Buscar

Aula Ensilagem e Fenacao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Produção e Conservação de Forragens 
UNIVESIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA 
CAMPUS DE CACOAL 
CURSO DE AGRONOMIA 
Jucilene Cavali 
Eng. Agrônoma, Dra em Zootecnia 
2 
CONCEITOS 
Silagem O produto da fermentação anaeróbica 
controlada de determinada forragem verde, em 
uma estrutura denominada de silo 
Ensilagem É o conjunto de operações (corte, picagem, 
transporte, carregamento, compactação, etc) 
para a produção da silagem. 
Silo São as estruturas físicas nas quais são 
produzidas, acondicionadas, armazenadas as 
silagens 
3 
1 - ENSILAGEM 
-No Egito pinturas indicam que a técnica teve início 1000 a 1500 A.C. 
- Na Europa teve início há vários séculos mas não se generalizou até 
meados do século XIX 
- Nos EUA somente em 1876 foi construído o 10 silo 
- No Brasil acredita-se que a técnica foi introduzida no final do século 
passado 
-Grande expansão de utilização de silagem ocorreu a partir da década de 60 
e início de 1970 
- Atualmente é um processo de conservação utilizado no mundo inteiro 
- Constitui uma das alternativas para suprir a deficiência da estacionalidade 
da produção das forrageiras 
- Há redução ou ausência de produção de forragem tanto em climas 
tropicais, subtropicais e temperados 
4 
2 – OBJETIVOS DA ENSILAGEM 
 Conservar a forragem produzida nos períodos de 
melhores condições climáticas para o fornecimento aos 
animais nas épocas de condições adversas 
 
 Conservar o excedente de forragem, prática fundamental 
quando se adota o manejo racional das pastagens 
 
 Conservar a forragem com uma alta qualidade para o 
fornecimento durante todo o ano 
 
A ensilagem não melhora a qualidade das forragens, apenas conserva a qualidade original 
 
1 – Vantagens de se fazer silagem: 
 
Liberação de áreas mais cedo, para cultivo da 
safrinha ou pastagem. 
 Maior numero de animais por área; 
Alta aceitabilidade pelos animais. 
Menor dependência das condições climáticas. 
 
2 - Desvantagens de se fazer silagem: 
 
Estrutura especial de armazenamento; 
 
É maximizar a preservação dos nutrientes 
originalmente encontrados na forragem 
“fresca”, durante o armazenamento, com o 
mínimo de perdas de matéria seca e 
energia 
 Quando bem feita, o valor nutritivo da silagem é 
semelhante ao da forragem verde 
7 
ETAPAS DO PROCESSO DE ENSILAGEM 
 Corte 
 Enchimento 
 Compactação 
 Fechamento 
Fatores que Determinam a Qualidade 
da Silagem 
 
• No Corte da Forrageira 
– Idade da planta; 
Idade MS PB Celulose Digestibilidade 
(dias) (%) (% MS) (% MS) (%) 
28 12,9 15,3 31,3 50,3 
56 16,2 8,4 35,4 40,3 
84 21,3 4,8 39,7 36,9 
112 26,9 4,1 41,3 32,4 
140 31,6 4,2 42,1 24,3 
168 34,4 2,5 42,6 24,5 
196 35,2 2,3 41,5 22,1 
 
Fatores que Determinam a Qualidade 
da Silagem 
 • Corte da Forrageira 
– Tamanho de corte ou picagem; * Uniforme, 
* com 2 a 2,5cm 
Particula menor favorece Transporte de maiores 
qdades de material; 
 
COMPACTAÇÃO: Deve ser contínua e uniforme. 
Influencia diretamente na quantidade de efluente: 
 
* Ausência de ar; baixa umidade; partículas pequenas 
10 
FASES DA ENSILAGEM 
 Fase de fechamento: aeróbia 
 
 Fase de fermentação intensa: 
Anaeróbica I e II 
 
 Fase estável 
 
 Fase de exposição aeróbia 
(abertura do silo) 
11 
10 Fase – Fase Aeróbica de respiração Intensa 
Oxigênio 
Energia Fungos 
Temperatura Célula da Planta 
disponibilidade de proteínas e chos açucares + O2 → CO2 + H2O + calor 
12 
 PROCESSO DE ENSILAGEM 
 Enchimento 
 Ideal 2 a 3 dias sem interrupção 
 
 
Observar Vedação adequada 
Fechamento 
13 
20 Fase – Fase Anaeróbica 
 Fase Anaeróbia I ou Heterofermentativa 
 
Esgotamento do O2 - ambiente anaerobio 
 
 
 
 
 
 
 
Duração de 24 – 72 horas 
 
rompimento das membranas celulares, liberando 
conteúdo celular 
crescimento e proliferação Mos anaeróbicos (enterobactérias, 
coliformes (ácido acético) e outras bactérias 
heterofermentativas  resistentes ao calor (fase aeróbica) 
e ao ácido acético. 
14 
Fase Anaeróbia II ou Homofermentativa 
pH < 5,0 - mudança população bactérias 
BAL homofermentativas + eficientes na 
produção de ácido lático 
pH cai para pH 3,8 a 4,2 rapidamente (pH q inibe atividade microbiana) 
15 
30 Fase – Fase Estável 
-Alcançada em 17 a 21 dias após o fechamento do silo 
Clostrídios e enterobactérias 
permanecem inativos ou na forma 
de esporos 
Enzimas e alguns mos (L. 
buchneri) podem permanecer 
ativos a um nível baixo 
pH 3,8 a 4,2 
Ácido Lático 
Capacidade de manter a estabilidade da silagem, tanto na fase 
anaeróbica como fase aeróbica (após abertura do silo). 
Somente é mantida a proteólise e hidrólise ácida de polissacarídeos (enzimas ácido tolerantes) 
16 
Fermentação Homolática (Lactobacilos plantarum, 
streptococos, pediococos) : chos ---- ác lático 
 
 
Fermentação Heterolática (Lactobacilus Buchneri: 
acetaldeído desidrogenase): chos + ác. orgânicos ---- ác. 
lático, acético, álcool e CO2 
 
 
Levedura: chos + ác lático --------ácido acético, 
álcool e CO2 
 
17 
Características que determinam a 
eficiência da fermentação 
 Teor de matéria seca - MS 
• Forragens contendo baixo teor de MS 
– propiciam maiores perdas por efluente; 
 
– multiplicação de clostrídeos (baixa MS e pH>4,5); 
• Forragens contendo alto teor de MS .dificulta a 
compactação (O2) 
• teor de MS deve estar em torno de 30 a 35% 
(Muck, 1988; MacDonald, 1991) 
O efluente carrega:20% de sustâncias nitrogenadas; 55% materiais orgânicos não 
nitrogenados; 25% de matéria mineral (principalmente P, K, Na, Ca e Mg). 
 
 Matéria seca na época de colheita 
Tabela 6 - Produção de efluente e perda de 
matéria seca (MS) em silo tipo trincheira 
Conteúdo de MS 
(%) 
Produção de Efluente 
(litros/ton de silagem) 
Perdas de MS 
(%) 
30 0 0,0 
25 20 0,4 
20 60 1,6 
15 200 7,2 
Emurchecimento 
Tempos de emurchecimento – Capim-elefante 
Zero hora 6 horas 12 horas 
MS (%) 17,50c 25,60b 31,20a 
20 
Características da planta antes de ser ensilada 
 Teor de Carboidratos Solúveis (CS) 
• Mais importante substrato para boa fermentação; 
• Concentração mínima de 2,5 a 3,0% na MS (Haigh, 1990); 
• Ideal: 12 a 15% na MS; Normal: acima de 8% na MS 
• Disponibilidade de CS → grau de laceração da forragem 
e da liberação da seiva 
• Relação inversa entre necessidade de CS e o teor de MS. 
21 
Características da planta antes de ser ensilada 
Capacidade Tampão ou Poder tampão 
• Capacidade de resistir ás alterações de pH; 
• São ácidos orgânicos e sais de ácidos orgânicos 
existentes na forragem (málico, cítrico, fosfórico, glicérico, 
etc) 
• Estes produtos orgânicos interferem no processo 
fermentativo, limitando o abaixamento do pH 
• Cada forrageira apresenta Capacidade Tampão 
específica (Moiso & Heikonen, 1994) 
• Também é influenciado pelo estádio vegetativo da 
planta 
 
22 
• Quebra da vedação do silo 
• Exposição ao O2 
• Muito estudada ultimamente 
• Importante para manutenção da forragem conservada 
40 Fase – Fase de Abertura do 
Silo ou de descarga 
23 
Processo Classificação % perdas Agentes causais 
Respiração Inevitável 1 – 2 Enzimas da planta 
Fermentação Inevitável 2 – 4 Microorganismos 
Efluente (In) evitável 5 – 7 Umidade 
Emurchecimento (In) evitável 2 – 5 % MS, ambiente silo. 
Fermentações 
secundárias 
Evitável 0 – 5 Planta, ambiente no silo, 
umidade. 
Aerobiose no 
silo 
Evitável0 – 10 Vel. Enchimento, densidade, 
vedação, planta, umidade. 
Aerobiose na 
descarga 
Evitável 0 – 15 Densidade, umidade, técnica, 
época do ano. 
Perdas totais 7 - 40 
 
Tabela 1. Perdas de energia no processo de ensilagem 
Adaptado por McDonald et al. (1991) 
• Silagens 
• pH 
• Teor de amônia 
• Teor de MS 
• Carboidratos solúveis 
• Ácidos orgânicos 
• Etanol 
• Enterobactérias 
• Esporos 
• BAL 
• Fungos 
• Leveduras 
Parâmetros de Avaliação da Qualidade 
da Silagem 
25 
 Nitrogênio Amoniacal 
 Van Soest (1994): 
Abaixo de 10% do NT não há quebra excessiva de ptn. em 
amônia (boa) 
Acima de 15% do NT 
quebra considerável de proteína 
(regular) 
Silagens escuras, pouco consumidas 
(ruins) 
De 10 a 15% do NT 
 Ácidos orgânicos 
Características da Silagem 
 Ácidos orgânicos mais encontrados nas silagens: 
 Ácido isobutírico 
 Ácido propiônico 
 Ácido valérico 
 Ácido isovalérico 
 Ácido succínico 
 Ácido fórmico 
Ácido primário 
responsável pela 
redução do pH na 
silagem 
 Ácido lático 
 Ácido acético 
 Ácido butírico 
 Tabela 7 - Características de uma silagem de boa qualidade 
Adaptado de MAHANNA (1994) 
28 
 Trincheira 
• Sujeito a grandes perdas, risco de infiltração; 
• Capacidade: 400- 500 kg/m3 
• Altura até 3m, inclinação de 25% nas paredes e 
desnível de 1 a 2% do fundo para boca; 
• Recomenda-se revestimento. 
29 
Tipos de Silos 
Bag ou Bunker 
chincho 
Lona polietileno dupla face 
Silo Superfície 
a) Superfície: 
• Mais prático e econômico – fácil caga e descarga; 
• Semelhante ao trincheira (sobre o solo); 
• Elimina gastos (sem construção); 
• Flexibilidade quanto ao local e tempo necessário ao 
carregamento (silos menores: 300- 400 kg/m3) 
 
 
• Ausência de paredes, dificuldade na 
compactação (maiores perdas); 
• Maior superfície de exposição ao ar; 
31 
LONAS PARA SILOS 
 
Lona preta + terra ou bagaço de cana = > 
porosidade e dilatação dos poros com > entrada 
O2, 40% aflotoxina, > T, 20% perdas MS. 
 
Lona dupla face (branca em cima) : 200 micra = 
< produção efluente, 20% aflotoxina, 12% perdas 
MS 
Lona de polímero de poliamida (transparente), 
melhor resultado más ainda indisponível à venda 
no Brasil. 
 
• Construído de alvenaria, acima do nível do 
solo; 
• Forma de torre, cilíndrico; 
• Fácil descarga; 
• Baixas perdas; boa fermentação; 
• Construção: gastos elevados; 
• Requer equipamentos caros para carregá-lo; 
• Compactação: operários no interior do silo; 
• Elevado custo e difícil manejo; 
• Formação de gases: amônia 
• Capacidade: 500- 600 kg/m3 
32 
Tipos de Silos – Verticais ou Aéreos 
a) Aéreo Comum 
Silagem de Capim 
Capim = época das águas (20-25% de MS). 
Teor de MS mínimo para ensilagem = efluente 
Fermentação indesejável (Clostridium) 
Elevado teor tampão 
Baixo teor de CHOs Solúveis (< 8%); 
NDT 53 a 55% 
PB de 6 a 8% da MS 
Materiais absorventes: Aditivos 
melaço, polpa cítrica, rolão de milho etc. para aumentar MS 
e fornecer certos nutrientes; 
 
Uso de Cal hidratada (é a cal agrícola) livre de dioxinas e 
furanos – adicionada 1 a 1,5% à cana na ensilagem. A Cal 
aumenta o pH e impede que as leveduras formem o álcool a 
partir dos chos; quebra ligações lignocelulósicas 
melhorando a digestibilidade da silagem; além de ser 
antifúngica. 
 
Aditivos bacterianos: Empresas incentivam o uso de 
bactérias homofermentativas (Lactobacilus plantarum) – 
Bal; e heterofermentativas como as Lactobacilus Buchneri 
(que produzem ácido acético ) 
 
 
• Milho para silagem 
 
Ponto de colheita: farináceo. 32 – 36% de MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baixo poder tampão, bom teor de Carboidratos solúveis 
Linha do leite em 2/3 do grão 
Algumas espécies + utilizadas 
 Cana-de-açúcar 
Silagem 
Milho 60% 
Cana 
60% 
Cana 50 % Cana 
40% 
Consumo de MS, 
kg/dia 
19,32a 15,77c 17,53b 19,81a 
NDT, kg/dia 13,12a 10,46c 11,74b 13,27a 
Médias nas linhas seguidas de uma mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste 
de Tukey (α =0,05). Fonte: Costa et al. (2005) - Adaptado 
 
Tabela 8 – Consumo médio diário de matéria seca e nutrientes digestíveis 
totais 
Cana: FDNi 50% Milho: FDNi 28% 
Retenção rumen: 35h Retenção rumen: 29h 
 Redução no Consumo! 
Tabela 8 - Custo de produção por área e por unidade de matéria 
natural ou seca e nutrientes produzidos das forrageiras selecionadas 
 
 
 
 
Tabela 9 - Composição percentual do custo total de produção de diversas 
forrageiras conservadas

Outros materiais