Buscar

APOSTILA DE HISTORIA DO DIREITO2_20130901222242

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS
 HISTÓRICOS
 DO DIREITO 
 
HISTÓRIA DO DIREITO
Profº Miron Fernandes Dias
E-mail: no.rim@hotmail.com
 Elaborado por: Miron Fernandes Dias.
 Atualizada até: 2013
CAPÍTULO – I 
FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA DO DIREITO
 Afim que fosse dado uma maior dinâmica no estudo da Historia do Direito julgamos de bom alvitre efetuar o resumo de cada tópico para não deixar o acadêmico enfadonho com muitas informações que as vezes não preenche todos os anseios ou mesmo necessidades.
INTRODUÇÃO / CONCEITOS.
Ao iniciar o estudo dos fundamentos Históricos do Direito, cabe nos salientar e informar a todos aqueles que ao iniciar o curso de Direito saibam destacar sua importância e relevância dentro do sistema, e sendo assim é de suma importância avaliar todos os aspectos envolvidos para que não seja cometido os erros que foram cometidos na época. Ela possibilita a todos que tenham o conhecimento necessário para entender de forma dinâmica e com uma certa facilidade todos os fatores que foram capazes de criar e dar origem a inúmeros institutos que atualmente estão presentes no Direito Brasileiro e de todos os povos. Para inicio se faz necessário iniciar apontando os principais períodos históricos os quais são devidamente destacados:
PERÍODOS HISTÓRICOS
PRÉ-HISTORIA – no período pré histórico que vai ate a invenção da escrita (por volta de 4.000 ac.), pois nessa época começou a entender o que seria direito pois, era considerado a lei daquele que era dito o mais forte, que usava seu poder de império para sub julgar outras pessoas inclusive com conquistas de tribos que se rendiam a eles sem qualquer critério ou mesmo piedade. 
ANTIGUIDADE – do mundo antigo ou seja com a invenção da escrita até por volta da primeira metade do primeiro milênio, é aquela que muitos consideram como a queda do Império Romano do Ocidente, que se deu por volta do ano (476 dc), pois nessa época iniciou o crescimento do cristianismo na Europa inclusive com o domínio dos povos bárbaros e o hunos.
IDADE MÉDIA – Considerado como a idade media que vai até a queda de Constantinopla para os turcos otomanos em 1453 dc., que para muitos é realmente o período em que houve a queda definitiva do Império Romano. Pois nessa época Roma era dividido em duas grandes capitais o império do Oriente e o Império do Ocidente. 
IDADE MODERNA: Que vai da queda do império romano do oriente ou seja a queda da cidade de Constantinopla tomada pelos Turcos Otomanos ate o acontecimento denominado de Revolução Francesa em 1.789, ocorrido no dia 14 de Julho, com a queda da Bastilha. 
IDADE CONTEMPORANEA: Vai da revolução Francesa ou seja a Tomada de Bastilha, que deveras foi um marco senão o mais importante de toda Historia, pois foi sem sombra de duvidas a época das grandes transformações em todos os segmentos inclusive dando um avanço extraordinário no setor cultural e principalmente provocando transformações de toda ordem no atual Direito utilizado por todos os povos do mundo moderno, e período esse que perdura ate os dias atuais.
INTRODUÇÃO
1 – TODA CULTURA TEM ASPECTOS NORMATIVOS
È deveras de se ressaltar que todas as culturas tiveram uma contribuição impar com o Direito pois todas elas a seu modo ou seja de acordo com suas tradições contribuíram com todos os segmentos do Direito porque na realidade elas tinham como parâmetro principal a (Delimitação de padrões, regras e valores) para o convívio social. Em outros aspectos pode assegurar a uma Ordem social de forma justa e coerente, aliado ao fato de Unificar e manter uma coesão dentro de um grupo social. 
2 – DIREITO ARCAICO OU PRIMITIVO
> Direito arcaico é definido como aquele que é presente nas sociedades que não dispõem de textos jurídicos escritos, todos são baseados nos costumes. Não podemos olvidar, que os costumes foram os precursores do Direito, e que ate os tempos modernos temos constituições que são baseadas em Costumes como é o caso da Constituição Inglesa, também conhecida como Comunlaw. Os costumes são de grande relevâncias em todas as sociedades, pois é baseado em estudo do modo ou maneira que é conduzido determinada Lei ou mês estudo todo ele baseado em tradições. 
I – FORMAÇÃO DO DIREITO NAS SOCIEDADES PRIMITIVAS
 A formação do direito nas sociedades primitivas, sofreram transformações a longo prazo, pois não havia a tecnologia que é explorada na época atual, com isso a evolução e mesmo a formação do Direito nessas Sociedades, tiveram suas alterações a passos lentos, que por tempos remotos foram todos calcados nos Costumes.
1 – SUA ORIGEM
 A Historia apresenta de forma sucinta toda a origem do Direito, ou seja, não só a disciplina denominada ciência do Direito mas todas as demais áreas do ensino que mesmo tendo a modernidade a seu favor, não é plena, e sempre deve recorrer aos primórdios da civilização para analisar o nascimento de todos os Institutos. E oportuno dizer que originariamente sua maior contribuição partiu da (base familiar), pois esta pode ser comparada a um país só que em pequenas proporções mas, se for analisado de forma sucinta, é deparado com a mesma situação, entretanto, o Pais é composto por varias famílias.
 No segundo momento, pode ser eleito como fonte (as tradições), pois estas são determinantes em todo o processo evolutivo principalmente do Direito, pois nesse momento, as tradições são transferidas de pais ate as futuras gerações, e quando há uma distorção que venha prejudicar tais tradições é invocado o DIREITO, para através de Leis ou mesmo através do Poder de Império do ESTADO, para reconduzi-las e fixar dentro dos parâmetros legais.
 Pode ser citado ainda como uma terceira origem na formação do Direito (a religião), haja vista que está, tem uma influência incomensurável na formação de todos os cidadãos. A religião teve seu auge na Idade media, pois foi de uma extrema força, houve abusos de toda ordem, devido ao seu poder que foi quase ilimitado, esta participou maciçamente da formação e constituição do Direito, inclusive temos o famoso DIREITO CANONICO que é calcado puramente em aspectos religiosos. Pode ser vivenciado atualmente as grandes transformações com o fanatismo exacerbado em certas religiões, na idade media foi observado o termo GUERRA SANTA, que para um bom religioso, jamais uma guerra seria SANTA, entretanto quem fosse contrario aos ensinamentos religiosos, era na idade media sacrificado aos deuses infernais. E isso apesar de participar de forma decisiva na formação do Direito também incorreu em abusos de toda ordem.
2 – ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO
 Nas sociedades antigas tanto as leis quanto aos códigos foram expressões da vontade divina revelada mediante imposição de legisladores administradores que dispunham de privilégios dinásticos e de uma legitimidade garantida pela casta sacerdotal. Este momento inicial de um direito sagrado ritualizado, desenvolve-se na direção de praticas normativas, sendo portando denominado de (REVELAÇÕES DIVINAS).
 
 O COSTUME aparece como expressão da legalidade de forma lenta e espontânea instrumentalizada pela repetição de atos, usos e práticas realizadas de forma contumaz. Outra regularidade desse processo normativo foi a longa e progressiva evolução das obrigações e dos deveres jurídicos da condição do status social de cada um (as obrigações são fixadas na sociedade de conformidade com o status que ocupam seus membros). 
 O direito que passa na etapa final ser um processo a ser identificado pela lei, pois, o direito primitivo não era legislado as populações que por sua vez não conheciam a escritura formal e suas regras, por isso mantinham e conservavam pela tradição. Nesse sentido caracteriza como um estado evolutivo denominado de (direitoidentificado com a lei).
II – CARACTERÍSTICAS E FONTES DO DIREITO ARCAICO
1 – CARACTERÍSTICAS
 Inúmeras características são componentes de fontes de formação do direito no período arcaico dentre eles pode ser iniciado através de um aspecto fundamente pois (Não era legislado ou escrito), sim baseado nos costumes de cada povo.
 Outra características a ser identificado era que (Cada sociedade possuía um direito único) isso fez com que houvesse um crescimento maciço de sociedades radicais que principalmente na idade media queriam impor a povos sub julgados por eles suas crenças por isso foi um período negro de nossa historia
 
 Temos ainda a (Diversidade dos direitos não escritos), que era adotado por cada povo, no período arcaico e notado o surgimento de varias codificações que se tornaram famosas e que muitos dispositivos foram copiados ate os dias atuas, contudo com o devido tempero e rigor da Lei que era aplicado naquela época. Dentre eles temos a Legislação Mosaica, o Código de Hamurabi, o Código de Manu, a Lei das XII Tabuas, o alcorão e a Carta Magna, que foram instrumentos consuetudinários de nosso ordenamento jurídico.
 Diante desses aspectos não podemos esquecer que o direito foi altamente (Influenciados e subordinados a práticas religiosas), que os povos cultuavam, e deve ser mencionado que ate os tempos atuais temos Leis calcadas estritamente em religião dentre eles o mais famoso e que é praticado pelos mulçumanos seria o ALCORÃO.
 
 Naquele período pode se dizer que São direitos “em nascimento”, mesmo porque a formação de direito foi gradativa e lenta, onde houve a compilação de vários sistemas, para fundir no direito atual, e seu nascimento foi um processo que deveras demandou em um longo tempo e as transformações no período arcaico foi de uma morosidade imensurável.
FONTES:
 Como explica Vitor Frederico Kumpel, as fontes são as formas de expressão do direito positivo, sendo caracterizado como meios de exteriorização e reconhecimento de normas jurídicas. A expressão fonte do direito ainda pode ser entendida como a origem ou causa do direito ou ainda o repositório de onde é possível extrair informações e o próprio conhecimento sobre o direito. E dentre essas fontes temos:
.
- COSTUMES, este eram extraídos das praticas costumeiras de cada época, e as vezes era considerado injusto tendo em vista que os costumes nunca são iguais em todas as comunidades.
- PRECEITOS VERBAIS – Dito por um cidadão considerado como um magistrado que tinha recebido ordens expressas de um rei ou mesmo era eleito pelo povo.
- DECISÕES PELA TRADIÇÃO. – Este era deveras de uma grande injustiça tendo em vista que nem sempre as tradições sobrepõem a Justiça e nesse caso podemos citar o caso de Egregora na mais famosa Tragédia Grega.
III – FUNÇÕES E FUNDAMENTOS DO DIREITO NA SOCIEDADE PRIMITIVA
 Para explicar esses dois pontos é usada a linha de pensamento de Malinowski, conforme as seguintes passagens:
 
 Inicialmente, constata-se que em cada cultura humana desenvolve-se um corpo de obrigações, proibições e leis que devem ser cumpridas por motivos práticos, morais ou emocionais... além das regras jurídicas sancionadas por um aparato social com poderosa força cogente, subexistem outros tipos diferenciados de normas tradicionais gerados por motivos psicológicos”. Nesse primeiro momento trata-se do DESENVOLVIMENTO DO DIREITO.
 
 As regras de direito civil caracterizadas por uma certa flexibilidade e abrangência... compreendiam um conjunto de ‘obrigações impositivas consideradas como justas por uns e reconhecidas como um dever pelos outros, cujo cumprimento se assegura por um mecanismo específico de reciprocidade e publicidade inerentes à estrutura da sociedade”. Nesse caso notadamente pode ser observado a PRESENÇA DE UM DIREITO CIVIL ou seja do cidadão, aliado ao fato de verificar a INTEGRIDADE DO DIREITO EM UMA ESTRUTURA MAIOR.
 
 A função principal é, para Malinoski, liminar certas inclinações comuns... assegurando um modo ‘de cooperação baseada em concessões mútuas e em sacrifícios orientados para um fim comum’... Assim o papel do direito é fundamental como elemento que regula, em grande parte, os múltiplos ângulos da vida dos grupos na Melanésia e ‘as relações pessoais entre parentes, membros do mesmo clã e da mesma tribo, fixando as relações econômicas, o exercício do poder e da magia, o estado legal do marido e da mulher, etc’”. Notadamente pode ser verificado a importância de um DIREITO MATRIMONIAL onde envolve de forma contundente a família.
 O primeiro item que Wolkmer faz uma crítica é o que diz respeito à fragilidade de várias teses existentes sobre o direito arcaico que usam de visão evolucionista, vistas por John Gilissen como sendo por demais simplistas e sobejamente lógicas para serem corretas.
 Outro ponto é quanto à tendência de Malinowski de considerar o indivíduo primitivo como sendo alguém que não desrespeitava as leis impostas por sua sociedade. Ele faz a seguinte referência sobre esse aspecto:
 
 Escreve Norbert Rouland que algumas investigações etnográficas mostram o contrario, pois o indivíduo, pensando que há menos vantagem do que inconveniência em respeitar a lei, acaba muitas vezes violando-a, das formas mais banais possíveis.
I – ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO NA SOCIEDADE E NO DIREITO
A EVOLUÇÃO DO DIREITO ESTÁ INTIMAMENTE LIGADO À EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE.
Nesse sentido podemos afirmar que a evolução do direito esta ligado a evolução de cada sociedade, tendo em vista que o Direito como sendo uma disciplina dinâmica também não pode ficar estagnada, por isso acompanha de modo intimamente ligado ao desenvolvimento da sociedade, principalmente para que o convívio seja salutar e dentre eles temos:
A – Direito arcaico (povos sem escrita), notadamente observa que bem em tempos remotos os povos possuía uma forma de direito porem não escrita que de certa forma prejudicou deveras a população, ou seja, aqueles que não tinham nenhuma casta ou mesmo espécie de poder, sendo a todo momento desfavorecido pelo sistema.
 
B – Direito antigo (primeiras civilizações), nesse aspecto o direito antigo, era deveras extremamente positivista, não admitindo em hipótese alguma qualquer contradição e somente no mundo romano, e que resolveram em alguns casos temperar o rigor da lei.
C – Direito moderno (sociedades posteriores às revoluções francesas e revolução americana). No Direito moderno pode ser observado um avanço significativo em todos os ramos do direito mesmo porque as grandes transformações se deram principalmente a partir da Revolução Francesa, principalmente com o reconhecimento dos direitos e garantias do ser humano, como membro formador da soceidade.
2 – FATORES DE TRANSIÇÃO DAS SOCIEDADES ARCAICAS PARA AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
A – Surgimento das cidades, as cidades despontaram como um conglomerado de pessoas, onde verificou uma maior força quando os cidadãos se reuniam, e sendo assim apareceu as cidades como um lugar cívico, e estruturado formando assim os primeiros agrupamentos e formando também uma identidade e seu poder próprio dentro de suas limitações.
B – A invenção e o domínio da escrita, a escrita so surgiu entre os períodos dos anos de 5000 a 4000 ac., e não resta nenhuma duvida quanto sua importância impar para alavancar as comunicações entre os povos, a principio não passava de REPRESENTAÇÕES PICTOGRAFICAS E FICHAS CUNHADAS EM ARGILA, dentre as escritas decifradas por Jean François Champollion, ou seja, os hieróglifos no Egito. Vale ressaltar acerca dos cuneiformes que eram escritas em tijolos no mundo dos mesopotâmios representados pelos assírios e caldeus. 
	
C – O advento do comércio e da moeda: com o crescente aumento da população e a necessidade defazer trocas de produtos surgiu o mercado de venda, e para garantir tais trocas foi necessário o surgimento da moeda, dando um incentivo imensurável ao mercado, de varias maneiras principalmente a navegação tão utilizada pelos fenícios e os cartagineses.
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES DO MUNDO ANTIGO E SUAS CODIFICAÇÕES
O CÓDIGO DE UR-NAMMU.
 O CODIGO DE UR-NAMMU, cerca de 2040 ac., surgiu na SUMERIA, descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem noticias, no que se tem noticias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruínas de templos da época do rei Ur-Nammu na região da Mesopotâmia onde fica o Iraque atualmente.
 O Código de Ur-Nammu foi descoberto somente em 1952 pelo assiriologo e professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kromer. Nesse código elaborado no mais remoto dos tempos da civilização humana é possível identificar em seu conteúdo dispositivos diversos que adotavam o principio da REPARABILIDADE dos atualmente denominado DANOS MORAIS.
 E considerado o primeiro documento escrito da história do direito (2.040 a.C. na Suméria), sendo Ur-Nammu o fundador do novo Império da Suméria (III dinastia de Ur). Dentre os principais Institutos inseridos no seu texto tem principalmente as penas pecuniárias pois existe um meio termo entre o direito concreto das sociedades arcaicas e as formas abstratas e gerais do direito moderno, possui normas que tem o perfil do direito costumeiro transformados a escritos, decisões proferidas em caso concreto, sempre a distinção de classes: livres e escravos e uma camada intermediária de servos, domínio do Direito Penal e principalmente a importância que deve ser relembrada acerca das penas pecuniárias.
O CÓDIGO DE ESHNUNNA
 
 O Código de Eshnunna introduzido cerca do ano 1930 ac., era um corpo legal da cidade da MESOPOTÂMIA de Eshnunna e trazia aproximadamente 60 artigos, sendo uma mistura entre o direito penal e civil que futuramente seria a base do Código de HAMURABI. Nesse sentido havia razão bastante para acreditar que este rei tenha sido autor do código ¨Bilalama teria vivido pelo fim da dinastia III de Ur e inicio da dinastia THIN. É interessante notar que as leis que do Eshnunna (cidade as margens do rio Diyala afluente do Tigre) contem elementos que se encontram tanto no direto sumeriando (Codigos de Ur-Nammu e do Lipit Ishtar) como direito babilônico (Código de Hamurabi) e de direito assírio .
 Dentre os dispositivos por exemplo estava determinado de que quando um animal com raiva provocasse a morte de alguém, seu dono era obrigado a depositar certa quantia nos cofres públicos – o que demonstra ser tal doença um problema considerado na época. 
 Surgiu numa cidade próxima ao Rio Tigre denominada de Acádia, editado por volta do ano de 1920 ac., onde possuía cerca de 60 (sessenta) artigos e ainda mescla matérias civis e penais que contemplam questões à responsabilidade civil, ao direito da família e à responsabilização de donos de animais por lesões corporais seguidas de morte.
O CÓDIGO DE HAMMURABI
		 Através do surgimento da primeiras codificações, como código de Hamurabi que baseava na lei (Antiga Mesopotâmia 1750 A.C), que é um dos mais antigos códigos de lei já encontrados e tem uma das cláusulas a “Lei de Tailão”, que prevê a pena de morte como sentença para os crimes hediondos da época ou de direito à vingança por parte de pessoas lesadas, como por exemplo, quando alguém era morto por homicídio, um parente ou uma pessoa próxima da vitima podia tomar vingança por esse. A pena de morte era a punição mais comum nas leis do código. 
 
		 O código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código era baseado na lei de talião “olho por olho dente por dente”. Assim destacam-se algumas leis do código de Hamurabi:
 Segundo alguns doutrinadores esse mesmo Código foi Promulgado aproximadamente em 1.694 a.C., no período de apogeu do império babilônico, pelo rei Hamurabi, onde possui 282 artigos, disposto em cerca de 3.600 linhas de texto.
 Quanto aos temas expressamente determinados no Código de Hamurabi temos a destacar:
A - A organização da sociedade: livres, servos e escravos, mesmo porque naquela época os escravos era suscetíveis de valoração por isso existia uma previsão especifica e determinada para a matéria.
B - Direito de família, muito salutar por a família sem sombra de duvidas e a base da constituição de uma sociedade e atualmente vimos essas famílias esfacelar o que provoca uma decadência visível na sociedade moderna.
 
C – Quanto ao domínio econômico foi muito salutar sua previsão acerca das delimitações dos salários, porem nesse sentido tem poucas informações sobre tal aspecto mas não pode ser demonstrado uma certa evolução para a época.
D – Previsões sobre o Direito Penal e o Direito Privado, onde o Estado somente passa a intervir quando convocado, demonstrando uma evolução impara na codificação que atualmente consideramos milenar.
E – Finalmente não deve ser deixado de lado o Processo de aplicação do direito: juízes nomeados pelo monarca com possibilidade de promoção de recurso direcionados diretamente ao rei, quando os Juízes fossem declarados incompetentes para dirimir alguns conflitos.
O CÓDIGO DE MANU
 Esta codificação é parte de uma coleção de Livros Bramanicos enfeixados em quatro compendios, sendo o Mahabharatta, o Ramayana e os Puranas e as leis escritas de Manu. Escrito em Sanscrito constitui na legislação do mundo indiano, onde estabelece o sistema de castas na sociedade Hindu. Redigido entre os seculos II ac. até II dc. Em forma poetica e imaginosa, as regras do Código de Manu são expostas em versos. Cada regra consta dois versos cuja metrificação segundo os indianos teria sido inventada por um santo eremita chamado Valmiki em torno do ano 1.500 ac.
 Segundo o codigo os sacerdores ocupavam castas de superior hierarquia. Nesse codigo há uma serie de ideias sobre valores tais como: verdade, Justiça e Respeito . Os dados processuais que versam sobre a credibilidade dos testemunos atribuem validade diferente a palavra dos homens conforme as castas que pertencem.
 É interessante completar que apesar do rigor moral, com o convencionalizado por ser oriundo do espirito dogmatico da cultura sacerdotal, há a inserçao no codigo de disposiçõe inusitadas para os padrões ocidentais que versam sobre a falta de descendentes. Os artigos 471 e 472 autorizavam o CONUBIO (ligação) da esposa com um cunhado ou com um outro parente, desde que e o reprodutor a procurasse, discretamente, à noite.
LEI DE TALIÃO
Os primeiros indícios do princípio de talião foram encontrados no Código de Hamurabi em 1780 a.C., no reino da Babilônia. Este princípio permite que as pessoas façam justiça por elas mesmas e de forma desproporcionada, no respeitante ao tratamento de crimes e delitos, é o princípio "olho por olho, dente por dente".
Escreve-se com inicial minúscula, pois não se trata, como muitos pensam, de nome próprio. Encerra a idéia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: tal crime, tal pena.
O criminoso é punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado ao outro. A punição era dada de acordo com a categoria social do criminoso e da vítima.
Definição e métodos
O termo lex talionis não somente está a se referir a um literal código de JUSTIÇA “olho por olho, dente por dente”, uma espécie de “castigo-espelho”, mas aplica-seà mais ampla classe de sistemas jurídicos que formulam penas específicas para crimes específicos, que são pensados para serem aplicados de acordo com a sua gravidade. Alguns propõem que este foi, pelo menos em parte, destinado a evitar excessiva punição às mãos de qualquer um vingador, justiça feita pelas próprias mãos, privada ou do Estado. A expressão mais comum da lex talionis é “olho por olho, dente por dente", mas outras interpretações foram dadas também. Códigos da Lei, seguindo o princípio da lex talionis têm uma coisa em comum: prescrevem uma punição do tamanho exato para uma ofensa. No famoso código jurídico escrito por HAMURABI, o princípio da reciprocidade é exatamente muito claramente usado. Por exemplo, se uma pessoa causou a morte do filho de outra pessoa, aquela pessoa que matou o filho (o homicida) seria morto por esse crime.
De acordo com as condições adequadas, tais como a capacidade de todos os atores participarem de uma forma interativa, o "olho por olho, dente por dente" tem uma base matemática no jogo de teorias estratégicas Olho por Olho.
O mais simples exemplo é o princípio do "olho por olho, dente por dente”. Nesse caso, a regra era que a punição deveria ser exatamente igual ao crime. Inversamente, a Lei das Doze Tábuas (Lex Duodecim Tabularum) de Roma meramente prescreveu sanções particulares para determinados crimes. O código jurídico anglo-saxônico substituiu o pagamento de uma taxa pela retribuição direta: a vida de uma determinada pessoa tinha um valor fixo, derivados de sua posição social; assim qualquer homicídio era compensado pelo pagamento da taxa adequada, independentemente das intenções do crime. No moderno sistema de responsabilidade civil, este tem sido estendido para converter as perdas econômicas em dinheiro também.
 Antecedentes
Diferentes ideias sobre as origens da lex talionis existem, mas a mais conhecida é de que ela se desenvolveu ao mesmo tempo em que as civilizações também se desenvolviam; e a falta de um sistema de leis para a retribuição de erros, feudos e vinganças, ameaçou o tecido social. Apesar de ter sido substituído por novas formas de teoria jurídica, o sistema da Lei de Talião, a “lex talionis” serviu a um objetivo fundamental no desenvolvimento dos sistemas sociais - a criação de um órgão cuja finalidade foi a de aprovar as retaliações e garantir que este fosse o único castigo. Este organismo foi o estado em uma das suas primeiras formas.
O princípio é encontrado na Lei da BABILÕNIA (consulte o CÓDIGO DE HAMMURABI). É fácil presumir-se que em sociedades não vinculadas pela regra de direito, se uma pessoa se feriu, então a vítima (ou seu parente) terá direito vingativo sobre a pessoa que causou o prejuízo. A retribuição pode ser muito pior do que o crime, talvez até mesmo a morte. A lei babilônica colocava um limite para tais ações, restringindo o castigo para não ser pior do que o crime, enquanto vítima e agressor ocupassem o mesmo status na sociedade, e enquanto castigos fossem menos proporcionais de litígios entre os estratos sociais: como blasfêmia ou laesa maiestatis (contra um deus, viz., monarca, ainda hoje, em certas sociedades), crimes contra um bem social foram sistematicamente punidos como pior.
LEI DE TALIÃO: de extremo rigor era a lei que impunha ao infrator o famoso lema DENTE por DENTE ou OLHO por OLHO, ou seja era a pena de reparação a ser imputada as pessoas que viessem a infringir uma regra pagando com a mesma pena, em diversos caso o infrator sofria mutilações de toda ordem. Deu origem a Pena de REPARAÇÃO por danos morais e materiais.
O EGITO: O PRINCÍPIO DE JUSTIÇA DIVINA
 Sem as mesmas fontes documentais, o Egito também deu sua contribuição para o Direito. Nesse país o Principio da Justiça é simbolizado na figura da Deusa MAAT, onde acreditavam que ela concebia ao Faraó a responsabilidade de estabelecer a Justiça, a Paz, o Equilíbrio e a Solidariedade social e cósmica da sociedade terrena. Não deve deixar de mencionar que o objetivo da aplicação da Lei era manter o equilíbrio, fazer com que as duas partes estivessem satisfeitas nos seus anseios e desejos.
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DESTA CIVILIZAÇÃO PARA O ESTUDO DO DIREITO.
 Além das contribuições já citadas no Direito os Egípcios também contribuíram em todos os demais segmentos das sociedades, pois no aspecto cultural, temos o Sistema sexagesimal de medidas do qual foi implantada pela primeira vez na Mesopotâmia, onde foi aprimorado no Egito, a contribuição acerca do Calendário solar onde começou a contagem dos anos e a influencia que os Império Grego e da Mesopotâmia provocaram contatos comerciais entre Jônia e o império neobabilônico de Nabucodonosor, sem esquecer os belicosos guerreiros HITITAS, EGIPCIOS e MESOPOTAMIOS.
ILUSTRAÇÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS.
RESUMO DO CAPÍTULO – I
FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA DO DIREITO
O que é DIREITO: É deveras um questionamento muito subjetivo, porque nem Sempre aquilo que é direito e justo.Pode-se dizer que é um produto da própria convivência social.
DIREITO: Vem do latim DIRECTUS que significa reto, retidão (DE DIRIGERE) e, sendo assim vem a ser tudo aquilo que é moralmente justo; envolve uma direção e um sentido. 
Fato social que sempre se repete, e molda o Direito de conformidade com as necessidades, ou faz adequação do fato social ligado as necessidades. – Robinsom Crusoe, e temos recentemente o caso Maria da Penha.
DIFERENÇA DO HOMEM PARA COM O ANIMAL:
Em primeiro plano pode dizer que o homem é um animal sociável e racional, portanto é dotado de inteligência, busca sempre a liberdade, e com isso pode criar regras próprias para o convívio em sociedade: Portanto demonstra uma trilogia que faz distinguir do animal irracional das quais podemos enumerar:
a) - Inteligência – Na Grécia Antiga, foi um impulso muito grande, onde foi o berço da Filosofia e do Direito, onde isso fazia a diferença entre o Homem e o animal. 
b) - Liberdade – Com o expansionismo do Cristianismo, o homem pode enxergar a figura do Livre Arbítrio, onde ele pode escolher aquilo que e certo ou errado e também sabe perfeitamente as consequências advindas as vezes de um ato irresponsável.
 
c) Criar Regras próprias – Com o crescimento dos grandes centros o aumento da população é necessário a criação de regras próprias, onde procura proteger aqueles denominados mais fracos onde exige a interferência do Estado. No Direito Moderno
 
ORIGEM:
Costumes e Crenças – Família (Fustel de Coulanges), direito costumeiro que tem influencia ate os dias atuais, pois caso não cumpra uma regra costumeira o infrator de tal regra poderá cair no ridículo.
 
Anunciação Divina – Leitura das Normas dos Deuses. Aquilo que não existe uma explicação lógica para os acontecimentos os povos invocação que os Deuses determinava as regras.
DIREITO POSITIVO – Hans Kelsen
O positivismo invocado por Hans Kelsen, não admite conflito, isso a groso modo significa que a Lei existe para ser cumprida, entretanto há as correntes contrárias, que dizem que nem tudo que é estabelecido em lei é moralmente correto.
PRIMEIRO TEXTO POSITIVISTA:
CODIGO DE UR-MAMMU.
Datado de cerca do ano 2050 a.c e encontrado e no ano de 1952 dc. No Reino de Ur Mammu na Suméria, o atual Iraque nos temos de hoje que esta situado entre os Rios Tigre e Eufrates. Trouxe alguns dispositivos acerca do Direito Penal e da Reparação.
O CÓDIGO DE ESHNUNNA
 
 O Código de Eshnunna introduzido cerca do ano 1930 ac., era um corpo legal da cidade da MESOPOTÂMIA de Eshnunna e trazia aproximadamente 60 artigos, sendo uma mistura entre o direito penal e civil que futuramente seria a base do Código de HAMURABI. Nesse sentido havia
CODIGO DE HAMMURABI 
Criado por volta dos anos de 1792 a 1750 a.c., o Código continha 282 artigos cujo seus conteúdos principais são:
a) - Penas, sucessões, organização do Comércio, e dos escravos;
b) - Introduziu o bem de famíliac) - Previa crimes de falso testemunho
d) - casamento monogâmico, salvo se a esposa principal na gerasse filhos.
e) - Adoção
Pode-se dizer que devido ao seu rigor vários dispositivos foram copiados a partir da Lei de Talião – onde a Pena de Reparação, praticamente foi o carro chefe alem do rigor imensurável que tinha em seus dispositivos. 
O CÓDIGO DE MANU
 Esta codificação é parte de uma coleção de Livros Bramanicos enfeixados em quatro compendios, sendo o Mahabharatta, o Ramayana e os Puranas e as leis escritas de Manu. Escrito em Sanscrito constitui na legislação do mundo indiano, onde estabelece o sistema de castas na sociedade Hindu. Redigido entre os seculos II ac. até II dc. Em forma poetica e imaginosa, as regras do Código de Manu são expostas em versos. 
CAPÍTULO – II 
O APARECIMENTO DO DIREITO NA SOCIEDADE GREGA
Aula 2
O DIREITO GREGO ANTIGO
O DIREITO NA GRÉCIA. 
 Para o estudo do surgimento do direito no mundo Grego é particularmente interessante o período que se inicia com o aparecimento da polis e vai até o seu desaparecimento e surgimento dos reinos helenísticos. Corresponde a um período de cinco séculos, denominado “época arcaica” e “período clássico”. 
 Em Atenas, atualmente a capital da Grécia foi onde a democracia melhor se desenvolveu e o direito atingiu sua mais perfeita forma quanto a legislação e processo. É comum utilizar direito grego e direito ateniense como sinônimo. No entanto, deve-se observar que nem sempre são a mesma coisa. 
 Um dos fenômenos mais característicos da época arcaica foi o da colonização, prática que continuou durante muito tempo. Seja por motivos de excesso de população, secas ou chuvas em demasia, sempre que a polis tinha dificuldade em alimentar a população, decidia pelo envio de uma parte para outro lugar, com o objetivo de fundar uma colônia, a qual denominava apokia (residência distante). Foi dessa forma que os gregos se espalharam pelo Mediterrâneo. 
 Tendo aparecido em meados do século VII a. C., a moeda foi logo adotada pelos gregos, contribuindo para incrementar o comércio e permitir a acumulação de riquezas. Com o aparecimento dos plutocratas como uma nova classe, a aristocracia perdeu o poder econômico, embora ainda mantivesse o poder político, que seria por ela controlado, contudo finalmente retirado com as reformas introduzidas pelos legisladores e tiranos. 
 A escrita surge como nova tecnologia, permitindo a codificação de leis e sua divulgação através de inscrições nos muros das cidades. Dessa forma, junto com as instituições democráticas que passaram a contar com a participação do povo, os aristocratas perdem também o monopólio da justiça. 
 Retirar o poder das mãos da aristocracia com leis escritas foi o papel dos legisladores. Coube-lhes compilar a tradição e os costumes, modificá-los e apresentar uma estrutura legal em forma de leis codificadas. 
 São de particular interesse dois legisladores atenienses: Drácon e Sólon. O primeiro fornece a Atenas o seu primeiro Código de leis, que ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida pela reforma de Sólon. Deve-se a Drácon a introdução de importante principio de Direito Penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio, diferenciando entre homicídio voluntário, homicídio involuntário e o homicídio em legítima defesa. 
 Sólon não só cria um Código de leis, que alterou o Código criado por Drágon, como também procede a uma reforma institucional, social e econômica. No campo econômico, Sólon reorganiza a agricultura, incentivando a cultura da oliveira e da vinha e ainda a exportação do azeite. No aspecto social, entre a s várias medidas, são de particular interesse aquelas que obrigavam os pais a ensinarem um ofício aos filhos; caso contrário, estes ficariam desobrigados de os tratarem na velhice; a eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação dos escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes. Atrai também artífices estrangeiros com a promessa de concessão de cidadania. 
 Apesar de ter sido o berço da democracia, da filosofia, do teatro e da escrita alfabética fonética, a civilização grega tinha algumas características bastante particulares. Duas delas podem ter contribuído para o obscurecimento do direito grego ao longo da história. A primeira é a recusa do grego em aceitar a profissionalização do direito e da figura do advogado que, quando existia, não podia receber pagamento. A segunda é a de que preferia falar a escrever. Parece até um paradoxo que o povo que inventou a escrita dessa primazia à fala. 
 A característica dos gregos de dar preferência à fala em detrimento da escrita era também reforçada pelas dificuldades que a escrita ainda apresentava, mesmo no século V a.C., com a disponibilidade e custo do material para escrita e produção de obras para consumo. 
 O que levou os gregos a utilizarem a nova tecnologia da escrita para escrever e publicar leis na forma de inscrições públicas tem sido motivos de controvérsias. A explicação até agora mais predominante tem sido a de que o povo grego, em determinado ponto da História, começou a exigir leis escritas para assegurar melhor justiça por parte dos Juízes. O propósito seria o de remover o conteúdo das leis do controle de um grupo restrito de pessoas e colocá-lo em lugar aberto, acessível a todos. 
 No entanto, entre as objeções a essa teoria está a falta de evidência de que as leis, antes dos legisladores, estivessem sob controle exclusivo de determinados grupos da sociedade. Uma coisa é grupos aristocráticos controlarem o processo judicial e outra é ter o controle do conhecimento das leis. As maiores inovações introduzidas pelos legisladores, nas novas leis escritas, era com respeito ao processo. Não há também evidências de que as leis escritas fossem mais justas que as anteriores; as evidências são, principalmente, quanto à preocupação das novas leis em reformular o sistema judicial. 
 Uma versão mais recente é a da utilização da nova tecnologia, a escrita, pela cidade, como um instrumento de poder sobre o povo. As leis escritas não colocaram em xeque e nem limitaram o poder de governantes e magistrados. Elas podem ter limitado a autonomia dos magistrados judiciais, mas o poder político absoluto, continuava intocável. Embora mais tarde, como foi o caso de Atenas, as reformas introduzidas no sistema legal tenham aumentado o poder do povo, inicialmente as leis visavam a beneficiar a polis e dessa forma fortalecer o poder do grupo que dominava a cidade, fosse ele qual fosse, e, principalmente, as leis eram inicialmente aristocráticas. Devem a Sólon as primeiras iniciativas de democratização das leis. 
 Com o crescimento das cidades, aumentavam as oportunidades de conflitos e conseqüentemente a necessidade de meios para sua solução pacífica. Como resposta às perturbações e agitações que se formavam, muitas cidades deve ter buscado na nova tecnologia da escrita uma forma de controle e persuasão. Embora já estivesse disponível por quase um século, a escrita somente foi utilizada em inscrições públicas para as primeiras leis por volta da metade do sétimo século antes de Cristo, 
1.1. O DIREITO GREGO ANTIGO. 
 As fontes das leis escritas gregas dividem-se em duas categorias: fontes literárias e fontes epigráficas. 
 Os gregos não elaboraram tratados sobre o direito, limitando-se apenas à tarefa de legislar (criação de leis) e administrar a Justiça pela resolução de conflitos (direitoprocessual). Adicionalmente, devido a precariedade dos materiais de escrita utilizados na época (inscrições em pedra e madeira e textos escritos em papiro), um texto literário, filosófico ou lei escrita, somente chegaria aos nossos dias, não pela conservação do original, mas pelas contínuas reproduções e citações de autores posteriores. 
 Pode ser categorizar as leis gregas em crimes, família, pública e processual. A categoria denominada por crimes, que corresponderia ao nosso direito penal, inclui o homicídio que os gregos, diferenciavam entre voluntário, involuntário e em legítima defesa. 
 Classificadas como família, encontramos leis sobre casamento, sucessão, herança, adoção, legitimidade de filhos, escravos, cidadania, comportamento das mulheres em público etc. 
 Com as leis públicas tem aquelas que regulam as atividades e deveres políticos dos cidadãos, as atividades religiosas, a economia, finanças, vendas, aluguéis, o processo legislativo, relações entre as cidades, construção de navios, dívidas etc. 
 Algo notável no direito grego era a clara distinção entre lei substantiva e lei processual. Enquanto a primeira é o próprio fim que a administração da justiça busca, a lei processual trata dos meios e dos instrumentos pelos quais o fim deve ser atingido, regulando a conduta e as relações dos tribunais e dos litigantes com respeito à litigação em si, enquanto que a primeira determina a conduta e as relações com respeito aos assuntos litigados. 
 Um exemplo significativo de quão evoluído era o direito processual grego é encontrado no estudo dos árbitros públicos e privados. Trata-se aqui de duas práticas que se tornaram comuns, no direito grego, como alternativas a um processo judicial normal: a arbitragem privada e a arbitragem pública. A arbitragem privada era um meio alternativo mais simples e mais rápido, realizado fora do Tribunal, de se resolver um litígio, sendo arranjada pelas partes envolvidas que escolhiam os árbitros entre pessoas conhecidas e de confiança. Nesse caso, o árbitro (ou árbitros) não emitia um julgamento, mas procurava obter um acordo, uma conciliação, entre as partes. A arbitragem privada corresponderia a nossa moderna mediação. 
 Embora os gregos não estabelecessem diferença explícita entre direito público e direito privado, civil e penal, é no direito processual que se encontra uma diferenciação quanto à forma de mover uma ação: a ação pública e a ação privada. A ação pública podia ser iniciada por qualquer cidadão que se considerasse prejudicado pelo Estado, por exemplo, por ação corrupta de funcionário público. A ação privada era um debate jurídico entre dois ou mais litigantes, reivindicando um direito ou contestando uma ação, e somente as partes envolvidas podiam dar início à ação. 
 Exemplos de ações privadas: assassinato, perjúrio, propriedade, assalto, ação envolvendo violência sexual, ilegalidade, roubo. 
 Exemplos de ações públicas: contra oficial que se recusa a prestar contas, por impiedade, contra oficial por aceitar suborno, contra estrangeiro pretendendo ser cidadão, por registro falso etc. 
 No direito grego não havia magistrado que iniciasse um processo, não havia ministério público que sustentasse a causa da sociedade. Em princípio cabia à pessoa lesada ou a seu representante legal intentar o processo, fazer a citação, tomar a palavra na audiência, sem auxílio de advogado. A lei ateniense era essencialmente retórica. Não havia advogado, juízes, promotores públicos, apenas dois litigantes dirigindo-se a centenas de jurados. 
 Em Atenas a administração da Justiça foi mantida, tanto quanto possível, nas mãos de amadores, com efeito (e talvez também o objetivo) de permanecer barata e rápida. Todos os julgamentos eram aparentemente completados em um dia, e os casos privados muito mais rápidos do que isto. Não era permitido advogado profissional. O presidente da Corte não era um profissional altamente remunerado, mas um oficial designado por sorteio. 
 O direito a um julgamento por um júri formado por cidadãos comuns (em vez de pessoas tendo alguma posição especial e conhecimento especializado) é comumente visto nos estados modernos como uma parte fundamental da democracia. Foi uma invenção de Atenas. 
 O direito grego através de seus Tribunais formados por um júri composto de cidadãos comuns, cujo número chegava a várias centenas, era atividade que fazia parte do dia-a-dia da maioria das cidades gregas. 
 Na sociedade moderna, a administração da Justiça está nas mãos de profissionais especializados, os Juízes. Na Atenas clássica, a situação era o reverso. A heliaia era o tribunal popular que julgava todas as causas, tanto públicas como privadas, à exceção dos crimes de sangue que ficavam sob a alçada do areópago. Os membros da heliaia, denominados helialistas, eram sorteados anualmente dentre os atenienses. O número total era de seis mil e, para julgar diferentes causas, eram sorteados novamente para evitar fraudes. O número de heliastas atuando como júri em um processo variava, mas atingia algumas centenas. Para permitir que o cidadão comum pudesse participar como heliasta sem prejuízo de suas atividades, recebiam um salário por dia de sessão de trabalho. 
 As sessões de trabalho para julgar os casos apresentados eram chamadas dikasterias, e as pessoas que compunham o júri eram referidas como dikastas em vez de heliastas. Os dikastas eram apenas cidadãos exercendo um serviço público oficial, e sua função se aproximava mais da de um jurado moderno. A decisão final do julgamento era dada por votação secreta, refletindo a vontade da maioria. 
 A apresentação do caso era feita por discurso contínuo de cada um dos litigantes, interrompido somente para a apresentação de evidências de suporte, e era dirigido aos dikastas, cujo número poderia variar em algumas centenas, por exemplo 201 ou 501, por julgamento; o número total era sempre ímpar para evitar empate. A votação era feita imediatamente após a apresentação dos litigantes, sem deliberação. Não havia Juiz: um magistrado presidia o julgamento, mas não interferia no processo. 
 Os litigantes dirigiam-se diretamente aos jurados através de um discurso, sendo algumas vezes suportados por amigos e parentes que apareciam como testemunhas. O julgamento resumia-se a um exercício de retórica e persuasão. Cabia ao litigante convencer a maior parte de jurados e para isso valia-se de todos os truques possíveis. O mais comum, e que passou a ser uma das grandes características do direito grego, foi o uso de logógrafos, escritores profissionais de discursos forenses. Podemos considerá-los como um dos primeiros advogados da história. 
 Apesar de ser requerido por lei que os litigantes apresentassem seus próprios casos aos jurados, era difícil cumprir essa lei, que aos poucos foi transformando-se em lei morta. O júri regularmente permitia que um parente, ou associado, auxiliasse um litigante. Alguns litigantes faziam uma breve introdução e solicitavam que um amigo o representasse. 
 Os logógrafos escreviam para seus clientes um discurso que este último deveria recitar como se fosse de sua autoria. Eles suprimiam sua própria personalidade e escreviam um discurso que parecesse o mais natural possível para o litigante cliente e desse a impressão de ser extemporâneo. 
 Por fim, vê-se que os gregos antigos nãosó tiveram um direito evoluído, como influenciaram o direito romano e alguns dos nossos modernos conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado, a diferenciação de homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa, a mediação e a arbitragem, a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos.
RESUMO DO CAPITULO - II
PERIODOS HISTÓRICOS:
> Período pré-homérico (2500-1100 a.c.) - período que antecedeu a formação do povo grego, do qual eles tinham como pensamento que a escrita era para ser lida. Dentre as principais obras temos Iliada e a Odisseia sendo que Iliada significa – Paz, e Odisseia – Guerra. 
> Período Homérico (1100-800 a.C.) - fase da formação das cidades-estados, dentre as mais Importantes seria Esparta e Atenas. 
> Arcaico - (800-500 a.C) - Início das Guerras Pérsicas, surge ainda a necessidade de comercialização por isso foi a criação da moeda.
> Clássico - (500-400 a.C.) - Apogeu da civilização grega, onde apresentou um maior desenvolvimento, em todos os segmentos principalmente na filosofia e direito.
> Helenístico - (336-146 a.C.) - desde Alexandre Magno até a conquista romana do Mediterrâneo Oriental
> Romano - fixado a partir da derrota de Marco Antônio e Cleópatra por Otavio Augusto, onde instalaram em Alexandria a capital egípcia. 
A história do direito fixa a sua atenção sobre o período que se inicia com o aparecimento da pólis (séc. VIII a.C.) e vai até o seu desaparecimento e surgimento dos reinos helenísticos (séc. III a.C.). Esse período de cinco séculos corresponde aos convencionalmente denominados época arcaica (776 a 480 a.C.), datas dos primeiros jogos Olímpicos e batalha de Salamina.
LEGISLADORES: 
Compilara a tradição e os costumes, modificá-los e apresentar uma estrutura legal em forma de leis codificadas.
Zaleuco de Locros (650 a.C.) - é atribuído a ele o primeiro código escrito de leis e o mérito de ser o primeiro a fixar penas determinadas para cada tipo de crime.
Carondas de Catânia – Foi um legislador do século VI AC. Discipulo de Pitagoras se inspirou nas leis de Zaleuco e Locros para eleaboras as leis das Colonias Calcidicas – Fundada a cidade grega de nome Calcis.(630 a.C.)
Licurgo em Esparta. foi um lendário legislador da polis de Esparta. Nada se sabe seguramente sobre a existência desta personagem. Herodoto fala dele em meados do seculo V ac. mas a vida do legislador deve ter decorrido no sedulo VIII ac.. Mas a sua memória seria correntemente mencionada na Esparta do século V, pois os seus habitantes nessa época sentiam a necessidade de atribuir a organização estatal que os regia a um ser humano, e não ao acaso.
Conta a lenda, que ele, ao terminar o conjunto de leis que regeriam Esparta, solicitou um pedido e uma promessa do rei. Com a concordância e sabedor da fraqueza humana frente às injuções políticas de momento, pediu a promessa que as Leis só seriam alteradas com o aval dele (Licurgo) e pediu sua condenação ao ostracismo, para que as Leis sobrevivessem aos homens. Licurgo também foi o estadista responsavel pelas leis de esparta. A lei de licurgo determinava a educação dos jovens pela cidade de esparta a partir dos 7 anos de idade.
Drácon (620 a.C.) - Ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida pela reforma de Sólon. Até os tempos atuais ao avaliar uma Lei muito severa dizem uma Lei Draconiana.Distinguiu entre diversos tipos de homicídios
	
Homicídio voluntário – Era julgado no Tribunal de Areopago. 	Areópago: formado por Aristocratas Atenienses: tinham competência exclusiva para julgar homicídios voluntários, e ainda no caso de – Envenenamento e incêndio.
Homicídio em legítima defesa: (Julgado pelo Tribunal de Éfetas) Era um Tribunal composto por 51 (cinqüenta e um) juízes que julgavam aqueles ditos crimes involuntários que são os crimes praticados em Legitima Defesa.
 Sólon (594 a.C.) - Cria um código de leis alterando o anterior e procede uma reforma institucional, social e econômica, das quais possuem as seguintes caracteristicas.
Econômica - Reorganiza a agricultura, incentivando a cultura da oliveira e da vinha e ainda da exportação de azeite.
Social - Os pais eram obrigados a ensinarem um ofício aos seus filhos, caso contrário estes ficariam desobrigados de cuidarem deles na velhice. Eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação dos escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes.
SOCIEDADE ESCRAVAGISTA:
Ao iniciar a Guerra de Peloponeso, por volta de 430 a.C. estima-se que Atenas tivesse cerca de 300 mil habitantes, dos quais 30 a 40 mil eram cidadãos. Quanto aos escravos, estes eram de 100 a 150 mil, sendo este número razão da crítica por alguns historiados que vêem em Atenas uma democracia escravagista.
LEI GREGA ESCRITA COMO INSTRUMENTO DE PODER:
Até o século VII a.C. os gregos não tinham leis escritas, o que seria de fato extremamente difícil conciliar o crescimento do mundo Grego com evolução das leis. Entretanto com a reaprendizagem da escrita as leis passaram a ser escritas e publicadas para dar conhecimento a população.
Propósito: remover o conteúdo das leis do controle de um grupo restrito de pessoas e colocá-lo em lugar acessível a todos para assim dar a publicidade necessária e o conhecimento atingindo a toda população.
Objetivos
Reformular o sistema judicial, mostrando a preocupação quanto ao processo, e a observância aos preceitos legais que foram introduzidos através de leis escritas.
Beneficiar a pólis em todos os aspectos ou seja cultural ou mesmo no aspecto de infra estrutura e ainda estabelecer o controle do grupo que dominava a cidade.
Aumentar o controle da cidade sobre a vida dos habitantes. A jurisdição substitui a auto tutela. Nesse caso observa que a força do Estado começa a surgir para melhorar o controle jurídico e social de todos. E assim atender os interesses dos cidadãos. 
DIREITO GREGO ANTIGO:
 
Em 900 a.C. os gregos não tinham leis oficiais ou sistemas de punições, tudo era baseado nos costumes ou seja uma regra costumeira.
Somente no séc. VII a.C. as primeiras leis foram estabelecidas, devido as necessidades e o crescimentos das sociedades nas Grecia.Suas fontes foram:
a) - Fontes Literárias: Nesse caco era representado por varias formas de transmissão das leis ou mesmo qualquer outra forma de comunicação dentre eles pode ser citado (discursos, monografias, filósofos e comédias)
b) - Fontes Epigráficas: Era representado por (publicações sobre pedra, bronze e madeira), por isso tal denominação Epigraficas.
CAMPO DE ATUAÇÃO DAS LEIS GREGAS: As leis gregas abrangiam quatro áreas: crimes de toda ordem, direito de família, já existindo um avanço no Direito Público e por fim dando inicio e desenvolvendo a parcela processual.
Os gregos não elaboraram tratados sobre o direito, limitando-se apenas à tarefa de legislar (criação das leis) e administrar a justiça pela resolução de conflitos (direito processual). Havia também ações públicas e privadas.
A RETÓRICA GREGA COMO INSTRUMENTO DE PERSUASÃO JURÍDICA
	Em princípio, cabe a pessoa lesada ou a seu representante legal intentar o processo, fazer a citação, tomar a palavra na audiência, sem auxílio do advogado. Mas ate pode ser mencionado que este representante as vezes poderia ser um cidadão comum e de preferência que tivesse um poder de convencimento muito aguçado. 
DENTRE ELES TEMOS:
	
LITIGANTES: São os postulantes que se propõem em litígio, No direito atual pode ser denominado de uma LIDE, onde existe duas figuras postulando e reclamando seus direitos. 
LOGÓGRAFOS: fornecem os discursos aos seus clientes, atualmente é muito notado quando alguém que possui um poder de oratória satisfatório, produz discursos inflamados e persuasivos aos seus contratantes, que seriam os clientes.
JÚRI POPULAR: Originário da fusão de duas partes mais o corpo de Jurados. Nascido na Grécia o Juri existe ate hoje em nosso ordenamentojurídico e de grande importância. 
SICOFANTA: Nesse caso seria o delator ou mesmo pessoas que ERAM pagas para testemunhar.
AS PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES GREGAS:
A Assembléia (ekklêsia – idade exigida de no mínimo 20 anos e de posse dos direitos políticos), Era o Orgão de maior autoridade, onde tinha Atribuições executivas, legislativas e judiciárias, com Competência de nomear e fiscalizar os magistrados
O Conselho (boulê – idade de 30 anos/ e possuía 500 membros). Este era dividido em 10 grupos, denominado de Prítanes que era um (conselho diretor). Os conselheiros nomeados por um ano era sabatinado pelos antigos membros para serem aprovados. Entretanto, cabia ao Conselho auxiliar a Assembléia e aliviá-la das atividades. Nesse caso uma das principais atividades era preparar os projetos que seriam submetidos à Assembléia 
Os estrategos, composto de (10 membros eleitos pela Assembléia), tinham 03 funções básicas que eram: 1 Comando do exército, 2 Distribuição do imposto de guerra e 3 Dirigem a polícia e a defesa nacional. E, deveras de relevante importância na formação do direito no mundo Greco.
Os magistrados, eram de relevante importância na formação do Direito tanto na Grécia quanto em Roma, Na Grécia tinham três funções especificas e que eram divididos da seguinte forma: 1 Instruem os processos de toda ordem, 2 Responsável pela cerimônia fúnebres dos mortos em guerra. E finalmente na terceira função eles exerciam as funções municipais de toda ordem. 
Justiça e os tribunais
Esta não era exercida pelo Estado, como atualmente, pois naquela época de inicio era exercício por particulares onde nomeavam pessoas para defender seus interesses pessoais, e nesse caso geralmente quem detinha o poder da oratória sempre tinha vantagens sobre seu oponente, devido seu poder de convencimento. Atualmente essa função é exercida exclusivamente pelo ESTADO.
SEPARAÇÃO/TIPOS DE JUSTIÇA ESTABELECIDA NO MUNDO GREGO.
A – JUSTIÇA CRIMINAL:
Areópago: Composto por Aristocratas Atenienses: tinham a competência para julgar os homicídios voluntários – Envenenamento e incêndio.
Tribunal de Efetas: Composto por 51 Juízes, que tinham sua competência para julgar os homicídios involuntários. Crimes involuntários são aqueles cometidos por legitima defesa, ou mesmo na condição de crime culposo.
B – JUSTIÇA CIVIL:
Juízes dos Demos: Já naquela época existia aqueles denominados Juízes dos DEMOS, onde eram encarregados para as Pequenas Causas – Penas de até 20 dias de salário).
Árbitros Públicos: Como era uma tarefa de bastante responsabilidade a escolha era entre aqueles que possuía 60 anos de idade e viessem da condição ou da iniciativa privada, sem nenhum vinculo com Públicos.
Heliaia: Este por sua vez tinha uma composição imensa, pois era escolhido cerca 6000 (seis mil) membros sorteados e com mais de 30 anos. Denominados Heliastas.
Juízes dos Tribunais Marítimos: Se ocupavam de assuntos do comercio marítimo, e dos estrangeiros que usurpavam o titulo de cidadania. 
PHYSUS X MONOS – Caso ANTIGONA, é deveras uma prova de quando as vezes fugir ou seja desobedecer uma regra COSTUMEIRA pode ofender profundamente as tradições pois PHYSUS X MONOS Significa que seria o Direito Costumeiro sendo colocado do lado da CONVENÇÃO HUMANA. Nesse caso pode dizer que seria o DIREITO NATURAL versus as CONVENÇÃO HUMANA.
Nesse sentido devemos narrar para os acadêmicos do Direito a tragédia Grega de SÓFOCLES. 
O Caso ANTIGÔNA.
POLINICE se casa com ARGIA, a filha mais velha de ADRASTO, rei de Argos, e junto dele arma um ataque contra Tebas, que é chamado de expedição dos "SETE CONTRA TEBAS" onde ANFIARAU prevê que ninguém sobreviveria, somente o rei de Argos. Como a guerra não levou a lugar nenhum os dois irmãos decidem disputar o trono com um combate singular, onde ambos morrem. CREONTE, tio deles, herda o trono, faz uma sepultura com todas as honras para Etéocles, e deixa Polinice onde caiu, proibindo qualquer um de enterrá-lo sob pena de morte. ANTIGONA, indignada, tenta convencer o novo rei a enterrá-lo, pois, quem morresse sem os rituais fúnebres seria condenado a vagar cem anos nas margens do rio que levava ao mundo dos mortos, sem poder ir para o outro lado. Não se conformando, ela rouba o cadáver insepulto que estava sendo vigiado, e tenta enterrar Polinice com as próprias mãos, mas é presa enquanto o fazia.
Na versão de Sófocles, Creonte manda que ela seja enterrada viva. Sua irmã Ismênia tenta defendê-la e se oferece para morrer em seu lugar, algo que Antígona não aceita, e HÊMON, seu noivo e filho de Creonte, não conseguindo salvá-la, comete suicídio. Ao saber que seu filho havia suicidado, EURIDICE, mulher de CREONTE, também se mata.
Na versão de HIGINO, Antígona e ARGIA, respectivamente irmã e esposa de Polinice, secretamente colocaram seu corpo na PIRA onde seria queimado o corpo de ETÉOCLES. Elas foram vistas pelos guardas, mas Argia consegue escapar. 
Creonte encarregou seu filho HÉMON, noivo de Antígona, de executá-la, mas ele, secretamente, a entregou aos pastores. Anos mais tarde, quando o filho dos dois retornou a Tebas para participar de jogos, Creonte reconheceu no corpo do neto a marca dos descendentes do DRAGÃO DE ARES. 
HÉRACLES implorou a Creonte para perdoar o filho, sem sucesso. Hémon se matou, e matou Antígona. Creonte então casou sua filha MÉGARA com Héracles, e desta união nasceram Therimachus e Ophites
CAPÍTULO – III 
SUB-TÓPICO 3.1
AS BASES DO DIREITO ROMANO
3.1 – INTRODUÇÃO E PARTE GERAL
QUADRO DOS PRINCIPAIS MAGISTRADOS ROMANOS.
	Nº
	 DENOMINAÇÃO
	 IDADE
	 FUNÇÃO
	01
	CÕNSULES
	 60 
	Escolher o Ditador e cuidar do Exercito Existiam 02 (dois) Cônsules
	02
	DITADOR
	 - 
	Eleitos pelos cônsules tinham poder absoluto e temporário para governar por 06 meses
	03
	CENSORES
	 35
	A função dos censores incluíam o recenseamento dos cidadãos, com base em sua riqueza, a elaboração do Álbum Senatorial, orientação da construção pública e fiscalização da conduta moral dos cidadãos.Eram escolhidos para exercer o cargo a cada 05 anos.
	04 
	QUESTORES
	 32 
	O cargo, que implicava funções administrativas, era geralmente ocupado por membros da classe senatorial com menos de 32 anos. O mandato como questor dava acesso directo ao colégio do Senado Romano. Por serem os cobradores de impostos do império, eram mal-vistos pela população, pois eram "interventores".
	05
	EDIL CURUL
	 Sem
 Limite
	Eram encarregados da preservação da cidade, do abastecimento, da polícia dos mercados e das ações penais correlatas, bem como da jurisdição civil contenciosa nas questões ali ocorridas. Era magistratura plebéia, interditada aos patrícios.
	06
	PRETOR
	 Sem
 Limite
	Os pretores eram encarregados de presidir os tribunais, durante o período de um ano, ao fim do qual podiam ser convertidos em "propretores", e governar por mais um ano sobre um determinado território. Eram num total de oito e podem ser considerados como ajudantes dos Cônsules.
	07
	TRIBUNO DA PLEBE
	
	Na Roma antiga, o Tribunato da Plebe era a magistratura plebeia, não admitindo patricios, que a ela nem deveriam querer ascender. O tribuno (em latim tribunus) era o magistrado que atuava junto ao Senado em defesa dos direitos e interesses da plebe. No Exercito tambem existia Tribuno. Extremamente poderosos mas não tinham acesso ao senado ou qualquer outro magistrado.
	Nº
	 DENOMINAÇÃO 
	 IDADE
	 FUNÇÃO
	08
	LICTORES
	 Sem
 Limite
	Na Roma antiga, eram funcionários públicos encarregados de ir a frente de um magistrado com feixes de varas denominados FASCES, abrindo espaço para que esse pudesseseu número variava de acordo com o grau de importância do magistrado. Eram também encarregados de convocar o réu, quando fosse solicitado pelo magistrado, para solução da lide, mas tal atribuição é inerente somente ao períododo processo extraordinário da justiça romana, chamado de Cognitia extraordinaria, na época do DOMINATO passar. O 
INTRODUÇÃO
 Para iniciar o estudo acerca das Bases do DIREITO, jamais pode deixar de ser lembrado o mundo Romano, porque de fato foram esses povos que deu uma contribuição imensurável em todos os Institutos, corroborando de modo impar na formação de quase todos os ramos do Direito, talvez devido a essa organização eles tiveram um domínio tão imenso, ou seja, cerca de 2000 (dois mil anos) de domínio, sendo uma nação forte em que teve que desenvolver em todos os segmentos para que fosse edificado um Poder tão vasto pelo mundo.
 
 Roma foi fundada em 754 a.c. por Romulo e Remo, filhos de Rea-Silvia, filha de Numitor, rei de Alba-Longa, Laitum. Conta que Numitor foi destronado por seu irmão Amulio, Rea-Silvia foi encerrada num convento de vestais, onde deveria permanecer virgem. Rea-Silvia entretanto teve do deus Marte dois filhos – Romulo e Remo. Estes para nas mãos de Amulio, foram abandonados na floresta e depois recolhidos Rômulo e Remo, mais tarde derrotaram Amulio e recolocaram o avo Numitor no trono de Alba-Longa. Como recompensa receberam as margens do Rio Tibre uma colina, o Palatino ou Palatium, onde edificaram Roma. Houve uma disputa entre os dois irmãos então Rômulo matou Remo e ficou único senhora da cidade.
 Entretanto, Rômulo a fim de povoar a cidade, convidou a escoria das cidades vizinhas e assim Roma tornou asilo de proscritos e vagabundos. Inicia, depois de Rômulo a história dos primeiros reis de Roma. Depois de Rômulo, vieram Numa Pompilio (Sabino) Tulio Hostilio, Anco Marcio e Tarquinio Prisco (de origem grega) Servio Tulio (escravo), Tarquinio Soberbo, este ultimo destronado pelo povo, devido ao suicídios de Lucrecio. Então pode dizer que por causa de todos esses problemas e as contendas para conquistar o poder, deu margem a decadência da realeza e foi instalado em Roma a Republica no ano de 509 a. c. por Junio Bruto.
 
 Devido a essa influencia impar grande parcela das faculdades de Direito, em todo mundo introduziu como grade curricular a matéria denominada de Direito Romano, onde pode ser estabelecido um paralelo do Direito no período arcaico com o atual, onde pode ser notada muitíssimo pouca diferença, em alguns Institutos;
 Etimologicamente a palavra Direito vem do Latim DIRECTUS (de dirigere); isso significa e vem a ser tudo aquilo que é moralmente justo, pois, envolve uma direção um sentido: direção-justiça ou ordem: sentido ou significado Moral (Bem). Porem no aspecto social o Direito é uma Instituição Social, pois é o fato social de caráter permanente, comum a toda sociedade de forma a estruturar as sociedades. Entretanto, o que interessa para o acadêmico é o aspecto Jurídico, pois Direito é tomado sob dois aspectos Objetivo e subjetivo, objetivamente é o direito como norma sendo um conjunto de preceitos impostos a todos os homens pela necessidade da manutenção da ordem social, e no aspecto subjetivo tem o direito como faculdade de agir ou não é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses quando estes se conformam com o interesse social.
 O direito romano objeto deste estudo é o conjunto ordenado cronologicamente ou não, porem sempre sistemático, das Instituições e normas jurídicas do povo romano.Vigorou ainda como matéria em alguns países até recentemente pois era adotado na Escócia e na África do Sul. Atualmente é estudado de forma direta ou Indireta em todas as faculdades de direito do mundo, seja com a denominação de Direito Romano ou Historia do Pensamento Jurídico, ou Fundamentos Históricos do Direito, não importa a denominação, mas é sempre lembrado principalmente no interesse do Direito Civil, e Processual Civil principalmente. Esse estudo possui um duplo motivo aliado ao fato de ser o berço do Direito, mas ainda pode ser acrescentado o Interesse Histórico e a Utilidade Jurídica. O interesse Histórico esta no fato de serem a instituições e normas jurídicas dos romanos que eram muito antigas, pois a Lei da XII tabuas que surgiu ao tempo da Republica, data de 449 ac. As Leis de Justiniano (Império do Oriente) que serviram de base do direito moderno onde tiveram seu nascimento em VI d.c. Contudo não pode deixar de ser mencionado que o Direito Romano mostra assim uma lenta evolução superior a mil anos que o Direito como instituição social, transforma no tempo e no espaço e que essa transformação ocorres sob a ação de variados fatores sociais principalmente de ordem econômica, política e religiosa.
 A Utilidade Jurídica esta no fato de ser útil o estudo do Direito Romano, por uma serie de fatores os quais pode ser citado como primeiro aspecto o valor dado as técnicas dos velhos jurisconsultos que sabiam extrair do texto frio da leis as interpretações adequadas aos casos concretos. Foram eles Papiniano, Gaio, Paulo, Ulpiano, Labeão, Modestino etc...os criadores da Hermenêutica ou arte de conhecer o sentido das Leis. Outro aspecto seria a Influência indiscutível que teve o Direito Romano na formação do atual Direito Civil Brasileiro. Assim o Código Frances de 1804, o Código Alemão 1900 e o Código Civil Brasileiro de 1916, alterado em 2002, mas evidenciam a ação Benfica e lógica dos princípios jurídicos gerais de Roma. 
O QUE VEM A SER JUSTIÇA:
 A JUSTIÇA, significa respeito a igualdade de todos os cidadãos, e por sua vez é um termo que vem do Latim, onde caracteriza como sendo o principio básico onde é preconizado que tem como objetivo principal a manutenção da ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal. E um termo abstrato que designa o respeiro pelo direito de terceiros, a aplicação ou do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. A justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos e intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais.
 Em Roma a justiça é representada por uma estátua de olhos vendados, que significa que ¨Todos são iguais perante a lei¨ e todos tem iguais garantias legais,¨ ou ainda ¨todos tem iguais direitos¨. A justiça deve buscar uma igualdade entre todos, contudo não podemos esquecer que para que haja o equilíbrio deve também ser observado e atendidos os deveres. 
 Segundo Aristóteles, o termo justiça refere ao mesmo tempo, legalidade e igualdade, sendo assim, justo é tanto aquele que cumpre a Lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal).
 Justiça também é uma das quatro virtudes CARDINAIS, e segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste ¨na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido¨. Quanto a Igreja Católica, eles estabelece essa definição de Justiça baseado no Mundo Romano, antigo, pois para os Romanos a JUSTIÇA era a arte de atribuir a cada um aquilo que por direito lhe pertence.
 JURISPRUDÊNCIA, Como todo termo jurídico a Jurisprudência vem do Latim que significa Em cache - SimilaresVocê marcou isto com +1 publicamente. Desfazer
(jus "justo" + prudentia "prudência") é o termo jurídico que designa o conjunto das decisões sobre interpretações das leis feita pelos jurisconsultos. Segundo o dicionário jurídico de Plácido e Silva1, Jurisprudência é derivado da conjugação dos termos, em latim, jus (Direito) e prudentia (sabedoria), pelo que entende-se como a Ciência do Direito vista com sabedoria, ou, simplesmente, o Direito aplicado com sabedoria.
Modernamente, entende-se por jurisprudência como sábia interpretação e aplicação das leis a todos os casos concretos quese submetam a julgamento da justiça. Ou seja, o hábito de interpretar e aplicar as leis aos fatos concretos, para que, assim, se decidam as causas.
 Nesse sentido, a jurisprudência não se forma por decisões isoladas, mas sim após uma série de decisões no mesmo sentido. A grosso modo, pode-se dizer que: “precedente” é uma única decisão em determinado sentido; “jurisprudência” são diversas decisões no mesmo sentido; e “súmula” é o resultado decorrente do procedimento de Uniformização de Jurisprudência, pelo qual se condensa uma série de acórdãos (decisões de tribunais), que adotem idêntica decisão.
DIVISÕES PARA O ESTUDO DO DIREITO ROMANO
PARA GIRÁRD CUQ.
 Nesse sentido é destacado dois historiadores franceses que são Girárd Cuq e Gastom May dos quais eles dividem a historia do Estudo do Direito Romano de duas formas sendo que para Girárd Cuq - Não há após as XII Tábuas Lei mais decisiva que a Lei Ebucia, para a historia do Direito Romano, então existe a presunção de que a primeira fase seria a fase de implantação da Lei da XII Tábuas, que foi introduzida em Roma a partir do momento em que todas as decisões em regra geral eram tomadas em favor de um Patricio, então os plebeus tendo a imensa desvantagem, eles exigiram a criação de uma Lei. Portanto, o senado romano, encarregou um plebeus denominado de Terentilius Arsa como porta voz para trazer uma Lei e por sinal foi a primeira lei escrita em Roma, onde conta que foi esculpida em XII tabuas e colocada a disposição em praça publica para que todos os cidadãos tomasse conhecimento do seu conteúdo. Foi a principal Lei aprovada pelos comícios a Lei da XII Tábuas (Lex duodecim tabularum, Lex decemviralis, Lex) foi por volta do ano (462 – 452ac.) onde acham que a data correta foi o ano de 449 ac., esta representou um dos mais notáveis capítulos da emancipação da classe plebéia. 
 O segundo estagio ou divisão para o estudo do Direito romano foi a introdução da LEX AEBUTIA (Lei Ebucia) - (149 a 126 Ac) - Lei que introduziu facultativamente o processo por formula escrita do qual os magistrados deduziam novos poderes para temperar o rigor desse direito. Nesse sentido foi deveras um avanço substancial, uma vez que a retórica era colocado no processo, e possibilitou a todos a capacidade postularia onde poderiam externar seus anseios e suas pretensões dentro de uma lide, e que deu uma nova sistemática na capacidade de convencimentos ao magistrado. Esse formalismo passou a ser uma característica essencial do direito antigo, uma vez que esse segundo período foi intitulado direito clássico que inicia com esta lei e flui ate o reinado de Diocleciano no ano 305 d.c. e finalmente no período denominado pós-clássico que corre ate a morte de Justiniano, por volta do ano 565 d.c.
PARA GASTOM MAY 
 
 Vale uma ressalva que o Estudo iniciado e concluído por Gastom May ele preferiu dividir em dois segmentos de direito sendo um denominado de JUS CIVILE e outro denominado JUS GENTIUM, com características totalmente diferentes.
 Este historiador também da escola Francesa, separa a história das fontes em dois grande grupos, sendo um deles o JUS CIVILE, que significa Direito do Cidadão, ou seja era o Direito que regia sobre todos os conflitos existentes entre os cidadão romanos, determinada todas as regras a serem observadas pelos cidadãos romanos, sejam eles natos ou mesmo aqueles que adquiriam cidadania romana. Este é o primeiro período e por ser próprio do cidadão romano é o mais rígido como os romanos mesmo tinham orgulho em dizer (Jus Proprium Civium Romanorum) Direito do próprio cidadão romano, e que e extensivo até os últimos tempos de Roma. Como para os romanos, eles deviam servir de exemplo a toda coletividade, por isso fez um direito exclusivo e com maior severidade para que fossem exemplo a ser seguido e observado.
 O segundo ou seja, o JUS GENTIUM era aquele correspondente à época do império é caracterizado pela influencia de princípios jurídicos de nações estrangeiras que Roma havia conquistado. Por isso foi criado um denominado Direito das Gentes onde era julgado e processado os estrangeiros que viviam nas províncias romanas, era menos rigoroso, e, é considerado pelo Jurisconsulto GAIO mais racional que o JUS CIVILE, aproximando-se da perfeição por sua universalidade, e seu critério de justiça. Teve seu apogeu ao tempo do Imperador Caracala, através de seu Principium Placita onde teve um grande avanço a Política internacional.
HISTÓRIA INTERNA E HISTÓRIA EXTERNA - ORIGEM E SENTIDO DESSAS EXPRESSÕES: 
 A HISTÓRIA INTERNA seria o estudo que procura conhecer cada Instituto Jurídico de Per Si, desde a sua formação acompanhando o seu desenvolvimento posterior. Desse modo, fazer a historia interna da PROPRIEDADE, DO USUFRUTO, DO USUCAPIÃO E DO CASAMENTO é tomar cada um desses institutos isoladamente e estudá-los desde o nascimento até uma dada fase de evolução
 Portanto, a História Interna é dividida em três épocas que foram de importância impar para o estudo e a evolução do Direito Romano, pois houve acontecimentos que proporcionaram mudanças de toda ordem no império romano. A primeira das épocas foi denominado de DIREITO ANTIGO OU PRÉ-CLÁSSICO, do qual abrange os seis primeiros séculos de civilização Romana que vai da Fundação de Roma por volta do século VIII ac. Ate o século II AC., mais uma vez pode concluir que o termino desse período coincide com a introdução da Lei Ebucia, tamanha sua relevância e importância para o mundo jurídico.
 Já na segunda epoca pode ser observado o DIREITO CLÁSSICO, que cobre 04 (quatro) séculos e meio, pois seu inicio é com a introdução da Lei Ebucia e termina com o reinado do imperador Diocleciano, no ano 305 dc. No período clássico ou período áureo do Direito Romano, que vai de Augusto até o fim do reinado do Severos, nota-se profunda modificação na estrutura político-administrativa de Roma. Augusto toma para si, a titulo perpetuo as prerrogativas de varias magistraturas, tais como: o imperium dos procônsules: o poder e imunidades dos tribunos: a soberania dos pontífices ou sacerdotes; estabelece uma diarquia ou governo de dois, pois o governo passa a ser exercido por Augusto e pelo Senado.
 Na terceira época, compreende 02 (Dois) séculos e meio, onde finda com a morte do Imperador Justiniano no ano de 565 dc., era denominado de DIREITO PÓS-CLÁSSICO OU ROMANO-HELENICO. Este período que vai dos Severos ate a queda de Roma em 476 dc., onde duas fontes do Direito tornam-se preponderantes: as Constituições Imperiais (Principium placita) e os Senatusconsulta. Posteriormente será demonstrado a importância destes dois institutos romanos que muito contribuíram como fontes do Direito Romano, e que tiveram papel fundamental na transformação e formação do Direito Romano. Nesse período pode ser observado um grande avanço no Processo formular romano, onde foi admitido a propositura de ações através de forma escritas.
 A HISTÓRIA EXTERNA: Teve sua divisão em quatro épocas correspondentes as formas de governo que teve o povo Romano, e isso foi muito bem demonstrados em varias fases, que por sua vez foram influenciado pelas diversas formas de governo e com o crescimento da população, foi necessário o surgimento de novas técnicas que tiveram um papel preponderante da formação do Direito de um modo geral. 
 A História Externa, em resumo é aquela que analisa as fontes do Direito, a Legislação, os usos o costumes, a ciência dos Jurisconsultos. Portanto, vê os Institutos em bloco através dos tempos, estabelecendo paralelos

Continue navegando