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Resenha Crítica de Como Nos Tornámos Humanos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CURSO DE HISTÓRIA 
PRÉ-HISTÓRIA 
PROFESSORA: ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS 
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO NOS TORNÁMOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2013 
 
 
 
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO NOS TORNÁMOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 Resenha crítica apresentada como atividade complementar 
 Para a disciplina de Pré-História, pelo Curso de História da 
 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ministrada 
 pela professora doutora Ana Catarina Ramos. 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2013 
COMO NOS TORNÁMOS HUMANOS 
 
CUNHA, Eugénia. Como Nos Tornámos Humanos. Coimbra: Imprensa da Universidade de 
Coimbra, 2010. 154p. ISBN 978-989-26-0024-6. 
 
Esta obra, que tem por autora, a pesquisadora e professora doutora em biologia, Eugénia 
Cunha, usa de uma linguagem simples e objetiva para propor e responder questões comuns a 
história da origem do ser humano, e essas questões tem todo o desenrolar através da 
criatividade posta em prática por Eugénia Cunha. 
Como nos tornámos humanos se torna uma obra de muita importância pelas suas 
características, pela junção de sua linguagem objetiva com uma grande quantidade exposta de 
conhecimento, isso acaba por fazer a obra, um contexto universal, um contexto que tanto 
interessa o meio cientifico, como influencia todas as pessoas interessadas na evolução 
humana, e nesse contexto que se enquadram diversas teorias e comprovações acerca de nossos 
antepassados. 
Todas essas teorias e comprovações são expostas em suas cento e cinquenta e quatro páginas, 
dividas em: Preâmbulo: nosce te ipsum; Porque somos como somos; O homem como o único 
primata global; Perspectivar o tempo, “esse grande escultor” de formas humanas; Porquê 
África? ; Fossilização e ambientes fósseis; Breve história da Paleontologia Humana, os 
primeiros 150 anos; A primeira década do séc.XXI; Questões prévias: Hominíneos ou 
hominídeos; A história contada pelos fósseis; Os pré-humanos; A nova estrela 
paleontropológica: Ardipithecus; Australopithecus entra em cena; A especialização leva à 
extinção: os Paranthropus; Homo: os pioneiros; A autoria dos primeiros instrumentos líticos; 
Humanos verdadeiros; As inovações do Homo erectus; O primeiro êxodo africano: Dmanisi; 
Java; A colonização da Europa; Atapuerca; Os primeiros europeus; O tesouro do Plistocénico 
Médio; Sima de los Huesos; Outros habitantes europeus; A importância do fogo para sermos 
como somos; De volta a Ásia; De novo a África; Europa: e o Neandertal entra em palco; A 
percepção da morte: os enterramentos; Porque desapareceu uma criatura inteligente? 
Emergência e evolução do homem moderno; A perspectiva da paleontologia humana; África; 
Médio Oriente; Europa; O menino “português”; Extremo Oriente; Austrália: a primeira 
grande navegação humana; Por fim: as Américas; Testemunhos da genética para a origem do 
homem moderno; O depoimento da arqueologia; Os argumentos da linguística; Os Homo 
criativos; O Homem das flores; Bipedismo: Porquê e desde quando somos bípedes? ; 
Evolução cerebral: não é só uma questão de tamanho; Porque são os homens mais 
encefalizados que os outros primatas? ; A linguagem articulada: será possível conceber o 
nosso pensamento na ausência da linguagem? ; Que mudanças genéticas nos tornaram únicos? 
; E agora? 
A história evolutiva do homem sempre provoca diversas questões como “De onde vimos?”, 
“Para onde vamos?” e são essas questões que movem a história da evolução do homem, e 
diversas explicações são fundamentadas cada vez mais para achar pontos que definam de 
onde a espécie humana surgiu e se espalhou ao redor do mundo. As ferramentas mais antigas 
para esse estudo sempre foram os fósseis, que indicavam de uma forma concreta as pegadas, 
os esqueletos e davam uma grande noção de localização aos pesquisadores, com a constante 
renovação dos pensamentos para os estudos evolutivos, houve uma grande evolução na 
ciência também, graças ao gigantesco avanço tecnológico das últimas décadas que 
proporciona suposições fundamentadas mesmo com a ausência de evidências “concretas”, e é 
importante ressaltar que tudo isso apenas é possível pela ligação com outras ciências que 
auxiliam o desenvolvimento das pesquisas acerca do meio evolutivo humano. 
Com o passar dos anos, o tema que discorria sobre as origens do homem moderno ganhou 
muita importância no meio cientifico, e consequentemente, muita importância pelos meios de 
comunicação, que divulgavam os achados com o embasamento de o que foi achado contribui 
para descobrir nossas origens, e auxiliar na resposta de nossos mais antigos questionamentos. 
É incrível o fato de que o homem moderno possui uma grande semelhança com os primatas, e 
essas semelhanças indubitavelmente o ajudaram na adaptação nos mais inóspitos ambientes 
ao redor do globo. O homem conseguiu se tornar o único primata que se globalizou, o seu 
conhecimento conseguiu reconhecer o mundo e traçar teias entre todas as partes, fazendo 
laços políticos, econômicos e culturais. 
Para delimitar a história evolutiva do homem, é necessário o uso continuo do tempo físico, 
sua importância é para o entendimento e marcação dos acontecimentos e suas consequências 
para a evolução, um uso muito comum dentro do tempo físico, é o das gerações, é uma forma 
comum e simples (com o uso da árvore genealógica) de relatar sobre os antepassados. As 
condições climáticas e geomorfológicas da África acabaram por contribuir para a formação e 
expansão do homem moderno, toda a grande diversidade estrutural africana que foi 
constituída após a intensa movimentação tectônica, preparou o homem moderno para a 
adaptação e seus posteriores desafios no povoamento do resto da terra. 
Com toda essa diversidade estrutural presente na África, viu se o surgimento de diversos 
ambientes mistos, e com eles, novas formas de adaptação e diversificação surgiram, foi uma 
forma de acelerar a seleção natural nos habitats. Sempre existiu uma grande dificuldade no 
achado de fósseis, e atualmente essa dificuldade se reflete em uma grande escassez, podemos 
dividir em dois os grupos de fósseis, o primeiro se resume os indícios de pegadas e as fezes 
fossilizadas que são chamadas de coprólitos, e o segundo grupo se refere aos verdadeiros 
vestígios, os ossos e indicações de partes do corpo do achado. 
Alguns problemas também aparecem para a construção da linha do tempo da história 
evolutiva, podemos citar os problemas com a datação dos fósseis, algumas datações são 
aceitas em certas localidades enquanto em outras localidades não, outro grande problema é 
relacionado à veracidade dos itens que são postos em públicos, diversas farsas já foram postas 
em prática desde a ascensão midiática dos assuntos relacionados a origem do homem 
moderno, e um dos piores problema -senão o pior- é relacionado a exposição dos fosseis ao ar 
livre, muitos não resistem e perdem detalhes que seriam de extrema importância para o 
estudo. Graças às inicias descobertas de fósseis na Europa, foi um verdadeiro choque quando 
se questionou a origem do homem, e foi dito e comprovado que o homem surgiu na África, 
foram iniciadas diversas discussões no meio cientifico. 
O campo dapaleoantropologia obteve diversos crescimentos a partir da década de oitenta, e 
foram crescimentos que embasaram um grande potencial de crescimento com o avanço 
tecnológico que vinha cercando o campo evolutivo. O espaço que é voltado para as 
designações acerca dos fósseis é composto pela cronologia obtida pela datação, e a nomeação 
é dada por uma forma muito contestada, pois, retrata de uma forma que tende a fugir da 
realidade que era inserida por aquele animal, é uma forma de nomeação muito “artificial”. 
Muitos pesquisadores reconhecem a difícil atividade de nomear espécies, e por isso defendem 
uma forma mais simples para a sua divisão. 
Lembrando que para assimilar e estudar acerca do fóssil encontrado, é necessário ter levado 
em conta todo o conhecimento, todas as características têm que ser dissecadas, principalmente 
as que têm contato direto com o ambiente e o tempo que viveu o animal que viria a se tornar 
fonte de estudo, graças à fossilização. É enorme a ligação entre os humanos e os chimpanzés, 
há sete milhões de anos, surgem os seres que seriam classificados como as primeiras 
divergências entre as duas espécies. Nesse conceito de proximidade entre os primatas surgem 
debates no meio cientifico, principalmente em relação à datação e caracterização dos grupos. 
Em um espaço de tempo referente a um milhão de anos, surgem duas espécies que viriam a 
mudar todo o mundo, foi o Ardipithecus e o Australopithecus, o estudo acerca dessas 
espécies, fortaleceu o conhecimento da sociedade cientifica, aumentou as questões iniciais e 
os achados foram importantíssimos, como “Lucy” que é um dos achados mais conhecimentos 
pelo público mundial. 
Quais os fatores que levam a extinção de uma espécie? Essa foi uma das maiores questões 
postas pelos acadêmicos durante o estudo acerca da evolução humana, hoje, podemos dizer 
alguns dos fatores que contribuem decisivamente para a manutenção ou consequente extinção 
de uma espécie. As alterações climáticas sempre trouxeram grandes necessidades adaptativas 
para as espécies, que estavam acostumadas com um tipo de “fixismo”, as alterações climáticas 
trazem novos tipos de vegetação, novas buscas por alimentos, e outros tipo de especialização, 
tudo depende diretamente da força de adaptação e da flexibilidade das espécies, esse é o fator 
principal para a manutenção de qualquer grupo. 
O surgimento do Homo até hoje é uma das questões mais discutidas pelo meio cientifico, há 
uma grande incerteza na relação entre uma ligação entre os Australopithecus e os Homo, não 
são encontrados vestígios de uma possível relação, e isso deixa os pesquisadores em um meio 
de suposições e teorias que tendem a ser comprovadas com mais facilidade pelo forte avanço 
tecnológico. Os êxodos, segundos os estudos atuais, o primeiro aconteceu saindo do Rift 
Africano para Dmasini (Geórgia) e a Ilha de Java (Indónesia), são os vestígios nessas 
localidades que mostram registros de que a espécie teria deixado a África para as outras 
localidades do globo. 
O fogo, o elemento que mudou a forma de vida dos humanos, que trouxe novas formas de 
produção, auxiliou na caça e na segurança do grupo, e revolucionou os pilares do poder dos 
bandos, as consequências causadas pela descoberta no fogo “revolucionaram” e deram novos 
sentidos a evolução humana. Estudos indicam que o fogo foi um dos elementos que auxiliou o 
desenvolvimento da mente, um tipo de acelerador que influenciava diretamente no 
pensamento de nossos antepassados, que o fez pensar além de sua capacidade, o pensar no 
sonho, no dia de amanhã. 
Depois do êxodo (abordado anteriormente) os habitantes que chegaram à Ásia, acabaram por 
se estabelecer e com isso houve um intenso surgimento de novas espécies, estudos recentes na 
área evidenciaram grandes descobertas como o “Homem de Pequim” na China. É de extrema 
importância destacar o fato de que mesmo com o êxodo que levou os hominídeos para fora do 
continente africano, também os levou a povoar o próprio continente africano, os hominídeos 
se dispersaram de tal forma, que pesquisas indicam diversos pontos de encontro de fósseis por 
toda a África. 
Um ponto que sempre provocou curiosidade e diversos estudos foi o tratamento da morte 
pelos hominídeos, como eles reagiam à morte? E as explicações mais difundidas relatam que 
com a evolução dos hominídeos, mais importância era dada ao rito funerário, eles possuíam 
noção de que aquele integrante do grupo havia partido, e que agora teriam que seguir sua 
jornada pela sobrevivência sem ele. 
Um fato tão curioso como a evolução dos hominídeos, e provavelmente é a maior questão 
relacionada à outra espécie, como se extinguiram os Neandertais? Eram detentores de um 
conhecimento incrível, possuíam um cérebro maior do que os Homo, as explicações são 
diversas, a provável ascensão do Homo sapiens teria causado uma alta taxa de mortalidade 
nos Neandertais, pois, houve contato entre as duas espécies, outros estudiosos dizem que o 
Homo sapiens era violento e contribuiu de uma forma direta para a extinção Neandertal. 
A contribuição da genética para o desenvolvimento das pesquisas foi extremamente 
importante para chegarmos a esse ponto, a um ponto em que diversos estudos complexos 
sobre a história da evolução foram feitos, o estudo do DNA mitocondrial foi o ponto chave 
para as conexões genéticas que definiram o homem moderno, os estudos em que foram 
(apesar de falhas e algumas conclusões precipitadas, que mais tarde viriam ser consertadas) 
delineados os padrões que mostravam a grande similaridade entre os humanos, e explicavam a 
grande diversidade de nossa espécie, e a contribuição genética se deu também pela formação 
de alguns conceitos que trouxeram novos debates e questões para o meio cientifico, como a 
“Eva Genética”. 
Podemos concluir , afirmando que o grande poder de conteúdo abordado em suas divisões é 
incrível, trouxe uma ampla variedade de diversificação, foram postas no papel, novas e 
antigas teorias, e os questionamentos se tornaram inevitáveis, a autora consegue provocar uma 
grande reflexão em seus leitores, o seu maior feito foi conseguir provocar e expandir o 
conhecimento de todo público sobre a origem, e evolução do homem. 
Esta obra é recomenda para todas as pessoas, independente de suas formações, é uma obra 
para o público em geral, possui uma linguagem direta e com termos comuns, é essencial o 
entendimento dos pontos abordados, essencial para termos os pilares da origem humana 
difundidos pela sociedade, é um estudo que sempre traz novas mudanças, pois, a ciência é 
constante, e com o avanço tecnológico, tudo se torna possível, descobertas são os 
combustíveis para a formação de novas questões e consequentes buscas por respostas, e esta 
obra mostra de forma magnifica essa busca. 
Eugénia Cunha é pesquisadora e professora doutora na Universidade de Coimbra, seu foco 
está nas ciências forenses, podemos destacar que na Universidade de Coimbra ela é coordena 
o grupo de Antropologia forense, de onde podemos ver que foi forte a fundamentação dessa 
área em sua obra. 
 
 
 
Graduando do curso de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 1º Período.

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