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1. Nos mais de 12 séculos da civilização romana, entre tantas influências e contribuições para sociedades modernas e contemporâneas, destacam-se a importância do Direito Romano e sua presença nos Ordenamentos Jurídicos Contemporâneos. Conforme, José Cretella Júnior, numerosos institutos do direito romano estão presentes na atualidade, ou exatamente como foram, ou com alterações pequenas nos institutos jurídicos da atualidade. Desta forma, contextualize e relacione as principais contribuições do Direito Romano para os Ordenamentos Jurídicos Contemporâneos. RESPOSTA: Dentre as principais contribuições do direito privado romano, área que marcou significativamente a cultura jurídica ocidental, estão: Direito da Família, Direitos Reais e Sucessão. E nisso podemos mencionar a Lei das XII Tábuas que protegia a propriedade privada, punindo aquele que agisse contra ela. Segundo as leis das Tábuas as propriedades eram quase sagradas, e por isso caracterizavam-se perpetuas e invioláveis. No entanto, em Roma, o direito sobre uma propriedade nunca foi absoluto e ilimitado. Outras das contribuições romanas para o Direito da atualidade é o Códex de Justiniano ou Corpus Iuris Civil de Justiniano (Corpo das Leis Civis), que é basicamente uma compilação do Direito Romano desenvolvido em todas as suas etapas de formação ate a divisão do império. Códex esse que influenciou inclusive o Código Civil Brasileiro de 1916 e de 2002. 2. O jurista Roberto Lyra Filho, em sua obra, “O que é Direito?” (LYRA FILHO, Roberto. O que é direito. 18.ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1996. p. 03 – 13), propõe elementos constitutivos do Direito, enquanto sistema ou ordenamento jurídico, para além da norma. Segundo Lyra Filho, o Direito, como busca da liberdade garantida pela lei, deve pautar-se, também, em questões sociais e políticas que tenham os homens como formuladores das condições na qual o Direito pode ou não agir. Neste sentido, com base no texto disponibilizado contextualize sobre a definição do que é Direito para Roberto Lyra Filho. RESPOSTA: Segundo Roberto Lyra Filho, a lei é um conjunto de normas que está intimamente ligada aos detentores do poderio econômico da sociedade onde ela está sendo construída, porque se a lei emana do Estado, que é o órgão regulador da conduta social de um povo, teoricamente suas leis deveriam ser para o povo. Porém, há muitas brechas em algumas leis que Lyra Filho diz que não podemos ignorá-las sem análise, porque as questões sociais e políticas são importantes para definir quando devemos ou não aplicar com rigor a lei, é por esta análise que Lyra Filho chega a conclusão de que não podemos ser ingênuos quanto a lei que forma o Direito, pois muitas delas são feitas para defender o interesse da classe economicamente detentora dos meios de produção. E por isso nem toda lei, por ser norma constituinte do Direito (normatização que regulamenta a vida em sociedade), deve ser aplicada sem análise, principalmente porque o Estado, por estar juridicamente acima do povo, tenta convencê-lo de que a lei não deve ser refutada, tentando fazê-lo acreditar que tudo que provém da União é virtuosos, tanto não é, que ele destaca que as leis devem ser minuciosamente analisadas mesmo em que Estados socialistas, que supostamente já foram constituídos para o povo. E por isso, se diz que o Direito nunca ficará pronto acabado e estático ele sempre estará se transformando, com uma constante inovação da legislação o tornando eficiente para uma sociedade justa com princípios e normas global e que cada vez mais as pessoas tenho acesso a legislação afim de transforma-la para que as mesma se torne eficiente. 3. “A presença da elite patrícia nos mais importantes cargos e decisões políticas romanas acabou promovendo uma situação de disputa entre eles e a classe plebeia. Encarregados de exercer atividades econômicas e militares, os plebeus organizaram várias revoltas em prol de sua inserção política. Por meio desse levantes, conseguiram a formulação de novas leis e a implantação progressiva de um novo sistema de poder.” (SOUSA, Rainer Gonçalves. "Roma – Período Republicano"; Brasil Escola). Desse modo, com base na citação anterior, responda as questões abaixo: a) Qual período romano a assertiva do autor se refere? RESPOSTA: O fim da realeza foi 510 A.C, teve marco a expulsão do último rex (Tarquinio). E em Roma havia quatro classes distintas, os patrícios que eram homens fundadores das cidades e seus descentes que possuíam poder e privilégios. No início da fase da republica, com expulsão de Tarquínio, houve substituição por dois comandantes militares com igual poder e eram eleitos anualmente e na República a organização social se muda aos poucos. b) Qual foi o principal dispositivo legal que marca o início deste período e que concedeu mais poderes de participação política e direitos aos plebeus? RESPOSTA: Foi a Lex Licinia de Magistratibus, que deu direito aos plebeus de ser cônsules e participarem de cargos de administração política e jurídica de Roma, no início do período da República Romana. c) Cite e explique as três principais fontes do direito neste período da história romana. RESPOSTA: Costumes, leis escritas (Leis das XII Tábuas), os editos dos magistrados. Sendo o costume um conjunto de diversos atos realizados por determinado povo, por meio do hábito e da concordância entre aqueles que pertencem a essa sociedade. Já as leis escritas estavam lá para regulamentar o direito a propriedade privada. Quanto ao Edito dos Magistrados, esses eram documentos emitidos pelos magistrados, que definiam como lidar com situações que ocorriam na sociedade, a efeito de reparações jurídicas. 4. Um dos principais objetivos do Direito Arcaico era estabelecer o controle e a coesão social entre os membros de determinado grupo, clã ou tribo. Desta forma, explique como era possível à existência e aplicação das normas de controle no Direito Arcaico, sendo que as mesmas não eram escritas. RESPOSTA: A lei primitiva da propriedade e das sucessões teve origem nos laços sanguíneos, nos cultos religiosos que introduziam as normas ou leis que eram invocadas por entidades divinas, através de revelações sagradas, e os sacerdotes eram os legisladores da época em que não existia a escrita. A religião possuía grande influência na sociedade e nas leis, através de crenças dos antepassados de rituais simbólicos e a força das divindades, através de ameaça permanentes dos poderes sobrenaturais e com cunho moral, social e jurídico. O direito antigo passa por três grandes evoluções: Os direitos que provem dos Deuses, o direito confundido com os costumes, e o direito identificado com a lei. 5. Segundo o autor, Fustel de Coulanges, o direito na antiguidade clássica nasce nos princípios e elementos que constituíram a família, a propriedade privada e a religião doméstica, derivando “das crenças religiosas universalmente admitidas desses povos e exercendo domínio sobre as inteligências e sobre as vontades.” Ante o exposto, explique a relação entre a família, a propriedade privada e a religião na formação do direito na antiguidade clássica. RESPOSTA: Na sociedade antiga já se apresentavam as desigualdades sociais, e estas eram oriundas de crenças religiosas, e devido a estas crenças a religião era muito importante na época, pois a mesma trazia a figura patriarcal como sendo a predominante, e por isso influenciou durante muito tempo o direito civil diretamente. Onde diferente dos homens, as mulheres durante muito tempo não conseguiram usufruir de seus direitos. Como costumes e crenças eram transmitidos por grupos familiares, onde desta forma a propriedade era algo muito significativo, sendo esta a base. Como já dito as crenças e religiões eram muito predominantes, sendo que os sacerdotes eram os detentorese executores da lei.
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