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HOMEM E SOCIEDADE ... RESUMO DIGITAL

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07/04/2022 16:40 Notas - Evernote
https://www.evernote.com/client/web?login=true#?an=true&n=61501e68-5bec-3988-d8b6-6fd6905eb41c& 1/17
Integração e o aproveitamento de saberes/tradições e experiências
Mostra o quanto somos produto de nosso meio, mas não determinados por ele
Ciências humanas, importância do meio social como modelador das capacidades inatas
1 SER HUMANO, CULTURA E SOCIEDADE
A disciplina Homem e Sociedade baseia-se na antropologia, para as ciências sociais, somos “animais 
culturais”, capazes de produzir conhecimento, mas dependentes do aprendizado social
O ser humano surpreende por suas capacidades de inteligência /organização social / adaptação em 
diferentes ambientes naturais.
Armas sociais imbatíveis: a comunicação, cooperação, capacidade de estabelecer regras de convívio 
coletivo etc.
Antropologicamente, a cultura foi definida pela primeira vez no século XIX (1871), por Edward Tylor, 
como “um conjunto complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os costumes 
e todas as outras capacidades/ hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”.
- Tylor, caracteriza a cultura é o resultado de processos de aprendizagem.
É o processo do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade,
- socialização primária (familia) e socialização secundária(escola, trabalho, demais instituições)
Inato (de nossa natureza) e o que é adquirido a partir da experiência social.
Potencialidades inatas: linguagem, inteligência, postura bípede etc.
mais conhecidos são as irmãs Amala e Kamala, encontradas na Índia em 1920. Ambas se alimentavam de 
carne crua ou podre, emitiam ruídos ao invés de utilizarem linguagem, andavam apoiadas nos quatro 
membros, usavam os cotovelos para trajetos curtos e não apresentavam sinais de afetividade.
O ser humano é um “animal cultural”
1.1 A relação entre indivíduo e sociedade 
Nosso comportamento é resultado da combinação entre a influência de nossa cultura/nossas 
capacidades inatas e a história de vida pessoal. Para a antropologia, a experiência estimulada e garantida 
pelo meio social pode ser muito mais determinante do que qualquer característica inata.
“i ” ( í i d d i ) d i id (i fl ê i d i ) f
Peter e Brigitte Berger afirmam que a socialização:
“crianças selvagens” ou “meninos-lobo” foram abandonadas em florestas/lugares isolados, sem 
qualquer contato
“Tal pai, tal filho.” – Não parece que há uma crença na herança genética como fator que determina, 
e, portanto, que nosso comportamento é inato?
“É de pequenino que se torce o pepino.” – Há uma defesa da importância do comportamento 
adquirido, e, portanto, do aprendizado.
“Diga-me com quem andas, e direi quem és.” – Novamente percebemos a importância da influência 
da sociedade e da socialização.
“A fruta nunca cai longe do pé.” – Esse exemplo retoma a defesa das características inatas.
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“inato” (característica que nos pertence desde o nascimento) versus o adquirido (influência do meio) faz 
parte de muitos campos profissionais?
Necessário coloque ao alcance materiais que permita exerce criatividade de maneira revolucionária
Para as ciências da sociedade, a herança genética dos indivíduos não é garantia para determinar seu 
desenvolvimento ao longo da vida
1.2 A questão da influência da natureza sobre a cultura
Uma grande polêmica na ciência, que gira em torno da afirmação que elementos naturais podem 
influenciar, mas nunca são os únicos fatores a determinar o comportamento de um povo.
A antropologia preocupa-se em demonstrar a importância da cultura e minimizar coisas como nossas 
características físicas ou o clima/a geografia do lugar em que nascemos.
“inato” (característica que nos pertence desde o nascimento) versus o adquirido (influência do meio) 
Debate sobre a relação natureza versus cultura:
Os brasileiros herdaram a preguiça dos negros, a imprevidência dos índios e a luxúria dos portugueses.
Não existem determinismos, a cultura não é uma mera herança natural e a espécie humana é mais 
complexa do que a combinação entre genes e clima.
Antropologia procura demonstrar que a vida social permite uma grande riqueza de 
interpretações/abordagens sobre o comportamento humano
A cultura é um processo e não resultado de um único fator.
Indivíduo” e “sociedade” aspectos inseparáveis
2 O SURGIMENTO DA CULTURA
qualidade inata (que nos pertence desde o nascimento) certos comportamentos, como preferir alguns 
tipos de roupas ou alimentos, e ainda se comunicar por meio desta ou daquela língua.
nosso comportamento é fruto de um processo histórico no qual a biologia e a cultura modelaram nossos 
ancestrais
2.1 A teoria da evolução
 Charles Darwin, XIX, (biólogo), afirmou que todas as espécies vivas resultam de uma evolução ao longo 
do tempo
Roque de barros Laraia: 
Roque de Barros Laraia:
Os esquimós vivem em um clima de extremo frio, mas constroem casas com blocos de gelo, os 
famosos iglus
Lapões, conhecidos como “sami”, ocupavam territórios que hoje correspondem à Noruega, Suécia, 
Finlândia e Rússia, eles viviam até o inicio do sec. XX em tendas feitas de pele de rena.
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do tempo
esse processo de mudanças orgânicas ocorre por necessidade de adaptação ao meio
A seleção natural significa que sobrevivem por mais tempo os indivíduos mais aptos a sobreviver. são 
mais aptos, por estarem mais adaptados, eles têm mais chances de reproduzir e deixar essa carga 
genética para a próxima geração
mudanças, estando sujeitas, segundo Darwin, a dois destinos: a) podem se adaptar e, ao longo de muitas 
gerações, apresentarem mudanças visíveis; b) não conseguirem se adaptar, entrando em extinção.
s espécies que conseguem se adaptar: possuem alguns indivíduos de seu grupo dotados de 
características tais que o permitem sobreviver e gerar uma prole (conjunto de filhos) que dá continuidade 
a essas características.
CANTARINO, C. Natureza, cultura e comportamento humano. In: LABJOR. Comciência.
2.2 O aparecimento do Homo Sapiens – uma espécie que trabalha
O homem descende do macaco. Essa foi a afirmação polêmica de Darwin na segunda metade do século 
XIX e que dividiu opiniões na sociedade moderna.
A ciência não reconhece como possível a existência de seres superiores que tenham dado origem à vida, 
e muito menos entende que o ser humano é uma espécie “privilegiada” ou “superior”, seja pela 
capacidade de raciocínio, seja pela capacidade de criar crenças. 
para os evolucionistas: todas especies vivas surgiram das transformações de outra ja existentes, os 
primeiros humanos eram cientificamentes hominídeos
O aumento da caixa craniana que nos dotou de um volume cerebral muitas vezes maior que o de um 
macaco. A postura ereta, que possibilita utilizarmos apenas os membros inferiores para nos locomover. E 
o surgimento do polegar opositor, que possibilita à nossa espécie a capacidade do chamado “movimento 
de pinça”. (mudanças biológicas e ao surgimento da cultura que nos diferenciam dos símios.)
características biológicas: forma, funcionamento e estrutura do corpo
características culturais: comportamentos que não é baseado em instintos, mas nas regras 
comportamentos grupos (cor branca simboliza a paz ...)
Origem humana: segundo pesquisas arqueológicas, os primeiros humanos ocorreu no continente 
africano entre 200 e 100 mil anos atrás.
Adaptação da espécie: sua migração para fora da Africa entre 65 e 50 mil anos atrás, povoando 
continentes
período Neolítico (Idade da pedra polida) houve uma revolução.
A “revolução neolítica” foi um período marcante em nossa evolução, durante o qual o ser humano 
desenvolveu técnicas determinantes para a história de nossa espécie:
• a agricultura;
• a domesticação de animais.
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HOMEM PRÉ-HISTÓRICO: Vivendo entre as Feras. Direção: Pierre De Lespinois. Produção: Discovery 
Channel. Estados Unidos: 2002. (100 min.) 1 DVD.
agricultura e a domesticação de animais significaram a garantia de alimentação dos grupos humanos, 
independentemente do sucesso na caça e na coleta. Isso permitiu à nossa espécie se fixar por períodos 
prolongados em determinados lugares, formando aldeias o que colaborou para o crescimento 
demográfico.
É nesse momento que o ser humano começa a trabalhar, e não mais viver da caça/coleta que o tornava 
dependente dos recursos nos territórios habitados.
sobrevivência depende de um padrão estabelecido em nossa evolução, que se baseia em:
• divisão de tarefas;
• cooperação com o grupo;
• especialização.
Trabalhar dessa forma permite produzir mais do que o necessário para a sobrevivência, pois pode 
estabelecer troca com outras comunidades humanas. Surge, então, a produção de excedentes.
Humanidade é uma soma de características que unem habilidades físicas, comportamento coletivo, 
valores e ética de mundo, e, enfim, a história de uma espécie.
ma dica interessante é o jornal “Ciência Hoje”. Trata-se de um jornal de ciência, tecnologia e 
empreendedorismo, que divulga páginas dedicadas à arqueologia e antropologia. Veja por exemplo, o 
noticiário disponível no endereço: 
http://www.cienciahoje.pt/58.
2.3 A cultura do homem – uma espécie que troca e se organiza
Troca simbólica: quando presentiamos alguém, estamos fazendo uma troca simbólica ex: cumprimentos, 
pedidos de oração, favores, cosideração, carinho
Evolução pela troca: fato de ser coletividade, um ajuntamento sem grande organização e carente de laços 
o torne definitivo
As primeiras “coisas” trocadas pela humanidade:
Ao proibir o incesto, os bandos eram obrigados a abrir mão de suas fêmeas,Assim, eram obrigados a 
http://www.cienciahoje.pt/58
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“trocar mulheres” com outros bandos. Sim, segundo a Antropologia, as mulheres foram as primeiras 
“coisas” trocadas pela humanidade, muito antes de qualquer mercadoria. Questão de sobrevivência, 
pois sem sua presença não haveria descendentes.
Elas passam a ser o que há de maior valor para a sociedade
A ideia de troca traz consigo a ideia de reciprocidade, devolver, de alguma forma, o que foi recebido
A noção de valor não é um dado objetivo: é cultural, histórico, subjetiva, contextual
o parentesco – um grupo social solidário que garante aos seus membros não quebrar o “contrato” de 
reciprocidade por qualquer desavença ou desacordo
Dinheiro, mercado, capitalismo dependem de fundamentos da lógica humana
As trocas podem finalizar em: 
1 – reciprocidade equivalente (ou simétrica, ou igual) – quando o que é trocado entre as pessoas possui 
igual valor; 
2 – reciprocidade não equivalente (ou assimétrica, ou desigual) – quando uma das partes não recebe o 
equivalente à sua dádiva, ao que foi dado.
• A cultura é um conjunto complexo que organiza e dá sentido à vida social. 
• Mas mesmo pertencendo a um grupo, nossa individualidade tem seu espaço. 
• Em cada esfera da vida social – família, trabalho, lazer, religião – podemos manifestar nossas 
características pessoais e nos realizar individualmente.
Hordas – os corredores de supermercado, num sábado à tarde, são um bom 
exemplo de horda. Grupamento de pessoas que não têm vínculo entre si, não 
se relacionam, nem desempenham papéis interativos.
Bandos – aglomerados de pessoas que têm alguma interação e papéis 
complementares, há regras rígidas e não se permite alteração. O Congresso 
Nacional e os torcedores em um estádio de futebol são exemplos.
Grupos – certamente, sua equipe de trabalho é um exemplo perfeito de grupo. 
Uma união de pessoas, onde há troca de papéis e objetivos comuns, alem de 
dinâmica flexível. Na atualidade, a palavra grupo tem sido substituída por 
equipe ou time ou team, entretanto, entendo que a definição é a mesma
comunidade virtual é formada a partir de afinidades de interesses, de conhecimentos, de projetos 
mútuos e valores de troca, estabelecidos num processo de cooperação
Tudo na cultura funciona assim. Tem que haver uma coerência, e os elementos não são totalmente 
autônomos e desconectados uns dos outros.
Sugestão de leitura:
GUERRIERO, S. As origens do antropos. In: Antropos e psique: o outro e sua subjetividade. São Paulo: 
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GU O, S. s o ge s do a t opos. : t opos e ps que: o out o e sua subjet dade. São aulo:
Olho d´Água, 2005.
Sugestão de sites para leituras complementares:
Tema – A evolução humana
WIKIPEDIA. Evolução Humana. Disponível 
em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_humana
VITÓRIA, P. Evolução humana. 18 slides. 2008. In: SCRIBD INC. Disponível 
em: http://www.scribd.com/doc/6454529/Evolucao-Humana
Tema – A primeira brasileira (Luzia)
SOARES FILHO, N. DNA do Homem de Lagoa Santa já foi extraído dos ossos. LAGOA SANTA. Disponível 
em: http://www.lagoasanta.com.br/homem/index.htm.
TEICH, D. H. A primeira brasileira. Disponível em: http://veja.abril.com.br/250899/p_080.html.
Tema – A história do Paleolítico ao Neolítico
GUIA, L. Do Paleolítico ao Neolítico. In: NOTA POSITIVA. Disponível 
em: http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/historia/dopaleoaoneol.htm.
 
Segundo o antropólogo Claude Lévi-Strauss, que tipo de tabu permitiu que as sociedades começassem a 
interagir por meio do tabu do incesto.
3 O SENSO COMUM E A CIÊNCIA ANTROPOLÓGICA EXPLICAM A CULTURA
Cultura é o conceito central da ciência antropológica, em que há um significado que enfatiza outros 
aspectos bem diferentes desse cotidiano e possibilita um tipo de visão sobre o ser humano e suas 
relações bem diferente do uso comum.
3.1 A cultura explicada pelo senso comum
palavra cultura é utilizada em nosso dia a dia com significados diferentes. Por causa desse uso definimos 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_humana
http://www.scribd.com/doc/6454529/Evolucao-Humana
http://www.lagoasanta.com.br/homem/index.htm
http://veja.abril.com.br/250899/p_080.html
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/historia/dopaleoaoneol.htm
07/04/2022 16:40 Notas - Evernote
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p g
e julgamos pessoas e povos, situações vividas e criamos heróis admirados e respeitados.
Senso comum: capacidade das pessoas de aplicarem palavras/ conceitos para explicar algo que viveram, 
sem recorrer a livros, instrução/reflexão
“ter cultura” significa ter estudado muito e dominar uma grande variedade de temas e áreas do 
conhecimento letrado.
“Que povo sem cultura!” Quando utilizam esse tipo de julgamento, as pessoas querem dizer, na verdade: 
“Que povo sem a minha cultura!”
INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO FRANCESA:
Essa definição de cultura, que pode ser encontrada no senso comum, recebeu muita influência da 
tradição francesa do século XVIII, quando o conceito de cultura passou a ser associado à “civilização” e às 
“letras”. Para os pensadores franceses daquela época era correto pensar que algumas pessoas ou povos 
tinham “civilização” e, portanto, cultura. 
Cultura submetida pela elite Cultura definida pelo senso comum
CULTURA SUBMETIDA PELA ELITE:
A ideia de cultura estava para eles associada aos hábitos de sua própria elite; e algumas pessoas ou 
povos não tinham civilização, pois careciam das influências de comportamento e pensamento da 
intelectualidade francesa e nesse caso, deveriam ser educados e submetidos à boa “educação / 
civilização”. 
Cultura definida pelo senso comum
DEFINIDA PELO SENSO COMUM:
Tanto o senso comum de hoje quanto essa herança francesa veem a cultura como algo que deve ser 
adquirido, por meio, por exemplo, de boas condições financeiras. Você vai perceberem um conteúdo 
mais adiante, que essa noção do senso comum para definir o que é cultura, tem muita relação com o que 
hoje é classificado como “cultura erudita”. Mas isso será mais bem explicado depois. Por enquanto é 
importante que você entenda que de acordo com o senso comum, a cultura diferencia as pessoas: as que 
a têm, daquelas que não a têm.
3.2 O conceito antropológico de cultura
O radical latino “anthropos” significa Homem, e “logia” significa estudo. Surgiu no século XIX, 
empenhada em aprofundar o conhecimento científico sobre as “sociedades primitivas” (como eram 
chamadas as tribos e os povos não europeus – os nativos das Américas, Austrália e África). explicar 
diferença comportamentos entre povos/povos EU ,a Antropologia acabou se concentrando no conceito 
de cultura. estuda qualquer ambiente social
primeira conceituação de cultura na Antropologia, feita por Edward Tylor, no final do século XIX. 
Retomando vimos que esse autor definiu cultura como “um conjunto complexo que inclui os
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Retomando, vimos que esse autor definiu cultura como um conjunto complexo que inclui os 
conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos 
adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”.
a Antropologia não chega a uma definição única para esse fenômeno? Porque a cultura, como um 
fenômeno humano complexo, permite ao cientista abordar suas manifestações a partir de diferentes 
ângulos. Assim, os autores que dão maior importância aos atos práticos das culturas, como o trabalho e a 
tecnologia, definem cultura de um jeito. Já para os autores que apontam que o importante mesmo, nas 
culturas humanas, é revelar a capacidade de nossa espécie em interpretar e comunicar suas experiências 
por meio dos símbolos, a definição de cultura é outra.
Franz Boas (1930) – “A cultura inclui todas as manifestações dos 
hábitos sociais de uma comunidade, as reações do indivíduo na 
medida em que são afetadas pelos costumes do grupo em que vive, e 
os produtos das atividades humanas na medida em que são 
determinados por tais costumes”.
B. Malinoswki (1931) – “Esta herança social é o conceito central da 
antropologia cultural (...). Normalmente é chamada de cultura na 
moderna antropologia e nas ciências sociais. (...) A cultura inclui os 
artefatos, bens, procedimentos técnicos, ideias, hábitos e valores 
herdados. Não se pode compreender verdadeiramente a organização 
social senão como uma parte da cultura”.
W.H. Goodenough (1957) – “A cultura de uma sociedade consiste
em tudo aquilo que se conhece ou acredita para influenciar de uma 
maneira aceitável os seus membros. A cultura não é um fenômeno 
material: não consiste em coisas, pessoas, condutas ou emoções, 
mas em uma organização de tudo isso. É a forma das coisas que as 
pessoas têm em sua mente, seus modelos de percebê-las, de 
relacioná-las ou de interpretá-las.”
Clifford Geertz (1966) – “Se compreende melhor a cultura não como 
complexos de esquemas concretos de conduta – costumes, usos, 
tradições, conjuntos de hábitos – mas sim como planos, receitas, 
fórmulas, regras, instruções (o que os engenheiros de computação 
chamam de ʻprogramasʼ) e que governam a conduta”.
Clifford Geertz (1973) – “Cultura é um sistema simbólico, 
característica fundamental e comum da humanidade de atribuir, de 
forma sistemática, racional e estruturada, significados e sentidos às 
coisas do mundo”.
M. Harris (1981) – “A cultura se refere a um corpo de tradições 
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sociais adquiridas que aparecem de forma rudimentar entre os 
mamíferos, especialmente entre os primatas. Quando os 
antropólogos falam de uma cultura humana, normalmente se 
referem ao estilo de vida total, socialmente adquirido, de um grupo 
de pessoas, que inclui os modos pautados e recorrentes de pensar, 
sentir e atuar”.
Anthony Giddens (1989) – “Cultura se refere aos valores que 
compartilham os membros de um grupo, às normas que 
estabelecem e aos bens materiais que produzem. Os valores são 
ideais abstratos, enquanto que as normas são princípios definidos 
ou regras que as pessoas devem cumprir”.
as realizações materiais podemos citar todo o universo de coisas fabricadas pelo ser humano, de arados 
até ônibus espaciais. Entre as imateriais estão nossas crenças, conhecimento, arte, ideias e todos os 
sentimentos.
SILVA, V. G. da. Antropologia. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html. In: USP – FFLCH. 
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas. Acesso em: 19 abr. 2011.
CARNEIRO, P. N. Uma antropologia da cultura I: a antropologia. Disponível 
em: http://www.webartigos.com/articles/13428/1/Uma-Antropologia-da-Cultura-I-A-
Antropologia/pagina1.html#ixzz1Jo18d654. In: WEBARTIGOS. Acesso em: 19 abr. 2011
 
 
 
O homem como produtor do mundo material
dão maior importância às nossas realizações materiais procuram ressaltar a nossa capacidade 
adaptativa, mostrando a cultura como sendo uma forma de solução da sobrevivência, em que grupo 
social, recursos e meio ambiente se combinam para determinar os hábitos de um povo.
O homem como produtor do mundo imaterial
São as capacidades de criar, planejar, prever, avaliar, imaginar, atribuir significado e modificar a natureza 
não apenas por necessidade de sobrevivência, mas por necessidade de se sentir bem. A isso chamamos 
de capacidade de simbolização.
Respostas às necessidades práticas, ou respostas às necessidades intelectivas, a cultura é sempre uma 
forma de estarmos no mundo. nos orienta em cada situação da vida social, como um modelo que 
recebemos e sobre o qual passamos a vida operando pequenas modificações.
http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html
http://www.webartigos.com/articles/13428/1/Uma-Antropologia-da-Cultura-I-A-Antropologia/pagina1.html#ixzz1Jo18d654
07/04/2022 16:40 Notas - Evernote
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SCHILLING, V. Antropologia, ciência recente. In: TERRA. Cultura e pensamento. Disponível em: http://
educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2002/06/07/001.htm. Acesso em: 19 abr. 2011.
Por que é incorreto afirmar que há culturas evoluídas e culturas atrasadas? teríamos que escolher 
entre todas as culturas humanas, uma única que fosse tomada como medida e parâmetro para julgarmos 
todas as outras. E, cientificamente, isso não é possível.
Ao fazer julgamentos sobre uma cultura, o senso comum não esclarece quais foram os critérios morais ou 
da ordem da razão e que orientaram as conclusões.
Evolucionismo social ou darwinismo social
surge em função do impacto da teoria da evolução de Charles Darwin para explicar a transformação da 
vida em nosso planeta ao longo do tempo. Fundada em conceitos da biologia, essa teoria adquiriu tanta 
importância que passou a ser um paradigma, ou / influenciou todo o pensamento da época.
Lewis Henry Morgan e o filósofo, também inglês, Herbert Spencer
explicar a diversidade cultural. Assim, da mesma forma como os seres vivos evoluem, também as 
sociedades passariam por estágios evolutivos.
darwinismo social predominou durante o século XIX e início do XX, sendo a raiz do racismo científico e 
dos estudos de evolução cultural.
Ao defender que os europeus eram superiores, pois dominavam a ciência e a indústria, e nenhum outro 
povo no mundo havia atingido esse patamar, acabaram abrindo brechas para interpretações de todo 
tipo. Até chegarmos ao nazismo.
conceito de cultura é complexo e polissêmico. Em perspectiva antropológica, pode ser definida como a 
rede de significados que dá sentido ao contexto que envolve os sujeitos como membros de uma 
sociedade. rede é composta de diversos conteúdos sociais simbólicos: os costumes, as crenças, os 
valores, osmitos e os ritos sociais
Diversidade cultural: Cada povo possui uma cultura. Cada cultura possui um conjunto diferente de 
valores
o do senso comum: podemos notar que cultura é utilizada para distinguir numa sociedade aqueles que 
receberam uma educação mais refinada, e, portanto, podemos discriminar pessoas ao dizer que “não 
têm cultura”. 
 e o da ciência antropológica: para a antropologia, cultura é um conceito que define nossa imensa 
capacidade de criar diferentes soluções para a vida humana.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2002/06/07/001.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2002/06/07/001.htm
07/04/2022 16:40 Notas - Evernote
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Atualmente a antropologia propõe que as diferenças culturais devem ser entendidas como um processo.. 
capacidade de criação
4 A COMUNICAÇÃO HUMANA É SIMBÓLICA
Para expressar a cultura dependemos da utilização dos símbolos linguagem conceitos valores ideias 
crenças baseada em símbolos
O SÍMBOLO ATO DE SIMBOLIZAR E A CULTURA
Aquilo que por princípio de analogia formal, substitui ou sugeri algo
Possui valor e vocativo mágico ou místico que procura convecção representa o substituir outra coisa
Bondade, justiça e beleza só resultado da criação das culturas humanas e na natureza então só valores 
que expressam por meio de símbolos
Os símbolo representou coisas, ideias e pessoas que não estão presentes
Exemplos de símbolos: placa de trânsito ,placa de proibido fumar
O símbolo facilita e agiliza a comunicação transmitir ideias complexas e sentimentos a mãe da gi atribuiu 
de forma sistemática racional e estruturada significados e sentidos das coisas do mundo portanto toda a 
comunicação é símbolo segundo Geertz
Simbolização ato ou efeito de simbolizar processo de procura expressar por meio de um sistema 
simbólico
Na comunicação verbal precisamos de palavras, a nossa língua, que todos esses sons de organismo meio 
de sitaxe regras de comunicação
Na comunicação não-verbal não todo mundo inverso de símbolos que não depende das palavras como 
são sem palavras os gestos e as cores
O que é repertório simbólico??
Conjunto de símbolos significado que atribuímos as coisas
Liderança na cultura japonesa alguém que não precisa necessariamente ter atributos de simpatia ou 
incentivo para receber de seus liderados tratamentos e confiança admiração ou qualquer outra reação
É naturalmente parado como aquele que deve ser respeitado e servir de modelo em referência à todos os 
seus subordinados
Entre um líder precisa de monstro merecimento do lugar que ocupa conquista confiança dos seus 
liderados
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Toda comunicação visual que dependem das conversões sociais
Os Maoris, que habitam a Nova Zelândia, são conhecidos pelo costume milenar de utilizar a tatuagem 
facial como uma forma de comunicar seu nome e sua linhagem ancestral. são chamados de moko.
Geertz, o homem encontraria sentido nos acontecimentos através dos quais ele vive por intermédio de 
padrões culturais, que seriam amontoados e ordenados de símbolos significativos
primeira situação trata o caso de os símbolos serem “secretos”, e seu significado partilhado apenas pelos 
iniciados. 
segunda situação ocorre com os símbolos “não secretos”, principalmente os símbolos relacionados a 
ideologias políticas, movimentos coletivos ou eventos polêmicos.
capoeira:
Um misto de luta, dança e jogo, que se materializou como uma arma na busca pela liberdade. capoeira é 
uma manifestação popular que possui um importante registro histórico na corporeidade brasileira, 
representando modos de ser de nossos antepassados africanos.
Foi considerada de contravenção penal a símbolo da identidade nacional. Devido à sua origem no 
interior das senzalas, com raízes na cultura africana
Sobre os símbolos : a comunicação humana é baseada na criação, divulgação, incorporação e rotinização 
de símbolos.
sem os símbolos não haveria cultura humana.
Toda cultura pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos, à frente dos quais se 
situam a linguagem, as regras matrimoniais, as relações econômicas, a arte, a ciência, e a religião.
5 AS RELAÇÕES HUMANAS DEPENDEM DE VALORES E REGRAS
As relações sociais em qualquer cultura são mediadas por valores, normas e regras. 
O que torna possível essa educação para agir de acordo com as regras de uma sociedade é a socialização.
quando mudamos de uma cultura para outra precisamos nos adaptar às novas soluções para a vida 
pessoal e coletiva.
Valores e regras – desenvolvimento
O que nos torna humanos não é apenas a inteligência, mas o conjunto de nossas capacidades biológicas 
somado às nossas tendências de comportamento social.
Os valores são responsáveis por noções coletivas que possibilitam aos indivíduos considerar/julgar as 
atitudes dos outros como “boas” ou “ruins”, “certas” ou “erradas”, “justas” ou “injustas”, 
comportamentos desejáveis e indesejáveis.
As normas nos ajudam a diferenciar entre condutas “próprias” ou “impróprias”. As regras são conjuntos 
de normas que regulam o nosso comportamento. Aprendemos a segui-las e, sem perceber, exigimos dos 
outros que também o façam.
Valores são modelos de referência para a nossa moral, enquanto as normas garantem que nosso 
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comportamento seja adequado ao do grupo.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
 
Regra s.f. 1 aquilo que regula, dirige, rege; princípio, norma, preceito 
2 norma, fórmula que indica o modo apropriado de falar, pensar, agir 
em determinados casos (r. de gramática, de um jogo) 3 aquilo que foi 
determinado, ou se tem como obrigatório pela força da lei, dos 
costumes etc.; lei, princípio, norma (r. de conduta, de boa educação)
há duas dimensões das regras. Uma de caráter formal, que está relacionada com normas e leis. É o 
conjunto de regras como as leis de um povo, ou as regras de um tipo de jogo
Há as regras mais informais, que não estão registradas de forma escrita e que não precisam ser 
“estudadas” ou conhecidas pela escrita.
O consenso, em relação aos valores, é obtido quando a grande maioria da sociedade concorda com 
alguma atitude e lhe atribui importância.
Existem vários níveis de “vigilância:
Um é o institucional. Existem instituições para punir quem não se comporta “adequadamente”, como 
escolas, prefeituras, a polícia, as leis e a jurisdição, além do Estado.
Outro é o convívio social.
Seguir regras é um atributo humano, e tudo em nossa cultura depende delas. A linguagem falada/escrita 
é um conjunto de regras
Língua e cultura: Uma depende da outra, pois sem o desenvolvimento de uma língua, os indivíduos de 
um grupo não se comunicariam, e sem a cultura a linguagem seria limitada às necessidades de nosso 
instinto.
Se os valores são um conjunto de ideias que um grupo social considera desejável no comportamento de 
seus indivíduos, as normas são regras de conduta baseada nesses valores
5.1 As mudanças de regras e valores
 
O conjunto de valores e regras de uma cultura está em constante transformação.
Não é possível manter indefinidamente o mesmo conjunto de valores e regras, porque tudo em uma cultura se 
transforma com o tempo. Se há uma transformação de hábitos, por exemplo, no uso da tecnologia, isso terá impacto em 
outros âmbitos da vida social, assim como na família ou no trabalho.
Mudanças podem resultar de dois fatores principais, internos e externos:
transformações são geradas a partir da vida coletiva de um povo que se transforma dinamicamente com o tempo, 
mesmo sem qualquer influência de eventos ou povos externos a ela. O choque de gerações é um bom exemplo para 
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perceber esse fenômeno.
As externas são mais repentinas e normalmente resultam do contato com uma cultura alheia. Um caso exemplar em 
nossa história foi a chegada dos europeus ao continente americano, na época das Grandes Navegações, a partir de 1500 
d.C.
Quando alguém age de forma considerada inadequada ou imoral, fica sujeito a punições de ordem pessoal. Essas 
punições atingem a vida desses indivíduos por meio da desmoralização pública, do isolamento ou mesmo da 
perseguição moral.
O processo de transformação de valores e regras pode gerar duas reações básicas no grupo social: os que as aceitam 
(podemos chamá-los de inovadores); e os que as rejeitam (podemos chamá-los de conservadores).
cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender esta dinâmica é importante para atenuar o choque entre as 
gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é fundamental para a humanidade a 
compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem 
dentro do mesmo sistema.
A sociedade humana é estabelecida por um conjunto de...Regras e Valores
6 CADA POVO UMA CULTURA, CADA CULTURA UMA SENTENÇA: A DIVERSIDADE 
CULTURAL
Ao formar uma coletividade, o ser humano desenvolve hábitos de convívio e soluções para sua vida social que podem 
ser extremamente variados. A isso denominamos diversidade cultural.
6.1 A diversidade cultural
cada lugar e em cada época histórica, exista uma imensa diversidade de regras, símbolos e formas de conduzir a vida 
coletiva. É o que chamamos de diversidade cultural.
Etnocentrismo: as pessoas julguam a sua própria cultura como sendo superior à outra.
Etnocentrismo é uma visão do mundo em que o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros 
são pensados e sentidos a partir dos nossos valores, modelos e nossas definições do que é a existência.
PERCEPÇÃO NOS PLANOS INTELECTUAL E AFETIVO
No plano intelectual, esse pensamento pode ser visto como a dificuldade em aceitar que a diferença de lógicas e 
sentidos possa existir; no plano afetivo, o etnocentrismo pode ser percebido em sentimentos de estranheza, medo, 
hostilidade etc.
o conceito de etnocentrismo, vemos que “etno” vem da palavra etnia, que significa um povo que compartilha a mesma 
base cultural – língua, tradições, religião – e “centrismo” significa colocar no centro. praticar o etnocentrismo é o 
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mesmo que colocar minha própria cultura como centro do mundo, a partir da qual todas as outras são comparadas 
inferiormente, nunca se igualando à superioridade da minha.
quanto guerras que acontecem por causa do “imperialismo cultural”, que é quando uma cultura se impõe sobre outras 
exercendo influências no cotidiano e se utilizando do mercado, dos meios de comunicação ou qualquer outra forma de 
participar dos hábitos de seus indivíduos e influenciá-los a agir de outra forma.
No Brasil, conhecemos o fenômeno dos “regionalismos”, que são costumes que mudam de uma região para outra, e 
como resultado temos um país rico em culturas locais.
Nossa capacidade em nos relacionar com o “outro” é chamada de alteridade (nos torna pessoas mais flexíveis e mais 
criativas em soluções, pois ampliamos nosso universo de visão do mundo, saindo da própria “casca”.)
Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo homem social interage e 
interdepende de outros indivíduos.
Formas de etnocentrismo acontece dentro de um mesmo país: o brasileiro se considera “melhor” ou “superior”, O 
paulista, por suas próprias razões, se considera “melhor” ou “mais trabalhador” que o carioca, e vice-versa; 
“nordestino” ou “baiano” virou apelido pejorativo no Centro-Sul, utilizado de forma preconceituosa e ofensiva
Relativismo cultural.
Quando somos capazes de avaliar uma cultura alheia, sem utilizar o tempo todo a nossa própria cultura como 
parâmetro de comparação, estamos relativizando. 
Faz parte da antropologia desde meados do século XX, quando muitos pensadores passaram a defender que não era 
correto um cientista julgar algumas culturas como “evoluídas” ou “atrasadas” em relação às outras.
O relativismo cultural é uma atitude que exige que o observador se coloque no lugar do outro para julgar as 
situações a partir de uma perspectiva relativa ao outro, e não a si mesmo. Por isso, exige a alteridade.
O poder de que fala sobre o outro:
Quando construímos uma fala sobre o outro, nos colocamos em uma posição central, e esquecemos que algumas coisas 
podem ser “distorcidas” em nossa fala. Falar do diferente pode provocar medo, ou raiva.
A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural.
No etnocentrismo, uma mesma atitude informa os diferentes grupos. O etnocentrismo não é propriedade de uma 
única sociedade.
O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento do valor da cultura do “outro” nos termos da cultura do 
grupo do “eu”.
Aqueles que são diferentes do grupo do eu – os diversos “outros” deste mundo – por não poderem dizer algo de si 
mesmos, acabam representados pela ótica etnocêntrica e segundo as dinâmicas ideológicas de determinados 
momentos.
A “indústria cultural” – TV, jornais, revistas, publicidade, certo tipo de cinema, rádio – está frequentemente 
fornecendo exemplos de etnocentrismo.
No universo da indústria cultural é criado sistematicamente um enorme conjunto de “outros” que servem para 
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Etnocentrismo e o relativismo cultural são formas opostas de agir em relação ao “outro”
A diversidade cultural se tornou um tema importante em muitos setores da sociedade. O tema 
“diversidade” pode ser encontrado em artigos que procuram desenvolver novas condutas em muitas 
esferas de atuação profissional. Como, por exemplo, as áreas de gestão e administração de empresas, 
educação, publicidade, jornalismo, marketing, arquitetura, design, entre outras.
“Diversidade Cultural”, e trata-se de uma seleção muito boa de imagens da diversidade. Você vai perceber 
que ao final da apresentação, todos nós deveríamos ficar muito satisfeitos com a imensa capacidade 
humana para a diversidade.
como profissional, e, sobretudo como cidadão do mundo, que você tenha consciência que a diversidade 
cultural é tão importante para a humanidade, quanto a diversidade biológica é importante para a 
sustentabilidade do planeta.
6.2 Cultura e visão de mundo
Em sua diversidade, não se expressa apenas através de diferentes formas de vestuário, culinária, hábitos cotidianos e 
rituais. Pois é, sobretudo, através dos conceitos que aprendemos em nossa endoculturação que somos capazes de 
atribuir qualidades e significados à vida.
Endoculturação se refere aos processos de aprendizado dos valores e hábitos de nossa cultura, do lugar onde 
nascemos.a endoculturação é um processo em que, alguns valores, ideias, hábitos e crenças de nossa cultura são tão 
internalizados por cada indivíduo, que se tornam quase inconscientes.
Ruth Benedict é autora de uma frase muito explicativa:
cultura “são as lentes através das quais vemos o mundo”.
C d fi õ ã f it l i i d ã li iõ i t
reafirmar, por oposição, uma série de valores de um grupo dominante que se autopromove a modelo de 
humanidade.
Relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um 
fim ou uma transformação.
Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, 
mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença.
Relativizar é olhar para o mundo a partir do ponto de vista do outro .
Quando vemos que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma 
questão de posição:estamos relativizando.
Quando compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos: estamos relativizando.
Quando o significado de um ato é visto não na sua dimensão absoluta, mas no contexto em que acontece: 
estamos relativizando (ROCHA, 1998).
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Caso do senso comum, as afirmações são feitas sem qualquer pesquisa ou indagação; para as religiões, existem os 
princípios de fé em preceitos e dogmas que afirmam verdades sobre o mundo.
• Visão de mundo e senso comum: Quando conversamos sobre o mundo baseados no senso comum, afirmamos aquilo 
que nossa cultura nos ensina ser verdadeiro, pois tudo é visto através de suas lentes.
• Visão de mundo e religião: Quando conversamos sobre o mundo baseados em uma religião, afirmamos aquilo que 
nossa fé nos ensina ser verdadeiro.
• Visão de mundo e ciência ou filosofia: Quando conversamos sobre o mundo baseados na ciência ou na filosofia, 
precisamos aceitar certas verdades, mesmo que não sejam adequadas à nossa moral, aos nossos princípios religiosos 
ou preconceitos. 
Aculturação significa, literalmente, negar a cultura; perder a cultura. O prefixo “a” é ausência, negação.
A cultura brasileira se relaciona com a cultura norte-americana ou com as culturas indígenas
Segundo a antropologia, qual é o método com maior objetividade de ver o mundo? Científico e filosófico
link:
OLIVEIRA, O. V.; FORTE, S. H. A. C. Processo de aculturação em aquisições: estudo de caso de uma grande empresa do setor alimentício. Disponível 
em:
http://www.aedb.br/seget/artigos08/229_229_ArtigoCultura%5D.pdf.
Para quem atua no setor de educação, há um sem número de artigos publicados no portal “Scielo Brasil”, que dá acesso a publicações científicas on-
line. Você pode fazer uma busca sobre “educação indígena”, ou simplesmente “educação multicultural”.
Para quem atua na área de economia ou direito, há um artigo interessante de Denis Lerrer Rosenfield, intitulado Aculturação e integração. Disponível 
em:
http://www.aedb.br/seget/artigos08/229_229_ArtigoCultura%5D.pdf

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