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Aspectos Fisiológicos e Nutricionais na Gestação Slide de apoio para estudo baseado no livro “Nutrição – da Gestação ao Envelhecimento” de Márcia Regina Vitolo. Elaborado por discente. Introdução Características Gerais: 1.1. 1º Trimestre; 1.2. 2º e 3º Trimestre. Diferenciação Celular dos Trimestres. Gráfico de ganho de peso. Placenta Características Gerais Constituído por 40 semanas apresentando mudanças nos aspectos fisiológicos, metabólicos e nutricionais. Dividido em 3 trimestres. 1º Trimestre Modificações Biológicas Intensa divisão celular Saúde do embrião depende da condição nutricional da mãe Reservas energéticas, vitamínicas, minerais e oligoelementos Nova fase hormonal Enjoo e vômito, perda de peso dentro do limite considerado adequado. 2º e 3º Trimestre Meio externo influencia na condição nutricional fetal Ganho de peso adequado, ingestão de energia e nutrientes, fator emocional e estilo de vida; Aproximadamente 28 semanas Período curto pela importância que assume quanto as questões de condição morbimortalidade materna e fetal – hábitos de vida e à qualidade da assistência pré-natal da gestante são responsáveis pelas consequências imediatas e futuras. Diferenciação Celular dos Trimestres Idade Gestacional Tipode Crescimento Velocidade Peso Médio do Feto 1º Trimestre,12 semanas Hiperplasia Lenta 12ª semana≅300g 2º Trimestre, 13 a 27 semanas Hiperplasia e Hipertrofia Acelerada 27ªsemana≅ 1000g 3º Trimestre,acima de 28 semanas Hipertrofia Máxima 38ªsemana≅ 3000g Gráfico de ganho de peso O médico ou nutricionista pode avaliar se o percentil (P) de peso do feto está de acordo com os valores recomendados (entre P10 e P90). Abaixo ou próximo a P10 = retardo do crescimento intrauterino; Acima de P90 = excluída a possibilidade de hereditariedade, pode-se pensar em alteração dos níveis de glicemia ou DM gestacional. Gráfico de ganho de peso Placenta Órgão de alta complexidade metabólico; Estrutura esponjosa, oval, diâmetro de 15 a 17cm e pesa aproximadamente 450g na gestação a termo; Função: Transportar oxigênio e nutrientes da mãe para o feto; Eliminar os produtos originários do metabolismo fetal e produzir substâncias e hormônios necessários ao crescimento e ao desenvolvimento fetal. Hormônios e suas funções Gonadotrofina Coriônica Humana Progesterona; Estrógeno; Lactogênio Placentário; Insulina (pâncreas); Tiroxina (tireóide). Gonadotrofina Coriônica Humana - HCG Papel fundamental no inicio Enquanto a placenta não é capaz de produzir progesterona e estrógeno em quantidade suficientes para promover a evolução dessa nova condição fisiológica. Detectado no sangue após 8 dias a fecundação em 15 dias através da urina, Progesterona Relaxa a musculatura lisa do útero Interfere em outros órgãos como intestino motilidade Possibilita através do tempo, maior absorção de nutrientes Mas desencadeia quadro de constipação; Favorece a deposição de gordura Aumenta a excreção de sódio, reduz a PCO2 arterial e alveolar, altera o metabolismo do ácido fólico e participa da mamogênese. Estrógeno Aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal cervical Causada pela alteração dos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo; Reduz as proteínas séricas; afeta a função tireoidiana; interfere no metabolismo do ácido fólico; participa da mamogênese. Lactogênio Placentário Antagoniza a ação da insulina pela deposição de glicose no sangue a partir de glicogênio; Semelhante ao hormônio GH Deposição de proteína nos tecidos; Inicia o processo de produção de leite (lactogênese) nos alvéolos da glândula mamária. Insulina (pâncreas) Resposta de insulina normal à glicose no inicio da gravidez, quando avança é necessário mais insulina para transportar a mesma quantidade de glicose; Gestação estado hiperinsulinêmico sensibilidade à insulina; Os níveis glicêmicos tendem a ser menos elevados níveis pós-prandiais; O aumento de glicose necessária para o feto sobrecarrega o sistema de tal modo que a insulina fica menos eficiente no final da gravidez. Tiroxina (tireóide) Regula as reações oxidativas envolvidas na produção de energia; Os hormônios progesterona e estrógeno participam do mecanismo homeostático que envolvem a tiroxina e o hormônio estimulante da tireóide(TSH); Hiperventilação Promovida pela progesterona garante maior suprimento de oxigênio ara a produção de energia. Adaptações Fisiológicas Introdução Impactos no Organismo Introdução Várias adaptações fisiológicas que afetam o sistema orgânico materno e as vias metabólicas; Parâmetros laboratoriais plasmáticos e urinários apresentam-se alterados em relação aos de mulheres não grávidas. Introdução Os fatores fisiológicos que exercem maior força sobre as alterações são: O aumento de 50% na expansão do volume plasmático com 20% de aumento no conteúdo de hemoglobina; A elevação dos níveis dos hormônios estrógeno e progesterona. Impactos no Organismo O impacto dessas modificações fisiológicas recaí sobre os níveis de lipídios, colesterol, caroteno, vitamina E e fatores coaguladores sanguíneos. O volume corpuscular médio (VCM) e a concentração média de hemoglobina (HCM) permanece inalterado para paciente não-anêmicas: 50% VCM – 28 a 32 semanas; Quantidade de eritrócitos e hemoglobina, 20% no parto (20% HCM e 15% no hematócrito) Impactos no Organismo O débito cardíaco aumenta de 30 a 40% Intensa circulação placentária. Metabolismo basal aumenta 15 a 20% devido ao aumento de peso, maior demanda de O2, e à maior produção hormonal. Aumento do ajuste no metabolismo dos macronutrientes 50 a 70%: carboidrato; 20%: proteína; Restante: lipídio. Impactos no Organismo Quando os níveis glicêmicos maternos caem e ocorre diminuição da taxa de transferência de glicose para o feto, os ácidos graxos tornam-se a principal fonte de energia acúmulo de gordura no final da gravidez. Impactos no Organismo Ação da progesterona e do estrógeno aumentam a sensibilidade e vascularização: Centros respiratórios, promovendo a hiperventilação para suprir o aumento de 20% nas necessidades de O2. Impactos no Organismo Função Renal: Aumento na filtração glomerular e velocidade do sangue pelos rins em consequência da diluição da albumina sérica, para facilitar a eliminação de creatinina, uréia e ácido úrico, produtos de excreção do metabolismo protéico fetal e materno. Impactos no Organismo Funções gustativas e olfativas: Alterações hormonais – 1º trimestre: Interfere no paladar e olfato; Maior consumo de sal – diminui a sensibilidade dessa substância; olfativa - hiperemese, náuseas e vômitos; Consumo de eletrólitos equilibrado – expansão do volume plasmático e facilita o ganho de peso; Aumento potencial da capacidade de sentir o sabor amargo serve como proteção contra possíveis intoxicações na fase de desenvolvimento fetal).
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