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Águas Pluviais Prof: Izabela M. Barbosa 1 Considerações gerais O volume de água que cai nos telhados deve ser coletado e transportado. Evitar erosão de solo. Águas pluviais não podem ser lançadas na rede de esgoto. Norma: NBR 10.844: Descrever e dimensionar o sistema de coleta e condução de águas pluviais. 2 Drenagem de águas pluviais Recolher e conduzir as vazões de projeto até locais adequados. Ser estanques. Permitir limpeza e desobstrução. Resistente às variações térmicas. Materiais resistentes. Não provocar ruídos excessivos. 3 4 5 NBR 10.844 – Instalações prediais de águas pluviais Altura pluviométrica: volume de água precipitada por unidade de área horizontal. Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que conduzem as águas para determinados pontos. Borda livre: prolongamento vertical da calha para evitar transbordamendo. Caixa de areia: utilizada em condutores verticais para remoção de detritos. 6 Calhas: recolhe água de coberturas e conduz a um ponto de destino. Calha de beiral: calha instalada na linha de beiral da cobertura. Calha platibanda: calha instalada na linha de cobertura com a platibanda. Condutor horizontal: recolhe e conduz a água. Condutor vertical: conduz a água para a parte inferior. 7 Duração da precipitação: intervalo de tempo de referência para intensidade pluviométrica. Intensidade pluviométrica: quociente entre altura pluviométrica precipitada e um determinado intervalo de tempo. Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às paredes até o fundo das calhas. Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação, uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez. 8 Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de uma calha. Tempo de contribuição: intervalo de tempo entre o início da chuva e o momento em que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de uma calha. Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas. 9 10 Determinação do período de retorno T = 1 ano para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados; T = 5 anos para coberturas e/ou terraços; T = 25 anos para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser tolerado. 11 Área de contribuição 12 Vazão de projeto Superfícies horizontais de laje: declividade mínima de 0,5%, para escoamento. Inclinação das calhas de beiral e platibanda: valor mínimo de 0,5%. A vazão de projeto para o dimensionamento das calhas deve ser aquela correspondente à maior das áreas de contribuição. 13 Dimensionamento das calhas Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de direção, a Vazão de projeto deve ser multiplicada por coeficientes. 14 Dimensionamento das calhas 15 Capacidades de calhas semicirculares, (coeficiente de rugosidade n = 0,011). Os valores foram calculados utilizando a fórmula de Manning-Strickler, com lâmina de água igual à metade do diâmetro interno. Dimensionamento das calhas 16 Dimensionamento das calhas Dimensões (m) Declividade a b 0,5 % 1 % 2 % 0,2 0,1 245 349,8 494,7 0,3 0,2 1.260 1.800 2.545 0,4 0,3 2.940 4.200 5.939 0,5 0,4 5.947 8.497 12.016 0,6 0,5 10.500 15.000 21.213 0,7 0,6 16.170 23.100 32.668 Vazão em L/min 17 18 Condutores verticais Os condutores verticais devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70 mm. O dimensionamento dos condutores verticais deve ser feito a partir dos seguintes dados: 19 20 21 22 Sendo selecionado o maior diâmetro verificado do gráfico Condutores horizontais Declividade uniforme, valor mínimo de 0,5%. Condutores horizontais, seção circular, escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. Indicação do diâmetro interno em função da vazão. 23 24 Lei das piscininhas Lei Municipal 13.276/2002 Lei estadual 12.526/2007 Em lotes edificados ou não com área impermeabilizada superior a 500 m2; Capacidade do reservatório: V = 0,15 x Ai x IP x t onde: V é o volume do reservatório (m3); Ai é a área impermeabilizada (m2); IP é índice pluviométrico (0,06 m/h); t é o tempo de duração da chuva igual a uma hora. A água dos reservatórios poderá ser despejada na rede pública de drenagem após uma hora de chuva ou ser conduzida a outro reservatório para ser utilizada para finalidades não potáveis. Estacionamentos deverão ter 30% de sua área com piso drenante. 25 Exercício 1 Determinar a vazão de projeto para coleta de águas pluviais. Dados: Área de contribuição: A = 1.000 m2. Local: Porto Alegre Período de retorno: 5 anos. Dimensionar calha retangular e condutor horizontal. Material da calha: concreto alisado. Declividade da calha: 0,5% Calha trabalhando a ½ seção. 26 Vazão de projeto Dimensionar calhas retangulares Dimensionar condutor horizontal 27 28 29 Exercício 2 Calcular a seção de uma calha retangular de concreto liso para escoamento de um telhado em duas águas, ambas desaguando na calha. Dados: Área de contribuição de cada “água”: 300 m2. Local: Fortaleza. Período de retorno: 25 anos. Declividade da calha: 1%. Dimensionar o condutor vertical, sabendo: Altura do telhado: 30 m. Saída em aresta viva. 30 Vazão de projeto Dimensionar calha retangular Dimensionar condutor vertical 31 Exercício 3 Dimensionar o sistema de coleta de águas pluviais que será executado em Goiânia. Considerar calha de aresta viva, com declividade de 0,5 %. Em plástico, com n=0,011. T = 5 anos 32 33 Determinar área de contribuição Vazão de projeto Dimensionar calha retangular Dimensionar condutores verticais 34 Exercício 4 Dimensionar o sistema de coleta de águas pluviais. O sistema será executado em São Paulo. Considerar calha com saída em aresta viva. L = 6,0 m. 35 36 Determinar área de contribuição Vazão de projeto Dimensionamento da calha Dimensionamento condutores verticais Dimensionamento condutor horizontal (material plástico; n = 0,011; declividade 0,5%) 37
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