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SATEPSI Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos Técnicas de Avaliação Psicológicas II Justificativa Apesar dos Testes Psicológicos oferecerem sustentação para firmar a Psicologia enquanto ciência, no Brasil, esses instrumentos passaram a ser questionados em diversas instâncias. Questionamento Inserção no mercado de trabalho = aprovação psicotécnicos População geral Justificativa Crítica à Psicologia: Desprovida de métodos precisos de avaliação. Segundo esses críticos, seus resultados seriam imprecisos em função da sua forte tônica subjetiva, sujeita a análises diferenciadas, dependendo e variando em função daquele que avalia, e não de uma fundamentação teórica e metodológica estruturada. Justificativa É fundamental... cuidar dos critérios que atestam a qualidade de aferição dos instrumentos avaliar as condições mínimas de instrumentos válidos para fornecer ao psicólogo uma referência para a escolha dos procedimentos mais apropriados à realização de Avaliações Psicológicas. O contexto... No início, nas décadas de 40 a 60, os testes foram muito valorizados, ocorrendo muitas traduções e adaptações Entre os psicólogos, a crença na importância e na eficácia dos testes oscilou ou sofreu alterações desde o momento de institucionalização da Psicologia no Brasil até os dias atuais E aqui, quem é a favor? Quem é contra? Pq? Os problemas A utilização inadequada dos testes por profissionais mal preparados A reedição e a comercialização de testes, ao longo de décadas, sem qualquer estudo de revisão de suas propriedades psicométricas A banalização de diversos instrumentos, com a venda em estabelecimentos impróprios e para qualquer interessado As denúncias e flagrantes de irregularidades, como a aplicação simplificada, realizada em auditórios lotados, e laudos com informações estranhas às possibilidades dos testes Processos éticos e número maior de denúncias e contestações judiciais de laudos psicológicos. Diante disso, em 1980, os conselhos de Psicologia, além de ações localizadas de fiscalização e promoção de eventos, constituíram uma comissão com a finalidade de sistematizar informações a respeito do problema. Os problemas O Código de Ética Profissional do Psicólogo, indica em seu I Princípio Fundamental, que a prática deste profissional deve estar embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos visando à “promoção da liberdade, da igualdade e da integridade do ser humano” (CFP, 2005. p.7). Ética e Avaliação Psicológica IBAP: Ética e Avaliação Psicológica (09/11/2011) - IBAP http://www.ibapnet.org.br/index.php?cd=23&descricao=etica_e_avaliacao_psicologica “São diversas as possibilidades de atuação do psicólogo e de forma ampla. Dentro de toda essa diversidade, é difícil pensar em qualquer atividade desempenhada por ele que não envolva Avaliação Psicológica (AP). Seja na clínica, na empresa, na escola, na comunidade....sempre que o psicólogo promove a leitura de uma determinada situação empregando o conhecimento científico, está avaliando afim de propor uma intervenção que vise o bem comum, a melhoria/superação daquele contexto. É inevitável que esta prática tenha um impacto direto na vida do ser humano e assim, na sociedade, pois é justamente esta sua contribuição social. O ato de avaliar é para melhor compreender características do sujeito e assim contribuir em seu desenvolvimento, seja em sua carreira, em sua vida particular, e, em ambas as situações, está implícito o impacto social”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica “Seria ingenuidade admitir que quando se submete um sujeito a um processo de avaliação, está comprometida a ética no sentido de “enquadrar/limitar o sujeito”, ou até mesmo “discriminar”. Sempre que um processo é realizado de forma adequada, com instrumentos e técnicas pertinentes e por um profissional preparado, ou seja, tendo o conhecimento requerido para esta prática, os preceitos éticos são observados e respeitados. A falta ética se dá, por exemplo, no uso de testes psicológicos de forma isolada, desprovida de um processo, sem uma compreensão e preparo adequado, gerando conclusões singulares, ou seja, ignorando a complexidade e dinamismo do ser humano. Pode-se dizer então, que o fazer do psicólogo está diretamente ligado à qualidade de vida das pessoas, e sendo assim, a ética é o primeiro preceito desta atuação.”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica “A partir desta explanação, especificamente sobre a área de AP, o pano de fundo da ética esteve sempre em questão, muitas vezes por falta de conhecimento da área, por julgamentos precipitados e porque não dizer, pelo próprio processo de desenvolvimento do saber científico. Não é errado pensar que, nas cinco primeiras décadas do século XX, a falta de estudos nacionais acerca dos instrumentos e a consequente falta de normatização nacional, por si só era uma falta ética, afinal, pessoas foram avaliadas com base em parâmetros inadequados.”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica “Nos últimos anos, a maioria das denúncias por procedimentos com infrações éticas ao CFP é referente ao exercício da AP, como uso inadequado de técnicas, encaminhamentos incoerentes e falta de respaldo teórico em laudos (Anache & Reppold, 2010). Esta constatação indica que não se trata da área de conhecimento, mas sim da falta de preparo por parte dos profissionais, o que caracteriza a necessidade de uma formação permanente tendo em vista os avanços teóricos. Além da formação profissional é necessário que o psicólogo leve em consideração o contexto da solicitação afim de que possa realizar a interpretação das informações levantadas com assertividade. Existem ainda outros pontos práticos a serem observados num processo de avaliação psicológica como informar ao sujeito que será avaliado sobre o processo que será submetido, suas etapas, implicações, diagnóstico e sigilo profissional. Tão importante quando informar essas questões é a maneira como serão informadas, em linguagem clara, compatível com a compreensão do sujeito avaliado.”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica “Neste sentido, diversas iniciativas foram tomadas visando justamente dar suporte a uma prática adequada, garantindo assim, os preceitos éticos e consequentemente, o respeito ao ser humano. Uma ação objetiva foi a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), que avalia os testes psicológicos e disponibiliza uma lista daqueles aptos à utilização, possibilitando ao profissional empregar os conhecimentos sustentados cientificamente. Outra iniciativa, esta em longo prazo, diz respeito à melhora na capacitação destes profissionais em relação ao uso dos testes, técnicas e procedimentos relacionados com a avaliação psicológica. Este assunto vem sendo discutido em diversos âmbitos a fim de superar uma deficiência no ensino da Psicologia”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica “A criação de órgãos especializados, de cursos de especialização, o aumento na carga horária referente às disciplinas ligadas à AP nos cursos de graduação, e o reconhecimento enquanto especialidade do psicólogo são questões práticas que já foram ou estão sendo discutidas com frequência. Essas mudanças e iniciativas evidenciam o esforço dos profissionais em acompanhar as mudanças ocorridas em diferentes momentos políticos e sociais do nosso país, buscando adequar práticas profissionais às transformações sócio-históricas.”. (Fernando Pessotto) Ética e Avaliação Psicológica I Fórum de Avaliação Psicológica (2000) Comissão de especialistas Guia de Instrumentos Psicológicos Fundamentação Teórica Processo de Construção do teste Fidedignidade Normas Padronização Validade Resolução CFP no 025/01, em novembro de 2001 processo de controle de qualidade dos testes no Brasil, estabelecendo-se as condições mínimas para elaboração, comercialização e uso desses instrumentos e instituindo-se um prazo de três meses para que os responsáveis pelos testes remetessem exemplares dos Testes Psicológicos para análise. Resoluções no 001/2002 e 17/2002 regulamentam a Avaliação Psicológica em concursos públicos e institui o manual de elaboração de documentos escritos decorrentes de Avaliação Psicológica. I Fórum de Avaliação Psicológica (2000) Resolução 02/2003 6 de novembro de 2003 Instituído o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos – SATEPSI, hospedado no site POL (www.pol.org.br). No período de março de 2003 a maio de 2004, foram avaliados 106 Testes Psicológicos. Todo o processo de avaliação foi transformado num banco de dados que gerou a criação do SATEPSI Resolução 02/2003 A Lei 4119/62, Art. 13 §1º caracteriza que o psicólogo poderá utilizar métodos e técnicas psicológicas com os seguintes objetivos: diagnóstico psicológico, orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento. A Resolução CFP nº 002/2003, em seu Art. 3º, definiu os requisitos mínimos que os instrumentos devem possuir para serem reconhecidos como testes psicológicos. Fluxograma SATEPSI A criação do SATEPSI Objetivo: sistematizar um banco de dados atualizado de todas as avaliações de Testes Psicológicos realizadas, historiando o processo desde o recebimento até a sua etapa final. É uma ferramenta pela qual qualquer pessoa poderá cadastrar seu Teste Psicológico, constituindo uma relação de Testes Psicológicos utilizados e/ou existentes no Brasil. Requisitos mínimos para os testes Um manual detalhando a fundamentação teórica As evidências empíricas de validade e precisão com amostras brasileiras O sistema de correção e interpretação dos escores Os procedimentos de aplicação e correção, bem como as condições nas quais o teste deve ser aplicado A literatura científica relacionada ao instrumento Parecer desfavorável do SATEPSI Impede que o Teste Psicológico possa ser usado para prestar serviços profissionais, mas não impede, em absoluto, o uso do teste como objeto de estudo numa pesquisa. SATEPSI: Testes aprovados Apenas 159 testes estão com parecer favorável pelo SATEPSI 280 testes avaliados 108 Desfavoráveis 13 em análise
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