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OBJETIVOS Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com movimento retilíneo uniformemente variado. MATERIAL - Trilho de ar com eletroímã; - Cronômetro eletrônico digital; - Unidade geradora de fluxo de ar; - Carrinho com três pinos (pino preto, pino ferromagnético e um pino qualquer); - Chave liga/desliga; - Cabos; - Fotossensor; - Paquímetro; - Calço de madeira; - Fita métrica. INTRODUÇÃO TEÓRICA O movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V) é o movimento que acontece com variação de velocidade de um corpo devido a aceleração sofrida pelo mesmo em dado intervalo de tempo, sendo que essa deve se manter constante. Para se entender o conceito de aceleração, deve-se abandonar o significado no cotidiano de que a aceleração ocorre apenas quando a velocidade cresce. A aceleração é responsável tanto pelo aumento como pela diminuição da velocidade. A aceleração é uma variação da velocidade numa unidade de tempo. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a aceleração é dada em m/s². A aceleração média (a = Δv/Δt) é calculada pela razão entre a variação da velocidade (Δv) a que o objeto está submetido em um dado espaço de tempo (Δt). Para determinar a velocidade (3.1) e a aceleração (3.2) de um corpo nesse experimento, usaremos as seguintes equações: Para obter a equação 3.2, partimos da seguinte equação: Considerando que o corpo parte do repouso (v0=0) e que sua posição inicial é x0=0, teremos como resultado a seguinte equação: Pondo a aceleração em evidência, chegamos na Eq. 3.2. Para encontrar a equação 3.1, partimos da seguinte equação: Assim como na Eq. 3.4, supomos que o corpo parte do repouso e substituímos a pela equação 3.2. Organizando a equação, chegamos na Eq. 3.1, que calcula a velocidade instantânea ao fim de cada trajetória. PROCEDIMENTO COM RESULTADOS, TABELAS E GRÁFICOS A prática foi iniciada pela montagem do trilho de ar, seguindo as instruções da figura 4.2 da apostila. A unidade geradora de fluxo de ar foi ligada e a intensidade foi regulada para um valor médio. Foi verificada a nivelação do trilho de ar e logo após, a espessura do calço de madeira fornecido foi medida com um paquímetro e a distância entre os pés de apoio foi medida com uma trena. Os resultados são dados na Tabela 4.1. Tabela 4.1 – Cálculo do Ângulo de Inclinação do trilho de ar Espessura da madeira 1,03 cm Separação entre os pés de apoio 176 cm Ângulo θ 0,34 º O carrinho foi fixado no trilho de ar e, junto com o fotossensor, foi colocado em sua posição inicial que, no primeiro momento, era de 10 cm e desligou-se o eletroímã para que o carrinho se move. Assim que o carinho passava pelo fotossensor, o cronômetro do equipamento parava a contagem. Para cada medida, o procedimento foi repetido três vezes. Os resultados obtidos no experimento são expostos na Tabela 4.2. Tabela 4.2 – Resultados experimentais. Nº X (cm) Medidas de t (s) Média de t (s) Quadrado de t (s²) V = 2x/t (cm/s) a = 2x/t² (cm/s²) 1 10 1,839 1,836 3,371 10,893 5,933 1,83 1,838 2 20 2,542 2,562 6,564 15,613 6,094 2,567 2,577 3 30 3,141 3,171 10,055 18,921 5,967 3,184 3,189 4 50 4,091 4,080 16,646 24,510 6,007 4,077 4,071 5 70 4,888 4,858 23,600 28,818 5,932 4,822 4,864 6 100 5,833 5,839 34,094 34,252 5,866 5,824 5,859 7 120 6,298 6,327 40,031 37,933 5,995 6,312 6,372 8 160 7,344 7,340 53,876 43,597 5,940 7,343 7,332 Gráfico 1 – Gráfico da posição em função do tempo Gráfico 2 – Gráfico da posição em função do tempo ao quadrado QUESTIONÁRIO COM PERGUNTAS E RESPOSTAS O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t”? Representa a tangente do ângulo que a reta tangente forma com o eixo x, que é igual ao espaço deslocado dividido pelo tempo, ou seja, é igual à velocidade do carrinho no ponto. Quais as conclusões tiradas do gráfico “x contra t” em relação à velocidade? Conforme o tempo passa, a velocidade aumenta. O que representa o coeficiente angular do gráfico x contra t²? Representa a aceleração do carrinho. Devido a determinação experimental dessa aceleração, possíveis erros podem ter ocorrido, causando uma leve mudança no valor da mesma, que deveria ser constante. Trace o gráfico da velocidade em função do tempo com os dados da tabela. Trace, na folha anexa, o gráfico da aceleração em função do tempo, para os dados obtidos da tabela. Determine a aceleração: Pelo Gráfico x contra t2 e usando Para x = 100 cm e t² = 34,1 s² → a=(2.100)/34,094 → a=5,87 cm/s². b) Pelo gráfico v contra t: Para v = 34,252 cm/s e t = 5,839 s a=(34,252 / 5,839) → a=5,87 cm/s². A aceleração de um corpo descendo um plano inclinado sem atrito é a = gsen Θ. Compare o valor teórico da aceleração com o valor obtido experimentalmente. Comente os resultados. Valor teórico: a = gsen Θ a = 9,8 * 100 * sen (0.34º) a = 5,82 cm/s² Obtem-se um resultado teórico com uma margem de erro consideravelmente pequena. Essa margem pode ser atribuída ao fato de que o experimento não foi realizado nas condições ideais (sistema totalmente sem atrito). CONCLUSÃO Com a realização da prática, observou-se experimentalmente que a velocidade varia de acordo com a aceleração. A aceleração, nesse caso, se deu pela inclinação do trilho. Observa-se também que, mesmo com todos os cuidados para minimizar as forças dissipativas, as condições ainda não eram as ideais para a realização do experimento, pois a aceleração, que deveria ser constante, apresentou variação entre 5,866 cm/s² e 6,094 cm/s². Apesar de não se obter um valor constante para a aceleração, pode-se considerar BIBLIOGRAFIA (CONSULTADA) HALLIDAY, David; RESNICK, Robert e WALKER, Jearl. Fundamentos da Física. Rio de Janeiro. Editora LTC. 2012. Vol. 1 - Mecânica. 9ª edição. DIAS, Dr. Nildo Loiola. Roteiro de aulas práticas de física para os cursos de engenharia. Fortaleza, UFC, Departamento de Física. 2014.
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