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pra que serve a psicanálise

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Psicologia como Profissão 
Alunas : Júlia Martins Pimentel 
Rafaela Barbosa de Sá 
Natália De Souza Alves Ferreira 
Barbara Alves de Souza Peixoto Gomes 
Natália Damasceno Cardoso 
Entrevista
Psicóloga Suely Lopes Kelly
Formação : UFF
Especialização : Psicanálise 
Área de atuação atual : CAPS E NIAJ –Mendes /RJ 
1. Como é sua rotina de trabalho?
Sempre uma surpresa, não tem uma rotina, cada paciente chega com um problema diferente, e as vezes o paciente pode surtar o que muda completamente o dia, o planejamento das consultas.
2. O que te trouxe a essa área de atuação?
Foi uma escolha de vida, nossa profissão é uma escolha pra vida inteira. Fiz minha formação acadêmica depois que estava casada e tinha dois filhos ainda pequenos, então foi uma escolha bem madura, já tinha por volta de 30 anos. A clínica psicológica sempre me atraiu muito, sempre me instigou, então foi uma escolha do que eu gostaria de estudar e trabalhar.
3. Você atuaria em outra área da psicologia? Qual?
Não, o meu interesse é pela clínica mesmo.
 
4. Quais os principais desafios enfrentados para o desenvolvimento de sua prática?
O grande desafio que o psicólogo vai se preparar quando ele se forma é com a escuta. Tanto a Psicologia quando a Psicanálise são áreas que precisam de constante atualização, buscar estar sempre participando de congressos, apresentar trabalhos, ouvir o que os colegas de profissão tem pra dizer, procurar saber o que tem acontecido no consultório dos nossos colegas e principalmente fazer sua própria terapia, e se for pra Psicanálise fazer sua própria análise. Trabalhar o seu inconsciente, porque essa escuta que você vai ter com o paciente depende um pouco da teoria, mas a teoria na prática é completamente diferente. Então o desafio é esse, manter essa escuta bem apurada.
5. Conhecendo e trabalhando na área e sabendo de todos os seus desafios, você ainda escolheria a psicologia como carreira profissional?
É meio complicado responder isso, porque eu fiz psicologia mas a minha opção depois foi com a psicanálise, eu já no 6º ou 7º período me filiei a uma Escola de Psicanálise, porque a Psicanálise não é uma formação acadêmica, é uma formação que se faz em uma Escola de Psicanálise, e é uma formação que não tem fim. Enquanto você estiver trabalhando com ela você tem que estar em uma Escola, participar das aulas, apresentar trabalhos, fazer a própria supervisão, a própria análise. Então atualmente a minha área é a Psicanálise, e faria a mesma opção sim. 
6. Conte algum episódio marcante da sua carreira.
Nem tem um só, tem vários. São aqueles pacientes que chegam com uma questão muito complicada, muito comprometidos com o sintoma deles, já querendo até desistir de viver e o desafio é esse, você estar ali tentando ajudar aquele paciente, tentando fazer com que ele saia daquela situação, e o bom disso é quando você consegue. Quer dizer, não somos nós, é o paciente que consegue mas ele pensa que é porque nós ajudamos e isso é muito gratificante. O desafio que a gente tem é esse, é tentar tirar o paciente do sintoma, tentar dizer a palavra certa na hora certa o que é mais difícil ainda, porque as vezes a oportunidade passa você não falou, não interviu na hora que deveria.
7. Alguma vez já ocorreu de o problema do paciente ser parecido com um problema pessoal seu? Como você reagiu? 
Muitas vezes, a gente tem que ter muito cuidado pra não misturar as estações. As vezes o paciente esta ali falando exatamento o problema que você está passando, o curioso disso é que quando você ta de fora da situação, o problema pode ser parecido mas o sentimento não é seu é do outro. Então você começa a falar com o paciente, escuta, faz uma intervenção e aquilo serve pra você também. É muito interessante quando você vê essa separação que a gente pode fazer entre o que é do paciente e do que é nosso. E muitas vezes isso serve pra nós.
8. Como você percebe o compromisso social da psicologia?
É um compromisso muito grande, porque nós estamos ali pra atuar justamente onde os médicos já não conseguem fazer nada. A gente trabalha nesse limite, porque o paciente só vai procurar um tratamento psi, pelo menos é o que eu acho, quando todas as outras portas já foram tentadas e nenhuma deu certo. Ele vai primeiro ao médico, tomar remédio, mas não resolve ou vai buscar uma terapia alternativa, uma religião e quando nada dá certo vai ao psicólogo. Mas hoje em dia, com esse grau de informação que as pessoas tem, com a interntet e as redes sociais, a rapidez das informações, que fornecem uma informação mais precisa, muitas pessoas já tem esse conhecimento sobre a Psicologia. Acho que atualmente a Psicologia está sendo muito mais valorizada, até pelos próprios médicos, pois sempre houve um preconceito. "Ah Psicologia é bate papo, vai lá pra bater papo, pra que conversa comigo" as vezes o marido fala isso pra mulher, eles não entendem como é importante a atuação do psicólogo na vida social de uma pessoa, a transformação que a psicologia pode fazer na vida de alguém. Então 
9. Quais as qualidades você acha que um bom psicólogo deve ter?
Olha eu nem diria qualidades, eu diria que precisa de uma coisa só, ética. Tem que ser muito ético, encarar a profissão dele com muita ética profissional. Eu acho que esse é o fator primordial, aliás em qualquer profissão.
10. O que você recomendaria aos futuros psicólogos?
Leiam bastante, leiam muito, mas quando tiverem sua clínica esqueçam tudo que vocês leram e coloquem a escuta do paciente em prática. Claro que a gente tem uma retaguarda, não vamos dizer que as teorias não servem pra nada, mas se a gente ficar muito preso nelas, você não desenvolve a escuta flutuante. Porque é isso que a clínica traz de extraordinário, o psicológo ou psicanalista trabalha com o inédito, foi o que eu falei da rotina, não tem rotina, cada dia é um dia, cada paciente é um paciente, cada hora que você atende uma é diferente da outra. Então não há como prever o que vai acontecer. Muitas vezes você faz uma intervenção, o paciente vai embora e você fica pensando se aquilo que eu falei foi pesado demais, será que o paciente vai saber lidar com isso, o que pode acontecer, e ficar esperando a próxima consulta pra ver qual a repercusão que teve no paciente aquilo que você falou. Então se eu tivesse que dar um conselho, seria o de ler bastante, não se limitem à faculdade que vocês estão fazendo, procurem palestras, congressos, participar o máximo que vocês puderem. Ampliar esse conhecimento, não ficar restrito ao que a Universidade só oferece.
11. O que te motivou a procurar a Psicologia?
Eu tive três filhos, e o início escolar dos três foi no mesmo colégio, um que valorizava muito a Psicologia. Inclusive tinha uma psicológa que atendia as crianças na escola, chamava os pais e eu comecei a achar isso muito interessante, comecei a procurar ler um pouco sobre Psicologia Escolar, Psicologia Infantil, antes de entrar pra uma faculdade. E aquilo começou a me despertar por causa dos meus filhos, pra entender melhor como seria uma melhor mãe pra eles, considerando esses aspectos psicológicos da criança. Isso foi o que me despertou pra eu optar por esse curso.
12. Nos momentos difíceis da graduação,o que te motivou a não desistir?
Força de vontade, querer chegar lá. Eu ansiava por ter meu consultório, sempre foi essa minha meta.E é difícil, mas não é tanto assim, não chega uma hora que não dá pra continuar. O que eu acho mais chato na Psicologia, não sei como esta a grade curricular agora, mas na minha época tinha muita matéria de Medicina, Anatomia, Fisiologia e decorar os ossos, me irritava um pouco, mas não tem nada tão difícil, pelo menos eu não passei por isso. De chegar o momento de querer desistir, eu tinha essa meta a alcançar e segui firme.
PSICOLOGIA CLÍNICA
Psicologia Clínica é a parte da psicologia que se dedica ao estudo dos transtornos mentais e dos aspectos psíquicos de doenças não mentais. Seus temas incluem a etiologia, classificação, diagnóstico, epidemiologia, intervenção.
O que interessa à psicologia clínica tudo aquilo que afeta o sujeito, ou seja, a história pessoa; o passado.; o que ele espera para o futuro; seus valores; afetos, relações e outros fatores.
Como surgiu a Psicologia Clínica?
O termo Psicologia Clínica surgiu nos Estados Unidos, quando a primeira clínica de psicologia foi fundada por Lightner Witmer na Universidade de Pensilvânia, em que eram tratadas algumas crianças com queixas escolares.
Lightner Witmer, discípulo de Willhelm Wundt, foi o primeiro psicólogo a usar o termo psicologia clínica, em 1907. 
O que um Psicólogo Clínico faz?
Todos psicólogo que trabalhe na área da Psicologia Clínica, ajuda no melhora dos distúrbios mentais, tendo ao seu dispor conhecimentos e técnicas que ajudem na melhora do paciente.
O psicólogo clínico tem por objetivo, ajudar a pessoa a evitar o agravamento dos distúrbios mentais ou comportamentais, estimular atividades e terapias para pessoas com problemas psicológicos, apoiar pessoas com doenças físicas e facilidade o seu processo de tratamento, entre outros objetivos.
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 Mitos e Verdade sobre a Psicologia Clínica :
MITO: Apenas os fracos procuram ajuda de um psicólogo clínico.
VERDADE: Não existem pessoas fracas ou fortes, existem formas diferentes de encarar os problemas.
MITO: Psicólogo é para pessoas malucas.
VERDADE: Algumas pessoas só procuram o psicólogo porque querem se conhecer melhor.
 Psicanálise 
A Psicanálise e o mundo de hoje 
Há quem diga que “ esse papo de Freud esta ultrapassado .Com tantas mudanças em um século Freud já era !” Ou ainda , “ A Psicanálise já era ”
Na contemporaneidade buscamos a comunicação como uma ponte para solução de nossas dificuldades, ancorados uns aos outros buscando obter algum apoio, ainda que o outro esteja nas mesmas condições de desamparo. Esse apelo de nos ligarmos uns aos outros faz parte da historia da humanidade. Em tempos modernos essa questão viu-se inflacionada. O que nos remete ao império de Eros.
Por mais que sua proposta tenha sido propagada de forma distorcida, a proposta da psicanálise desde seus primórdios por Freud foi exatamente tratar desse vazio, que na maior parte do tempo traduzimos por falta de alguma coisa ou de alguém. 
Ex: um paciente com câncer terminal a psicanálise trata o sujeito que esta nela implicado, ou seja, o sujeito que faz da doença um sintoma, que a psicanálise chama de sintoma analítico.
Quando cabe procurar um psicanalista?
Quais as condições preliminares de uma psicanálise?
“ O que esta em cena é o apelo á criação de laços com outros .”

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