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AULA 06 - DIREITO CIVIL I FIM DA PESSOA JURÍDICA

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DIREITO CIVIL I
MODOS DE EXTINÇÃO DA PESSOA
Art 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
Morte real – à luz do cadáver - (art. 6°)
Morte simultânea ou comoriência (art.8°)
Morte presumida
Sem declaração de ausência - (art. 7°) (perigo de vida ou prisioneiro de guerra) Sem declaração de ausência, sem perigo de vida, ou sem ser prisioneiro de guerra. É com justificativa de óbito, art-88 - 
Com declaração de ausência. - (art.6°, segunda parte) 
A morte marca o fim da personalidade física, faz cessar consequentemente a personalidade jurídica.
A prova da morte faz-se pelo atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º), podendo, ainda, ser utilizada a justificação de óbito prevista no art. 88 da LRP – Lei n. 6.015/73. 
Art. 3° da Lei dos Transplantes: A cessação da vida se dá com a morte encefálica - (critérios clínicos de verificação - Resolução 1.480/97 do CFM)
EFEITOS JURÍDICOS DA MORTE
 Extingue a personalidade jurídica
Extingue o poder familiar
Dissolve o vínculo matrimonial,
Abertura da sucessão,
Extinção dos contratos personalíssimos,
Extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor.
O de cujus não é susceptível de ser titular de direitos e obrigações
Art.7° Morte presumida sem declaração de ausência
Art. 7º . Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 (dois) anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do lançamento.
Justificativa de Óbito
O art. 77 da LRP permite a justificação de óbito, por meio de testemunhas, de perícia ou de documentos, a ocorrência de morte, bem como o dia, hora e local, para que o juiz, ouvido o promotor de justiça, dê por justificado o óbito, determinando a lavratura do registro respectivo. 
O art. 88 da LRP permite a justificativa de óbito das pessoas que não se tem mais notícias, desaparecidas em naufrágios, incêndios, inundações, maremotos, terremotos, enfim, em grandes catástrofes. 
NÃO SE TRATA DE PRESUNÇÃO DE MORTE. 
No entanto, mesmo que acolhida uma justificação nesse sentido, nada impede que a pessoa surja posteriormente sã e salva, o que anula todos os atos praticados com sua morte justificada, protegendo-se os terceiros de boa-fé.
Requisitos: prova de que a pessoa estava no local em que ocorreu a catástrofe e de que, posteriormente, não mais há notícias dela.
COMORIÊNCIA
Conceito: Comoriência é a presunção de morte simultânea (ao mesmo tempo) de duas pessoas que se sucedem entre si.
Relevância: A regra da comoriência tem relevância principalmente nas questões do direito de sucessão. 
Para que seja aplicada é necessário que tenham morrido juntos parentes que sejam sucessores recíprocos, ou seja, somente interessa saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da outra.
Efeitos jurídicos : não ocorre transmissão de bens entre os comorientes, ou seja não há sucessão.
Art. 8°-Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
AUSÊNCIA
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Objetivo: A declaração de ausência objetiva a proteção do patrimônio do desaparecido levando à sucessão provisória e à sucessão definitiva. 
Finalidade: Os fins do instituto são exclusivamente patrimoniais. 
O Código aponta que sejam consideradas mortes presumidas as situações que autorizam a abertura da sucessão definitiva (artigos 37 ss.). 
Ao se analisar o tempo que perdura a ausência, três momentos distintos podem ser destacados, a saber:
Curadoria dos bens do ausente
Abertura da Sucessão provisória
Abertura da Sucessão definitiva
Curadoria dos bens do ausente: art. 22 CC 
Nesta fase o juiz declara a ausência da pessoa e nomeia-lhe curador. Quando o desaparecimento é recente e a possibilidade de retorno do ausente é, portanto, bem grande, o legislador tem a preocupação de preservar os bens por ele deixados, evitando a sua deterioração.
Ao nomear o curador o juiz deve fixar os limites de seus deveres e suas obrigações (art. 24). Deve zelar pela administração e conservação dos bens do ausente. A nomeação deverá respeitar a ordem estabelecida pelo legislador no art. 25 do CC.
Decorrido um ano da data da arrecadação dos bens do ausente, ou três anos no caso de haver sido deixado mandatário constituído, os interessados podem requerer a declaração de ausência e abertura da sucessão provisória do ausente. 
Estabeleceu o legislador um rol de pessoas que têm legitimidade para requerer a sua abertura: Art. 27,CC
I) o cônjuge não separado judicialmente. 
II) os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários. 
III) aquele que tenha direito a algum bem do ausente subordinado à sua morte, como no caso do donatário que recebe uma doação subordinada à condição suspensiva da morte do doador. 
IV) os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
momento
Mesmo com a abertura da sucessão provisória a probabilidade de volta do ausente, remota, existe. Por isso prevê o Código.
a decisão que declarar a ausência só produzirá efeitos após 180 dias da sua publicação. 
a partilha dos bens deixados será feita, mas para que os herdeiros entrem na posse dos bens recebidos deverão prestar garantias (Art. 30, CC).
c) os bens imóveis do ausente não poderão ser vendidos, salvo para evitar a deterioração -art 31.
d) a renda produzida pelos bens cabentes aos descendentes, ascendentes e ao cônjuge, pertencerá a estes. (Arts. 29 e 33).
e) Havendo frutos (rendimentos), aqueles imitidos provisoriamente na posse, deverão capitalizar metade.
Se o ausente retornar depois da sucessão provisória, mas antes de aberta a definitiva, mantém o direito à propriedade dos bens, mas não à totalidade dos frutos e rendimento destes. 
Abertura da Sucessão definitiva - art. 37
Decorridos dez anos do trânsito em julgado da sentença concessiva da abertura da sucessão provisória, é permitido que os interessados requeiram a abertura da sucessão definitiva do ausente, bem como o levantamento das cauções anteriormente prestadas. 
Tal faculdade será ainda conferida a eles no caso de se provar que o ausente conta com oitenta anos e há mais de cinco anos são suas últimas notícias (art. 38).
ATENÇÃO Se o ausente retornar após a sucessão definitiva, mas antes de transcorridos dez anos, tem apenas o direito à restituição dos seus bens no estado em que se encontram. 
Regressando depois de dez anos da sucessão definitiva, não tem mais direito aos seus bens.
1 ou 3 anos + 180 dias 
10 anos
Se voltar dentro desses 10 anos, antes da suc. Definitiva recebe seus bens menos metade dos rendimentos.

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