Buscar

medicina legal

Prévia do material em texto

Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
DOCUMENTO LEGALDOCUMENTO LEGALDOCUMENTO LEGALDOCUMENTO LEGAL 
a) São partes integrantes do Laudo, o preâmbulo, histórico, descrição, 
discussão,conclusão, quesitos e resposta aos quesitos. 
PreâmbuloPreâmbuloPreâmbuloPreâmbulo.-data, local, peritos designados, autoridade requisitantes e 
especificação do exame; 
Quesitos.Quesitos.Quesitos.Quesitos.----perguntas formuladas pela autoridade judiciária ou policial, pela 
promotoria pública ou advogadas das partes. Em alguns tipos de perícias os 
quesitos já estão padronizados, chamados quesitos oficiais.- 
Exame necroscópico.- 
1o. –HOUVE MORTE? 
2o. - QUAL A SUA CAUSA? 
3o. - QUAL O INSTRUMENTO QUE O PRODUZIU? 
4o. - FOI PRODUZIDO POR MEIO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, 
ASFIXIA.....? 
Exame de acidente de trânsito.- 
1o.HOUVE ACIDENTE? 
2o.- QUEM DEU CAUSA? 
Histórico.Histórico.Histórico.Histórico.----aqui são citados os fatos que deram origem ao exame pericial. 
Descrição.Descrição.Descrição.Descrição.----o perito, após acurado exame, fará o "visum et repertum", ou seja, 
relatará , de forma pormenorizada, minudentemente aquilo que examinou, 
exatamente o que viu e , sempre que possível, acompanhar seu trabalho com 
fotografias e desenhos esquemáticos. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
Conclusão.Conclusão.Conclusão.Conclusão.---- é concisa, mais clara e objetiva possível, onde o perito relata após os 
exames que levou a efeito, a que conclusão chegou. 
Resposta aos quesitos.Resposta aos quesitos.Resposta aos quesitos.Resposta aos quesitos.----deve ser sempre afirmativa ou negativa.Quando suscitar 
dúvida, deverá o leitor reportar-se ao item da descrição. 
b) b) b) b) PROVAPROVAPROVAPROVA 
Os fatos de interesse judicial podem ou não deixar vestígios materiais. 
Os que deixam vestígio material são chamados de fatos permanentes(delicta facti 
permanenti), os que não deixam, são chamados de fatos transitórios (delicta facti 
transeuntes). 
Os primeiros que deixam vestígios materiais, como o corpo de delito, exame 
técnico, prova pericial (fatos permanentes), prova material. 
Os segundos, que não deixam vestígios, por exemplo, algumas ameaças e injúrias 
verbais, que só podem ser comprovadas por presunções ou por prova 
testemunhal. 
c)CORPO DE DELITO.CORPO DE DELITO.CORPO DE DELITO.CORPO DE DELITO.---- 
Conjunto de vestígios materiais deixados pelo fato criminoso 
d) PERITO.PERITO.PERITO.PERITO.---- 
É o profissional técnico, nomeado e compromissado judicialmente para levar a 
efeito um exame de fato de interesse processual. 
São denominados "peritos oficiais", aqueles que, após serem admitidos 
(geralmente por concurso público), passam a executá-las profissionalmente, 
prestam compromisso uma única vez. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
Existem também, os "peritos judiciais", assim chamados diretamente pelo juiz, 
entre profissionais de sua confiança, prestam compromisso a cada processo. 
e) EXAME PERINECROSCÓPICOEXAME PERINECROSCÓPICOEXAME PERINECROSCÓPICOEXAME PERINECROSCÓPICO 
 
Exames levados a efeito dos vestígios materiais externos de fato criminoso, nos 
locais mediatos e imediatos. 
Os dispositivos legais que regulamentam o ora tratado 
.-artigos 158.............até 182 do Código de Processo Penal; 
.-artigos 421..............até 435 do Código de Processo Civil. 
Exames levados a efeito dos vestígios materiais externos de fato criminoso, nos 
locais mediatos e imediatos. 
Os dispositivos legais que regulamentam o ora tratado 
.-artigos 158.............até 182 do Código de Processo Penal; 
.-artigos 421..............até 435 do Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
ENERGIAS E SEUS EFEITOENERGIAS E SEUS EFEITOENERGIAS E SEUS EFEITOENERGIAS E SEUS EFEITOS PATOLÓGICOSS PATOLÓGICOSS PATOLÓGICOSS PATOLÓGICOS 
 
As energias estudam os efeitos patológicos imediatos ou mediatos, causadas por 
ação em um corpo. Elas atuam, modificando no todo ou em parte o seu estado de 
repouso ou de movimento, produzindo lesões ou até a morte. 
Classificação com fito didático: 
1. energias de ordem mecânica; 
2. energias de ordem física; 
3. energias de ordem físico-químicas; 
4. energias de ordem química; 
5. energias de ordem biodinâmicas; 
6. energias de ordem bioquímica; 
7. energias de ordem mista. 
 
1.1.1.1.----ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICAENERGIAS DE ORDEM MECÂNICAENERGIAS DE ORDEM MECÂNICAENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA 
São energias que tendem a modificar o estado de um corpo no seu ou em parte e 
assim atingir um indivíduo, produzindo lesões em seu organismo.Estas energias 
são traduzidas em instrumentos mecânicos: 
1 a) armas.- revólver, punhal, baioneta, floretes, espingarda, fusil, etc.; 
1 b) armas eventuais.- navalha, martelo, garfo, foice, enxada, formão, 
chave de fenda, peixeira, etc.; 
1 c) partes do corpo humano:pés, mãos, unhas, cabeça, dentes, pernas, 
etc.; 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
1 d) máquinas, veículos, animais, planos, etc. 
Conforme o meio de ação desses instrumentos mecânicos, temos seis tipos de 
lesões, ativas ou passivas. 
Lesões ativas.- o instrumento mecânico vai de encontro ao corpo da vítima. 
Lesões passivas.-a vítima vai de encontro ao agente mecânico. 
Temos assim uma classificação de lesões ativas e passivas, por instrumentos: 
1. PERFURANTES; 
2. CORTANTES; 
3. CONTUNDENTES; 
4. PÉRFURO-CORTANTES; 
5. CORTO-CONTUNDENTES; 
6. PÉRFURO-CONTUNDENTES. 
 
1.1.1.1.1.1.1.1.INSTRUMENTOS PERFURANTESINSTRUMENTOS PERFURANTESINSTRUMENTOS PERFURANTESINSTRUMENTOS PERFURANTES 
 
São geralmente de forma alongada, pontiagudos, em pelo menos uma das 
extremidades em ponta ou triângulo afilado.Neste caso, o agente mecânico não 
corta, nem lacera os tecidos, perfura a pelo e penetra.Estes instrumentos atuam 
por pressão em um ponto.São lesões quase imperceptíveis, quando o instrumento 
for muito fino. 
Promovem as lesões punctórias.punctórias.punctórias.punctórias. 
1.1.a) O orifício de entrada é diminuto; 
1.1.b) Será sempre menor o diâmetro do orifício de entrada que o da arma. 
OOOO .- representação esquemática do instrumento perfurante. 
 
1.2.1.2.1.2.1.2.----INSTRUMENTOS CORTANTESINSTRUMENTOS CORTANTESINSTRUMENTOS CORTANTESINSTRUMENTOS CORTANTES 
 
São instrumentos que agem por pressão em um ponto e deslizamento no tecido, 
em direção a uma linha.Estes instrumentos caracterizam-se por apresentarem 
bordos afilados ou afiados que recebem o nome de gume.As feridas ou lesões são 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
chamadas de incisasincisasincisasincisas, podem ser pequenas ou simples, quando atingem órgãos de 
pequenas dimensões (orelha,nariz), ou mutilantes (órgãos genitais, etc) 
1.2.a) o comprimento predomina sobre a profundidade; 
1.2.b) as bordas, de uma forma geral são lisas e regulares; 
1.2.c) as bordas se afastam formando ângulos . 
 ESGORJAMENTO.- uma ou várias lesões incisas na região do pescoço; 
DEGOLAMENTO.- uma ou várias lesões incisas na região posterior do pescoço 
(nuca). 
__.- representação esquemática do instrumento cortante 
 
 
1.3.INSTRUMENTOS CONTUNDENTES1.3.INSTRUMENTOS CONTUNDENTES1.3.INSTRUMENTOS CONTUNDENTES1.3.INSTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 
Instrumentos que agem por pressão em um plano e algumas vezes por 
deslizamento, traumatizando o organismo (batida,pancada). 
Eles são constituídos de uma variedade muito grande, desde de veículo, pedra, pé 
e outros. 
Estes instrumentos produzem dois tipos de lesão : 
1.3.a) superficiais.- escoriações, equimoses, eritemas, edemas, 
hematomas; 
1.3.b) profundas.- ferimentos contusos, lácero-contuso, fraturas, luxações, 
rupturas, esmagamento de víceras. 
1.3.a) Escoriações.-ferimentos contusos que se caracterizam pela perda da 
epiderme, deixando a derme descoberta; 
1.3.a) Equimoses.- derrames sangüíneos, normalmente pela ruptura de 
vasos capilares; 
1.3.a Eritemas traumáticos.- rubor, vermelhidão na região atingida, a 
conhecida bofetada na face; 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
1.3.a) Edema traumático.-provoca uma ruptura dos vasos; 
1.3.a) Hematomas.-bolsas, " coleções" sangüíneas que ao se extravasarem 
de um vaso se alojam nos tecidos, formando uma cavidade onde vão se 
depositar. 
 1.3.b) Lácero-contuso.- quando a superfície do instrumento contundente é 
mais ampla, a ferida é de caráter dilacerante, onde se soma o rompimento 
da pele pela ação compressora.Ex. acidente ferroviário. 
œ
œœ
œ . . . .---- representação esquemática do instrumento contundente. 
 
1.4.INSTRUMENTOS PÉRFURO1.4.INSTRUMENTOS PÉRFURO1.4.INSTRUMENTOS PÉRFURO1.4.INSTRUMENTOS PÉRFURO----CORTANTESCORTANTESCORTANTESCORTANTES 
 
Instrumentos que agem por pressão, perfuram e cortam, como diz o próprio nome. 
São instrumentos que apresentam uma ponta e uma ou duas bordas afiladas. 
A lesão é a conseqüência de um mecanismo misto: a arma que perfura com a sua 
borda e vai cortando, secionando o tecido com seu gume afiado. 
As lesões são conhecidas como pérfuropérfuropérfuropérfuro----incisasincisasincisasincisas.Seu orifício de entrada, também é 
conhecido como botoeira, pela forma semelhante a um botão.O ferimento é maior 
à largura da lâmina da arma. 
1.4.a) são conhecidas como pérfuro-cortantes, o punhal, a peixeira, a 
espada, o canivete, a baioneta, etc. 
O__O__O__O__ .- Representação esquemática do instrumento pérfuro-cortante. 
 
1.5. INSTR1.5. INSTR1.5. INSTR1.5. INSTRUMENTOS CORTOUMENTOS CORTOUMENTOS CORTOUMENTOS CORTO----CONTUNDENTESCONTUNDENTESCONTUNDENTESCONTUNDENTES 
 
O instrumento corto-contundente caracteriza-se pelo gume menos afiado e maior 
área que contunde (pelo peso) e pela força que impulsiona. 
Exemplo.- machado –enxada. 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
__ œ
œœ
œ .- representação esquemática do instrumento corto-contundente. 
 
1.6.INSTRUMENTOS PÉRFURO 1.6.INSTRUMENTOS PÉRFURO 1.6.INSTRUMENTOS PÉRFURO 1.6.INSTRUMENTOS PÉRFURO ––––CONTUNDENTESCONTUNDENTESCONTUNDENTESCONTUNDENTES 
 
Os instrumentos pérfuro-contundentes são representados pelo projétil de arma de 
fogo, qualquer que seja seu tipo. 
A lesão característica é chamada de pérfuropérfuropérfuropérfuro----contusacontusacontusacontusa. 
 
1.6.a) A lesão apresenta orifício de entrada, com borda invertida, regular e 
normalmente menor que o projétil; 
apresenta alguns contornos.- 
 
a)1. orla de contusão.- delgada orla escoriada; 
 a)2. auréola equimótica.-sua produção é dada pelo 
rompimento de alguns vasos, mostrando mancha ao 
redor do orifício de entrada; 
a)3. Zona de enxugo.-é o rastro que o projétil deixa, se 
limps, deixando resíduo de pólvora queimada; 
a)4. zona de tatuagem, própria de tiros a curta 
distância, grânulos de pólvora combusta que penetram 
no tecido; 
a)5. zona de esfumaçamento.- depósito de grãos de 
pólvora combusta ao redor do orifício de entrada; 
a)6. zona de chamuscamento.- produzidas por gases 
superaquecidos que queimam o alvo. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 1.6.b) a lesão apresenta orifício de saída, com borda evertida, 
maior e irregular. 
Ferimentos transfixante.- são os que transfixam o corpo. 
ϜϜϜϜ .- representação esquemática do instrumento pérfuro-contundentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
ASFIXIAS MECÂNICASASFIXIAS MECÂNICASASFIXIAS MECÂNICASASFIXIAS MECÂNICAS 
 
(ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA) 
 Fenômeno que impede a função respiratória, chegando ao êxito letal. 
Existem diversas classificações para a compreensão das diversas modalidades de 
asfixia, adotei a de Oscar Freire, que cumpre as finalidades técnicas periciais. 
 
 1.-Modificações físicas do ambiente: 
1.1.modificações quantitativas dos componentes do ar (diminuição do 
oxigênio, aumento de gás carbônico), aumento de temperatura, (excesso 
de umidade): confinamento.confinamento.confinamento.confinamento. 
1.2.modificações qualitativas: 
1.2.1.ambiente líquido em lugar de gasoso: afogamentoafogamentoafogamentoafogamento 
1.2.2.ambiente sólido em lugar de gasoso: soterramentosoterramentosoterramentosoterramento 
 2.Obstáculos mecânicos no aparelho respiratório: 
2.1.nas aberturas aéreas (narinas, boca e glote): sufocação diretasufocação diretasufocação diretasufocação direta 
2.2.nas vias aéreas, por constrição, devido a laço acionado pelo peso da 
própria vítima: enforcamentoenforcamentoenforcamentoenforcamento 
2.3.nas vias aéreas, por constrição externa, devido a ação da 
mão:esganaduresganaduresganaduresganaduraaaa 
2.4.nas vias aéreas, por constrição externa, devido a laço acionado pela 
força muscular ou mecanismo equivalente :estrangulamentoestrangulamentoestrangulamentoestrangulamento 
 3.Obstáculo na oxigenação das hemácias:asfixia por monóxido de carbonoasfixia por monóxido de carbonoasfixia por monóxido de carbonoasfixia por monóxido de carbono, 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
segundo alguns autores 
 4.Sufocação da expansão torácica por contensão externa: sufocação indiretasufocação indiretasufocação indiretasufocação indireta 
 
1.1.1.1.1.1.1.1.CONFINAMENTOCONFINAMENTOCONFINAMENTOCONFINAMENTO 
O confinamento caracteriza-se pela modificação do ambiente, tornando-o assim, 
irrespirável em determinado espaço físico.Geralmente são produzidos por 
comportamentos de caráter tóxico. 
1.2.1.2.1.2.1.2.AFOGAMENTOAFOGAMENTOAFOGAMENTOAFOGAMENTOLíquidos que penetram nas vias respiratórias, provocando a asfixia e morte.Assim 
pode ocorrer o afogamento interno, por vôtimo, hemorragia, etc. 
Características da vítima por afogamento: 
1.2. a) cogumelo de espuma; 
 b)pele anserina, rugosa; 
 c)os mamilos, a pele do escroto e o pênis, ficam retraídos; 
 d)as hipóstases serão vermelho mais claro; 
 e)maceração da pele. 
Estas características serão encontradas conforme o meio fluído e o tempo de 
morte da vítima. 
 
1.2.2.1.2.2.1.2.2.1.2.2.SOTERRAMENTOSOTERRAMENTOSOTERRAMENTOSOTERRAMENTO 
Sólidos que penetram nas vias respiratórias, provocando asfixia (terra, areia, 
farinha, gesso, etc. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
2.1. 2.1. 2.1. 2.1. SUFOCAÇÃO DIRETASUFOCAÇÃO DIRETASUFOCAÇÃO DIRETASUFOCAÇÃO DIRETA 
A sufocação direta é a modalidade de asfixia mecânica realizada por meio da 
obstrução das aberturas ou das vias aéreas (boca e narinas), com a mão ou com 
objetos macios (travesseiros, panos, etc). A oclusão poderá ocorrer em porções 
mais profundas, como a glote (chupetas, etc). 
 
2.2.ENFORCAMENTOENFORCAMENTOENFORCAMENTOENFORCAMENTO 
É a asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por meio de um laço 
acionado pelo peso do próprio corpo da vítima. 
O laço deixa sulco ou sulcos, conforme sua modalidade, esse sulco tem a 
característica oblíqua, com trajetória determinada da frente para trás e de baixo 
para cima. 
Quando do mecanismo da morte, ocorrem os fenômenos circulatórios (obliteração 
das artérias e veias que se encontram no pescoço) , quando a interrupção é nas 
jugulares a tonalidade da face da vítima é mais cianótica. 
A procidência da língua nem sempre ocorre, depende da colocação do laço.A 
cabeça, em geral, pende para o lado oposto em que se situa o nó.As hipóstases 
se tornarão claras nas partes declivosas do cadáver. 
 
2.3.ESGANADURAESGANADURAESGANADURAESGANADURA 
A ação constritora do pescoço é realizada pelas mãos, neste caso é requerida 
superioridade de força ou incapacidade de resistência da vítima.As lesões são 
notadas na laringe "marcas ungueais", pela pressão dos dedos. 
 
2.4.ESTRANGULAMENTOESTRANGULAMENTOESTRANGULAMENTOESTRANGULAMENTO 
Outra forma de asfixia mecânica, utilizado também o laço, agora acionado pela 
força muscular ou mecanismo equivalente. As lesões apresentam as mesmas 
características do enforcamento, diferenciando se pela orientação do sulco. 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
5.5.5.5.SUFOCAÇÃO INDIRETASUFOCAÇÃO INDIRETASUFOCAÇÃO INDIRETASUFOCAÇÃO INDIRETA 
A sufocação indireta ocorre pelo impedimento da expansão da caixa 
torácica.Neste caso, nem sempre por ato homicida (compressão da caixa torácica 
pelos joelhos), mas também por fato acidental , acidente de veículo, soterramento, 
etc). A vítima apresentará em geral, uma cianose encefálica mais intensa. 
 
 
 
OUTRAS ENERGIAS FÍSICAS (ELETRICIDADE)OUTRAS ENERGIAS FÍSICAS (ELETRICIDADE)OUTRAS ENERGIAS FÍSICAS (ELETRICIDADE)OUTRAS ENERGIAS FÍSICAS (ELETRICIDADE) 
A eletricidade em seu meio de atuação apresenta duas formas: a atmosférica e a 
industrial 
ELETROPLESSÃOELETROPLESSÃOELETROPLESSÃOELETROPLESSÃO 
Denominação dada a corrente elétrica industrial que age sobre o 
organismo.Fazendo com que o contato , dependendo das condições, forme uma 
corrente elétrica (organismo,terra e eletricidade industrial).A morte decorre pela 
inibição do sistema nervoso e muitas vezes pela fibrilação ventricular. 
As lesões externas que indicam a eletroplessão : 
a. "Marcas elétricas de Jellinek", que correspondem a entrada e saída da 
corrente elétrica na pele, queimaduras de colorido escuro; 
b. Lesões subcutâneas. 
 Geralmente são mortes acidentais, raros são os suicídios e alguns homicídios 
(cadeira elétrica). 
 
FULMINAÇÃOFULMINAÇÃOFULMINAÇÃOFULMINAÇÃO 
Ação da eletricidade atmosférica (faíscas elétricas e raios promovem elevadas 
diferenças de potencial nas nuvens) no organismo vivo.Essa ação se da pela 
descarga de uma nuvem.O mecanismo de morte se da pela inibição do sistema 
nervoso. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
Conforme a descarga recebida na a pele, os músculos , os vasos podem até se 
dilacerar, despedaçar, com formação de sulcos e estrias, e queimaduras severas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 IMPRESSÕES DIGITAIS 
A Dactiloscopia, termo constituído de dois elementos 
gregos (DAKTYLOS = dedos; SKOPÊIN = examinar), é um 
método de identificação empregado há mais de um século, 
baseado no reconhecimento das impressões digitais. É 
considerada a tecnologia biométrica mais prática, segura e 
econômica que existe. O Sistema Automatizado de 
Identificação de Impressões Digitais (AFIS) é o mais 
popular campo da biometria utilizado desde a década de 
80 no Japão e nos Estados Unidos, para controle de 
imigração, controle de acesso, porte de armas, transações 
eletrônicas, controle e gerenciamento de ponto, etc. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA DACTILOSCOPIA 
• PERENIDADE (Universalidade): cada pessoa 
é classificada por um conjunto de 
características que permanecem por toda vida, 
• IMUTABILIDADE (Unicidade): Propriedade 
dos desenhos digitais onde cada pessoa tem 
suas características próprias, 
• CLASSIFICABILIDADE: as figuras digitais 
podem ser classificadas para arquivamento e 
pesquisas. Estas características digitais podem 
ser medidas quantitativamente, 
• VARIABILIDADE: Propriedade dos desenhos 
digitais em variar de dedo para dedo e de 
pessoa para pessoa. 
As impressões digitais podem ser divididas em diversas 
classes de acordo com sua topologia geométrica. Edward 
Henry propôs a divisão em 5 classes, definindo um sistema 
de classificação designado Henry System. Tais desenhos 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
digitais apresentam características próprias, uma delas 
pertinente ao delta e outra às linhas do sistema nuclear 
(núcleo), permitindo abordar a classificação de acordo com 
o número e localização destes pontos chamados 
singulares. 
Francis Galton foi o primeiro a fazer um estudo dos 
aspectos (minúcias) das impressões digitais. Baseado 
nestas minúcias, chamadas de pontos característicos, é 
possível fazer a verificação . As minúcias são acidentes 
encontrados nas cristas papilares e tem a finalidade de 
estabelecer a unicidade das impressões digitais. 
As minúcias ou pontos característicos são resumidamente 
classificados em duas categorias: aspectos básicos e 
aspectos compostos. Os aspectos básicos são cristas 
finais (ridge ending) e cristas bifurcadas (bifurcations). 
Quanto aos aspectos compostos, formados a partir dos 
básicos, temos ilhas (islands), cristas curtas (short ridge), 
esporas (spurs), cruzamentos (crossover). 
Duas impressões digitais só serão consideradas idênticas 
quando apresentarem doze ou mais pontos característicos, 
com a mesma configuração e que tenham exatamente a 
mesma localização. Na maioria dos países, estes critérios 
são requeridos legalmente para identificação positiva em 
um caso criminal. 
O objetivo deste trabalho é estabelecero reconhecimento 
de padrões ligado ao processamento de imagens, dando 
ênfase à classificação e verificação de uma impressão 
digital. 
Dentre os objetivos específicos: 
• Revisão de técnicas para otimização e pré-
processamento de imagens, 
• Obter informações geométricas de imagens 
de impressões digitais visando a classificação, 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
• Implementação de algoritmos capazes de 
rastrear características de uma impressão 
digital, identificá-las e compará-las, 
• Uso de softwares aplicativos para o 
tratamento e análise de imagens, capazes de 
tratar informações na forma de mapa de bits, 
com o intuito de extrair parâmetros 
significativos para reconhecimento, 
• Criar uma biblioteca onde serão 
implementadas funções para leitura e gravação 
de arquivos bitmap e arquivos de direções, 
extração de pontos singulares (deltas e 
núcleos), comparação de características, 
permitindo realizar a classificação e verificação 
de impressões digitais. 
O objetivo final é fazer uso de uma característica 
biométrica associada à verificação de impressões digitais 
para validar alguma aplicação, por exemplo, no controle de 
acesso a lugares restritos ou simplesmente login em um 
PC. A autenticidade de uma impressão digital candidata 
será avaliada mediante a comparação com uma impressão 
digital referência cadastrada em um banco de dados. 
 
 As impressões digitais podem ser divididas em diversas 
classes de acordo com sua topologia geométrica. Edward 
Henry propôs a divisão em 5 classes, definindo um sistema 
de classificação designado Henry System. Tais desenhos 
digitais apresentam características próprias, uma delas 
pertinente ao delta e outra às linhas do sistema nuclear 
(núcleo), permitindo abordar a classificação de acordo com 
o número e localização destes pontos chamados 
singulares. 
Francis Galton foi o primeiro a fazer um estudo dos 
aspectos (minúcias) das impressões digitais. Baseado 
nestas minúcias, chamadas de pontos característicos, é 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
possível fazer a verificação . As minúcias são acidentes 
encontrados nas cristas papilares e tem a finalidade de 
estabelecer a unicidade das impressões digitais. 
As minúcias ou pontos característicos são resumidamente 
classificados em duas categorias: aspectos básicos e 
aspectos compostos. Os aspectos básicos são cristas 
finais (ridge ending) e cristas bifurcadas (bifurcations). 
Quanto aos aspectos compostos, formados a partir dos 
básicos, temos ilhas (islands), cristas curtas (short ridge), 
esporas (spurs), cruzamentos (crossover). 
Duas impressões digitais só serão consideradas idênticas 
quando apresentarem doze ou mais pontos característicos, 
com a mesma configuração e que tenham exatamente a 
mesma localização. Na maioria dos países, estes critérios 
são requeridos legalmente para identificação positiva em 
um caso criminal. 
O objetivo deste trabalho é estabelecer o reconhecimento 
de padrões ligado ao processamento de imagens, dando 
ênfase à classificação e verificação de uma impressão 
digital. 
Dentre os objetivos específicos: 
• Revisão de técnicas para otimização e pré-
processamento de imagens, 
• Obter informações geométricas de imagens 
de impressões digitais visando a classificação, 
• Implementação de algoritmos capazes de 
rastrear características de uma impressão 
digital, identificá-las e compará-las, 
• Uso de softwares aplicativos para o 
tratamento e análise de imagens, capazes de 
tratar informações na forma de mapa de bits, 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
com o intuito de extrair parâmetros 
significativos para reconhecimento, 
 
•••• Criar uma biblioteca onde serão implementadas 
funções para leitura e gravação de arquivos bitmap 
e arquivos de direções, extração de pontos 
singulares (deltas e núcleos), comparação de 
características, permitindo realizar a classificação e 
verificação de impressões digitais. 
O objetivo final é fazer uso de uma característica biométrica 
associada à verificação de impressões digitais para validar 
alguma aplicação, por exemplo, no controle de acesso a lugares 
restritos ou simplesmente login em um PC. A autenticidade de 
uma impressão digital candidata será avaliada mediante a 
comparação com uma impressão digital referência cadastrada 
em um banco de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
REALIDADE DA MORTEREALIDADE DA MORTEREALIDADE DA MORTEREALIDADE DA MORTE 
TANATOLOGIATANATOLOGIATANATOLOGIATANATOLOGIA 
 
Estudos das manifestações e fenômenos ditos cadavéricos que vão 
cronologicamente aparecendo após a morte. 
Os fenômenos cadavéricos podem ser divididos em : 
1. abióticos, avitais, ou vitais negativos; 
2. transformadores (que podem ser destrutivos) e conservadores. 
1 1 1 1 ---- ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS NEGATIVOS ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS NEGATIVOS ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS NEGATIVOS ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS NEGATIVOS 
perda da consciência, da sensibilidade, imobilidade- tono muscular, 
cessação da respiração e da circulação, resfriamento do corpo, 
resfriamento do corpo, rigidez cadavérica, manchas hipostálticas, 
hipóstases; 
 
1 a) rigidez cadavérica.- atinge a massa muscular, tem início quando 
ocorre a morte( alguns autores dão o ápice como 8 horas, outros 15 
horas), depende do organismo e do meio, após esse ápice inicia um 
declínio lento da rigidez, normalmente desaparece quando se instala 
a putrefação; 
 
1 b) manchas hipostáticas.- são manchas esbranquiçadas que 
contornam ou rodeiam laços, sulcos, glúteos, escápulas, pantorrilhas 
, etc.; 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
1 c) hipóstases.- são deposições de sangue, nas porções declivosas 
do cadáver, devido a ação da gravidade. 
2.2.2.2.----TRANSFORMADORES E DESTRUTIVOS E CONSERVADORESTRANSFORMADORES E DESTRUTIVOS E CONSERVADORESTRANSFORMADORES E DESTRUTIVOS E CONSERVADORESTRANSFORMADORES E DESTRUTIVOS E CONSERVADORES 
 
2 a) Putrefação.- é a forma mais comum de transformação 
cadavérica.Tem como agente germes que estão contidos no 
cadáver, promovendo a destruição dos tecidos.É comum aparecer a 
mancha verde (verde, pois trata-se da combinação sulfo-
hemoglobina), essa mancha aparece primeiro na fossa ilíaca, pelo 
contato com o intestino, depois paredes abdominais, mas pode 
aparecer em todo o corpo. 
 
2 b) Autólise.- é a desintegração, desorganização das estruturas dos 
tecidos é mais comum nos recém nascidos, onde a putrefação ainda 
não se instalou ou não foi intensa; 
 
2 c) Maceração.- é a transformação em líquidos das partes moles do 
cadáver, é a resultante da autólise dos cadáveres onde não se 
instalou a putrefação; 
 
2 d) Mumificação.-é um processo que tem lugar quando as 
condições que facilitam ou promovem a putrefação não estão 
presentes.Ocorre uma forte e rápida desidratação, ficando o cadáver 
dessecado.Perdendo a água , há um endurecimento dos tecidos, 
como se fosse um couro , que pode permanecer indefinidamente, 
sua coloração é marrom escuro. 
Mumificação química.- glicerina, substâncias balsâmicas, atualmente 
a formolização. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Peritocriminal 
Professora universitária 
 
2 e) Saponificação.- ou adipocera, ocorre quando o cadáver 
permanece em meio úmido.Tem grande valor técnico pericial, pois 
até as digitais ficam íntegras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
AAAARMAS DE FOGORMAS DE FOGORMAS DE FOGORMAS DE FOGO 
 
 
 ARMAS DE FOGO são peças construídas de um ou dois 
canos, abertos numa das extremidades e parcialmente fechados na parte 
de trás, por onde se coloca o projétil, o qual é lançado a distância através 
da força expansiva dos gases pela combustão de determinada 
quantidade de pólvora. Produzido o tiro, escapam pela boca da arma o 
projétil ou projéteis, gases superaquecidos, chama, fumaça, grânulos de 
pólvora incobusta e, em alguns casos, a bucha. 
 As armas de fogo são classificadas: 
 -De acordo com suas dimensões - portáteis, semiportáteis 
e não portáteis; 
 -Quanto ao modo de carregar - antecarga (carregadas 
pela boca) e de retrocarga (munição colocada no carregador, 
vulgarmente chamado "pente", no tambor ou na parte posterior do cano). 
 -Quanto ao modo de percussão - pederneira, espoleta 
existente no ouvido ou por espoleta encontrada no estojo. 
 -Quanto ao calibre – 
a) Nas armas raiadas* o calibre é dado em milímetros e em centésimos 
ou milésimos de polegada (.38 polegadas ou 9 milímetros). Os 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
americanos preferem em centésimos de polegada, os franceses em 
milímetros e os ingleses em milésimos de polegada. O calibre é tomado 
exatamente nas raias dentro da boca do cano. 
b) Nas armas de cano liso como, por exemplo, nas armas de caça, o 
calibre é calculado em peso. Uma arma será calibre 36 se sua carga 
constar de 36 projéteis iguais pesando juntas uma libra. 
**** Raias são saliências encontradas na face interna do cano que 
imprimem um movimento de rotação ao projétil, dando-lhe uma trajetória 
estável. 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
Há uma grande variedade de armas de fogo, e a cada dia novos tipos 
surgem. Para melhor familiarização identificamos os tipos da seguinte 
maneira: 
 
 
 
 REVÓLVER REVÓLVER REVÓLVER REVÓLVER 
Arma curta (de pequenas dimensões) que possui um tambor com 
diversas câmaras onde são colocados os cartuchos. É a mais comum 
das armas encontradas e muito utilizada pelas polícias do Brasil. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 PISTOLA PISTOLA PISTOLA PISTOLA 
Também é um tipo de arma curta, de construção mais moderna, 
acondiciona sua munição em carregadores (pentes). É arma semi-
automática por ter capacidade de extrair ao munição disparada e colocar 
outra na câmara sem interferência do atirador. Executa disparos em 
cadência mais rápida e tem maior capacidade de munição que o 
revólver, mas a munição de ambos tem potência semelhante. Podem ser 
encontradas pistolas automáticas, ou seja, podem dar rajadas (tiros 
consecutivos), mas são raras. 
 
 CARABINA CARABINA CARABINA CARABINA 
Arma longa (com cano mais comprido), que se utiliza de munição de 
menor potência, como as utilizadas por revólveres. Mais encontrada na 
zona rural, destina-se a tiros a maior distância, principalmente na caça e 
na defesa de propriedades. 
 
 ESPINGARDA ESPINGARDA ESPINGARDA ESPINGARDA 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
Arma longa com cano de alma lisa (sem as ranhuras no interior do cano, 
comuns nos outros tipos de armas). Utiliza munição própria, na grande 
maioria capaz de disparar várias esferas de chumbo. Destina-se à caça 
ou defesa de propriedade.Nesse grupo inclui-se um número vasto de 
modelos, com as armas de carregar pela boca (antecarga) e as 
espingardas "pump" em calibre 12, também conhecidas por escopetas. 
 
 FUZIL FUZIL FUZIL FUZIL 
 
Arma longa de grande potência, de uso militar ou para caça grande. No 
Brasil os fuzis militares são os mais conhecidos, muitos podem executar 
rajadas e utilizam munição de grande capacidade de perfuração, 
capazes de perfurar placas de aço e vidros à prova de balas. 
 
 SUBMETRALHADORA SUBMETRALHADORA SUBMETRALHADORA SUBMETRALHADORA 
Arma capaz de executar tiros em rajadas. Utiliza munição típica de 
pistolas. Apesar de sua grande cadência de tiros e maior capacidade do 
carregador (em geral, seu carregador comporta mais de 30 cartuchos), 
seu uso requer muito treinamento pois tende a desviar e espalhar os tiros 
durante a rajada. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 OUTROS TIPOS OUTROS TIPOS OUTROS TIPOS OUTROS TIPOS 
Alguns modelos não podem ser incluídos no grupo acima. São menos 
comuns por serem de uso exclusivamente militar, como as metralhadoras 
pesadas, ou por serem fabricadas em muito pequeno número, como as 
garruchas e pistolões. 
 
ESPECIFICAÇÕES DE ALGUMAS ARMASESPECIFICAÇÕES DE ALGUMAS ARMASESPECIFICAÇÕES DE ALGUMAS ARMASESPECIFICAÇÕES DE ALGUMAS ARMAS 
 
SUBMETRALHADORA BERETTA 
ESPINGARDA CALIBRE 12 
PISTOLA GLOCK 24 
REVÓLVER MAGNUM 357 
PISTOLA TAURUS PT-99 
SUBMETRALHADORA UZI 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
BALÍSTICA FORENSEBALÍSTICA FORENSEBALÍSTICA FORENSEBALÍSTICA FORENSE 
 
 A Balística Forense é uma disciplina integrante da 
Criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos 
dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação com 
infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência. A Balística 
Forense pode identificar as armas de fogo de duas maneiras: 
Direta - quando a identificação é feita na própria arma, levando-se em 
conta os chamados "dados de qualificação", representados pelo conjunto 
de caracteres físicos constantes de seus registros e documentos, como 
tipo da arma, calibre, número de série, fabricante, escudos e brasões, 
entre outros. 
Indireta - quando feita através de estudo comparativo de características 
deixadas pela arma nos elementos de sua munição. 
Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e 
microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição 
da arma questionada ou suspeita. Dentre eles o mais importante é o 
projétil, quando se trata de arma de fogo raiada, que ao passar pelo cano 
inevitavelmente deixa-se gravar de "impressões de cheios" e de "raias", 
sob a forma de cavados eressaltos, os quais produzirão 
microdeformações no projétil, conhecidas como "estrias". Desse modo, 
tais microdeformações, pelo fato de não se reproduzirem jamais em dois 
ou mais canos diferentes, ainda que fabricados pelo mesmo fabricante e 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
trabalhados pela mesma broca, contribuem com segurança à 
identificação individual da arma que deflagrou o projétil, sendo uma 
verdadeira "impressão digital" da arma. 
Já nas armas de "alma lisa" não é possível usar este método, sendo feita 
a identificação indireta nas deformações impressas no estojo e suas 
espoletas ou cápsulas de espoletamento. Tais deformações são oriundas 
da ação do percussor ou das irregularidades da superfície da culatra. 
 
Este tipo de identificação e muito importante quando o projétil não é 
encontrado ou se apresenta muito deformado para uma identificação 
microcomparativa, tratando-se de arma raiada. 
Nos casos de armas automáticas ou semi-automáticas com canos 
removíveis, aconselha-se combinar o exame comparativo das 
microdeformações notadas no projétil com as encontradas na cápsula da 
espoleta e na base dos estojos percutidos existentes no local da 
ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
 
 
 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 
TOXICOLOGIATOXICOLOGIATOXICOLOGIATOXICOLOGIA 
LEI 10409 de 11.01.2002 
. Conceito: Para a medicina legal, é a identificação da substância 
examinada. 
.Tóxico.Tóxico.Tóxico.Tóxico: “Qualquer substância de origem animal, vegetal, ou mineral que, 
introduzida em quantidade suficiente num organismo vivo, produz efeitos 
maléficos, podendo ocasionar a morte 
 .Toxicomania – Segundo o comitê dos peritos da OMS, “É um estado de 
intoxicação crônica ou periódica, prejudicial ao indivíduo e nociva à sociedade, 
pelo consumo repetido de determinada droga, seja ele natural ou sintética”. 
Têm como características: a- Invencível desejo ou necessidade (obrigação) de 
continuar a consumir a droga ou de procurá-la por todos os meios; 
 b- Tendência a aumentar a dose; 
 c- Dependência de ordem psíquica (psicológica) e 
física em face dos efeitos da droga. 
Adquire grande importância a psicofarmacologia , principalmente quando 
procuramos definir como a ciência que tem por finalidade estudar as modificações 
do comportamento humano pela atuação de determinadas drogas no seu sistema 
nervoso central. 
 Tais drogas podem ser sintéticas ou naturais e têm a faculdade de atuar 
sobre nosso SNC, mudando às vezes, de maneira substancial, padrões de 
comportamento. 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária 
 Portanto , são psicotrópicos psicotrópicos psicotrópicos psicotrópicos , drogas que , penetrando em nosso organismo 
, oral , endovenosa, arterial, muscular, subcutânea, dérmica ou mucosa, são 
atraídas para o sistema nervoso alterando seu comportamento. 
 As alterações poderão ser as seguintes: excitação, euforia, depressão, 
alucinação, perturbação, etc... 
 A classificação dos pisicotrópicos utilizada atualmente é a seguinte: 
1. Psicoléticos – Agem diminuindo o tono psíquico, seja provocando o sono, 
seja diminuindo as tensões emocionais. São os denominados de 
barbitúricos ou hipnóticos e, quando associados a drogas analgésicas, são 
os hipnoanalgésicos. 
2. Neurolépticos e tranqüilizantes maiores – Produzem um estado de 
indiferença psicomotora especial, eficiente em relação aos estados de 
excitação e de agitação; causam redução progressiva de distúrbios 
psicóticos agudos ou crônicos. 
3. Ataráxicos – Também denominados de tranqüilizantes menores. Não têm 
efeitos antipsicóticos, mas sim efeito miorrelaxante. 
4. Psicanaléticos – Drogas que produzem elevação do tono psíquico. São 
portanto, os estimulantes desde os mais suaves até os que produzem 
euforias intensas. Ex: anfetaminas 
5. Psicodislépticos – São drogas que desestruturam o sistema nervoso e a 
atividade mental, provocando quadro de delírios, alucinações, 
despersonalização, dividida em dois grupos pelo modo de ação: 
a. Euforizantes – Causam sensação de bem estar, alegria interior. 
Ex:álcool, ópio, heroína, morfina. 
b. Alucinógenos – Criam artificialmente estados de euforia, visões 
desejáveis, alucinações.Ex: maconha, LSD, cogumelos do México. 
AUTO DE CONSTATAÇÃOAUTO DE CONSTATAÇÃOAUTO DE CONSTATAÇÃOAUTO DE CONSTATAÇÃO 
Glays regina petri soares de oliveira 
Perito judicial 
Perito criminal 
Professora universitária

Continue navegando