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I Fase da Ausência & Extinção da Pessoa Natural

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I Fase da Ausência
MORTE CIVIL: Consiste na circunstância de considerar morta uma pessoa viva. É  a perda da personalidade em vida. Não admissíveis no nosso ordenamento jurídico, visto que nos termos do artigo primeiro do Código Civil a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. A existência da pessoa natural termina com a morte  sendo ela real ou presumida. Segundo artigo 1.816 : São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
MORTE REAL: Pressupõe a existência de um cadáver. Acha-se o corpo ou restos dele. A morte real é atestada pela morte encefálica. É feita uma certidão de óbito, registrada em registro público. Extinção do sopro de vida.
MORTE PRESUMIDA: Quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. A morte traz implicações especialmente no âmbito patrimonial. Não há o cadáver. É uma tentativa de se adivinhar que uma pessoa efetivamente perdeu a vida pois não há como  confirmar por um fato que a pessoa pessoa morreu, como por exemplo o corpo sem vida. Uma das hipóteses de presumir a morte é pelo perigo de vida que a pessoa estava correndo.
COMORIÊNCIA: Comoriência é um termo do Direito Civil que indica presunção legal de morte simultânea de duas ou mais pessoas ligadas por vínculos sucessórios. Quando não se sabe quem morreu primeiro, presumem-se simultâneos.
Sem declaração de ausência
Segundo o art. 7º do CC: “ Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado em até 2 (dois) anos após o término da guerra”.
Se alguém, por exemplo, um brasileiro, que sofreu uma grave acidente aéreo, em 2009, e, até hoje, seu corpo não foi encontrado. Trata-se de uma morte com extrema possibilidade de ter ocorrido. Portanto, com relação a ele, pode ser declarada sua morte presumida, inclusive com certidão de óbito dada à família.
De acordo com o parágrafo único do art. 7º declara que tanto na hipótese dos incisos I e II, a declaração de morte presumida só poderá ser requerida após esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Com declaração de ausência
O art. 6º do Código Civil determina que: “A existência da pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”.
Ou seja, ocorre quando a pessoa desapareceu, sem que houvesse uma situação em que se pudesse presumir que a pessoa faleceu, ela, simplesmente, desapareceu de seu domicílio sem deixar vestígios.
Segundo Paulo Lôbo “ausência é a presunção da morte da pessoa física, para fins civis, em virtude de desconhecimento de seu paradeiro, após longo tempo e cujas circunstâncias levam a fundadas dúvidas da continuação de sua existência”.
A ausência poderá ser requerida por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, devendo haver em relação à ausência a existência de uma declaração judicial.
O Juiz ao declarar a ausência, nomeará um curador para o ausente, o qual deverá cuidar de seus interesses bem como de seus bens.
Fases da Ausência
A ausência compreende três fases:
1. Curadoria dos bens do ausente: nesta fase, o legislador se preocupa com a proteção dos bens do ausente. A curadoria tem, em regra, duração de 1 ano. Caso o ausente tenha deixado procurador, o prazo passa a ser de 3 anos. Essa fase se encerra, pela confirmação da morte do ausente; pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão provisória.
2. Na fase da sucessão provisória, os herdeiros podem entrar na posse dos bens do ausente, desde que prestem garantia da restituição deles, em caso de retorno do ausente. Essa fase, durará, em regra, 10 anos (contados do trânsito em julgado da decisão que abre a sucessão provisória). O prazo se reduz para 5 anos, se o ausente tiver mais de 80 anos e de mais de 5 anos datarem suas últimas notícias. Essa fase se encerra pela pela confirmação de morte do ausente, pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão definitiva.
3. Sucessão definitiva: nesta que é a última fase, os herdeiros podem solicitar o levantamento das garantias prestadas, adquirindo assim, o domínio dos bens deixados. No entanto, o domínio será resolúvel, uma vez que, caso o ausente retorne, terá seus bens de volta, porém, no estado em que se encontrarem. Todavia, é importante ressaltarmos que o ausente só terá esse direito, se retornar em até 10 anos contados da abertura da sucessão definitiva, depois disso, não mais terá direito aos bens.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1 - Quais as espécies de morte tratadas no estudo da extinção da pessoa natural?
Morte Civil, Morte Real, Morte Presumida e Comoriência.
2 - O que é a morte presumida?
Presumir a morte pelo perigo de vida que a pessoa estava correndo.
3 - Qual é a ordem para a curadoria dos bens?
Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
4 - Como ficará a situação da pessoa desaparecida que não justifica sua ausência?
A requerimento de qualquer interessado, o magistrado reconhecerá tal circunstância, com declaração de ausência, e nomeará um curador, que cuidará do patrimônio, até que porventura o ausente retorne.
5 - Como fica a situação dos bens móveis? Porque?
Eles são convertidos em bens imóveis. Porque é mais fácil a administração.
6 - Qual é a condição daquele que foi excluído da sucessão provisória? 
O herdeiro que, tendo direito à posse provisória, salvo os descendentes, ascendentes e cônjuge ou companheiro, se não puderem prestar a garantia exigida, será excluído da posse provisória, e a sua parte será entregue a outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste a garantia ou a um curador que a administre.
7 -Se no prazo da sucessão provisória o ausente não retorna, como ficam os bens?
.
8 - Em qual momento o sucessor provisório poderá trocar os bens do ausente?
9 - O que é a comoriência?
Comoriência é um termo do Direito Civil que indica presunção legal de morte simultânea de duas ou mais pessoas ligadas por vínculos sucessórios. Quando não se sabe quem morreu primeiro, presumem-se simultâneos.
10 - Como é a questão da garantia da fase da sucessão provisória, quem deverá dar a garantia e quem não precisará?
Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. Cônjuges e filhos não precisarão dar a garantias. Irmãos, primos e outros parentes, sim, precisarão dar as garantias.
11 - Se na fase da sucessão definitiva, o ausente reaparecer, como fica a situação do sucessor?
Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Extinção da pessoa natural 
1-Introdução
Art.6º CC- 1ª parte 
A parada do sistema cardiorrespiratório indica a cessação das funções vitais do individuo, levando-o ao falecimento.
Deve ser atestado por médico.
O falecimento deve ser levado a registro de acordo com a LRP.
2-Efeitos:
-Extinção do poder familiar.
-Dissolução do vínculo conjugal
-Abertura da sucessão
-Extinção dos contratos personalíssimos. (Intuito personae)
-Alguns direitos da personalidade perduram até depois da morte. (post mortem)
3-Espécies:
a)Morte Civil: Aquele onde o indivíduo vivo e considerado morto. É repudiado por nosso ordenamento jurídico, ser contrário ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Ex: Exclusão de herança por indignidade. Os descendentes do herdeiro excluído, o sucedem como se ele morto fosse.
b)Morte Real: A extinção do sopro da vida
c)Morte Presumida: Presume-se que morreu. Ex. Estava no navio que naufragou.O CC admite a morte presumida, quanto aos ausentes 
Enquanto não houver o reconhecimento judicial da morte presumida, nos casos em que a lei autoriza a sucessão definitiva, os bens não serão transferidos para seus sucessores 
A declaração de morte presumida não ocorre apenas em caso de ausência. Vide Art.7º.
4-Ausência:
Estado de fato em que uma pessoa desaparece de seu domicilio, sem deixar qualquer notícia.
O CC reconhece a ausência como morte presumida, mas antes um longo caminho deverá ser percorrido.
No CC de 16, os ausentes eram enquadrados como absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. O que se buscava na verdade, era tutelar o patrimônio do ausente, disciplinando gradativamente sua sucessão, sempre com a cautela do retorno. Não havia, no caso, uma incapacidade por ausência e sim a intenção de proteger os bens e os interesses, devido a incompatibilidade do abandono do domicilio e a conservação dos direitos.
4.1-O longo caminho começa com a curadoria dos bens.
Desaparecendo de seu domicilio sem deixar representante, terá uma massa patrimonial sem ter quem a administre. Art.22
Assim, a requerimento de qualquer interesse direto ou mesmo do MP, o juiz reconhecerá tal circunstância, com a declaração e ausência, nomeando curador, que passará a gerir os negócios do ausente até o seu retorno.
O juiz fixará poderes seguindo a ordem:
1º-Cônjuge – se não for separado judicialmente. 
2º-Pais ou filhos – não ascendentes em geral. 
3º-Descendentes, preferindo os mais próximos.
4º-Qualquer pessoa a escolha do juiz.
Art.25.
4.2-Sucessão provisória 
Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou três anos com representante ou procurador, podem os interessados requerer que se declare a ausência e abra provisoriamente a sucessão. Art. 26 
Tudo por cautela.
Reveste o legislador da exigência de garantias da restituição dos bens, em que os herdeiros se apossaram provisoriamente. 
Art.30-Da garantia de bens no mesmo valor em que recebeu 
Art.30 p 1º-Da exclusão- menos filhos e esposa- Art. 34 Requerer que lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. 
Art.31-Evitar ruína 
Bens móveis. Conversão em imóveis. Art. 29
Das rendas. Art.33
Ausência injustificada. Art.33 p.U
4.3-Sucessão definitiva 
Após 10 anos, conversão da provisória em definitiva- art. 37
Pessoas idosas e a ausência – art. 38
No final de 10 anos, se o ausente não regressar, e não tiver herdeiros, os bens vão para o Estado.
4.3-Retorno do ausente:
Na 1ª fase, da arrecadação dos bens, não terá prejuízo em relação aos bens.
Na 2ª faz, de forma voluntária e injustificada. Art.33
Se voltar depois de 10 anos, recebe de volta os bens que ainda restam, no estado que estiverem, ou os que forem colocados em seu lugar.
5-Morte simultânea ou comoriência:
Art.8
João e Maria casados, sem descendentes ou ascendentes.
João primo de Maria
Maria prima de Marcos
João falece 10 minutos antes de Maria, os bens são transferidos para Maria e Marcos nada recebe.
O mesmo no inverso.
Se morrem na mesma hora os dois primos recebem a herança, pertencente a cada sucedido.

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