Buscar

resumo radiologia parte 3 e 4

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTRA-BUCAL: INTERPROXIMAL OU BITE WING
Tamanho do filme interproximal: 27x54mm 
A técnica pode ser feita utilizando dois filmes interproximais, ou quatro filmes periapicais (dois de cada lado). No caso de utilizar o filme periapical, deve-se utilizar uma radiografia para os pré-molares e outra para os molares, por ele ser menor (bite wing de pré-molares e molares esquerdo/direito). Tecnicamente falando, às vezes a boca do paciente é pequena dificultando o filme interproximal, nesse caso o periapical é melhor.
Características:
-na bite wing não aparece o ápice das raízes, somente as coroas.
-serve para verificar cárie proximal e região de crista óssea (dentística e prótese)
*A técnica bite wing só é usada para os dentes posteriores. 
Diagnóstico de cárie: 
Para o diagnóstico de cárie em dentes posterior é imprescindível a técnica bite wing. Porém deve-se associar as imagens radiográficas com o exame clínico. Já para dentes anteriores o melhor é o exame clínico. (obs.: não se diz que tem várias cáries, e sim várias lesões cariosas; cárie é no singular)
Posicionador para a técnica interproximal – asa de mordida ou posicionador de plástico. Ele serve para o posicionamento e manutenção do filme. Também pode ser usada uma fita crepe, porém o contato dos dentes ficam mais próximos, parecendo que está em oclusão. No posicionador de plástico o espaço é maior e pode verificar mais cárie oclusal. (obs.: o picote do filme não interfere no posicionamento do mesmo)
Efeito Mash: efeito de imagem que simula erroneamente uma cárie.
Pediatria: dependendo do tamanho da criança pode-se utilizar filme periapical infantil ou 3x4.
Área de incidência e angulação dos feixes de raios x: 
Não pode haver sobreposição de dentes (angulação vertical).
região de pré-molares e molares
Angulação horizontal: os feixes de raios x devem ser orientados paralelo às faces proximais dos dentes
Angulação vertical: +8°
Área de incidência: linha trágus – comissura labial
Indicações:
Pesquisa de cárie interproximal e cáries incipientes (recorrentes)
Avaliação de perda óssea (ex: enfumaçamento de crista óssea alveolar – verifica septos inferiores e superiores ao mesmo tempo)
Adaptação de restaurações e/ou coroas protéticas (ex: excessos marginais)
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS PERIAPICOPATIAS
	
	
A- normal
B- trauma
C- avanço do processo de rarefação óssea e destruição da lamina dura
D- Rarefação óssea difusa
E- Rarefação óssea circunscrita
F- ROP cística
Periapicopatias: doenças do periápice (lesões apicais)
Periápice: A associação Americana de Endodontia conceitua o periápice (Periodontium apical) como um complexo de tecidos que circunda a porção apical da raiz de um dente: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.
A técnica radiográfica indicada para as periapicopatias é a periapical.
As imagens são radiolúcidas devido à destruição do osso (ou trabeculado ósseo ou osso rarefeito). Observa-se aumento do ligamento periodontal devido ao acúmulo de líquido.
Se haver rarefações ósseas apicais (mesias e distais) o dente perde a vitalidade. Isso acontece porque os produtos bacterianos disseminam via canal radicular atingindo a polpa e causando necrose. Os produtos bacterianos vão gerar a lise do osso, que gera uma resposta de defesa (processo inflamatório). Essa resposta depende de cada indivíduo, cada um tem um tipo de resposta (x, y ou z), dependendo da:
- intensidade do processo inflamatório
- o tempo de duração 
- a capacidade orgânica individual de defesa.
Mudanças na densidade radiográfica:
A inflamação leva a lise do tecido ósseo, aí a densidade óssea diminui facilitando a passagem dos raios x. Importância da radiografia de qualidade para verificar a densidade das lesões, quanto mais densa, mais velha é a lesão.
Rarefações ósseas apicais:
-Abscesso: ROP Difusa
-Granuloma: ROP circunscrita (delimitada)
-Cisto Periapical ou inflamatório: ROP cística, ROP circunscrita por halo esclerótico ou ROP circunscrita por osteogênese reacional.
	
CÁRIE
	
	
	
	agudo
	
abscesso
	
	
osteomielite
	
	Processo inflamatório apical
	
via polpa
	
NECROSE
dente
	
	
	
	
	
TRAUMA
	
	
	
	
crônico
	
granuloma
	
	
cisto
O processo inflamatório apical pode cessar se houver atendimento rápido
Quando já houve necrose, o teste de vitalidade vai ser negativo
Os processos agudos são rápidos, ocorre dor, febre, edema, calor
Nos processos agudos não tem imagem radiográfica. Tratamento com bochecho e antibiótico e não faz drenagem
O processo crônico não tem sintomatologia dolorosa, só é diagnosticado por radiografia
O granuloma pode virar um cisto inflamatório
O abscesso agudo pode cronificar, aí ele vai ter imagem radiográfica
O obscesso agudo é uma rarefação óssea periapical difusa (espalhada) com pus. Se não tratar pode virar osteomielite e atingir toda a maxila ou mandíbula
Com o avanço do processo de rarefação óssea há destruição da lâmina dura.
PROCESSOS ASSOCIADOS AO ÁPICE DO ELEMENTO DENTÁRIO
PERICEMENTITE APICAL
Características clínicas: dor (quando há pressão ou percussão). Pode ter necrose ou não, dependendo da intensidade do estímulo.
Fatores: 
-físicos (trauma oclusal como troca de fios de aparelhos ortodônticos ou restaurações com contato prematuro)
-químicos (irrigação, medicação do tratamento endodôntico, causando irritação)
-agentes microbianos (invasão de microrganismos de diferentes tipos, números, disseminação de toxinas via câmara pulpar e canal radicular)
Radiograficamente: a imagem é sutil, com aumento do ligamento periodontal.
ABSCESSO PERIAPICAL
Rarefação óssea periapical difusa – abscesso
ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO: Exuberância de características clínicas: dor contínua, intensa, pulsátil, localizada. Não apresenta características radiográficas. É um saco de pus, tem características féticas.
Coleção purulenta: composta pela desintegração tecidual e caracterizada pela presença do exsudato no interior da lesão. Tecidos periapicais, mucoso e cutâneo.
Alta virulência
Curta duração
Baixa resistência
ABSCESSO PERIAPICAL CRÔNICO: imagem radiográfica radiolúcida – destruição do osso. Devido ao processo carioso, há necrose pulpar e destruição da lâmina dura. Possui forma irregular com limites imprecisos. Coleção de pus que se espalha entre as trabéculas ósseas. Surge fístula (drenagem do pus). Não sente dor. Tratamento: endodontia + proservação.
GRANULOMA PERIAPICAL
Rarefação óssea periapical circunscrita. As bactérias tem baixa virulência, alta duração, e alta resistência. É um achado radiográfico. Tamanho até 10mm, forma oval ou esférica. Comparado ao cisto, sua freqüência é maior.
É crônico, sem dor, edema, etc. Pode ser confundido com forame.
Tratamento: endodontia e proservação (acompanhamento radiográfico até a formação do osso. Se não formar osso e a lesão persistir ou crescer, pode ser cisto)
Se fizer exodontia, o granuloma poderá sair junto com o dente porque sua cápsula é contínua com o ligamento periodontal. Se não sair junto deve ser curetado.
Diferenças entre forame x lesão
-faz outra radiografia mais distal ou mais mesial. Se a imagem radiolúcida mudar de lugar é forame.
-teste de vitalidade. Se for negativo, é lesão.
-observar a integridade da lâmina dura. Se tiver interrompida, é lesão.
CISTO PERIAPICAL
	Rarefação óssea periapical cística.
O granuloma é um amontoado de células. Quando chega a 10mm, as células ficam sem nutrição e morrem. Aí começa a formação do cisto. O centro fica cheio de líquido e começa a expandir. Aí o organismo tenta conter a agressão cística e vai formando osso em volta da lesão, criando o halo esclerótico. Quanto mais radiopaco é o halo esclerótico, mais tempo existe a lesão.
Cavidade patológica revestida por epitélio apoiado sobre uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso. Conteúdo fluido ou semi-fluido.
Crescimento lento, assintomático. Expansão óssea, abaula a cortical mas tem consistência óssea. Tamanho superior a 10mm. Halo radiopaco.
Tratamento: endodontia. Faz proservação radiográfica. Se for cisto não regride. Aí faz tratamento cirúrgico (exérese do cisto)
Cisto x Granuloma
Na radiografia de qualidade, os cistos são mais radiolúcidos que os granulomas, pois só tem líquido. 
	
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS ALTERAÇÕES DE RAIZ DENTAL
1. FRATURAS RADICULAR
Principal causa: acidentes e traumas domésticos, acomete mais dentes anteriores (incisivos).
Mais comum em dentes anteriores
Fraturas são: Vertical, horizontal e oblíqua
RX vertical é difícil pela coincidência do traço de fratura com a imagem radiolúcida do canal radicular
Horizontal/oblíqua
Qualquer traço de fratura são radiolúcidos, se eu tenho uma fratura vertical, pode coincidir com a linha do canal e confunde.
As fraturas necessitam (às vezes) de mais variações de angulações de radiografia para serem observadas.
O dente pode ter fratura literalmente ou só uma trinca. As fraturas são mais difíceis de identificar.
Data do exame/data do acidente: a rarefação óssea, que é comum nas fraturas, não aparece no dia do acidente.
Fratura oblíqua: só é vista se o feixe central de raios x estiver paralela ao longo eixo da linha de fratura.
*Se os raios x central não estiver paralelo à fratura, erroneamente projeta duas linhas.
2. HIPERCEMENTOSE
Deposição excessiva de cemento secundário na superfície radicular
Pode envolver quase toda raiz ou só ápice
Radiografiacamente: raiz volumosa perdendo o perfil afilado e ápice arredondado
Espaço periodontal e lâmina dura e vitalidade pulpar normais
Não é patológico
Dificulta exodontia (raiz muito espessa), impossibilita movimentação ortodôntica
*na endodontia não altera nada, pois o cemento é externo
Assintomático, achado radiográfico
Não nasce com hipercementose, adquire-se
Pode afetar um ou mais dentes, mais comumente nos pré-molares e molares permanentes.
3. ANQUILOSE
(infra-oclusão, retenção secundária ou submersão)
Fusão do dente ao osso
Patogênese: -alterações metabólicas
 -trauma, irritação química ou térmica
 -falha local de crescimento ósseo
Não apresenta espaço periodontal nem lâmina dura
Dificulta exodontia e ortodontia
Características clínicas:
Percussão: som compacto e agudo
Não responde às forças ortodônticas
Acomete qualquer idade (9-18 anos)
Problemas oclusais, periodontais, extrusão do antagonista
Também afeta periodontia (acúmulo de alimentos), oclusão estética
Características Radiográficas:
Ausência do espaço do ligamento periodontal
Fusão mais comum na bifurcação da raiz
Diagnóstico radiográfico difícil
4. RAIZ RESIDUAL
Fragmento deixado no interior do osso alveolar ou resíduo de raiz sob a mucosa
RX: radiopacidade da raiz
Tratamento: exérese da raiz
5. DILACERAÇÃO RADICULAR
Anomalia dental que apresenta angulação ou curvatura acentuada na raiz dental
Qualquer ponto da raiz (mais comum: apical)
Impede a instrumentação endodôntica (quando é 90°)
Assintomático
Achado radiográfico
6. TREPANAÇÃO
Ultrapassagem do limite do forame apical
Invasão da região periapical por extravasamento de material obturador ou ponta de lima
Instrumento fraturado no canal
7. ESCLEROSE ÓSSEA
Reação do osso a uma infecção ou trauma oclusal que ocorre em pessoas com elevada resistência física e capacidade de reação dos tecidos
Ocorre proliferação ao invés de destruição, pois estes agentes atuam como estímulo e não como irritante
Massa radiopaca patognâmica, bem circunscrita de osso esclerótico próximo ao ápice radicular (mais radiopaca que o normal)
Pode confundir-se com o osso circundante, porém é mais radiopaca que o osso adjacente
8. APICECTOMIA 
Remoção cirúrgica do terço apical
Pode ter ou não obturação retrógada (por traz, no buraco do ápice, amálgama)
Corte transversal uniforme apical para remover parte da raiz
RX: diferente RRE (reabsorção radicular externa)
FORMA DAS RAÍZES:
Septos em forma expulsiva ou retentiva . Também pode haver raízes extra-numerárias, qualquer dente pode ter, mais comum em dentes posteriores, decíduos ou permanentes.
9. REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA
Destruição ou perda patológica de tecido dental (cemento de dentina)
Mais comum no ápice
RX: área irregular, pois a destruição não tem direção nem quantidade definida
Terço médio: fratura espontânea
Assintomática, é patológica
Tratamento: remoção da causa
Pode ser chamada de arredondamento, não causa mobilidade, só se tiver doença periodontal, mas pode sair dependendo da severidade
Atenção na angulação vertical que pode simular uma reabsorção radicular externa
Etilogia:
lesão periapical crônica (lesão apical crônica → destruição osso → pH ácido inflamação → estímulo clastos → fagocita a raiz → RREA)
tumores ou cistos (força constante, estímulo para...)
tratamento ortodôntico iatrogênico (inadequado, errado, mal conduzido): excesso de força, traumatismo contínuo provocando um percurso inflamatório nas fibras que pode levar à necrose, ou reabsorção óssea. Determinados pacientes tem predisposição a reabsorção óssea ou movimentação mesmo com forças adequadas. Utilizar as forças de acordo com cada paciente e fazer monitoramento por radiografia. Incisivos e pré-molares são mais acometidos, e mulheres por questão hormonal tem mais predisposição. *Quanto mais irregular mais grave.
pressão de dentes retidos/impactados
traumatismos
dentes reimplantados/transplantados
causas desconhecidas
Tratamento: remoção
10. REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA
perda patológica de tecido dental com início no interior do canal
associado com inflamação da polpa
RX: aumento de volume na imagem do canal radicular
Pode perfurar a raiz do dente, irreversível
Assintomática
Diagnóstico: achado radiográfico
Maior incidência em dentes anteriores
Pode ser chamado de ampola ou balão (aspecto balonizante)
Tratamento endodôntico + proservação
Prognóstico: chance do paciente perder o dente é muito grande, prognóstico ruim
Se não tratar a ampola pode expandir e fraturar o dente.
Obs.: a coroa pode ficar com uma mancha rosa por causa da translucidez do esmalte – Pink spot – quadro de reabsorção interna que acomete a camada pulpar da coroa.
11. RIZÓLISE
Reabsorção radicular externa fisiológica. Acomete somente dentes decíduos.
RX semelhante a reabsorção radicular (essa reabsorção acontece pelo dente decíduo ser substituído pelo permanente)
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
MÉTODO DE CLARK
(1910) Ila e Íula. Este método também é conhecido por método do princípio da Paralaxe, deslocamento horizontal do tubo ou do deslizamento.
Serve para Maxila e Mandíbula:
dentes inclusos
corpos estranhos
processos patológicos
dissociação ótica de raízes e canais
Movimento de Paralaxe (Física): aparente movimento que um objeto sofre em sentido contrário ao movimento do observador.
O objeto que estiver mais próximo do observador deslocar-se-á em sentido contrário ao deslocamento desse observador.
o objeto mais distante do observador deslocar-se-á no mesmo sentido.
Se o objeto movimenta em sentido oposto, quer dizer que ele está em face vestibular.
Técnica: consiste na tomada de uma radiografia periapical e em uma segunda tomada, variando apenas a angulação horizontal.
Porém a técnica de Clark tem limite (ex: 3°molar)
MÉTODO DE MILLER-WINTER
Existe desde 1914. Também conhecido como técnica do ângulo reto ou da dupla incidência.
Serve somente para mandíbula:
dentes inclusos
corpos estranhos
processos patológicos
A primeira incidência é periapical. A segunda incidência é oclusal, porém utilizando filme periapical.
Na incidência oclusal, como o osso da mandíbula é denso, dobra-se
o tempo de exposição.
MÉTODO DE DONOVAN (1952)
Serve para Mandíbula, exclusivamente 3° molares inferiores no sentido mésio-distal.
Também utiliza-se o filme periapical, fazendo uma rampa com o filme, apoiado entre pré-molares. 
Dobra-se o tempo de exposição.
A incidência dos raios x é projetada no ângulo da mandíbula.
MÉTODO DE PARMA (1936)
Serve só para mandíbula, para terceiros molares inferiores no sentido mésio distal. 
Quando o ápice da raiz sai cortado na radiografia, é só girar o filme.
MODIFICAÇÃO DE LE MASTER
Usada para evitar sobreposição do processo zigomático da maxila na região de molares superiores. Geralmente sobrepõe as raízes. 
Técnica: utiliza-se uma bolinha de algodão presa no filme (por fita durex), e coloca o filme na região a ser radiografada 
de maneira que a bolinha fique entre o dente e o filme. 
TÉCNICAS CONJUGADAS
Conjugar diferentes técnicas radiográficas para localizar um objeto/corpo estranho, dente, etc. Proporciona dimensão espacial (3D)
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
� EMBED Photoshop.Image.7 \s ���
_1367236650.unknown
_1367236873.psd
_1367236872.psd
_1367236600.psd
_1367236605.psd
_1367236065.psd

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando