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Portfólio de Fundamentos Psicológicos e Socioantropológicos da Educação

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Centro Universitário Internacional UNINTER
Deise Silvana da Silva, RU: 1191841. Turma: 2015/03
Greice Beskow, RU: 1223270. Turma: 2015/03
Relatório de Fundamentos Psicológicos e Socioantropológicos da Educação
PAP Arroio do Tigre – RS
2015
Centro Universitário Internacional UNINTER
 Deise Silvana da Silva, RU: 1191841. Turma: 2015/03
 Greice Beskow, RU: 1223270. Turma: 2015/03
Relatório de Fundamentos Psicológicos e Socioantropológicos da Educação
Relatório de Fundamentos Psicológicos e Socioantropológicos da Educação apresentado à UTA – Fundamentos da Educação no curso de Licenciatura em Pedagogia. Tutor local: Ivonir Silveira Centro associado: Arroio do Tigre-RS
PAP Arroio do Tigre – RS
2015
Na primeira parte do trabalho da Fase I, em Fundamentos Psicológicos da Educação foi desenvolvido o Estudo Dirigido com base no texto “O sujeito na epistemologia genética” de Piaget. Foram registradas as idéias essenciais a partir do roteiro proposto, encontradas na seqüência.
Qual o objetivo principal do texto?
O principal objetivo deste texto é que se crie a defesa de uma educação que priorize compreensão e reciprocidade, fatores alcançáveis levando-se em consideração a condição necessária, mas não suficiente do raciocínio desperto, portanto do desenvolvimento da inteligência. E, portanto, a partir do sentimento de respeito (amor e temor) que a criança pequena sente pelo adulto, ela inicia um processo de imitação das regras recebidas dos outros e utilização individual desses exemplos recebidos.
 Qual a característica principal da epistemologia genética?
A Epistemologia Genética proposta por Piaget é essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder não só como os homens, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso.
Apresente o conceito de sujeito de Piaget.
Sua concepção se dar conta desta relação será necessário determina não apenas o que se percebe e concebe este sujeito,mas o que percebem,concebem sujeitos de todos os níveis, em particular nas diversas etapas da historia das ciências. E como ponto fundamental reemprender sistematicamente o estudo da causalidade é, pois recomeçar a análise do desenvolvimento cognitivo, mas situando-se do ponto de vista do objeto e já não do sujeito, é um domínio imenso que pode reservar muitas surpresas.
Qual a diferença entre organização e adaptação conforme Piaget? 
Piaget postula que, ao nascer, o indivíduo recebe como herança uma série de estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que permanecem constantes ao longo da sua vida. São essas estruturas biológicas que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais. Em vista disso, na linha Piagetiana, considera-se que o indivíduo carrega consigo duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e à adaptação, significando entender, portanto, que, em última instância,  o 'motor' do comportamento do homem é inerente ao ser. Do ponto de vista biológico, organização é inseparável da adaptação: Eles são dois processos complementares de um único mecanismo, sendo que o primeiro é o aspecto interno do ciclo do qual a adaptação constitui o aspecto externo.
Explique o processo de Assimilação.
Assimilação cultura ou assimilação social é o processo pelo qual minorias étnicas adquirem características culturais dos grupos dominantes.
O termo é algumas vezes utilizado em relação a imigrantes de vários grupos étnicos que se estabeleceram em uma região. Novos costumes e atitudes são adquiridos através do contato e comunicação, no qual cada grupo de imigrantes contribui com um pouco de seu próprio traço cultural na nova sociedade. A Assimilação cultural normalmente envolve uma mudança gradual e ocorre em vários níveis e torna-se completa quando novos membros da sociedade se tornam irreconhecíveis em relação aos antigos.
Mostre a diferença entre auto-regulação e auto-organização.
Auto-regulação são características que as estruturas têm de se ordenarem e organizarem a si mesmas. Já a auto-organização é a administração inteligente de nós mesmos. Vai além de uma agenda organizada, consiste em uma revolução interna, isto é, analise e mudança de hábitos e uma reavaliação da auto-concepção.
Apresente as características principais da auto- organização da inteligência.
Aprendizagem organizacional e aprender a aprender, características que as torna capazes de inovar, evoluir e assim alcançar os desafios propostos do ambiente de mudanças.
Quais são segundo Piaget, os estágios do desenvolvimento intelectual da criança. 
Piaget considera quatro períodos no processo evolutivo no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento. São eles:
1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela caótico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do campo da percepção), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade reduzida ao poder das ações, em uma forma de onipotência" (id ibid)
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos) Para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem.
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outros) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport, op.cit.). 
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) Nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport (op.cit. 74) a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".
Apresente exemplos práticos de cada fase.
Cada fase ou estágio é definido por diferentes formas de pensamento. A criança deve atravessar cada estágio segundo uma seqüência regular, ou seja, os estágios de desenvolvimento são seqüenciais. Se a criança não for estimulada, motivada na devida altura não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Assim torna-se necessário que em cada fase a criança esperançou e tenha tempo suficiente para interiorizar a experiência antes de prosseguir para o seguinte estádio.
Na ausência de linguagem para designar as experienciais assim recordar os acontecimentos e idéias, as crianças ficam limitadas á experiência imediata, e assim vêem e sentem o que esta a acontecer, mas não tem forma de categorizar a sua experiência, assim, a experiência imediata entre a criança e o meio, pois a organização mental da criança esta em estado bruto, de tal forma que a qualidade da experiência raramente é significativa, assim,o que a criança aprende e a forma como o faz, permanecerá como imediata e tão vivida como qualquer primeira experiência.
Explique a citação “Compreender as possibilidades e limites do objeto é a mesma coisa que compreender as possibilidades e limites do sujeito”.
Significa que o sujeito saberá entender ás suas próprias delimitações, ou seja, ele tentará alcançar seu objetivo sabendo da real possibilidade de consegui-lo. 
O que Piaget quis dizer com a frase “Sempre corremos atrás e isso é a ciência.” 
Significa que um indivíduo sempre tem uma finalidade bem presente, que é a tentativa de romper os seus próprios limitesde ir sempre mais além, de buscar a compreensão e o entendimento. É um individuo que tenta compreender o mundo em que está inserindo e é um crítico de si mesmo e no fundo, é disso que a ciência trata.
 Aponte as idéias principais das considerações finais do autor.
Segundo Piaget existem fases de construção de pensamento lógico-formal e matemática conforme o processo de crescimento, ainda que existe o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer, envolvendo todo um complexo de aprendizagem, como maturação do organismo, a experiência como objetos, a vivência social e claro a equilibração do organismo ao meio. Assim tal teoria representa um desenvolvimento humano na medida em que ele conhece o mundo a qual vive.
Já na segunda parte do trabalho, em Fundamentos Socioantropológicos da Educação foi desenvolvido um Cine Debate, tendo como ponto norteador os filmes Cidade de Deus, Crash – No limite e Hooligans.
Cidade de Deus
O presente trabalho, de natureza teórica, pretende aliar ás teorias da Psicologia Social a algumas discussões presentes no filme Cidade de Deus.
A infância perdida, retratada na obra, é capturada de maneira a apresentar a situação de violência experiência nos grandes centros urbanos do Brasil. É a arte retratando ávida, no contexto da favela Cidade de Deus, um lugar que apresenta marginalização, invisibilidade, omissão, desamparo, crianças e adolescentes sem defesa. Esse quadro serve de base para ilustrar algumas questões inerentes aos estudos em Psicologia Social, as quais se pautam pela atenção, respeito, e cidadania aos excluídos e invisíveis, advogando em favor de uma infância de brinquedos, cuidados, proteção e oportunidades promotoras do desenvolvimento humano. Assim a teoria e obra estão imbricadas neste trabalho e estabelecem pontos de contato entre as duas versões: conteúdos acadêmicos e a filmografia.
É assim que Alexandre Rodrigues -o Buscapé -habitante da Cidade de Deus, na ficção e na realidade, protagoniza as cenas dessa favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual lhe permite seguir carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive e onde a violência aparenta ser infinita. Em termos mais abrangentes, essa obra cinematográfica traz á luz uma série de problemas sociais tais como: desigualdade, violência, exclusão social e empobrecimento de comunidades populares, estigmatizadas e fragmentadas em seus conteúdos sociais, favorecendo a violência, em um espaço territorial controlado e dominado por grupos armados, segregados de outros espaços da sociedade, onde o mercado ilegal do narcotráfico faz parte do cotidiano de seus habitantes.
Ao ambicionarmos saber sobre o que a Psicologia Social se preocupa, estudos na área elucidam os desejos o seu respeito, indicando que seu objeto de estudo está focado em conhecer o indivíduo no conjunto de suas relações sociais e tentar recuperá-los na interseção de sua historia com a história de sua sociedade. Nesse sentido, estudar as relações do homem com o meio e do homem com outros homens, se tornou indispensável na psicologia.
Com efeitos devastadores na vida dos habitantes, esse é sem duvida o retrato da severidade e da magnitude da violência sobre as crianças encontradas na Cidade de Deus, em uma negação clara á violação dos direitos humanos: fome, desemprego, pobreza, exclusão social, abandono, privação, habitação precária, ausência de escolas, de saneamento básico, exposição a doenças infectocontagiosas, descaso social, tráfico de drogas, crime organizado, marginalidade, agressões físicas e psicológicas, etc.-violência produzida pelo meio.
Essas soluções, pleiteadas junto ao poder publico e buscadas preferencialmente em ações interdisciplinares coletivas, que agreguem contribuições de diferentes áreas do conhecimento, integradas a instituições como abrigos, hospitais, escolas, serviços oferecidos pela rede de saúde, etc. Podem atender minimizar e ate prevenir demandas complexas, ao se desenvolver um trabalho que vise ao bem estar social e mais qualidade de vida das comunidades em situação de risco, integrando a criança e o adolescente em seu meio.
Percebe-se, então, um distanciamento da infância da classe media e da infância das crianças pertencentes a famílias de baixa renda. Na classe mais privilegiada, há prolongamento do tempo destinado á infância protegida das preocupações. Nesse período, a criança é preservada do trabalho e tem mais reconhecimento social, quanto á atenção á infância. Porem, visto que as extremas desigualdades sociais produzem diferentes infâncias, como já previamente mencionado, há crianças que vivem a infância com pleno reconhecimento de seus direitos, e crianças que esbarram nesses direitos, mas não tem os garantidos.
Vemos então, dentro de uma perspectiva de realidade apresentada no filme que muitos há, ainda, que se investir e se mobilizar para garantir, aos infantes e adolescentes de locais como a Cidade de Deus, o direito á cidadania, uma vez que esse pano de fundo é um espaço de exclusão social. As cenas descrevem a favela como um lócus de perversão e transgressão onde a mensagem é: mesmo que você viva no inferno, a vida não é uma mera questão de chance, mas uma questão de escolha.
A omissão do poder publica em relação aos seus cidadãos, á desigualdade das relações aos direitos á educação, afeto e proteção, negados e/ou violados, acabam por gerar, como no caso de Cidade de Deus, um cotidiano onde frutifica o aumento do narcotráfico, e conseqüentemente, da violência. Nessa tessitura social, faz parte da urdidura a pratica de crimes como homicídio e tortura, entre outros, já que crianças e adolescentes, para ascenderem dentro do mundo do narcotráfico e conquistarem prestigio do grupo, devem desenvolver uma historia de violência.
Em contrapartida, a favela se constitui em um paraíso para os traficantes de drogas e para os perversos “soldados” dezenas de crianças moradoras da localidade. Essa realidade é retratada em uma das cenas mais chocantes, que mostra uma criança forçada-praticamente empurrada para matar, somente para provar sua lealdade á gang a que pertence.
Isto demonstra que espaços sociais como a Cidade de Deus, são, na verdade uma coletividade resultante de uma sociedade,onde as pessoas são consideradas como expurgo,que é o resultado necessário do processo de construção da ordem e do progresso econômico. É uma territorialidade que comporta um tecido social que urdiu suas próprias leis e um código de conduta, e pelo crescente consumo de cocaína, onde o Estado Oficial, muitas vezes com seu aparato falido e desatualizado, não tem controle sobre essas áreas (Moreira 2000).
A desigualdade e a exclusão social são impressionantes. Assim, cada vez os efeitos corrosivos das drogas- consumo e tráfico, com seu mercado lucrativo e da violência tem livre transito nesse espaço social, servindo como combustível para fomentar e aquecer a mistura explosiva que compõe a realidade dessa comunidade. De acordo com o filme e a realidade, lá se encontra um submundo de drogas, marginalidade, impunidade, desemprego, pobreza, crime organizado, abandono, delinqüência juvenil.
Em suma como pode ser retratada a intensidade estarrecedora dessa passagem?Certamente as cores dessa realidade, nas mãos do artista comprometido e socialmente engajado, testemunharão e denunciarão o conteúdo da verdade, presente em um mundo dominado, 
Esse relatório foi baseado no trabalho dirigido por Fernando Meirelles, lançado com título original de Cidade de Deus (Lumiere / Mira Max Filmes, 2002), foi candidato a uma indicação ao Oscar em 2003. 
Crash – No Limite
O filme aborda o preconceito e a discriminação, falando em uma forma mais ampla e simples, provocando reações bastante diversas e intrigantes, porém, bem realista no mundo atual globalizado. Os personagens americanos, imigrantese estrangeiros que escolheram os Estados Unidos como lugar para viver suas vidas, levando o preconceito, que é tão presente hoje em dia, a um patamar inimaginável, que realmente ocorre. O filme cruza as histórias abordando as camadas sociais que formam a sociedade americana e seus componentes, suas cenas giram em torno do preconceito racial econômico, sexual e social. O filme tem representantes dos grupos étnicos mais diversos. Tem negros, brancos, asiáticos e latinos Americanos.
A personagem interpretada por Sandra Bullock é a rica e mimada esposa de um promotor. Ela tem seu carro de luxo roubado por dois assaltantes negros. Quando ela chega em casa, pede para trocarem as fechaduras. Quem faz o serviço é um chaveiro mexicano e ela o discrimina, pedindo para ser trocado na manhã seguinte novamente. O roubo do carro culmina num acidente que acaba a aproximar habitantes de diversas origens étnicas e classes sociais de Los Angeles: um veterano policial racista, um detetive negro e seu irmão traficante de drogas, um bem-sucedido diretor de cinema e sua esposa, e um imigrante Iraniano e sua filha.
Crash é subdividido em tramas independentes que se unem no desenrolar do filme como um quebra-cabeça. Nesses termos, para melhor esclarecimento do que foi dito, é imprescindível a lembrança da cena em que um diretor, negro, de cinema e sua esposa - que também é negra são abordados por policiais brancos em uma operação de revista realizada em uma via pública. Nessa operação, um dos agentes, agindo completamente fora dos padrões éticos e morais exigidos para o cargo, molesta a esposa do diretor de cinema que acompanha furioso tal procedimento, mas nada pode fazer contra a atitude do policial. Após a chegada do casal em sua casa, a mulher, muito nervosa, questiona o marido sobre sua apatia diante do ocorrido, pois ela queria que ele a defendesse dos abusos do agente de polícia.
Após algumas cenas, esse mesmo policial, que molestara a esposa do diretor, a salva de um acidente automobilístico – acidente que fora ocasionado pelo abalo emocional que a mulher estava sofrendo.
Indispensável, ainda, o retorno à cena da abordagem policial ao casal negro (diretor de cinema e sua esposa), para trazermos à tona a perplexidade do parceiro de serviço do policial agressor – que condena a atitude do colega; mas que infelizmente, logo em seguida, comete um assassinato motivado por racismo.
Este filme pode ser uma opinião muito pessoal e particular do diretor, sendo a visão de mundo dele, mas que pode nos levar a alguns questionamentos: Que é racismo? Porque existe? Quem o cria? Porque a raça é um dos maiores problemas de relacionamentos entre povos? Tal filme prova um diálogo sobre a “raça” que de acordo com alguns críticos foi o anátema a Hollywood após 11 de setembro.
 O docente deve explicar ao aluno que raça é um conceito que tem sido associado ao de etnia, no entanto o conceito de etnia é fundamentado através de características culturais, como a nacionalidade, religião, língua e as tradições de um determinado grupo social.
O conceito de raça é baseado nas características fenotípicas do indivíduo, ou seja, baseado nos fatores biológicos, como a cor da pele, estatura, traços faciais.
O conceito de cultura é amplo, mas, de modo geral, cultura é tudo o que o homem, através da sua razão, da sua inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura – por mais tradicional que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados de geração em geração.
Ao analisar o filme, relembre com seus alunos a quantidade de guerras ocorridas por conta de conflitos étnicos, a quantidade de pessoas exterminadas por não possuírem os padrões sociais, religiosos e morais de determinado povo.
Hooligans
Entre o final da década de 1970 e início de 1980 os “hooligans”, torcidas organizadas existentes principalmente na Inglaterra, ganharam força, mostrando ao mundo até que ponto alguém pode chegar “por amor” ao seu time. Esses grupos são conhecidos por promoverem atos de vandalismo e violência em estádios de futebol. Assim como outras “tribos” urbanas, os hooligans possuem uma série de ritos que, no fim das contas, acabam em pancadaria. Não é incomum, antes de invadirem os estádios, seus integrantes encherem a cara de álcool e formularem ataques verbais e físicos contra as torcidas adversárias, oponentes que muitas vezes procedem da mesma forma.
 O filme conta a história do jovem norte-americano Matt que, ao ser expulso injustamente do curso de jornalismo em Harvard, decide ir visitar a irmã Shannon na Inglaterra. Ao chegar Matt conhece o marido dela, Steve (Marc Warren), e o Irmão dele Pete Dunham. Pete acaba introduzindo Matt no universo das torcidas, especialmente da “GSI”, a violenta torcida organizada do West Ham United, da qual Pete é líder. Aos poucos Matt é seduzido pela vida de bebedeira, agressividade e clima de amizade existente no grupo.
Por um lado, a película apresenta uma série de características pertinentes a esses brigões: o repúdio aos jornalistas e à polícia, as demarcações territoriais de cada torcida, a devoção pelo time e a forma cuidadosa com que eles ingressam nos estádios. Mas ficaram de fora traços relevantes e peculiares aos mesmos como, por exemplo, o engajamento dos hooligans nos partidos de direita ou de extrema-direita, o uso dessas torcidas para promover a xenofobia, ou até a participação de skinheads nestes grupos, contribuindo na difusão de ideais racistas.
Percebe-se que Hooligans não mostra relações sociais indo além da camaradagem entre baderneiros, que gostam de se espancar para mostrar virilidade e a força da sua torcida. Assim, Alexander parece subtrair desse grupo qualquer relação de cunho político. Porém, o problema crucial do filme está exatamente em seu maior propósito, ao fazer certa apologia à violência, promovendo-a como algo positivo. A violência no filme é um processo efetivamente educador. Ela aparece maquiada pela relação entre alguns jovens, uma amizade que faz com que um homem (Matt) se transforme em alguém “melhor” e mais autoconfiante após ter ingressado neste mundo.
O professor pode debater com seus alunos sobre a violência, violência no futebol, fanatismo de grupos sociais, preconceito e relações de amizade, ou seja, relacionar tais fatos ocorridos no filme com a realidade local e buscar possíveis soluções junto com os próprios alunos, podendo também ser desenvolvido um seminário dentro da escola fazendo assim maior conscientização dos temas citados.

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