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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2020.1 PRÁTICA 04 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO ALUNO: PAULO HENRIQUE MARQUES ALVES MATRÍCULA: 497040 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 6-A PROFESSOR: FRANCISCO DANIEL DE CARVALHO ROSA DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 18/08/2020 ÀS 08:00h. 2 4.1 OBJETIVOS - Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com movimento retilí- neo uniformemente variado. - Representar graficamente a posição, a velocidade e a aceleração em função do tempo de um movimento retilíneo uniformemente variado. - Representar graficamente a posição em função do tempo ao quadrado de um movimento reti- líneo uniformemente variado. 4.2 MATERIAL - Cronômetro; - Fita métrica. 4.3 INTRODUÇÃO O movimento retilíneo uniformemente variado é um tipo de movimento estudado na cinemática onde um corpo com sua trajetória em linha reta varia sua velocidade com taxas constantes em intervalos de tempos iguais, seja aumentando sua velocidade, seja diminuindo, ao qual nesses dois casos o movimento será dito acelerado e retardado, respectivamente. A grandeza física que está relacionada com a mudança da velocidade se chama aceleração. Exis- tem diversos exemplos de movimentos retilíneos que possuem aceleração constante, a título de exemplo a queda livre, lançamento vertical para cima ou para baixo ou em situações comuns no cotidiano como: um carro na estrada aumentando ou diminuindo sua velocidade de maneira uniforme (YOUNG; FREEDMAN, 2016). Figura 1: Ilustração de um movimento retardado. Nessa situação a aceleração está dimi- nuindo a velocidade do automóvel, logo é negativa. Fonte: Blog do Enem. <https://blogdoenem.com.br/movimento-uniforme-simulado-enem/> 3 Figura 2: Ilustração de um movimento acelerado. Dessa vez a aceleração está aumen- tando a velocidade do automóvel, logo é positiva. Fonte: Quora <https://www.quora.com/What-is-the-difference-between-uniform-motion-and-uniform-accelera- tion-motion> Equações do movimento retilíneo uniformemente variado. - Equação da posição de um corpo em MRUV. 𝑋 = 𝑋𝑂 + 𝑉𝑂 𝑡 + 𝑎𝑡2 2 (4.3.1) - Equação da velocidade de um corpo em MRUV. 𝑉 = 𝑉𝑂 + 𝑎𝑡 (4.3.2) - Equação de Torricelli, permite encontrar a posição e velocidade da partícula em MRUV sem depender do tempo. 𝑉𝑓 2 = 𝑉𝐼 2 + 2𝑎𝛥𝑋 (4.3.3) (YOUNG; FREEDMAN, 2016) Segundo Dias (2020) aceleração é definida como a variação da velocidade em um dado intervalo de tempo. De maneira geral pode ser obtida através da seguinte equação: 𝑎 = 𝑣1 − 𝑣0 𝑡1 − 𝑡0 = 𝛥𝑣 𝛥𝑡 (4.3.4) Contudo existe uma outra forma de calcular a aceleração, que é a forma que será utili- zada neste relatório: Considerando 𝑋0 = 0 e 𝑉𝑂 = 0 na equação 4.3.1 já que a partícula parte do repouso obtemos: 𝑋 = 0 + 0 + 𝑎𝑡2 2 → 𝑋 = 𝑎𝑡2 2 (4.3.5) Isolando a aceleração na equação obtemos: 𝑎 = 2𝑋 𝑡2 (4.3.6) DIAS (2020) 4 4.4 PROCEDIMENTO Na aula realizada de forma online foram explicados os fundamentos do MRUV e a de- dução das fórmulas para os cálculos da aceleração e velocidade. O vídeo para a execução da prática estava disponível no YouTube. A prática consistiu em cronometrar as medidas de tempo para o deslocamento de um móvel em MRUV ao longo de uma linha reta onde estavam marca- das as medidas de comprimento em centímetros que variavam de 10 cm a 150 cm, (10 cm, 20 cm, 30 cm, 50 cm, 70 cm, 90 cm, 110 cm e 150 cm) ao qual deveriam ser feitas 3 medidas de tempo para cada deslocamento para o cálculo do período médio e do período ao quadrado, sempre iniciando da posição zero até onde estava marcado limite ao qual o móvel deveria che- gar, e com esses dado. Para cada comprimento realizei as 3 medidas de tempo para o cálculo dos períodos médio e ao quadrado, para depois descobrir as velocidades e a acelerações ao longo do movimento. Na tabela a seguir anotei os valores de tempo (s) para cada espaço per- corrido e os resultados da velocidade e aceleração. (A tabela está na próxima página a fim de não prejudicar a visualização dos resultados.) 5 Tabela 4.1. Resultados Experimentais. Nº x (cm) Medidas de t (s) Média de t (s) Quadrado de t (s2) v = 2x/t (cm/s) a = 2x/t2 (cm/s2) 1 10 2,5 2,50 6,25 8,00 3,20 2,5 2,5 2 20 3,8 3,83 14,67 10,44 2,73 3,9 3,8 3 30 4,8 4,80 23,04 12,50 2,60 4,8 4,8 4 50 6,4 6,40 40,96 15,63 2,44 6,4 6,4 5 70 7,7 7,67 58,83 18,25 2,38 7,7 7,6 6 90 8,8 8,83 77,97 20,39 2,30 8,9 8,8 7 110 9,9 9,83 96,63 22,38 2,28 9,8 9,8 8 150 11,6 11,60 134,56 25,86 2,23 11,6 11,6 Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. 6 5- Trace o gráfico da posição em função do tempo com os dados obtidos da Tabela 4.1. Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Excel. 6- Trace o gráfico da posição em função do tempo ao quadrado com os dados da tabela 4.1. Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Excel. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 X ( cm ) T (s) Gráfico X em função de t - MRUV 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 20 40 60 80 100 120 140 160 X ( cm ) T2 (s2) Gráfico X em função de t2 - MRUV 7 4.5 QUESTIONÁRIO 1- O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t” ? -Representa a velocidade instantânea no ponto, pois como o gráfico se trata de uma parábola, a função que descreve o movimento será 𝑋 = 𝑋0 + 𝑉0 + 𝑎𝑡 2/2, ou seja, uma função do segundo grau. Ao derivarmos a posição em função de tempo obteremos a equação: 𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡. 2- O que representa o coeficiente angular do gráfico x contra t2 ? -Segundo a fórmula 𝑎 = 2𝑥/𝑡2. Isolando 𝑥/𝑡2 temos, 𝑎/2. Logo o coeficiente angular de 𝛥𝑋 𝛥𝑡2 representa 𝑎/2, ou seja, a metade da aceleração 3- Trace, na folha anexa, o gráfico da velocidade em função do tempo com os dados da tabela 4.1. -Resposta disponível em forma de anexo na página 7. 4- Trace, na folha anexa, o gráfico da aceleração em função do tempo, para os dados ob- tidos da tabela 4.1. -Resposta disponível em forma de anexo na página 7. 5- Determine a aceleração pelo gráfico x contra t2. 𝛥𝑋 𝛥𝑡2 = 150 − 10 134,56 − 6,25 = 1,09 𝑐𝑚/𝑠2. 6- Determine a aceleração pelo gráfico v contra t. Para o cálculo da aceleração a partir do gráfico da velocidade em função do tempo em MRUV, devemos tomar o quociente da variação da velocidade pela variação do tempo. O valor resultante dessa operação é o coeficiente angular, que representa a aceleração em questão. 𝛥𝑉 𝛥𝑡 = 25,86 − 8,00 11,60 − 2,50 = 17,86 9,10 = 1,96 𝑚/𝑠2 8 7- Calcule a velocidade média no movimento total (150 cm) e compare com a velocidade final. Justifique a discrepância. Velocidade no movimento total (150 cm): 𝛥𝑋 𝛥𝑡 = 150 − 0 11,60 − 0 = 150 11,60 = 12,93 𝑐𝑚/𝑠 Velocidade Final = 25,86 cm/s. A razão da discrepância é a imprecisão na medida dos intervalos de tempo, visto que existe a dificuldade de realizar a medição do tempo de maneira precisa e correta. Isso se deve ao poder de reação do olho humano e da condição imposta de cronometrar os intervalos de tempo ao observar a tela e pausar o tempo no mesmo instante. Essas duas condições somadas podem levar a pequenos erros que por mais que pareçam não fazer diferença, influenciam de maneira significativa no resultado final como mostrado na questão. 9 Respostas em anexodas questões 3 e 4 do questionário. Resposta da questão 3 – Gráfico V em função de T. Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Excel. Resposta da questão 4 – Gráfico da aceleração em função do tempo. Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Excel. 0 5 10 15 20 25 30 0 2 4 6 8 10 12 14 V e lo ci d ad e ( cm /s ) Tempo (s) Gráfico V em função de T 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 2 4 6 8 10 12 14 A ce le ra çã o ( cm /s 2 ) Tempo (s) Gráfico a em função de t - MRUV 10 4.6 CONCLUSÃO Através da realização da prática foi possibilitado estudar os aspectos, particularidades e as grandezas que compõem o movimento retilíneo uniformemente variado como: desloca- mento, velocidade, aceleração e tempo, bem como perceber a relação existente entre elas. No experimento, por meio da análise do movimento de um móvel se deslocando em uma superfície horizontal foi possível determinar a velocidade e a aceleração dele, e com isso, observar que a velocidade neste experimento varia de maneira aproximada da mesma forma com em um mesmo intervalo de tempo, já que existem imprecisões na cronometragem. O estudo e a compreensão dessa parte da cinemática e da física é de suma importância para a formação de futuros profissionais tanto das áreas das ciências quanto da tecnologia, como por exemplo, o engenheiro, pois é uma base fundamental para a compreensão de diversos fe- nômenos naturais e do cotidiano que variam desde situações simples como uma maçã caindo do alto de sua árvore até contextos mais complexos como o estudo aeroespacial. Além de que é uma ferramenta útil na investigação e resolução de problemas que estarão presentes nas situ- ações de trabalho e no cotidiano. Assim como na prática anterior, a cronometragem do tempo foi uma dificuldade que se mostrou presente em virtude do tamanho curto do vídeo, pois exigiu uma certa habilidade para a efetuação da marcação das medidas de tempo. Entretanto, novamente através de algumas re- petições foi possível concluir o procedimento e obter as informações para a elaboração e fina- lização deste relatório. 11 4.7 REFERÊNCIAS YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física I – Mecânica. 14. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. MACEDO, Taynara. Movimento Uniforme: MRU + MRUV – Resumo de física enem com simulado. Blog do Enem. 2018. Disponível em: <https://blogdoenem.com.br/movimento-uni- forme-simulado-enem/>. Acesso em: 23 de ago. de 2020. VERMA, Gaurav. What is the difference between uniform motion and uniform acceleration motion? Quora. 2019. Disponível em: <https://www.quora.com/What-is-the-difference- between-uniform-motion-and-uniform-acceleration-motion/> . Acesso em: 23 de ago de 2020. DIAS, N. L. Roteiro das aulas práticas – Prática 04, MRUV. Fortaleza, 2020. Departamento de Física UFC, 2020. Disponível em: <https://www.facebook.com/LabFisicaUfc/>. Acesso em: 24 de ago de 2020.
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