Buscar

Analise as condições de produção dos textos a seguir jor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Analise as condições de produção dos textos a seguir
Impeachment precisa ser repudiado por segmentos democráticos, diz leitor
“Procedente e oportuno, da parte da presidente, resgatar o memorável movimento da Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola em 1961 em contraposição à tentativa de golpe para impedir a posse de João Goulart ('Tenho certeza de que não vai ter golpe', diz Dilma ). O impeachment como pretexto para desrespeitar os resultados das urnas precisa ser repudiado pelos segmentos democráticos.” ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de janeiro, RJ) (Painel do leitor, Folha de S. Paulo 23/03/16)
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Denúncia com pedido de prisão de Lula é algo inédito, afirma historiador
“A denúncia com pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, feita pelo Ministério Público de São Paulo, é algo historicamente inédito no país. Urge agora que as lideranças legítimas da nação operacionalizem soluções legais e democráticas para a resolução das crises, para que possamos, o mais rapidamente possível, sair deste estado de abulia que paralisa o Brasil e prejudica toda a sua imensa população.” JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado e historiador (Rio de Janeiro, RJ) (Painel do leitor, Folha de S. Paulo 11/03/16)
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Saneamento é o inimigo do mosquito
Surtos de doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti dependem de dois fatores. O primeiro, um tanto óbvio, é gente, muita gente. Havia muita gente no Rio de Janeiro entre o final do século 19 e o início do século 20, quando a cidade foi atacada pelo Aedes, na época vetor da febre amarela.
Em 1900, a capital da República tinha 700 mil habitantes - quase 40% da população das 20 capitais existentes. A aglomeração desordenada no centro Rio era impressionante. Basta ler "O Cortiço", de Aluísio Azevedo.
Naquele tempo, São Paulo e Salvador tinham pouco mais de 200 mil habitantes cada, e Recife, cerca de 100 mil. Hoje há 142 municípios com mais de 200 mil habitantes. Acima de 100 mil, 300. As 26 regiões metropolitanas abrigam mais de 90 milhões de pessoas. O Aedes aegypti agradece.
A expansão do mosquito se vale de outro fator: a sujeira. Cristalizou-se a fantasia de que o mosquito da dengue, do Chikungunya e do zika vírus gosta de água limpa. Não é bem assim. Os criadouros das larvas têm sido localizados principalmente no lixo. Pneus velhos, material plástico, isopor, potes, latas, carcaças de móveis e de eletrodomésticos transformam-se em reservatórios do que se convencionou chamar de "água limpa". Se o lixo sai, a reprodução do inseto fica mais difícil.
Há mais de cem anos, o Rio enfrentou a febre amarela porque era uma cidade imunda. Não era à toa que era chamada de "Cidade da Morte" e "Porto Sujo".
Em 1903, o presidente Rodrigues Alves e o prefeito Pereira Passos patrocinaram aquela que é, até hoje, a maior intervenção urbana da história da cidade. Abriram-se e alargaram-se ruas, criaram-se estruturas de saneamento básico. Mais de 1.700 construções em péssimo estado de conservação do centro da cidade foram demolidas para dar lugar a novas edificações. Estima-se que um quarto da população vivia em cortiços. Dez anos antes, quase 5.000 pessoas haviam morrido por febre amarela. Cinco anos depois, foram quatro óbitos.
No Rio antigo, o governo agiu com rigor criando brigadas mata-mosquitos autorizadas a invadir domicílios e cuidar da limpeza de calhas, telhados e caixas d'água. Era no jeito ou na força. O esforço não foi em vão, mas a situação só melhorou após as ações de saneamento da cidade.
Sanear uma cidade é promover o recolhimento e o descarte apropriado dos resíduos sólidos. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil está devendo nessa área. Pouco mais da metade dos resíduos sólidos urbanos coletados tem disposição final adequada em aterros sanitários. Perto de 25% dos resíduos ainda é despejado em lixões.
Avançamos muito no manejo do água, mas ainda há o que evoluir. Perto de 10 milhões de habitantes de áreas urbanas não estão conectados à rede de abastecimento. No esgoto, a situação é vergonhosa. O sistema coleta de forma apropriada 48,6% do esgoto produzido.
Coletado e tratado, apenas 39%. No ritmo em que avançamos, apenas em 2054 alcançaríamos a universalização do saneamento básico. É tanto tempo que, até lá, as crianças de hoje já serão avós. É fundamental exigirmos do governo o cumprimento das ações estruturantes para atingirmos as metas estabelecidas no Plano Nacional de Saneamento.
Saneamento é um problema que diz respeito, diretamente, às prefeituras. Que tal cobrarmos os candidatos para que assumam um compromisso de transformação com a sociedade? Ou agimos e pressionamos ou vamos esperar passivamente o surgimento de um novo surto, de um novo vírus da zika.
Por NEWTON LIMA AZEVEDO, é engenheiro, governador brasileiro do Conselho Mundial da Água e vice-presidente da Abdib - Associação Brasileira da Indústria de Base. (Folha de S. Paulo, 23/03/16.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 Folha de Londrina, 15/03/2016
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________*

Continue navegando