutâneas. Também é 
 
 
14 
 
utilizado popularmente como coadjuvante no tratamento da anemia, escorbuto e raquitismo por 
seu conteúdo em ferro, vitamina C e cálcio (Júnior & Lemos, 2012a). 
Apresentação: ​cápsula, comprimido, drágea, solução oral e tintura (RENAME, 2014) 
Contraindicações: ​lactentes (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Modo de Preparo: ​Infusão: 10g/L de água (deixar em infusão de 15 minutos); 50g/L de 
água como protetor hepático. (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Posologia: ​Tomar um copo antes das principais refeições, 3 a 4 vezes ao dia (Biblioteca 
Nacional del Perú, 2012). 
Figura 1:​ Alcachofra (​Cynara scolymus L​.) 
Fonte: ObaGatronomia, 2016​1 
1​Disponível em: <https://obagastronomia.com.br/esta-comecando-a-epoca-de-alcachofras/> acesso em: 08 de 
novembro de 2020 
 
2.3.2. AROEIRA (​Schinus terebinthifolia Raddi​) 
Parte Utilizada: ​resinas das folhas e casca (Gilbert & Favoreto, 2011). 
Indicações: ​apresenta ação cicatrizante, anti-inflamatória e anti séptica tópica de diversas 
origens e para uso ginecológico (Brasil, 2011; RENAME, 2014; Lorenzi & Matos (2008) e 
Amorim & Santos (2003) apud Azevedo et al.,2015). 
Apresentação: ​gel e óvulo (RENAME, 2014). 
Contraindicações: ​recomenda-se precaução no uso desta planta devido propriedades 
tóxicas (Unicentro,2016). 
Modo de Preparo: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Posologia: ​não foi citado nas referências consultadas. 
 
 
 
 
 
15 
 
Figura 2:​ Aroeira (​Schinus terebinthifolia Raddi​) 
Fonte: Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, 2016​2 
2​Disponível em: 
<https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/2016/05/aroeira-mansa-pequena-e-apimentada/> acesso em: 08 
de novembro de 2020 
 
2.3.3. BABOSA (​Aloe vera (L.) Burm. f.​) 
Parte Utilizada: ​folhas (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Indicação: ​tratamento tópico de queimaduras de 1º e 2º graus e como coadjuvante nos 
casos de Psoríase vulgaris (RENAME, 2014). O chá serve para enjoos em viagens de carro ou 
barco, para alergias asmáticas e crises de tosse (Biblioteca Nacional del Perú, 2012), cicatrizante 
(Brasil, 2011). 
Apresentação: ​creme (RENAME, 2014), Gel, pomada e extrato glicólico (Brasil, 2011). 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​Suco – ralar as folhas até obter uma pasta homogênea, pode se ​utilizar 
o liquidificador. Este preparo é ideal para uso externo como compressas em feridas, urticárias e 
queimaduras. Polpa – para uso tópico, a preparação é igual ao do suco e deixar macerando, pode-se 
acrescentar álcool ou outros conservantes como: ácido cítrico, benzoato monossódico e glutamato 
potássico; além de diluir em água fervente. Pode ser aplicada nas gengivas, cavidade nasal, como 
paliativo em queimaduras solares. Sumo – se obtém a partir da filtração da polpa e serve para fazer 
inalações, os resíduos sólidos do filtrado podem ser utilizados para fazer babosa em pó. Babosa em pó – 
se utiliza os resíduos sólidos do sumo, colocados para secar ao sol ou no forno em temperatura baixa, após 
secar moer. Chá de babosa – prepara-se secando as folhas inteiras ou em pedaços, após secar moer. 
(Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Posologia: ​não foi citado nas referências consultadas. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 3:​ Babosa ​(Aloe vera (L.) Burm. f.) 
 
Fonte: Geocaching, 2014 ​3 
3​Disponível em: 
<https://www.geocaching.com/geocache/GC5HDWV_babosa?guid=e625be16-1273-453e-b156-6813138b3ff8> 
acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.3.4. CÁSCARA-SAGRADA (​Rhamnus purshiana DC.​) 
Parte Utilizada: ​casca (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Indicação: ​coadjuvante nos casos de obstipação intestinal eventual (RENAME, 2014). 
Apresentação: ​cápsula e tintura (RENAME, 2014). 39 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​duas colheres (aproximadamente 30g) de café da casca seca em um 
copo (aproximadamente 200mL) de água fervente (decocção). Casca seca moída (Casca em pó) 
– utilizar 500mg a 2g (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Figura 4:​ Cáscara-sagrada (​Rhamnus purshiana DC.​) 
Fonte: Snow Bird Pix, 2007​4 
4​Disponível em: <http://snowbirdpix.com/montana_plant_page.php?id=1417> acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.3.5. ESPINHEIRA-SANTA (​Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek​) 
Parte Utilizada: ​folhas (Panizza, 2010). 
 
 
17 
 
Indicação: ​coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera gastroduodenal e sintomas 
dispepsia (RENAME, 2014), antiemético, antiácido (Brasil, 2011). 
Apresentação: ​cápsula, emulsão, solução oral e tintura (RENAME, 2014), infusão 
(Brasil, 2011). 
Contraindicações: ​não deve ser administrado em nutrizes e crianças e em mulheres que 
amamentam. Interações medicamentosas com esteróides, anabólicos, metotrexato, amiodarona, 
cetoconazol (hepatotoxicidade) e efeitos antagonistas com imunossupressores (Panizza, 2010). 
Modo de Preparo: ​para adultos utilizar infusão das folhas 1g (1 colher de chá) a 2g (1 
colher de sobremesa, aproximadamente 5g) em uma xícara (150mL) 3 – 4 vezes/dia. Tintura 
(1:5) 40 gotas em um pouco de água antes das principais refeições. Extrato seco (5:1) 100mg 3 
vezes/dia. Extrato seco padronizado em % de taninos: 60 a 90mg de taninos/dia. Para crianças de 
0 – 3 anos, utilizar 1 colher de café de xarope (2% de extrato seco 5:1). Crianças de 3 – 7 anos, 
infusão de 0,25g (1/2 colher de café) a 0,5g (1 colher de café) em 1/3 de xícara (50mL) ou 1 
xícara 150mL) 3 – 4 vezes/dia. Tintura (1:5), 3 gotas/Kg de peso em água 3 – 4 vezes/dia. 
Xarope (2,0% de extrato seco % 5:1), 1 colher de café (2mL)/4Kg de peso de 3 – 4 vezes/dia. 
Crianças de 7 – 12 anos, infusão de 1 colher de café (0,5g) a 1 colher de chá (1g) em uma xícara 
(150mL) 3 – 4 vezes/dia. Tintura (1:5), 40 3 gotas/Kg de peso em água, 3 – 4 vezes/dia. Extrato 
seco (5:1), 20mg/Kg de peso, 3 – 4 vezes/dia. Xarope (2,0% de extrato seco 5:1), 1 colher de chá 
(2mL)/4Kg de peso, 3 – 4 vezes ao dia. (Panizza, 2010). 
Posologia: ​foi descrita no item modo de preparo, para cada tipo de apresentação. 
Figura 5:​ Espinheira-santa (​Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek​) 
 
Fonte: Natureza Bela, 2014​5 
5​Disponível em: <https://www.naturezabela.com.br/2014/01/espinheira-santa-maytenus-ilicifolia.html> acesso em: 
08 de novembro de 2020 
 
2.3.6. GARRA-DO-DIABO (​Harpagophytum procumbens​) 
Parte Utilizada: ​raízes bulbosas ou tubérculos (Fintelmann & Weiss, 2014, pág. 277). 
 
 
18 
 
Indicações: ​tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de 
osteoartrite, apresenta ação anti-inflamatória (RENAME, 2014). 
Apresentação: ​cápsula e comprimidos (RENAME, 2014), chás (Fintelmann & Weiss, 
2014). 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​para preparar o chá, verter 2 xícaras (aproximadamente 300mL) de 
água fervente sobre 1 colher de sopa da droga finamente dividida ou grosseiramente pulverizada e deixar 
em infusão por 8 horas, à temperatura ambiente, coando em seguida. (Fintelmann & Weiss, 2014). 
Posologia: ​Chá - Beber quente em 3 porções antes das refeições (Fintelmann & Weiss, 
2014). 
Figura 6:​ Garra-do-diabo (​Harpagophytum procumbens​) 
Fonte: Eco Agricultor, 2016​6 
6​Disponível em: <https://www.ecoagricultor.com/plantas-medicinales-antiinflamatoria-analgesica/> acesso em: 08 
de novembro de 2020 
 
2.3.7. GUACO (​Mikania glomerata Spreng.​) 
Parte Utilizada: ​folha (CRFSP, 2010, pág. 100). 
Indicações: ​apresenta ação expectorante e broncodilatadora (RENAME, 2014). O guaco 
é usado na cultura popular há séculos devido às propriedades das folhas, que incluem ação 
tônica, depurativa, antipirética e broncodilatadora, além de estimulante do apetite e antigripal 
(Lorenzi & Matos, 2008 apud Czelusniak et al., 2012). É ainda empregada no tratamento da 
asma, bronquite e adjuvante no combate à tosse (Teske & Trentini,1997 apud Czelusniak et al., 
2012). 
Apresentação: ​cápsula, solução, oral, tintura e xarope (RENAME, 2014), infusão 
(Brasil, 2011). 
Contraindicações: ​altas doses pode causar vômitos e diarreias, o uso prolongado desta 
planta pode causar acidentes hemorrágicos devido ao efeito antagonista com a vitamina K 
 
 
19 
 
(CRFSP, 2010, pág. 100). Não usar em gestantes, lactantes e crianças menores de dois anos 
(Brasil, 2011). 
Modo de Preparo: ​Tintura – 20g de folhas secas em álcool 70% quantidade suficiente 
(qsp) para 100mL. Xarope – 10mL da tintura 20% qsp 100mL de xarope simples (Brasil, 2011). 
Posologia: ​indivíduos com > 20 Kg, infusão das folhas (3% para uma xícara de150mL), utilizar 
40 – 60 gotas de tintura (1:5) em um pouco de água 3 – 4 vezes/dia. Extrato seco (5:1) a dose é 
de 250 – 300mg 3 – 4 vezes /dia. A posologia do Xarope é uma colher de sobremesa (10mL) 3 – 
4 vezes/dia (CRFSP, 2010, pág. 100). 
Figura 7:​ Guaco (​Mikania glomerata Spreng.) 
Fonte: Apis Flora, 2013 ​7 
7​Disponível em: <https://www.apisflora.com.br/divisao-industrial/tintura-de-guaco/> acesso em: 08 de novembro de 
2020 
 
2.3.8. HORTELÃ (​Mentha x piperita L.​), 
Parte Utilizada: ​folhas, óleo essencial e as sumidades floridas (Biblioteca Nacional del 
Perú, 2012), óleo essencial (CRFSP, 2010). 
Indicações: ​apresenta ação expectorante e broncodilatadora (RENAME, 2014), fadiga, 
indigestão, flatulência, diarreia, intoxicações de origem gastrointestinal, afecções hepáticas, 
vômitos nervosos (Biblioteca Nacional del Perú, 2012; Júnior & Lemos, 2012), uso externo em 
sarna, neuralgia dental (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Apresentação: ​cápsula, solução, oral, tintura e xarope (RENAME, 2014). 
Contraindicações: insônia, irritação nervosa nos casos de sensibilidade à planta. A introdução 
inalatória da essência pode causar depressão cardíaca, laringoespasmos e broncoespasmos, 
especialmente em crianças, a essência pode causar também irritação das mucosas. O óleo 
essencial é contraindicado para crianças menores de 2 anos, grávidas e durante a lactação 
 
 
20 
 
(CRFSP, 2010, pág. 100). Contraindicado para pessoas com cálculos biliares, danos hepáticos 
severos e durante a lactação (Brasil, 2011). 
Modo de Preparo: ​Tintura – 20g das folhas secas estabilizadas em álcool 45%, qsp 
100mL. Infusão – 1,5g de folhas e sumidades floridas em água, qsp 100mL (Brasil, 2011). 
Posologia: ​Infusão – 150mL dez minutos após ao preparo, duas a quatro vezes ao dia. 
Tintura – sessenta a cento e vinte gotas (2-3mL), diluídas em 75mL de água, três vezes ao dia. A 
posologia descrita é para maiores de doze anos (Brasil,2011). 
 ​Figura 8:​ Hortelã (​Mentha x piperita L.) 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikimedia, 2012​8 
8​Disponível em: 
<https://es.wikipedia.org/wiki/Mentha_%C3%97_piperita#/media/Archivo:Field_of_Mentha_x_piperita_02.jpg> 
acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.3.9. ISOFLAVONA-DE-SOJA (​Glycine max (L.) Merr.​) 
Parte Utilizada: ​sementes (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Indicações: ​coadjuvante no alívio dos sintomas do climatério (RENAME, 2014), redução 
do risco de câncer e colesterol alto (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Apresentação: ​cápsula e comprimidos (RENAME, 2014), suco (Biblioteca Nacional del 
Perú, 2012). 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​suco de soja - deixar os grãos de molho, lavar, passar no 
liquidificador e espremer para retirar o suco. (Biblioteca Nacional del Perú, 2012). 
Posologia: ​Não foi apresentado nas bibliografias consultadas. 
Figura 9:​ Isoflavona-de-soja (​Glycine max (L.) Merr.​) 
 
 
21 
 
Fonte: Plantae, 2009​9 
9​Disponível em: <http://www.plantae.ca/Fabaceae%3EFaboideae/Glycine/max/1298.html> acesso em: 08 de 
novembro de 2020 
 
2.3.10. PLANTAGO (​Plantago ovata Forssk.​) 
Parte Utilizada: ​cascas das sementes (Fintelmann e Weiss, 2014, pág. 104). 
Indicação: ​coadjuvante nos casos de obstipação intestinal habitual. Tratamento da 
síndrome do cólon irritável (RENAME, 2014). 
Apresentação: ​pó para dispersão oral (RENAME, 2014) 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​somente foram encontradas referências das preparações comerciais. 
Posologia: ​Não foi apresentado nas bibliografias consultadas. 
Figura 10:​ Plantago (​Plantago ovata Forssk​.) 
Fonte: Flor de Canarias, 2015 ​10 
10​Disponível em: <http://www.floradecanarias.com/plantago_ovata.html> acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.3.11. SALGUEIRO (​Salix alba L.​) 
Parte Utilizada: ​amentos e folhas (Biblioteca Nacional del Péru, 2012, pág 118), casca 
do caule (Brasil, 2011; CRFSP,2010). 
Indicações: ​tratamento de dor lombar baixa aguda, ação anti-inflamatória (RENAME, 
2014), ação analgésica, antitérmica e sedativa (Biblioteca Nacional del Péru, 2012). 
Apresentação: ​comprimido (RENAME, 2014), infusão (Biblioteca Nacional del Péru, 
2012, pág 118; CRFSP, 2010, pág 25), tintura e xarope (CRFSP, 2010). Contraindicações: deve 
ser usado com cautela na associação com anticoagulantes e anti-inflamatórios, não há relato de 
alergias causadas pelas cascas do salgueiro (CRFSP, 2010) 
Modo de Preparo: ​Decocção – 3g das cascas do caule secas em água, qsp 150mL 
(Brasil,2011). Para indivíduos com > de 20Kg a infusão deve ser feita com 3% da casca em um 
copo com 150mL de água, 3 - 4 vezes/dia. Utilizar 30-40 gotas da Tintura (1:5) em um pouco de 
 
 
22 
 
água, 3 – 4 vezes/dia. A dose do extrato seco (5:1) é 250 – 300mg, 3 – 4 vezes ao dia. A 
posologia do xarope (2% de extrato seco 5:1) é uma colher de sobremesa (10mL) 3 – 4/dia 
(CRFSP, 2010). 
Posologia: ​Para maiores de doze anos - 150mL do decoto logo após o preparo, 2 – 3 
vezes por dia.(Brasil, 2011). 
 ​Figura 11:​ Salgueiro (​Salix alba L.​) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikimedia, 2005​11 
11​Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Salgueiro-branco> acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.3.12. UNHA-DE-GATO (​Uncaria tomentosa ​(Willd. DC.) 
Parte Utilizada: ​raízes com mais de 5 anos, folhas e flores (Biblioteca Nacional del Péru, 
2012, pág 131). 
Indicação: ​coadjuvante nos casos de artrites e osteoartrite. Apresenta ação anti- 
inflamatória e imunomoduladora (RENAME, 2014), antiagregante plaquetário, antioxidante, 
antiviral (Biblioteca Nacional del Péru, 2012, pág 131; Sá et al., 2014). Apresentação: cápsula, 
comprimido e gel (RENAME, 2014). 
Contraindicações: ​não foi citado nas referências consultadas. 
Modo de Preparo: ​decocção de 50 - 60g da raiz cortada em rodelas por litro de água, 
tomar um copo 3 – 4 vezes/dia. Pode-se realizar gargarejo com infusão de 60 – 80 gramas de 
flores e folhas por litro de água, essa mesma compressa pode ser utilizada em compressas 
(Biblioteca Nacional del Péru, 2012, pág 131). 
Posologia: ​foi descrita no item modo de preparo, para cada tipo de apresentação. 
Figura 12:​ Unha-de-gato (​Uncaria tomentosa ​(Willd. DC.) 
 
 
23 
 
 
Fonte: Vivir Ecuador, 2014​12 
12​Disponível em: <http://vivirecuador.com/blog/566/una-de-gato> acesso em: 08 de novembro de 2020 
 
2.4. INDUSTRIALIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA SE OBTER O 
MEDICAMENTO FITOTERÁPICO. 
Devido à grande procura por medicamentos com poucos efeitos colaterais e tido como 
“naturais”, as indústrias têm buscado cada dia mais investindo na industrialização das plantas 
medicinais. Como foi falado anteriormente cerca de 82% da população brasileira faz o consumo 
de plantas medicinais, isso não se altera com o restante do mundo, onde esse crescimento é ainda 
maior. Para se obter um controle e uso racional dessas plantas os governos têm incrementado os 
fitoterápicos para a população. 
O processo de industrialização evita contaminações por micro-organismos e substâncias 
estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma 
maior segurança de uso. Os fitoterápicos industrializados devem ser regularizados na Anvisa 
antes de serem comercializados. (ANVISA, 2020)Os medicamentos fitoterápicos são preparações padronizadas contendo extratos de 
plantas, amplamente comercializados em países desenvolvidos e em desenvolvimento. 
Segundo a RDC n° 26/2014, são considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com 
emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas 
em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. São 
considerados produtos tradicionais fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de 
matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso 
seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica e que sejam concebidos para serem 
utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de 
monitorização. Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem se referir a doenças, distúrbios, 
condições ou ações consideradas graves, não podem conter matérias-primas em concentração de 
 
 
24 
 
risco tóxico conhecido e não devem ser administrados pelas vias injetável e oftálmica. Não se 
considera medicamento fitoterápico ou produto tradicional fitoterápico aquele que inclua na sua 
composição substâncias ativas isoladas ou altamente purificadas, sejam elas sintéticas, 
semissintéticas ou naturais e nem as associações dessas com outros extratos, sejam eles vegetais 
ou de outras fontes, como a animal. (ANVISA, 2018 P 7) 
No Brasil, apenas os medicamentos fitoterápicos industrializados para uso humano são 
registrados na Anvisa. Para o registro de medicamentos fitoterápicos, existe regulamentação 
específica desde 1967: Portaria n° 22, que foi seguida pela Portaria n° 06, publicada em 1995; 
RDC n° 17, publicada em 2000; RDC n° 48, publicada em 16 de março de 2004; RDC n° 14, 
publicada em 05 de abril de 2010; e a norma vigente RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Como 
forma de aperfeiçoar o marco regulatório, inserido no contexto da cadeia produtiva de plantas 
medicinais e fitoterápicos, a legislação sanitária brasileira que dispõe sobre o registro de 
medicamentos fitoterápicos foi atualizada em 2014, sendo publicada na forma de Resolução 
RDC nº 26/2014, permitindo o acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico e 
possibilitando a ampliação do acesso da população aos medicamentos. (ANVISA ,2018 P 6) É 
comum que as pessoas pensem que, por ser um produto natural, ele não causa problemas à saúde. 
Entretanto, sabe-se que os fitoterápicos, assim como qualquer outro medicamento, podem 
ocasionar problemas que desencadeiam até mesmo a morte se não forem usados corretamente e 
em doses certas. Os medicamentos fitoterápicos possuem seus benefícios comprovados pela 
Organização Mundial de Saúde e, como qualquer medicamento, só devem ser usados com 
recomendação médica. Lembre-se também de que o médico deve ser informado sobre a 
utilização de qualquer um desses produtos, inclusive do uso de plantas medicinais. Isso é válido 
principalmente para pessoas que realizarão procedimentos cirúrgicos. Ao utilizar um 
medicamento fitoterápico, lembre-se de olhar as datas de validade, bem como as orientações de 
uso. É importante informar o médico da ocorrência de qualquer sintoma desagradável. Além 
disso, deve-se verificar se o medicamento possui registro na ANVISA. Para isso, acesse o site da 
Agência e realize a consulta. Caso ele não tenha registro, comunique a Vigilância Sanitária. 
(VANESSA SANTOS, 2020) 
 
2.5.FITOTERÁPICOS 
Todos os medicamentos aqui citados foram retirados através do artigo de pesquisa "A 
produção de fitomedicamentos e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos de 
 
 
25 
 
Elizabeth Valverde Macedo & André L. Gemal,2009, p 295-296-297. Onde eles citam 
referências para obtenção dos resultados aqui demonstrados. 
 
2.5.1. Classificação botânica: Peumus boldus Molina 
Denominação popular:​ Boldo 
Parte usada:​ Folhas 
Indicação:​ Colagogo, colerético, dispepsias funcionais, distúrbios 
Ocorrência:​ Nativa das regiões central e sul do Chile, onde ocorre abundantemente 
Formas farmacêuticas de uso:​ Líquida e Sólida oral 
Marcador:​ Alcalóides totais expressos em boldina 
(RUIZ et al 2008) 
 
2.5.2. Classificação botânica: Zingiber officinale Rosc. 
Denominação popular:​ Gengibre. 
Parte usada:​ Rizomas 
Indicação:​ Profilaxia de náuseas causada por movimento (cinetose) e pós cirúrgico 
Ocorrência: A planta é provavelmente native do sudoeste da Ásia. É cultivada 
comercialmente na África, China, Índia e Jamaica. Índia é o maior produtor. 
Formas farmacêuticas de uso:​ Líquida e Sólida oral 
Marcador:​ Gingeróis (6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol) 
(WHO monographs on selected medicinal plants) 
 
2.5.3. Classificação botânica: Matricaria recutita L. 
Denominação popular:​ Matricária, Camomila 
Parte usada:​ Capítulos florais 
Indicação:​ Uso oral: antiespasmódico intestinal, dispepsias 
Ocorrência: É nativa do norte da Europa e cresce selvagem nas regiões leste e central da 
Europa. Também é encontrada no norte da África e U.S.A. É cultivada em vários países. 
Formas farmacêuticas de uso:​ Tópica, Líquida e sólida oral. 
Marcador:​ Apigenina -7- glicosídeo 
(WHO monographs on selected medicinal plants) 
 
 
 
26 
 
2.5.4. Classificação botânica: Pimpinella anisum L. 
Denominação popular:​ Erva-doce 
Parte usada:​ Frutos 
Indicação:​ Expectorante, antiespasmódico, carminativo, dispepsias 
Ocorrência: Nativa da região leste do Mediterrâneo, oeste da Ásia e Europa. Cultivada 
no sul da Europa e norte da África. Também na Argentina, Bulgária, Chile, China, Índia, Iran, 
Japão, México, Romênia, Rússia e Turquia. 
Formas farmacêuticas de uso​: Líquida e Sólida oral. 
Marcador:​ Trans-anetol 
(WHO monographs on selected medicinal plants) 
 
2.5.5. Classificação botânica: Mentha piperita L. 
Denominação popular:​ Hortelã-pimenta 
Parte usada:​ Folhas 
Indicação:​ Carminativo, antiespasmódico intestinal, expectorante 
Ocorrência: É comercialmente cultivada no leste e norte da Europa e EUA. Também é 
encontrada na África. 
Formas farmacêuticas de uso:​ Líquida oral 
Marcador:​ mentol e mentona 
(WHO monographs on selected medicinal plants) 
 
2.5.6. Classificação botânica: Mikania glomerata Sprengl. 
Denominação popular:​ Guaco 
Parte usada:​ Folhas 
Indicação:​ Expectorante, broncodilatador 
Ocorrência:​ Nativa da América do Sul. 
Formas farmacêuticas de uso:​ Líquida oral 
Marcador:​ Cumarina 
(ROCHA et al, 2008) 
 
 
27 
 
 
3. OBJETIVOS: 
 
3.1. OBJETIVO GERAL: 
- Verificar se a maioria das plantas medicinais usadas pela população são utilizadas em 
produção de fitoterápicos. 
3.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS: 
- Analisar o uso e o conhecimento da população sobre as plantas medicinais e seus 
riscos. 
- Evidenciar a importância dos estudos científicos em torno da temática; 
- Esclarecer quais plantas medicinais, utilizadas pela população, são utilizadas em 
produção de fitoterápicos 
 
 
28 
 
 
 
4. MÉTODO: 
 
 
Estudo realizado por meio de revisão bibliográfica e pesquisa de campo por meio de 
um formulário enviado à população na plataforma Google Forms (Anexo A); a pesquisa foi 
realizada sem distinção etária nem de localidade, e para revisões bibliográficas foram 
utilizados livros e artigos científicos. 
Com baseem dados coletados da população foi possível definir quais plantas são as 
mais utilizadas e relacionamos estas com a produção dos fitoterápicos que possuem essas 
plantas medicinais em sua composição. 
A revisão bibliográfica nos permitiu avaliar quais plantas são utilizadas na produção 
de fitoterápicos e quais os métodos eficientes e seguros para o uso de tais plantas. 
A união dos dois métodos de pesquisa nos possibilitou um estudo mais completo e 
claro. 
 
 
29 
 
 
 
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
As pesquisas foram realizadas por maio de questionários virtuais, disponibilizando em 
link, pelo formulário web elaborado a partir do google forms (Anexo A), o aplicativo do google 
que permite compartilhamento e disponibilização do formulário na web. 
O resultado da pesquisa compreendeu pela coleta de dados utilizou-se perguntas abertas 
e fechadas, com o objetivo de obter informações abrangentes sobre o assunto pesquisado, 
visando como objetivo obter dados sobre o uso de plantas medicinais no cotiando dos 
entrevistados. 
Foram realizados três perguntas abertas e quatro fechadas que serão apresentadas nos 
gráficos abaixo. 
 
GRÁFICO 1​ - ​Conhecimento sobre plantas medicinais 
. 
Como podemos observar declararam conhecer o uso de plantas medicinais (91%), enquanto (9%) 
não tem conhecimento para qual serventia tem o uso das plantas medicinais 
 
GRÁFICO 2​ - ​O uso de plantas medicinais 
 
 
 
30 
 
Os entrevistados que afirmaram já terem feito o uso de plantas medicinais foram (67%) 
embora (33%) conhecessem o que são plantas medicinais, nunca fizeram uso terapêutico desse 
produto. 
 
 
GRÁFICO 3​ - ​O uso de plantas medicinais com finalidades analgésicas 
 
Embora a dor seja uma sensação subjetiva, de acordo com as informações apresentas no 
gráfico (20%) dos entrevistados, afirmaram já ter usado os fitoterápicos em situações de dor 
extrema, já (42%) usaram essa terapia para dores médias, (19%) afirmaram que foi utilizado para 
dores pequenas, dos entrevistados que responderam que não costumam utilizar ou nunca 
utilizaram são (2%). 
 
GRÁFICO 4​ - ​Plantas mais citadas 
 
 
 
31 
 
A maioria dos entrevistados afirmaram ter feito o uso do gengibre com fins terapêutico 
que foi (25%) embora o gengibre foi mais declarado outras plantas foram citadas como a erva- 
doce com (19%), erva – cidreira apresentou resultado de (19%), o uso da hortelã resultou em 
(19%) dos entrevistados, das pessoas que utilizaram guapo foram (12%), a camomila também foi 
mencionada com (3%) junto com o boldo que também ficou com (3%). 
GRÁFICO 5 - Motivos de uso de plantas medicinais 
 
Podemos observar que muitos dos entrevistados usaram as plantas medicinais para tratar 
algum tipo de dor como dor de garganta com (13%), dor de cabeça com (7%) e dor de estomago 
(4%), enquanto (23%) para tratamento de sintomas da gripe, para alívios psíquicos como 
ansiedade, depressão, tristeza estafa foi de (26%) e para tratamentos de infecções de modo geral 
foram (27%). 
 
GRÁFICO 6 - Fonte de informação sobre plantas medicinais 
 
Os entrevistados relataram adquirir conhecimento sobre plantas medicinais através da 
internet foram de (29%) outras fontes bastante citadas foi a televisão com (19%), que adquiriram 
o conhecimento com o curso técnico (19%), temos também os dados de conhecimento das 
plantas medicinais através de gerações em relação de que os entrevistados aprenderam com a avó 
 
 
32 
 
e de (9%) com a mãe e de (5%), os entrevistados que responderam que ouviu dizer através de 
pessoas e de (19%). 
 
 
 
 
GRÁFICO 7 - Faixa etária dos usuários de plantas medicinais 
 
Podemos observar que a maioria das pessoas que usam plantas medicinais tem a faixa 
etária de 30 a 40 anos que e de (41%) a faixa etária de 20 a 30 anos e de (33%) e de 40 a 50 anos 
(12%) que são a minoria entre os entrevistados, os mais jovens 16 a 20 anos são de (14%). 
 
 
 
33 
 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em virtude dos fatos mencionados, podemos observar que a maioria das plantas 
citadas nas nossas pesquisas realmente apresentam propriedades terapêuticas, tanto que, 
existem medicamentos fitoterápicos disponíveis no mercado farmacêutico para as finalidades 
citadas pelos entrevistados. 
Pela observação dos aspectos analisados percebe-se que as plantas citadas apresentam 
propriedades terapêuticas, tanto que, vários laboratórios já comercializam esses produtos na 
forma de medicamentos fitoterápicos, e esses mesmos medicamentos possuem seus benefícios 
comprovados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). 
Em vista dos argumentos apresentados, observamos que a maioria das pessoas que faz 
uso dessa terapia, tem conhecimentos sobre as propriedades da planta que está sendo usada, 
portanto, faz-se necessário que seja contínuo o estudo dessas pesquisas sobre plantas 
medicinais de conhecimento popular, para assim aperfeiçoar o desenvolvimento de 
medicamentos fitoterápicos e assim constatar sua eficácia ou não. 
 
 
34 
 
ANEXOS 
Anexo A: 
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdvr6iWxcwLWBDV2ccAoLDF
KLxOK7WxRaWr1mHPXHufmslNSw/viewform?usp=sf_link 
 
 
35 
 
 
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