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O que é Cultura?
Reinaldo Dias
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	O que é cultura?
	Todas as pessoas têm cultura?/Existem pessoas sem cultura?
	Quais são as origens da cultura?
	Que exemplo poderíamos dar de etnocentrismo?
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	Cultura
 	Sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma sociedade (Dicionário de Sociologia Globo).
	Conceitos de Cultura
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	Cultura
 Conjunto acumulado de símbolos, ideias e produtos materiais associados a um sistema social, seja ele uma sociedade ou uma família (Dicionário de Sociologia de Allan Johnson).
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	Cultura
 “É aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (Edward Tylor).
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	“A cultura consiste no conjunto integral dos instrumentos e bens de consumo, nos códigos constitucionais dos vários grupos da sociedade, nas ideias e artes, nas crenças e costumes humanos” (Malinowsky).
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É transmitida pela herança social;
Compreende a totalidade das criações humanas;
É uma característica exclusiva das sociedades humanas.
Três aspectos centrais da cultura
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	Aquilo que os seres humanos têm em comum é a sua capacidade para se diferenciar uns dos outros, para elaborar costumes, línguas, modos de conhecimento, instituições, jogos profundamente diversos; pois se há algo natural nessa espécie particular que é a espécie humana, é a sua aptidão para a variação cultural (François Laplantine).
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isso, discriminamos o comportamento desviante. Até recentemente, por exemplo, o homossexual corria o risco de agressões físicas quando era identificado numa via pública e ainda é objeto de termos depreciativos.
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	Tal fato representa um tipo de comportamento padronizado por um sistema cultural. Esta atitude varia em outras culturas. Entre algumas tribos das planícies norte-americanas, o homossexual era visto como um ser dotado de propriedades mágicas, capaz de servir de mediador entre o mundo social e o sobrenatural, e, portanto, respeitado.
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura.
	Graças ao que foi dito acima, podemos entender o fato de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, etc.
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	Mesmo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana podem refletir diferenças de cultura. Tomemos, por exemplo, o riso. Rir é uma propriedade do homem e dos primatas superiores. O riso se expressa, primariamente, através da contração de determinados músculos da face e da emissão de um determinado tipo de som vocal. O riso exprime quase sempre um estado de alegria. Todos os homens riem, mas o fazem de maneiras diferentes e por motivos diversos.
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	A primeira vez que vimos um índio Kaapor rir foi um motivo de susto. A emissão sonora, profundamente alta, assemelhava-se a imaginários gritos de guerra e a expressão facial em nada se assemelhava com aquilo que estávamos acostumados a ver. Tal fato se explica porque cada cultura tem um determinado padrão para este fim. 
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	Os alunos de uma sala de aula no Brasil, por exemplo, estão convencidos de que cada um deles tem um modo particular de rir, mas um observador estranho a nossa cultura comentará que todos eles riem de uma mesma forma.
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	Na verdade, as diferenças percebidas pelos estudantes, e não pelo observador de fora, são as variações de um mesmo padrão cultural. Por isto é que acreditamos que todos os japoneses riem de uma mesma maneira. Temos a certeza de que os japoneses também estão convencidos que o riso varia de indivíduo para indivíduo dentro do Japão e que todos os ocidentais riem de modo igual.
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	Pessoas de culturas diferentes riem de coisas diversas. Os japoneses, por exemplo, riem muitas vezes por questão de etiqueta, mesmo em momentos evidentemente desagradáveis. Enfim, poderíamos continuar indefinidamente mostrando que o riso é totalmente condicionado pelos padrões culturais, apesar de toda a sua fisiologia.	
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	Resumindo, todos os homens são dotados do mesmo equipamento anatômico, mas a utilização do mesmo, ao invés de ser determinada geneticamente, depende de um aprendizado e este consiste na cópia de padrões que fazem parte da herança cultural do grupo.
	
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	O fato de que um homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada de etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
	
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão.
	
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	A dicotomia “nós e os outros” expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade, a divisão ocorre sob a forma de parentes e não-parentes. Os primeiros são os melhores por definição e recebem um tratamento diferenciado.
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A cultura condiciona a visão de mundo do homem?
	A projeção desta dicotomia para o plano extragrupal resulta nas manifestações nacionalistas ou formas mais extremadas de xenofobia. O ponto de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos estranheza, em relação aos estrangeiros (LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico).
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O que é etnocentrismo?
	Etnocentrismo
 é uma visão do mundo em que o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como uma dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.
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	Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno no qual se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano – pensamento e sentimento - vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigado na história das sociedades como também facilmente encontrável no dia-a-dia das nossas vidas.
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	Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica temos a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um grupo do “eu”, o “nosso” grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses (ou no mesmo Deus), casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma e procede, por muitas maneiras, semelhantemente.
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	Aí, de repente, nos deparamos com um “outro”, o grupo do “diferente” que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, esse “outro” também sobrevive à sua maneira, está no mundo e, ainda que diferente, também existe.
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	Este choque gerador do etnocentrismo nasce na constatação das diferenças.A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural.
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	O monólogo etnocêntrico pode, pois, seguir um caminho lógico mais ou menos assim: Como aquele mundo de doidos pode funcionar? Como é que eles fazem? Curiosidade perplexa. Eles só podem estar errados ou tudo o que eu sei está errado! Dúvida ameaçadora?! Não, a vida deles não presta, é selvagem, bárbara, primitiva.
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	O grupo do “eu” faz, então de sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro” fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível.
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	Este processo resulta num considerável reforço da identidade do “nosso” grupo. No limite, algumas sociedades chamam-se por nomes que querem dizer “perfeitos”, “excelentes” ou, muito simplesmente, “ser humano” e, ao “outro”, ao estrangeiro, chamam, por vezes, de “macacos da terra” ou “ovos de piolhos”.
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	De qualquer forma, a sociedade do “eu” é a melhor, a superior. É representada como o espaço da cultura e da civilização por excelência. É onde existe o saber, o trabalho, o progresso. A sociedade do “outro” é atrasada. É o espaço da natureza. São os selvagens, os bárbaros. São qualquer coisa menos humanos, pois estes somos nós (ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo?).
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