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De forma diferente ao que ocorre com o clado Excavata, muitos protistas são pluricelulares e uma nomenclatura específica é dada a algumas partes do corpo ou do próprio organismo. O conceito de alguns termos comuns são subsequentemente sumarizados: Gametófito: organismo pluricelular haploide (n). Esporófito: organismo pluricelular diploide (2n). Gameta: célula que durante seu ciclo necessita de outra célula para dar continuidade ao seu desenvolvimento, isso ocorre com a fecundação e formação de zigoto. Na maioria das vezes ocorre Oogamia, onde temos o gameta masculino móvel (Anterozóide) e o gameta feminino séssil (Oosfera). Esporo: célula que durante seu ciclo de vida pode encistar ou produzir outro organismo sem ocorrer fecundação. Quando ela é móvel designa-se zoóporo. Quando ela provém de um organismo haploide é chamada de meiósporo. CLADO CHROMOALVEOLATA Protistas unicelulares ou pluricelulares, com pigmentos fotossintéticos ou não, maioria de vida livre, bastante diversificados em relação aos seus ciclos de vida, mas na maioria das vezes, as espécies de vida livre apresentam Ciclo Oogâmico. A membrana com alvéolos é a característica morfológica mais marcante, capaz de identificar o clado. Dois grupos principais e sete filos podem ser reconhecidos: Stramenopila e Alveolata. Stramenopila (= Heterocontas) Alveolata Filo Oomycota Filo Dinophyta Filo Bacillariophyta Filo Apicomplexa Filo Phaeophyta Filo Ciliophora Filo Chrysophyta Stramenopila (= Heterocontas) Inclui quatro filos de organismos marinhos ou de água doce, maioria pluricelulares, que podem ser reconhecidos pela presença de anterozoides ou zoósporos com flagelos de dois tipos: chicote e pinado. A presença de flagelo do tipo pinado é exclusivamente encontrado em membros desse grupo. 1. Filo Oomycota Este filo inclui cerca de 1000 espécies de organismos aquáticos ou terrestres (mas sempre em dado momento do ciclo de vida necessitam água) de vida livre ou parasitos, conhecidos popularmente como fungos d’água, tendo em vista sua superficial semelhança com fungos. Tipicamente as células possuem parede celular de derivados da quitina e, menos comumente celulose, além de armazenarem glicogênio. Diversos Oomicetos Terrestres são importantes Patógenos de Plantas: Plasmopora viticola (causa o míldio da videira) e o gênero Phytophthora que causa doenças em várias culturas agrícolas (cacau, maça, soja, fumo, citros, etc.). Em Saprolegnia há produção de esporófitos (2n) masculinos e femininos. A reprodução assexuada se dá pela produção de zoosporos, que podem diretamente originar um novo indivíduo ou encistar e produzir novamente zooporos secundários, esses, por sua vez é que irão germinar e produzir novos indivíduos (como no desenho abaixo). A reprodução sexuada se dá pela produção de anterogônios nos esporófitos masculinos, que irão produzir anterídeos não flagelados após meiose e Oogonios que irão produzir Oosferas após meiose. Filamentos de esporófito masculinos se entrelaçam ao feminino e há a liberação dos anterídeos diretamente no interior do Oogônio maduro, ocorrendo fecundação e formação do zigoto que irá produzir um cisto, que em condições favoráveis irá germinar em um novo esporófito. Plasmopora vitícola é parasito em videiras. O ciclo ocorre no interior da folha da parreira e a ilustração abaixo detalha o ciclo. Nota-se que, a exemplo de Saprolegnia, a maior parte do ciclo de vida se dá como diploide e a fase haploide é restrita a Oosfera e aos anterídeos. 2. Filo Bacillariophyta Conhecidas popularmente como diatomáceas o filo inclui 100.000 spp. de organismos unicelulares ou coloniais, aquáticos de agua salgada e doce, sendo importantes constituintes do fitoplâncton. Dentre as principais características do grupo está a parede celular constituída de sílica e compondo duas valvas, que se encaixam de maneira semelhante a uma placa de petri. Reprodução normalmente assexuada. Armazenam Crisolaminarina e possuem clorofila “a” e “c”. Estima-se que 25% da produção primária dos oceanos é resultado da atividade das diatomáceas, sendo elas os principais constituintes do fitoplancton. Em Lithosdemium a maior parte do ciclo de vida é unicelular diploide. A rprodução sexuada se dá quando indivíduos femininos sofrem meiose e depois mitose originando 4 células, dessas três degeneram e apenas uma (oosfera) sobrevive, sendo liberada no meio. Nos indivíduos masculinos a sucessivas mitose originando vários núcleos que posteriormente sofrem meiose e se desenvovem em anterozoides. Quando maturos tanto as oosferas quando os anterozoides são liberados no meio, onde ocorre a fecundação e formação do zigoto. Posteriormente o zigoto era se diferenciar na célula diploide adulta, reiniciando o ciclo. 3. Filo Phaeophyta Cerca de 1500 espécies conhecidas como algas pardas, quase todas são marinhas e muitas espécies formam verdadeiras florestas submersas (“kelps”). As espécies armazenam Laminarina e a parede celular inclui celulose embebida em matriz mucilaginosa de algina. Pigmentos fotossintéticos inclui clorofila “a” e “c” mascaradas por fucoxantinas. O corpo pluricelular é designado talo e em muitas espécies ele é diferenciado em estipe (estrutura semelhante a um caule), lâmina (estrutura semelhante a uma folha) e rizoide (estrutura de fixação semelhante a uma raiz). Algumas espécies, como Sargassum, apresentam ainda estruturas flutuadoras (vesículas cheias de ar). No ciclo de vida de Laminaria flexicaulis o esporófito (2n) irá produzir esporângeos uninucleados que sofrem meiose produzindo, subsequentemente diversos núcleos (n) por mitoses sucessívas. Esses núcleos ganharam maturidade se tornando móveis e sendo liberados no meio na forma de meiosporos. Esses meiosporos irão produzir organismos filamentosos gametofíticos masculinos e femininos. Os gametófitos masculinos irão produzir no interior de gametângios anterozóides que quando maturos serão liberados no meio. Os gametófitos femininos irão produzir no interior de gametangios a oosfera. Os anterozóides irão fecundar a oosfera e o desenvolvimento inicial do esporófito se dará no gametófito feminino. Posteriormente o esporófito será liberado reiniciando o ciclo. Em Fucus vesiculosus existe esporófito masculino e feminino, a meiose ocorre no interior do conceptáculo. O indivíduo masculino produzirá anterozoides e o feminino produzirá Oosferas, e contrário de Laminaria a fecundação se dá no meio, originando zigoto e posteriormente o esporófito jovem. Não há fase gametofítica pluricelular e o ciclo de vida é mais simples do que em Laminaria. 4. Filo Chrysophyta Cerca de 1000 espécies conhecidas como algas douradas, ocorrem principalmente em ambientes de água doce. Armazenam crisolaminarina e a parede celular é ausente, revestida por escamas de sílica ou sílica e celulose. Pigmentos fotossintéticos inclui clorofila “a” e “c” mascaradas por fucoxantinas. Alveolata Inclui três filos de organismos unicelulares ou coloniais de vida livre ou parasitos, principalmente heterotróficos. 1. Filo Dinophyta (ou Dinoflagellata) São os dinoflagelados e incluem mais de 4000 espécies unicelulares, aquáticas, marinhas ou de água doce que se caracterizam pelo corpo revestido de placasde celulose ou outras substâncias logo acima dos alvéolos e pelos flagelos em sulcos entre essas placas. Espécies heterotróficas e autótrofas, os pigmentos fotossintéticos inclui clorofila “a” e “c” mascaradas por caratenóides. Muitas espécies simbiontes. Importantes constituintes do fitoplâncton. No ciclo de vida de Glenodium a maior parte da vida do organismo é unicelular haploide. Em condições de estresse o organismo pode encistar e quando voltarem as condições favoráveis ele produzirá 2 ou mais organismos por simples divisão mitótica. A reprodução sexuada ocorre quando o organismo haploide produz 2-4 células filhas que serão liberadas no meio na forma de gametas. Normalmente ocorre isogamia (como no exemplo) ou anisogamia. O zigoto é o única momento no ciclo de vida que o organismo é diploide e a meiose ocorre no próprio zigoto. 2. Filo Apicomplexa Cerca de 5000 espécies de organismos unicelulares parasitos de invertebrados e vertebrados que se caracterizam pela presença do Complexo apical, estrutura celular diferenciada exclusiva do grupo, que serve para penetrar ou ancorar na célula do hospedeiro. A malária é um exemplo de doença causada pelo apicomplexo Plasmodium sp. 3. Filo Ciliophora Conhecidos popularmente como ciliados incluem protistas comuns, tais como Vorticella e Paramecium, muitos deles, embora unicelulares, apresentam estruturas complexas. Alguns podem apresentar teca de sílica e ou substâncias orgânicas. A presença de cílios é comum no filo, e seu movimento é garantido por complexa estrutura de filamentos que entram em contato com o corpo basasl dos cílios. Essas estruturas podem ser usadas para a locomoção ou para a captura de alimento. Muitas espécies são livre natantes, outras são sésseis e podem apresentar estruturas diferenciadas para a realização de movimentos (tal como a mionema de Vorticella). Morfologia de Paramecium sp.
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