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Direito Constitucional II / Caso concreto 01 - Resposta

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AULA 01 
 
Prova: 29º Exame de Ordem - 1ª fase 
 
1 - Considerando as normas constitucionais acerca da estrutura federal 
brasileira na Constituição, julgue os itens abaixo (C – Certo /E- Errado): 
 
I. No sistema constitucional positivo do Brasil, os municípios são 
integrantes da Federação, apesar de não possuírem as mesmas 
competências e os mesmos poderes da União e dos Estados. CERTO 
 
II. Dos municípios do Distrito Federal, Brasília é a capital dessa unidade 
da Federação, a qual acumula as competências dos estados-membros 
e dos municípios. ERRADO. O Distrito Federal é uma Unidade da 
Federação, porém, de natureza híbrida, pois possui algumas 
características de Estado e outras de município. A Constituição 
Federal em seu art. 32 veda sua divisão em municípios. Além disso, 
Brasília não é a capital dessa federação, e sim a Capital Federal. 
 
III. Considere a seguinte situação hipotética: Em um determinado Estado 
da Federação, o governador deixou de cumprir decisões do tribunal 
de justiça, o qual, mediante requerimento da parte interessada, 
comunicou a desobediência ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), 
para fins de intervenção federal. O STJ julgou procedente o pedido de 
intervenção federal e, após gestões inúteis, decretou a intervenção no 
Estado. Na situação apresentada, o STJ agiu conforme lhe autoriza a 
Constituição. ERRADO. Há dois equívocos: I- A competência para 
decretar e executar tal intervenção é Privativa do Presidente da 
República – Art. 84, X ; II – O requerimento deve ser encaminhado 
ao Superior Tribunal Federal. 
 
IV. Considere a seguinte situação hipotética: Dois Estados-membros 
vizinhos constataram que em suas populações havia o desejo de 
unirem-se em uma só unidade da Federação. Em face disso, cada um 
realizou plebiscito no respectivo território, sendo aprovada a fusão 
entre ambos. O resultado dos plebiscitos foi comunicado ao 
Congresso Nacional, que o aprovou, por lei complementar, dando 
nascimento ao novo Estado. Nesse caso, foi constitucionalmente 
válida a criação da nova unidade da Federação. CERTO 
 
A) I - E; II - E; III - E; IV - C; 
B) I - C; II - E; III - E; IV - C; 
C) I - C; II - C; III - E; IV - E; 
D) I - E; II - C; III - E; IV - E. 
 
 
 
 
 
Prova: 23º Exame de Ordem - 1ª fase 
 
2 - No que tange à Federação Brasileira, é lícito afirmar: 
 
1. A forma federativa de Estado acolhida no Brasil, segundo os princípios 
essenciais que a presidem, admite a secessão de Estados 
federados; ERRADO. A forma federativa do Estado brasileiro é indissolúvel 
- Cláusula Pétrea da Constituição Federal de 1988 (ART. 1º, CAPUT). 
*(Secessão significa o direito que um Estado tem de se separar do país ao 
qual pertença como estado). 
 
2. É facultado à União intervir, diretamente nos Estados federados; 
ERRADO. A interferência direta feriria a autonomia dos Estados. 
Apenas em algumas hipóteses estabelecidas nos art. 34; 35 e 36 da CRFB, 
uma intervenção pode ser realizada. 
 
3. As leis orgânicas municipais são votadas e promulgadas pelas respectivas 
Câmaras municipais, não se expondo ao poder de sanção ou de veto dos 
Prefeitos Municipais; CERTO. 
 
3. a decretação de estado de sítio, pelo Presidente da República, no caso de 
comoção grave de repercussão nacional, independe de autorização do 
Congresso Nacional e não poderá ser por prazo superior a trinta dias 
improrrogável em qualquer hipótese. 
ERRADO. A decretação do estado de sítio, pelo Presidente da República, 
depende de autorização do congresso Nacional / Art. 137, CRFB. 
Ademais, embora sua duração não possa ser superior a 30 dias, poderá sim 
ser prorrogada sucessivamente enquanto perdurar a situação anômala, 
contudo, sempre observando a determinação do prazo máximo fixado - 
trinta dias para cada prorrogação deferida. 
 
 
 
Caso Concreto: 
 
O Decreto Legislativo n 136/2011 dispõe sobre a realização de plebiscito para a 
criação do Estado de Carajás, nos termos do inciso XV do art.49 da Constituição 
Federal, enquanto, por sua vez, o Decreto Legislativo n 137/2011 convocou 
plebiscito sobre a criação do estado do Tapajós. 
 
Vale ressaltar, que os parlamentares foram responsáveis pela definição 
territorial do suposto novo estado caso fosse aprovado no plebiscito. 
 
Informe quais seriam os possíveis resultados do plebiscito? 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA: 
 
Situação-01: 
(Decretos Legislativos 136/2011 e 137/2011). 
Após a realização de Plebiscito o povo diz não ser a favor da separação do 
Estado do Pará (desmembramento) para a formação de dois novos Estados 
(Carajás e Tapajós). 
Neste caso, o procedimento não seguirá, pois como o Congresso Nacional é 
vinculado à vontade do povo, não poderá aprovar qualquer Projeto de Lei 
Complementar a contrariando. 
A democracia Direta (Plebiscito) prevaleceria sobre a Democracia 
Representativa. 
 
Situação-02: 
O povo respondeu favoravelmente à formação dos novos Estados. 
Os Estados podem se desmembrar para formarem novos Estados mediante: 
* Aprovação da população diretamente interessada através de plebiscito; 
* Do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 
Nesta segunda hipótese, a decorrência desse processo seria: 
1- O POVO AUTORIZAR A CRIAÇÃO DO NOVO ESTADO: 
Segundo entendimento do (STF) em 2011, em caso de desmembramento, 
a população diretamente interessada (não somente a população do 
território a ser desmembrado, mas a de todo o Estado-membro, no 
exemplo citado, a população de todo o Estado do Pará) deveria ser ouvida 
através de plebiscito. Se a população decidisse pelo sim, em favor da 
divisão do povo do Pará para a formação dos novos estados de Carajós e 
Tapajós, eles seriam criados por subdivisão. (art. 18 § 3º, CF/88). 
2- O PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR SER APROVADO PELO 
CONGRESSO NACIONAL: 
O Projeto de Lei Complementar tramitaria e o Congresso Nacional 
avaliaria a conveniência ou desarrazoamento da criação dos novos 
Estados. 
(Se o Congresso Nacional aprovasse o Projeto de Lei, ainda assim o 
Presidente da República poderia vetá-lo ou sancioná-lo, pois tem 
autonomia para contrariar o povo em nome do bem coletivo). 
 
3- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PROMULGAR, SANCIONAR, E 
DETERMINAR A PUBLICAÇÃO DA REFERIDA LEI, QUE TRATARIA 
DA NOVA DISPOSIÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL.

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