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* Staphylococcus Prof.ª Dr.ª Ângela de Oliveira Professor Associado 2015 * Gênero Staphylococcus Morfologia Manual de Bergeys- parte 14: Gram positive cocci Cocos com 1 µm de diâmetro que tendem a formar arranjos semelhantes a cachos de uva Cocos patogênicos são menores e saprófitas maiores Staphyle palavra grega designa cachos de uva Kokkos- grão Imóveis Não formam esporos Cápsula vários tipos : algumas de polissacarídeos Cocos isolados aos pares e em tétrades ou pequenos grupos. A divisão celular ocorre em vários planos Taxa de G+C de DNA = 30 a 39 moles % Característica tintorial: Gram positivos * * Estafilococos - fissão binária * Staphylococcus * Staphylococcus * * * * * Staphylococcus * Doenças que são causadas pelo estafilococos: Espinhas, pústulas, furúnculos, hordéolo, blefarite ( inflamação das pálpebras), dermatite, osteomielite, septicemias, endocardites, cistites, peritonites, intoxicação alimentar, etc. Estafilococos estão presentes na pele e nas mucosas, alguns podem atuar causando infecções piogênicas, podendo ser isolados de produtos animais como: carne, leite, queijo, etc. Outros isolados do solo, água , ar etc. Algumas espécies são patógenos oportunistas do homem e de animais. * Cão com processo infeccioso causado por S. aureus * Hordéolo * Endocardite * Staphylococcus * Outras características Aeróbios e anaeróbios facultativos, algumas são anaeróbias como S. saccharolyticus e S. aureus subsp. anaerobicus. Catalase positiva Oxidase negativa Maioria das amostras crescem na presença de 10% de NaCl Temperatura entre 18 a 40ºC, ótima é de 37ºC pH = 4,2 e 9,3, sendo pH ótimo : 7,0 a 7,5 Carboidratos e aminoácidos são utilizados como fonte de carbono e energia. Maioria dos carboidratos podem ser utilizados aerobicamente com a produção de ácidos , mas não formam gás * ENZIMAS 1.Coagulase- S. aureus pode produzir esta enzima , coagulase livre que reage com um fator globulina plasmático ( fator de reação à coagulase ou CRF)- forma um fator semelhante a trombina. Este fator catalisa a conversão de fibrinogênio em fibrina insolúvel. Coagulase ligada a parede estafilocócica que pode converter diretamente fibrinogênio em fibrina insolúvel, e causar agrupamento dos estafilococos (rápida aglutinação). 2. Hialuronidase- enzima capaz de despolimerizar o ácido hialurônico existente nos espaços intersticiais e age como fator de difusão 3.Estafiloquinase-dissolve coágulos de fibrina. Ativa plasminogênio gerando plasmina. 4. Lípases- Todos os S. aureus e mais de 30% dos coagulases negativos produzem várias diferentes lipases . Elas hidrolisam lipídios , é essencial para a sobrevivência dos estafilococos nas regiões sebáceas 5. Penicilinase- resistência dos estafilococos a penicilina * TOXINAS Alfa toxina- alfa hemolisina- ação hemolítica sobre hemácias de coelho. Provoca contração da musculatura lisa de vasos. È uma proteína capaz de lisar eritrócitos e plaquetas. Beta hemolisina- é chamada de esfingomielinase C, é uma proteína termolábil tóxica para várias células: hemácias , leucócitos e macrófagos. A toxina beta e alfa parecem ser responsáveis pela destruição tecidual e formação de abscesso. A toxina delta possui um amplo espectro de atividade citolítica , existe crença que ela rompe membranas celulares por uma ação tipo detergente Toxina Gama -lisa várias espécies de hemácias, inclusive a do homem, de carneiros e dos coelhos. Modo de ação não é conhecido. Leucocidina de Panton e Valentine- não hemolítica, para agir requer íons Ca. Ela permite que os microrganismos resistam a fagocitose e subsequente morte celular. * Enterotoxina: causa casos agudos de intoxicação alimentar. Resistente a tripsina, e não é facilmente inativada pelo calor. È uma proteína básica. As enterotoxinas são resistentes à hidrólise pelas enzimas gástricas e jejunais e são estáveis ao aquecimento a 100ºC por 30 minutos. Elas estimulam a peristalse intestinal e possuem um efeito no sistema nervoso central, manifestando o vômito intenso associado à doença gastrointestinal. Existem 5 enterotoxinas estafilocócicas sorologicamente distintas (A a E). Toxina -1 da síndrome do choque tóxico (TSST-1) : doença caracterizada por febre , hipotensão, exantema seguido por descamação e acomete múltiplos sistemas orgânicos Toxina esfoliativa: (SSSS) causa a síndrome da pele escaldada em neonatos, com a disseminação de bolhas por todo o corpo e a perda da epiderme. Inicia-se com eritema perioral localizado e se difunde e recobre todo o corpo em 2 dias e sob discreta pressão a pele se desloca (sinal de Nikolisky). Depois forma-se grande bolhas cutâneas seguidas por descamação do epitélio. Não se conhece o mecanismo de ação da toxina. A recuperação em 7 a 10 dias. * Síndrome da pele escaldada * * Agar sangue, catalase e sensibilidade a furazolidona * * Estafilococos – intoxicação alimentar * ESTRUTURA ANTIGÊNICA 1. Peptideoglicano, um polímero de Polissacarídeo , que constitui a estrutura rígida da parede celular. 2. Ácidos teicóicos que são polímeros de glicerol ou ribitol fosfato, ligados ao peptideoglicano 3. Proteína A- um componente da parede celular que se liga as moléculas de IgG. Proteína básica destruída pela tripsina de PM= 13000 4. Cápsula – inibem a fagocitose pelos leucócitos. Presente em certas cepas mucóides, de natureza polissacarídica. Constituída de 70% de carboidratos. * Espécies S. aureus- causa mastites em bovinos, caprinos e ovinos, cães e gatos- processos supurativos, aves- artrite e septicemia S. intermedius- bovinos – mastites, cães cistite, endometrite, cistite S. hyicus- suínos- epidermite exsudativa( eczema úmido – excessiva secreção sebácea, e exsudação na superfície. E pode ocorrer artrite. Em bovinos –mastite S. epidermidis- infecções do trato urinário, bovinos- leite, cães- infecções, em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. S. saprophyticus- infecções no trato urinário de mulheres jovens S. aureus subsp. anaerobius- ovinos linfadenite S. delphini- golfinhos - lesões supurativas da pele S, schleiferi subsp. coagulans- cães- otite externa S. equorum eqüinos, S. capitis- bovinos leite, S. caprae- pele e leite de cabras * Pele normal * Pele com abscesso * California mastits test (CMT) * Ordenhadeira mecânica * Prova caneca- mastite * * Isolamento : meios de cultura Agar sangue- meio enriquecido – hemólises: alfa , beta e gama Meio de Chapman – seletivo- 7,5 % de NaCl Agar Manitol vermelho de fenol- seletivo- o S. aureus fermenta o manitol e forma ácido- área amarelada ao redor da colônia Agar Baird – Parker- as colônias de S. aureus são negras com halo claro e com anéis, no seu interior. * Colônias As colônias são lisas, convexas de bordos irregulares, opacas brilhantes e em 2 a 3 dias podem formar pigmentos S. aureus. O pigmento amarelo é composto por 2 carotenóides: caroteno e rubixanteno. A produção deste pigmento é ótima em temperatura de 20 a 24ºC, e em meio enriquecido com glicose 0,1 a 0,2%. Em caldo simples com glicose 0,1 a 0,2 % o crescimento é estimulado ocorrendo uma turvação difusa. * * * Hemólises * * Agar manitol vermelho de fenol * Agar manitol vermelho de fenol * Agar Baird - Parker * IDENTIFICAÇÃO 1.Prova da catalase- estafilococos –catalase positiva 2. Prova da coagulase- sangue ou plasma de coelho( citrato de sódio) 3. Teste do VP- Voges- Proskauer- produto da reação é a acetoína 4. Fermentação de açúcares: glicose, manitol, lactose, maltose, sacarose, manose, trealose,e frutose e xilose,etc 5. Sensibilidade a bacitracina- colocar o estafilococos sobre a placa com agar Mueller Hinton e em seguida o disco de bacitracina ( 0,04 U). Incubar e observar diâmetro do halo de inibição. Os estafilococos são resistentes crescem até a borda do disco. Micrococos são sensíveis- halos de 10 mm ou mais. 6. API Staph 7. Teste do cristal violeta- meio nutriente + cristal violeta(1:100000) semear estafilococos. Colônias amarelas- procedência bovina, as de cor violeta: origem humana e as de cor branca origem de cães. * * Api Staph * Teste de coagulase * Fermentação açúcar * * Animal de laboratório: coelho- IV 0,1 a 0,2 de uma cultura de estafilococos- 4 a 8 dias septicemia mortal Com focos de supuração e necrose nos órgãos internos (rins). Penicilinase enzima que catalisa a hidrólise do anel Beta lactâmico da molécula da penicilina – destruindo sua capacidade bactericida. Ela é de origem plasmídica. Plasmídio- pequeno fragmento extracromossômico de DNA, multiplica-se autonomamente, mantém na célula por muitas gerações. È constituído de 50 a 100 genes, é menor do que o DNA da célula. Os plasmídios dos estafilococos são transmitidos por um fago transdutor. * * Plasmídio * Bacteriófago * * Fórmula da penicilina * Sensibilidade antibiótica Penicilina, cloranfenicol, tetraciclina, eritromicina, neomicina, oxacilina etc. * F I M
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