INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS ÁGUAS PLUVIAIS

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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
ÁGUAS PLUVIAIS
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As águas pluviais são aquelas que se originam a partir das chuvas e sua captação tem a finalidade de permitir um
melhor escoamento, evitando alagamento, erosão do solo e outros problemas.
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Nas edificações, as coberturas destinam-se a proteger determinadas áreas das águas de chuva, portanto, esse volume
de água que cai sobre o telhado deve ser adequadamente coletado e transportado. A instalação de águas pluviais se
destina, exclusivamente, ao recolhimento e condução das águas das chuvas, não se admitindo quaisquer interligações
com outras instalações prediais, portanto as águas pluviais não podem ser lançadas em redes de esgoto.
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A norma que rege as instalações de águas pluviais é a NBR 10844, que fixa as exigências e os critérios necessários aos
projetos de instalação de drenagem de águas pluviais, visando a garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança,
higiene, conforto, durabilidade e economia, devendo obedecer as seguintes exigências:
• recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais;
• ser estanques;
• permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação;
• absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão submetidas;
• quando passivas de choques mecânicos, ser constituídas de materiais resistentes às intempéries.
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• nos componentes em contato com outros materiais de construção, utilizar materiais compatíveis;
• não provocar ruídos excessivos;
• resistir às pressões a que podem estar sujeitas;
• ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.
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As partes constituintes da arquitetura são as partes que tem por finalidade proteger as áreas construídas contra a ação do
tempo (chuva, neve, raios solares, etc.).
A cobertura é a área do telhado composta de uma superfície plana, que, por sua inclinação, conduz para uma mesma
direção as águas das chuvas, que deverão ser captadas (calhas, grelhas, etc.).
Denomina-se beiral o prolongamento do telhado além das projeções das paredes externas.
A platibanda é uma pequena parede utilizada com a finalidade de esconder o telhado ou simplesmente embutir as calhas.
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As partes constituintes do sistema de águas pluviais são as calhas, os condutores verticais e os condutores horizontais.
As calhas tem por objetivo coletar as águas de chuva que caem sobre o telhado e conduzi-las aos condutores verticais. Os
materiais empregados em sua confecção são: folhas de flandres, chapas de cobre, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou
alvenaria.
FOLHA DE FLANDRES CHAPA DE COBRE PVC RÍGIDO
FIBRA DE VIDRO CONCRETO ALVENARIA
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A forma da secção das calhas vai depender do projeto de arquitetura e dos materiais empregados em sua confecção. A
NBR 10844 fixa os períodos de retorno (T) de acordo com a área a ser drenada:
T = 1 ano para obras externas onde empoçamentos podem ser tolerados;
T = 5 anos para coberturas e terraços;
T = 25 anos para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não podem ser tolerados.
Conhecendo-se a intensidade pluviométrica e a área de contribuição do telhado, a vazão coletada pelas calhas pode ser
calculada pela formula:
Onde:
Q = vazão em litros/min;
I = intensidade pluviométrica em mm/h;
A = área de contribuição em m²
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Q = I • A ÷ 60 
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As calhas representam a primeira etapa no dimensionamento das instalações prediais de águas pluviais.
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Diâmetro interno (mm) Declividades
0,5% 1% 2%
100 130 183 256
125 236 333 466
150 384 541 757
200 829 1 167 1 634
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CAPACIDADE DE CALHAS SEMICIRCULARES
VAZÃO EM LITROS/MINUTO
Comprimento do telhado (m) Largura da calha (m)
Até 5 0,15
5 a 10 0,20
10 15 0,30
15 A 20 0,40
20 25 0,50
25 a 30 0,60
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CALHA DE SEÇÃO RETANGULAR
CONDUTORES VERTICAIS
São tubulações verticais que tem por objetivo recolher as águas coletadas pelas calhas e transportá-las até a parte inferior
das edificações, despejando-as livremente na superfície do terreno ou até as redes coletoras. Devem ser projetados,
sempre que possível, em uma única prumada. Geralmente são em PVC ou ferro fundido.
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DIMENSIONAMENTO
Para o dimensionamento de condutores verticais, a NBR 10844 apresenta ábacos específicos, sendo que o diâmetro
interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70mm. A tabela, abaixo, mostra a relação entre o diâmetro
dos condutores e a área do telhado, em m², para uma chuva crítica de 150mm/h.
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Diâmetro 
(mm)
Vazão
(l/s)
Área do telhado (m²)
Chuva 150 mm/h
50 0,57 14
75 1,76 42
100 3,78 90
125 7,00 167
150 11,53 275
200 25,18 600
CONDUTORES HORIZONTAIS
Os coletores horizontais tem a finalidade de recolher as águas pluviais dos condutores verticais ou da superfície do
terreno e conduzi-las até os locais permitidos pelos dispositivos legais. Os mais usados são em PVC rígido ou ferro
fundido, podendo ser, ainda, em fibrocimento e aço galvanizado.
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Diâmetro
interno
(mm))
(n=0,011) (n=0,012) (n=0,013)
0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4%
50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76
75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226
100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486
125 370 521 735 1 040 339 478 674 956 313 441 622 882
150 602 847 1 190 1 690 552 777 1 100 1 550 509 717 1 010 1 430
200 1 300 1 820 2 570 3 650 1 190 1 670 2 360 3 350 1 100 1 540 2 180 3 040
250 2 350 3 310 4 660 6 620 2 150 3 030 4 280 6 070 1 990 2 800 3 950 5 600
300 3 820 5 380 7 590 10 800 3 500 4 930 6 960 9 870 3 230 4 550 6 420 9 110
CAIXAS COLETORAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
É uma caixa detentora de areia ou inspeção, que permite a interligação de coletores e a limpeza e desobstrução das
canalizações. Deverá ser executada sempre que houver: mudança de direção, de diâmetro ou de declividade nas redes
coletoras.
Em algumas edificações, como postos de serviço de lavagem e lubrificação de veículos, as águas utilizadas não podem
escoar diretamente nas redes públicas, havendo a necessidade de instalar caixas separadoras do óleo, da graxa e da
lama, evitando o despejo nos coletores públicos.
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ÁGUAS PLUVIAIS E O PROJETO ARQUITETÔNICO
Se o terreno estiver em nível inferior à rua deverão correr para a rua mais próxima, passando pelo terreno vizinho,
conforme previsto no Código Civil Brasileiro, por meio de tubulações em locais predeterminados. As águas pluviais não
devem ser lançadas em redes de esgoto.
CONDUTORES EMBUTIDOS E APARENTES
De acordo com a NBR 10844 os condutores de águas pluviais podem ser colocados externa e internamente ao edifício.
COBERTURAS HORIZONTAIS DE LAJE
As superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, garantindo o escoamento das águas pluviais
até os pontos de drenagem, que deverá possuir mais de uma saída.
Recentemente criou-se o “sistema sifônico” desenvolvido com a finalidade de otimizar a captação de águas pluviais em
coberturas planas / semiplanas de grandes áreas. É um sistemaque minimiza a introdução de ar no escoamento dos
condutores, ocorrendo o conduto forçado (seção plena) permitindo que as tubulações tenham diâmetros menores que as
do sistema convencional, correndo aparentes e paralelas à cobertura, sem declividade.
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UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA EM EDIFICAÇÕES
A utilização de águas de chuva em edificações é uma prática cada vez mais comum. Em São Paulo, é obrigatória, para
novas edificações, a execução de reservatório para as águas coletadas por coberturas e pavimentos nos lotes, edificados
ou não, que tenham áreas impermeabilizadas superior a 500 m².
O funcionamento do sistema é bastante simples, conforme demonstrado pela figura abaixo.
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