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Pronomes_Eu_e_Mim

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"Era para mim estudar?"
 Era para mim estudar?
Mim não estuda. Quem estuda sou eu.
Que ocorre nessa frase, gramaticalmente? 
Ocorre que, como há um verbo (estudar) exigindo sujeito (alguém vai estudar), deveremos colocar um pronome que funcione como sujeito, um pronome pessoal do caso reto - eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Os pronomes oblíquos tônicos - mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas (pronomes que só se usam com preposição) - funcionam como complementos. 
Então, se não houver verbo à frente, deve-se usar mim ou ti. E se houver verbo exigindo sujeito, eu ou tu. 
Portanto a frase apresentada deve ser corrigida: 
 Era para eu estudar? 
Outros exemplos:
• Entre mim e ti tudo se acabou.
• Entre eu sair com você e com ela, prefiro você.
• Este livro é para eu ler.
Para saber se é sujeito ou não, faça o seguinte:
Use eu ou tu sempre, antes de um verbo no infinitivo (verbo terminado em ar, er ou ir).
SEMPRE.
Menos quando surgir o seguinte: Verbo de Ligação (ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar), junto de Predicativo do Sujeito, ou os verbos Custar, Bastar, Restar e Faltar. 
Exemplos:
• Foi difícil para mim aceitar a situação.
• Custou para mim entender a matéria.
• Basta para mim estar a seu lado. 
• É importante para mim saber a verdade
Para mim, aqui, não é o sujeito do verbo saber. Essa frase, aliás, ficaria bem mais fácil de entender se usássemos vírgulas (que aqui, como sabes, são opcionais): "É importante, para mim, saber a verdade". A possibilidade de livre mudança na ordem ("Saber a verdade é importante para mim", ou "Para mim, é importante saber a verdade") mostra que essa não é aquela famosa estrutura "Isso veio para eu fazer", em que o pronome exerce a função de sujeito do verbo e, por isso, deve ser usado no caso reto. 
Resumindo: 
Quando o Português quer representar o sujeito por um pronome, usamos o caso reto (eu, tu, ele, etc.). Os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, etc.) são usados como objetos, sempre após uma preposição (de mim, sem mim, por mim, para mim, etc.). Ocorre que na construção "Era para X comprar", o pronome que entrar no lugar de X, ao mesmo tempo, (1) é sujeito de comprar e (2) vem depois da preposição para. Em outras palavras: se seguirmos o princípio de que os sujeitos devem ser representados por pronome reto, a escolha é eu; se seguirmos o princípio de que usamos pronomes oblíquos tônicos após preposição, a escolha é mim. A solução é simples: a regra do sujeito tem absoluta precedência sobre a regra da preposição, que só vai agir quando a primeira não estiver vigente: "Ele comprou isso para mim", mas "Era para eu (sujeito) comprar" ; "vocês não vão começar sem mim", mas "vocês não vão começar sem eu (sujeito) chegar" .

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